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A Sociedade Como A Casa Dos Pais Para Toda A Família

Dr. Michael LaitmanPergunta: Em minha opinião, é muito importante que esclareçamos que o verdadeiro “eu” está especificamente dentro do grupo, pois muitas vezes nós podemos tentar esclarecer os nossos verdadeiros desejos só por nós mesmos, e nós nos enganamos. Nós descobrimos amanhã que já queremos algo diferente do que queríamos ontem.

Resposta: É impossível esclarecer isso sozinho. Só uma discussão compartilhada pode nos fornecer os valores avançados, corretos.

Pergunta: E aí? Será que vai haver um padrão único para todos?

Resposta: Cada um vai encontrar o seu próprio padrão, pois não há duas pessoas que sintam o mesmo mundo. É como se nós víssemos um mundo, mas cada um o compreende de forma diferente.

Pergunta: Como eu posso preservar minha individualidade se eu trabalho dentro do grupo e ouço os desejos de todo o resto?

Resposta: As outras pessoas me mostram as fases pelas quais devo avançar para descobrir a minha natureza, descobrir meu verdadeiro espaço. Especificamente, graças a tudo isso, eu ouço dos outros. Eu finalmente esclareço qual é o meu espaço.

Agora, nós queremos construir um relacionamento com um parceiro, mas depois, nosso casal terá que trabalhar em relações mais amplas com casais, com toda a humanidade. O grupo é o modelo de toda a humanidade e me ajuda a descobrir o meu espaço interior. Este espaço exige não só a conexão com um parceiro, mas, em última análise, o desenvolvimento e a conexão com toda a humanidade como uma família, transformando-nos numa única pessoa.

Sem o grupo, é impossível se dar bem, já que o Kli externo, o vaso, a força externa, deve me ajudar a abrir o Kli interno, meu sistema interno de conexão com alguém. Deve haver um nível superior adicional, com a ajuda do qual eu posso esclarecer o meu nível, como um pai e uma mãe fazem por um filho.

Todo o grupo fala e esclarece a necessidade interior da pessoa de estar em contato com os outros. O contato com os outros começa com aquelas pessoas que estão naturalmente mais próximas de nós, como um parceiro, mas nós não podemos construir uma verdadeira conexão entre os cônjuges, se não nos encontrarmos dentro de uma sociedade. A sociedade nos ajuda a descobrir essa deficiência da forma correta: se eu quiser olhar para a minha parceira corretamente, para vê-la por dentro, e ela quiser me ver para que nós dois realmente nos conectemos.

Se nós quisermos descascar todas as Klipot de nós mesmos e verdadeiramente estar conectados desta maneira, onde eu a satisfaço e ela me satisfaz, nós precisamos de um ambiente que nos sustente e nos ajude a encontrar todos os espaços e esclarecer a forma de preenchê-los. Tudo isto só é possível com a ajuda do ambiente.

Os amigos num grupo me ajudam a ver o que eu quero. Eles revelam isso em mim para que eu comece a ver isso, mas eles não veem isso. Eu sinto a mim mesmo; ninguém pode sentir outra pessoa.

Da Palestra sobre Educação Integral 20/06/13