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Olhar Para Nós Mesmos Desde O Nível Do Criador

Dr. Michael LaitmanA Cabalá é a psicologia espiritual máxima. Ela acrescenta uma dimensão a cada movimento que fazemos, a cada intenção, desejo e ação… Isso é algo que a psicologia deste mundo não tem. A psicologia materialista fala sobre muitas coisas, mas elas “pairam” no ar.

É impossível medir, tocar, tirar notas precisas, dimensionar nossos desejos, intenções e interações, já que para ser capaz de fazê-lo, nós devemos atingir um nível de desenvolvimento mais elevado e subir do nosso estado atual para o do Criador.

Conforme a nossa equivalência com o Criador, nós começamos a nos considerar a partir do Seu nível. Então, nós podemos medir a nós mesmos e nossos sentimentos com uma “sonda” que “colocamos dentro de” cada um de nossos desejos, propriedades, intenções, direções, etc. Nós adquirimos uma oportunidade não só para medi-los, mas também para tomar notas precisas, transferir, permutar, comparar os dados que recebemos, e nos conectar com o outro… Em outras palavras, nós adquirimos um sistema de comunicação.

No entanto, é possível agir assim somente se atingimos o nível superior; não há outra maneira de alcançá-lo. Da mesma forma, os seres humanos estão num nível de desenvolvimento mais elevado do que a eletrônica e outros mecanismos automáticos que eles criam.

Quando se trata de filosofia, nós devemos ter em mente que se refere às especulações sobre o reino mais elevado a partir de pessoas que ainda estão no estado inferior, material. Todas as tendências filosóficas são infundadas. No entanto, quando a pessoa se eleva a um nível mais avançado e fala sobre algo que é inferior a ela, ela adquire uma posição que é semelhante ao das relações entre as raízes e os ramos. Os ramos não podem refletir sobre as raízes, uma vez que não têm qualquer ideia sobre o que elas são.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 11/03/13

Uma Melodia Em Duas Vozes

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como é possível escolher um parceiro para a vida sem repetir as experiências fracassadas do passado e aprender a construir uma boa, estável e correta conexão que irá perdurar?

Resposta: Em primeiro lugar, uma conexão verdadeira não é transitória. Eu estou interessado especificamente que ela continue o tempo todo, pois com ela eu posso ter uma conexão muito forte, “abrir-me” em amplitude e profundidade, de tal modo que através desta conexão eu serei capaz de ver o mundo de forma diferente. A construção da minha conexão com um parceiro torna-se o novo “Kli” para compreender a realidade, compreender o mundo.

Desta forma, eu abro e descubro a mim mesmo, tornando-se uma pessoa com novos “Kelim“, vasos. Graças aos novos espaços que eu descubro na minha relação com o meu parceiro, eu adquiro novas emoções. Portanto, eu não concordaria em perdê-la, eu preciso dela o tempo todo, para que dentro da conexão recíproca que estamos construindo e desenvolvendo eu adquira um ponto de vista diferente, mais interno, do mundo.

Nós começamos a interiorizar as relações mais profundas entre todas as partes da Criação, dentro das conexões entre as pessoas e toda a humanidade. Nossa conexão familiar fica melhor. Nós aprendemos que cabe a nós se relacionar com as crianças e as crianças conosco. Por meio das relações entre nós, nós começamos a entender o que é a natureza. Nós aprendemos que existem forças na natureza que são chamadas de “pai e mãe” e “filhos”. Todas as criaturas se casam para continuar a geração, o positivo está sempre conectado ao negativo na natureza inanimada, vegetal e animal, bem como na sociedade humana.

Relações polarizadas como estas são criadas não só entre um homem e uma mulher, mas também entre os estratos de uma determinada população, entre os vários grupos. Eu vejo todo o universo como um sistema de articulação recíproca. Dentro do meu entendimento, dentro de mim, eu já estou começando a ver todo o mundo no caminho certo. Você vê, a natureza desperta intencionalmente essas forças dentro de mim para que numa forma como essa eu possa estar ciente disso.

No início da minha conexão com uma mulher, eu vejo uma base para desbloquear o segredo da vida, o segredo da nossa existência. Eu serei capaz de compreender e ver tudo na minha vida de uma forma mais profunda e correta, e nunca vou errar! Aparentemente, o meu sucesso interno individual se transforma em meu sucesso social e existencial.

Por isso eu me relaciono seriamente com as relações familiares e procuro uma mulher que me entenda e sinta como eu, para que possamos operar na mesma frequência. Cabe a nós obter uma educação na nova sociedade onde todos os homens e mulheres solteiros estão reunidos e onde haverá uma infinidade de possibilidades para ser mais conscientes um do outro.

Durante os debates, workshops e outros eventos, cada um pode verificar e encontrar alguém que é mais adequado para si e mais próximo a ele em perspectiva, opiniões, atitudes e compreensão. Nós começamos a tocar como um acorde musical, como se estivéssemos tocando juntos com um único instrumento, nos completando o tempo todo.

É difícil expressar isso com palavras; isso pertence mais a uma emoção interna. O trabalho é feito em dois planos. Por um lado, nós retiramos todos os estratos artificiais que recebemos ao longo de nossas vidas das influências externas, todos os valores imaginários. Por outro lado, quanto mais somos libertados destes valores, podemos começar a tocar dentro disso, tal como com um instrumento musical.

Nós vemos como nos completamos e enfatizamos a área formada entre nós, onde eu a satisfaço e ela me satisfaz. Nós nos misturamos tanto numa imagem que é impossível diferenciar onde eu estou e onde ela está, e tudo se transforma numa única sociedade. Quais mais nós temos êxito na construção e expansão desta unidade, eu já não posso determinar o que é apropriado para mim e o que não é.

É necessário compreender que nos encontramos num campo de força natural onde tudo está ligado, exceto os seres humanos. Mas se nós continuamos a nos conectar, nós também começamos a nos integrar com a natureza no nível de Adão, o nível “falante”: chegamos à equivalência de forma com a natureza. Eu começo a examinar em que acomodação, em que equivalência de forma com a natureza eu alcanço junto com a mulher a quem proponho casamento.

Nós nos transformamos numa unidade composta de positivo e negativo que estão em equilíbrio com a natureza. Nós começamos a sentir que dentro de nós uma espécie de melodia começa a tocar. Este é o sentimento da nossa acomodação com a força geral da natureza, o poder de conexão, a doação recíproca e o amor. Esta força é descoberta dentro de nós e deve ser a prova de que somos aptos um ao outro e podemos continuar juntos.

Enquanto não chegamos a um sentimento como este, é impossível dizer qualquer coisa. Ninguém pode prever se somos apropriados ou não, nenhum sábio ou conselheiro. O casal deve descobrir isso. Nós somos como a harpa de David que estava pendurada na parede e tocou quando o vento norte veio e dedilhou em suas cordas. Portanto, também depende de nós tentarmos alcançar o vento e tocar nossa harpa compartilhada.

De KabTV “Nova Vida” 20/06/13

A Essência Da Torá

Dr. Michael LaitmanA Torá foi dada para que a pessoa pudesse atingir o nível do Criador. Toda a Sua essência está nesta realização.

O que está descrito nela são apenas os nossos desejos egoístas que constituem a essência de uma pessoa, e sobre como alterar gradualmente a intenção egoísta de cada um para uma intenção altruísta. Uma mudança como essa dos nossos 613 desejos é chamado de “manter as Mitzvot“.

Todos os termos e conceitos da Torá: “marido”, “esposa”, “terra”, “casa”, “burro”, “pão”, e assim por diante, estão falando sobre os níveis inanimado, vegetal, animal e “falante” dos nossos desejos.

A Torá fala sobre o que acontece dentro da pessoa. Certamente, em relação a isso, nós organizamos a nossa casa e a nossa sociedade, de modo que sejam como uma imagem espelhada dessas leis.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 11/03/13

O Ponto De Partida Da Linha Espiritual

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como eu posso querer conexão com os outros, de modo que eu sinta que isso é realmente algo que eu preciso?

Resposta: Você vai querer se conectar com outras pessoas apenas com a condição de que você perde a esperança de atingir a meta sozinho. Exatamente como em nosso mundo, quando eu devo movimentar um bloco de cinquenta quilos, mas não tenho força para fazer isso, não tenho escolha, preciso movê-lo, e por isso sou obrigado a pedir ajuda.

Por isso eu vou a alguém e digo: “Por favor, até agora eu pensei que não precisava de você. Concordo que fui desrespeitoso com você. Não estou tentando me justificar, mas era natural que o meu ego se comportar assim. Mas agora eu preciso de você, não tenho escolha. Por isso venho a você pedir que você se torne meu amigo e me ajude a levar esta carga. E se você precisar de algo assim, eu também poderei ajudá-lo!”.

Nós começamos tudo isso a partir do ego. Mas depois disso, por meio de esforços egoístas, vemos que precisamos da verdadeira conexão recíproca numa base permanente. E se nós perseveramos em nosso trabalho através dos “Grupos de Dez” e workshops, começamos a sentir o quanto de novo nasce desta permanente conexão recíproca. Se não recuarmos e superarmos a frieza que surge de vez em quando, por fim vamos descobrir que podemos usar este modelo dos grupos de dez como uma ferramenta, como um meio, como alavanca.

Este é o meio obrigatório fundamental; este é o “ponto no coração” que inclui todos, a partir do qual nós começamos nossa linha espiritual ascendente se nos relacionamos com isso de forma correta. Então, nós exigimos da conexão entre nós resultados cada mais qualitativos. Tudo nasce da única e exclusivamente da conexão e todo o resto, o professor, os livros, eles só ajudam nisso. Mas o principal é a conexão na qual a subida é realizada.

Portanto, não é necessário esperar que eu lhes traga a espiritualidade numa bandeja. Vocês vão descobri-la somente dentro de sua conexão, dentro do Grupo dos Dez. Por isso é necessário se esforçar que este workshop seja sustentado permanentemente, sem parar por um momento sequer. Para cada condição que aparece na minha vida, é como se eu estivesse discutindo com os amigos neste workshop infinito. É como se eu me encontrasse em diálogo, em discussão com eles a cada momento, e desta forma eu esclareço todas as perguntas.

Eu não tenho outra maneira de sair de qualquer situação, além do centro do Grupo de Dez! Para tudo na vida eu me relaciono somente a partir deste ponto de nossa conexão, da nossa consciência coletiva, no qual todos nós anulamos um ao outro, estamos ligados uns com os outros, e nos completamos. Somente desta forma haverá realização do ponto correto e preciso, que é o meu ponto no coração que se conecta com todo o resto. É assim que eu preciso descrever a mim mesmo o tempo todo.

Assim, através dos amigos eu tento desenvolver a importância da meta, ser “inflamado” pelo seu entusiasmo. Eu os aprecio como grandes e estou feliz que por merecer uma conexão com outros dez grandes da geração. Eu agradeço o Criador que os enviou a mim, para que eu certamente fosse capaz de me comunicar com Ele.

Na verdade, eu ainda não sinto o Criador, mas já tenho uma conexão com Ele através deste Grupo de Dez (através deste Minian). Talvez a conexão ainda não seja tão boa e ainda seja egoísta da minha parte e, portanto, eu não ouça a voz do Criador no fone de ouvido, mas este telefone já existe e funciona. Eu falo nele e acredito que o Criador me ouve. Como eu já preparei o Kli, o aparelho, nós estamos conectados juntos, nos anulamos; eu aprecio e respeito os amigos, e tenho certeza de que o Criador é o único que organizou este grupo para mim, colocou minha mão sobre a boa fortuna e disse: escolher para si.

Da 1a parte da Lição Diária de Cabalá 04/07/13, Escritos do Rabash

Quatro Passos Para Esclarecer O Caminho Da Luz

Dr. Michael LaitmanExiste o caminho do sofrimento e o caminho da Torá (a Luz). O mundo inteiro está se movendo pelo caminho do sofrimento, e nós estamos nos movendo pelo caminho da Torá. No entanto, o caminho da Torá é também dividido no caminho do sofrimento e no caminho da Torá. Se uma pessoa não é capaz de despertar o amanhecer e o amanhecer é obrigado a despertá-la, então ela avança pelo caminho do sofrimento. Ou seja, ela desce para a escuridão da noite, expondo-se a golpes materiais e espirituais, e permanece nesta descida até sair de lá. Neste caso, isso também é chamado de caminho do sofrimento. No entanto, ela está sofrendo no caminho do desenvolvimento espiritual ao invés do desenvolvimento material habitual.

Em contraste, há o caminho da Torá, quando a pessoa se move para obter os desejos do ambiente. Neste caminho, há também uma divisão no caminho do sofrimento e o caminho da Torá. Entrando no caminho da Torá, a pessoa precisa passar pelos quatro estágios do HaVaYaH interno, e depois ela entra no verdadeiro e claro caminho da Luz. Lá, nós já estamos subindo direto pelo feixe de Luz.

Até lá, você precisa passar por muitos esclarecimentos do que se trata o caminho da Luz. Diz-se sobre isso, que se você for digno, o seu trabalho vai ser feito à custa dos outros. Isso não significa que você se aproveita deles, como é feito em nosso mundo, mas você realmente usa os vasos prontos que o Criador preparou para Sua revelação e os colocou em seus amigos.

Agora, na véspera da Convenção em São Petersburgo ou de qualquer outra Convenção no futuro, nós precisamos entender que as nossas ferramentas espirituais estão nos outros. A preparação determina tudo, porque nós queremos avançar pelo caminho da Luz (Achishena), à frente dos golpes que se aproximam de nós por trás: problemas materiais e espirituais, várias descidas e desprendimento, e perda de interesse.

É falado sobre esse caminho na Torá – sobre as pessoas que não ouvem Moisés – que, todo o tempo havia desentendimentos, atritos, disputas e confrontos entre elas a um ponto tal que Moisés diz ao Criador, “Deixe-me em paz. Eu tenho a língua presa e não posso falar com eles. Eles não me entendem! Eles não vão acreditar em mim!”.

Logo depois de sair do Egito, no deserto, eles constantemente tinham problemas e argumentos. Moisés ficaria feliz em se livrar de sua missão, mas, por outro lado, ele sempre protege as pessoas, isto é, os amigos. Moisés é um exemplo para cada um de nós, mostrando como a pessoa deve ser em relação aos outros: cuidar e dizer-lhes tudo o que você tem em seu coração para despertar os outros e para fortalecer seu caminho.

É assim que todos devem se comportar em relação aos outros. Por um lado, você deve ser grande em relação ao grupo, o doador, dando-lhes tudo o que você tem – inspiração, alegria, grandeza da meta – como Moisés, líder do povo. Por outro lado, não existe um homem mais modesto do que Moses. Ou seja, você se torna o menor do maior. Este é o exemplo da atitude em relação ao grupo que a Torá nos dá.

Se você se encontrou neste estado, não acredite que seja possível se esforçar e não encontrar. Você deve encontrar o desejo adequado para a revelação do Criador. O desejo é seu dever e a revelação vai acontecer imediatamente. O Criador, a Luz superior, está apenas esperando para a sua menor equivalência de forma com Ele para se tornar imediatamente revelado em seu vaso.

Ele já está dentro de você. Como se diz: “Eu sou o Criador, eu habito em você e em todos os seus pecados”. Ele já está aqui. Apenas revele Sua primeira manifestação, o primeiro HaVaYaH!

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 28/06/13, Shamati # 117

O Mecanismo Do Intelecto Coletivo

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como funciona o mecanismo do intelecto coletivo do grupo? Parece que nas conexões integrais corrigidas, emoções coletivas aparecem e sua saída é o intelecto coletivo. Que lugar os sentimentos individuais de uma pessoa têm nisso?

Resposta: Eu acho que no nível da rede geral, de acordo com a forma como os sistemas integrados analógicos operam, tudo está interligado, o sentimento de individualidade desaparece, e cada um sente uma rede coletiva compartilhada. Essa é encontrada numa ordem superior de magnitude. Não é apenas a soma de todas as peças individuais, mas sim a revelação da integralidade, quando as pessoas se elevam acima de si mesmas, de modo a coexistir dentro desta rede coletiva compartilhada. Em última análise, cada pessoa se insere em todos e todos estão incluídos em todos. No entanto, isso não é o principal. A principal coisa é o próximo nível, onde as pessoas especificamente começam a sentir esta integralidade. Elas vivem dentro dela.

Há algo em comum: a associação integral superior, onde não existe um único indivíduo, mas todos criam um todo coeso, a imagem única de um grupo ou sociedade. Isso é sentido por todos que já foram indivíduos e se elevaram, a fim de se unir com todos. Neste estado, as pessoas experimentam uma realidade completamente diferente.

Isso é algo que podemos assumir e que já tem sido falado na física quântica, ou seja, eventos que se fazem sentir fora do corpo humano, fora de suas limitações, eventos que estão fora do tempo, espaço e movimento. Este é o nosso próximo nível.

Isso ocorre porque, quando falamos sobre o nosso mundo, estamos simplesmente falando sobre a natureza inanimada, vegetal e animal. Nós não incluímos Adam (ser humano) nisso, porque supomos que ele se encontra acima de todos os outros níveis. No entanto, de que forma Adam é superior? Será que ele tem a capacidade de agir sobre seus instintos? Não, ele existe dentro de seus instintos e desejos.

Quanto mais nós conseguimos nos desenvolver egoisticamente, mais descobrimos o quanto nossos instintos egoístas, pressões e os genes internos nos controlam.

Portanto, até o momento, nós não podemos excluir a pessoa do mundo animal. Pelo contrário, vemos que não importa o quanto nós gostamos de considerar o ser humano como superior, no entanto, ele retorna a este mundo. Somente a partir do nível onde é possível perceber por meio da unidade é que nós vamos subir para o novo nível de existência, mais qualitativo, e, tanto quanto parece, o pensamento da criação é projetado especificamente para levar a pessoa a isso.

Ultimamente, nas áreas de fronteira da ciência nós descobrimos as limitações dos nossos sentimentos, de nossas capacidades de pesquisa, e até mesmo de nossa compreensão dos processos, e esta limitação é muito grave. Não podemos avançar. Nós encontramos alguma coisa, e não estamos preparados para descobrir mais nada. Nós só podemos falar de algo de forma especulativa. Mais tarde, a natureza se fecha diante de nós, porque nós a sentimos apenas como indivíduos.

No entanto, se sairmos para um nível integral, podemos vê-lo diretamente na forma em que ele existe, e não na forma que o indivíduo, o pesquisador, o sente, pois quando eu saio de mim mesmo na cooperação mútua integral com os outros, eu saio “de mim mesmo”, das minhas limitações de tempo, espaço e movimento, de tudo o que é encontrado dentro do meu corpo, dentro dos meus cinco sentidos. É como se eu entrasse num novo sentido integral. Eu existo dentro dele, e toda a minha psicologia já se encontra acima das minhas limitações. Lá, eu finalmente serei capaz de entender a nova física do mundo.

De KabTV “A Sabedoria das Massas” 06/05/13

“Estudo: Pessoas Com Um Muito Autocontrole São Mais Felizes”

Dr. Michael LaitmanNas Notícias (do The Atlantic): “Por mais improvável que seja, pessoas que são mais capazes de resistir aos impulsos relatam ser mais satisfeitas com suas vidas”.

“Entre os bens mais valiosos da humanidade está o autocontrole, de acordo com Wilhelm Hofmann e sua equipe de pesquisadores da Universidade de Chicago. Eles o definem como ‘a capacidade de substituir ou alterar as respostas internas de uma pessoa e de se abster de agir em impulsos’”. …

“Quanto mais autocontrole as pessoas relataram ter, mais satisfeitas estavam com suas vidas. Ao contrário do que os pesquisadores esperavam, pessoas com mais autocontrole também foram mais propensas a ser felizes no curto prazo. Na verdade, quando eles analisaram ​​ainda mais os dados, descobriram que a alegria aumentada de tais pessoas era responsável em grande medida pela maior satisfação com a vida”.

“Na medida em que elas se ocupam de suas vidas diárias, as pessoas com muito autocontrole parecem geralmente estar com ânimo mais elevado; no longo prazo, elas são mais felizes com suas vidas. Para explicar por que isso seria assim, os pesquisadores realizaram outra pesquisa online. O que eles descobriram é que em vez de estar constantemente negando a si mesmas, as pessoas com autocontrole elevado são simplesmente menos propensas a encontrar-se em situações em que isso é inclusive um problema. Elas não perdem tempo travando batalhas internas sobre se devem ou não comer um segundo pedaço de bolo. Elas estão acima de tais tentações mesquinhas”.

Meu Comentário: Precisamente, a restrição (Tzimtzum Aleph) e receber depois de determinado cálculo com uma intenção específica (a tela e a Luz de Retorno) tonam a recepção aguda (Luz de NRNHY), até o ponto em que a pessoa consegue sentir a sua fonte, o Criador, em qualquer prazer! É assim que a sabedoria da Cabalá nos ensina a revelar o Criador, através da recepção de prazer Dele.

Estrutura E Princípios De Uma Nova Sociedade

Dr. Michael LaitmanComo será a sociedade do futuro?

Não há muito escrito sobre isso. Nós vamos descobrir isso aos poucos, por conta própria, ao construí-la e moldá-la. Os princípios descritos por Baal HaSulam deixam claro que será uma sociedade de pessoas iguais, de acordo com o mesmo princípio que atua no grupo, onde todos são iguais, todos são amigos.

Amigo ­(chaver em hebraico) vem da palavra “conexão” (chibur em hebraico). Literalmente, significa “entrar” uns nos outros, complementar-se ao contribuir com os nossos desejos e pensamentos. Nesta condição, nós estamos unidos. É por isso que a nossa única preocupação deve ser de como “reabastecer” outros.

Quando nos reunimos em “Grupos de Dez” para workshops, nós tentamos implantar este princípio. Nós só devemos complementar um ao outro, nunca discutir, e de modo algum “ser inteligente”. A única coisa que precisamos fazer é satisfazer nossos amigos e prestar apoio mútuo. Não há espaço para mais nada.

Isso esclarece os princípios de uma vida comunitária que Rabash fala. Este é um princípio que deve ser colocado no núcleo do grupo que estamos construindo. Não é aceitável quando um amigo machuca ou prejudica os outros. Para construir a sociedade do futuro, nós devemos primeiro construí-la entre nós, para que ela se torne um exemplo para os outros. Ela deve se basear exclusivamente na assistência mútua; não pode haver quaisquer “truques sujos”. A carta do grupo deve refletir isso.

No entanto, Baal HaSulam escreve que a sociedade, não o grupo, mas a sociedade como um todo, só pode ser construída depois que as pessoas sobem a este nível de desenvolvimento, tornam-se prontas para desistir de seu egoísmo, e criam um novo tipo de relações sociais no futuro. Nós precisamos levá-las a esta condição. Portanto, antes de tudo, é muito importante para nós agir extensivamente e abrir cursos abertos sobre educação integral sempre que possível.

Ao fazer isso, nós vamos criar uma sociedade de iguais, uma sociedade onde cada um vai tomar tanto quanto precisa e trabalhar para o bem de todos. Cada um vai receber tanto quanto necessita para a existência normal e o resto será redirecionado para criar as mesmas condições para todos no mundo.

Nada além das necessidades básicas será produzido. No entanto, não se trata de contrair ou de reduzir a produção de produtos de consumo a um mínimo! Não, nós estamos falando de condições normais de vida humana que não devemos ultrapassar. Não é nenhum segredo: se nós saímos do equilíbrio com a natureza, nós começamos a destruí-la e, por fim, na prática, destruímos a casa que nós vivemos.

Os princípios de construção da sociedade do futuro são muito simples. Nós sentimos fisicamente estes princípios quando estamos com nossos grupos. Aos poucos, conforme o avanço dos grupos e seus “satélites” (grupos não-Cabalísticos de pessoas envolvidas na educação integral), novas comunidades estendidas surgirão. Aos poucos, elas vão expandir seus “territórios”, estabelecer suas regras, começar escolas e outros estabelecimentos. Aos poucos, eles se tornarão mais conectados.

Por outro lado, este processo também pode ser dirigido de cima. Nós fazemos tentativas de cima, uma vez que qualquer crise começa a partir do topo e desde para baixo; tudo se deteriora desde a cabeça. Nós vemos que muitos países estão em situações totalmente desesperadas e acreditamos que, mais cedo ou mais tarde, os seus governos vão entender que existe um sistema de conhecimento que pode corrigir as pessoas, permitindo-nos corrigir nossa civilização.

Vamos esperar que isso fique claro antes que muito sangue seja derramado.

Resumindo: se quisermos avançar pessoalmente, isso só é possível se nos expandirmos. Se um grupo para de se expandir, se não se “amplia”, ele para de avançar. E isso não é porque não haverá novas pessoas entrando; nós só temos que trabalhar com o resto da população com o melhor de nossa capacidade. Para isso, antes de tudo, nós temos que nos organizar e preparar. É por isso que é tão importante se engajar na metodologia da educação integral.

Alguns de você a consideram um fardo, útil ou inútil, ou mesmo prejudicial. Mas este não é um fardo, é a mesmo Cabalá, o mesmo tipo de organização da sociedade, ou melhor, fragmentos da alma, numa única alma de acordo com o princípio do “ama o próximo”. Não há nada de novo aqui; é apenas uma explicação de todas as leis de conexão que existem entre nós. Essas leis são esclarecidas numa linguagem humana normal e são evidentes a todos, não apenas para os Cabalistas. Só isso, nada mais.

Mesmo nossos grupos estão seriamente empenhados em estudar e se concentrar nas partes da sabedoria da Cabalá que são mais fáceis de implantar. Da mesma forma, nós ensinamos aos outros as regras que são mais fáceis para eles aplicar à realidade.

Da Convenção em Krasnoyarsk 14/06/13, Lição 4