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“Sob Sua Sombra Eu Desfruto Sentar”

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, Shamati # 8: “Qual é a Diferença entre uma Sombra de Kedusha e uma Sombra de Sitra Achra“: Está escrito,”Sob sua sombra eu desfruto sentar, e o seu fruto é doce ao meu paladar”. Em outras palavras, diz-se que todas as ocultações e aflições que a pessoa sente são porque o Criador enviou-lhe estas situações de modo que ela tivesse um lugar para trabalhar acima da razão.

Quando a pessoa tem força para dizer isso, ou seja, que o Criador lhe causa tudo isso, é para seu benefício. Isto significa que, por meio disso ela pode vir a trabalhar a fim de doar e não para si mesma. Nesse momento, ela consegue perceber, ou seja, acredita que o Criador desfruta especificamente este trabalho, que é construído inteiramente acima da razão.

Conclui-se que a pessoa não ora ao Criador que as sombras desapareçam do mundo. Em vez disso, ela diz, “Eu vejo que o Criador quer que eu O sirva desta maneira, totalmente acima da razão”. Assim, em tudo o que ela faz, ela diz: “Claro que o Criador desfruta este trabalho. Portanto, por que eu deveria me importar se eu trabalho num estado de ocultação da Face?”.

Porque a pessoa quer trabalhar “a fim de doar”, ou seja, que o Criador desfrute, ela não tem nenhum rebaixamento a partir deste trabalho, ou seja, uma sensação de que está num estado de ocultação da Face, que o Criador não desfruta desse trabalho. Em vez disso, ela concorda com a liderança do Criador, ou seja, apesar do Criador desejar que a pessoa sinta a existência Dele durante o trabalho, ela concorda plenamente. Isto é assim porque a pessoa não considera o que pode agradá-la, mas considera o que pode agradar ao Criador. Assim, esta sombra traz-lhe a vida.

Fé acima da razão significa perceber tudo o que acontece com você como enviado pelo Criador, a força única e unificada, além da qual não há mais nada, o Bom que faz o Bem, apesar do fato de que você sente de forma diferente. Todo o nosso trabalho é perceber que não fazemos nada por nós mesmos, nem queremos fazer nada, nem externa nem internamente, e nem com as mãos, as pernas, ou as ferramentas do mundo, nem com os nossos desejos ou pensamentos internos, mas, em vez disso, concordamos com tudo o que temos neste momento. Assim, esse momento será chamado de fim da correção.

Até que tenhamos chegado a estas sensações em que nos encontramos no melhor estado, sob o controle da força boa que traz o bem tanto aos pecadores como aos justos, até então sombras permanecerão no mundo. O Criador nos levará a tais estados que vamos querer mudá-los. Primeiro, nós vamos querer mudar o mundo, depois vamos querer mudar a nós mesmos. Mas, no fim, nós entenderemos que o nosso trabalho é exatamente o oposto: mudar a nossa atitude em relação à percepção do governo superior, o Senhor do mundo, de modo que ansiemos por sua sombra.

Tudo o que nós recebemos torna-se desejável, embora venha de uma forma desagradável, porque esta é uma sombra, ocultação. Mas nós trabalhamos em nós mesmos na fé acima da razão para que esses frutos se tornem doce para nós. Esta é toda a nossa correção.

Tudo começa ao se perceber tudo o que acontece como vindo do Criador, e não apenas em palavras, mas sentir-se assim internamente. Nós precisamos pedir ao Criador que nada seja revelado, exceto a capacidade de perceber que tudo vem Dele. Então, a pessoa terá o prazer de trabalhar na fé acima da razão e aceitará todos os estados ruins como os melhores, os desagradáveis ​​como agradáveis, até o momento em que todos se tornam doces para ela.

Isto significa que ela atingiu a fé. E nada muda no mundo, apenas o governo perfeito do Criador é revelado à pessoa. Isso por si só torna este mundo um mundo superior e perfeito.

Acontece que nenhuma mudança externa é necessária, nenhum trabalho externo, nem com as mãos ou os pés, não do modo que imaginamos o trabalho espiritual. No final, tudo se resume ao mesmo estado: o contato da pessoa com o governo oculto. Ela quer manter esse contato o tempo todo e não exige alterações em nada; ela quer permanecer em ocultação.

Primeiro, ela pediu a revelação, mas agora quer permanecer em ocultação. Todo o seu desejo, toda a energia com a qual buscava a revelação, ela transfora no contrário, para evitar que isso aconteça. Afinal, a revelação pode apagar toda a sua aspiração altruísta, toda a sua relação com o Criador, e pode privá-la de trabalhar acima da razão. É por isso que ela quer preservar essa distância em que sentia tristeza, de modo que ela vai estar constantemente conectada com o Criador acima dela.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 29/07/13

Flutuar Em Vez De Aflição E Escuridão

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como eu posso me mover para a linha da direita, se o ego resiste a isso?

Resposta: A linha da direita não existe sem resistência. Como uma pessoa pode estar numa linha espiritual se não estiver na resistência ao ego? Um estado espiritual é sempre contra o ego, na resistência a ele, e na constante tensão interna, na constante superação.

Mas se você transmite essa tensão interna através do grupo, ela se transforma em doçura, leveza, e flutuando em vez de aflição e escuridão.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 21/07/13, Shamati # 59 “Sobre o Bastão e a Serpente”

O Destino Do Amigo Depende Do Grupo

Dr. Michael LaitmanPergunta: Será que a influência das forças em torno de nós depende do código das Reshimot?

Resposta: A influência das forças que nos rodeiam depende de muitos fatores.

O fator mais importante é que quando você já está no grupo ele basicamente determina o que acontece com você.

Nem uma única pessoa em desenvolvimento espiritual está num caminho pessoal, porque todos nós somos como engrenagens ligadas umas às outras e, portanto, não há qualquer pensamento de que “eu tenho algum tipo de caminho único”, ou “o que acontece comigo depende apenas de mim”; isso depende de todos.

Disso nós devemos entender o tipo de força que existe num grupo, que tipo de força existe em nossa unidade, o quanto cada um de nós pode influenciar o destino dos amigos.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 21/07/13, Shamati # 59 “Sobre o Bastão e a Serpente”

A Condição Para O Avanço Espiritual

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como a Torá, que representa a soma coletiva de todos nós, difere do Criador, que representa a conexão geral? Estes dois conceitos parecem o mesmo para mim.

Resposta: Em uma de suas cartas, Baal HaSulam diz que nós temos que avançar de acordo com a regra “Israel, a Torá e o Criador”. Além disso, em cada estado, o primeiro deve ser igual ao segundo e ao terceiro. É apenas sob essa condição que a pessoa pode avançar corretamente.

1 = 2 = 3, esta é a condição para o avanço espiritual.

The Condition For Spiritual Advancement

O primeiro termo “Israel”, Yashar-El (direto ao Criador) é cada amigo que anseia pelo Criador. O segundo termo já é o grupo, trabalhando na unidade. O terceiro termo é a revelação do Criador em nossa unidade.

Da 1a parte da Lição Diária de Cabalá 21/07/13, “Fé Acima da Razão”

Usando Bilhões Para Combater O Desemprego

Dr. Michael LaitmanNas Notícias (do EUobserver): “Dezessete líderes da UE se reuniram em Berlim na quarta-feira (3 de julho) e prometeram um extra de 2 bilhões de euros para um esquema de emprego para os jovens que até agora já custou 6 bilhões de euros”.

“A reunião de Berlim foi uma cúpula ‘três-em-um’, disse a chanceler alemã, Angela Merkel, na conferência de imprensa de encerramento, na medida em incluiu também ministros do trabalho, chefes de agências de emprego e representantes de grandes empresas sediadas na UE – a Mesa Redonda Europeia de Industriais”…

“Merkel disse que o objetivo do encontro foi o de olhar para exemplos concretos do que funciona quando os governos – que têm a responsabilidade exclusiva para as políticas sociais e de trabalho – tentam reduzir suas taxas de desemprego entre os jovens”…

“Mas, para algumas centenas de jovens sindicalistas da Espanha, Portugal, Grécia, Irlanda, Polónia e França, outra reunião de alto nível não está fazendo muita diferença para os 5,6 milhões de jovens desempregados na Europa”.

“‘Jovens da Europa precisam de mais do que a tagarelice de Merkel’, dizia uma faixa no protesto organizado fora da chancelaria na quarta-feira”.

“Outra pedia que os líderes investissem nos jovens, não nos bancos, uma referência ao socorro aos bancos na Espanha, que já despejou milhares de pessoas nas ruas porque elas não têm emprego e não podem pagar suas hipotecas”.

Meu Comentário: Fundos e créditos são criados de acordo com a possibilidade de ser “apropriados” pelo seu próprio povo. Mas hoje, isso não engana ninguém; ninguém sequer espera que haja uma solução para o desemprego. Provavelmente, todos os comentários são como piadas. Depende apenas da pressão das pessoas, quando a elite entender a sua situação desesperada e ouvir o método de educação integral como meio de resolver todos os problemas.

Fé Contra A Razão

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como nós avançamos realmente na “fé acima da razão”?

Resposta: Embora nós tenhamos descoberto que estávamos avançando durante a Convenção, nós também recebemos outra grande adição. Agora, não só acreditamos no professor e em nosso avanço correto, mas também entendemos que, além disso, agora temos que avançar numa maior “fé acima da razão”. Isso significa que, graças à mensagem que recebemos, nós podemos avançar em maior fé agora.

Se avançarmos corretamente, vamos encontrar mais problemas à medida que o ego vai nos puxar mais fortemente para trás e que ainda teremos que avançar sobre ele e contra ele. “Fé acima da razão” significa fé contra a razão.

Como podemos avançar contra a razão? Quando nós avançamos na espiritualidade, cada nível anula o nível anterior de acordo com a lei espiritual de “negar o negativo”. Cada vez que nós crescemos, nos tornamos mais sábios e inteligentes e nosso conhecimento sobre o nível seguinte é o oposto do conhecimento sobre o anterior nível.

Cada Partzuf é feito de dez Sefirot, de Keter a Malchut. Malchut do superior se torna Keter do inferior, o que significa que altera as suas propriedades para os atributos opostos. No entanto, quando nós subimos, Keter do inferior se torna Malchut do superior, e, portanto, torna-se também o oposto.

Faith Against Reason

Malchut é o atributo de recepção e Keter é o atributo de doação. Assim, cada vez que subimos, nós precisamos transformar recepção em doação, na “fé acima da razão”. Quando você sobe para os próximos dez níveis, visto que sua Keter tornou-se Malchut, é como se você negasse todo o seu conhecimento anterior e todas as dez Sefirot que você tinha no nível anterior tornam-se o oposto e estão incorretas no próximo estado.

É como falar com uma criança que vê as coisas do seu nível, enquanto você as vê de forma totalmente diferente. As razões e as ações são diferentes, apesar de você ver o mesmo resultado.

“Fé acima da razão” é fé contra a razão. Ela sempre nega a razão anterior e você deve avançar contra ela, ou seja, acima. Eu tenho o conhecimento anterior e ainda avanço de acordo com a fé.

Quando Rabash me explicou o que significa “fé acima da razão”, ele me deu o seguinte exemplo: suponha que um amigo tomou emprestados mil dólares de outro amigo e quer devolver o dinheiro. Quando ele lhe devolve o dinheiro, verifica-se que há um dólar a menos no envelope. Ele pergunta se o amigo devolveu todo o dinheiro e seu amigo diz que sim. Será que ele começa a pensar quem está certo agora? Não. Se o amigo diz que são mil dólares, eu aceito isso como mil dólares. Isso significa que eu não acredito no que vejo, pois agora tenho os olhos do meu amigo em vez dos meus próprios olhos. Eu não acredito nos meus sentimentos e no que sei; eu avanço na “fé acima da razão”.

O que o meu amigo me diz significa os vasos externos, os atributos externos são mais importantes para mim; eu aceito isso como uma informação mais precisa, que é mais clara e correta do que a minha. Então, se o grupo decide algo, eu imediatamente aceito e embora seja claro para mim que exista menos de mil dólares aqui, eu aceito como mil. É um substituto para mim. Em geral isso parece totalmente ilógico e irreal, e é realmente assim.

Baal HaSulam diz que certas pessoas podem parecer perversas e outros justas de acordo com seus atributos, e então nós as vemos da maneira oposta, algumas pessoas parecem ricas e outras pobres e, daí nós vemos de forma oposta, algumas pessoas parecem inteligentes e outras tolos e, depois, o oposto. Tudo depende de nós. No mundo espiritual, nós mudamos completamente a imagem, alterando os nossos atributos. Os órgãos e as conexões entre eles são revelados de uma forma totalmente diferente.

Portanto, a “fé acima da razão” é o meio pelo qual nós avançamos e subimos a escada espiritual. Não podemos fazê-lo de outra maneira! “A fé acima da razão” é a fé oposta do que sabíamos anteriormente. Se não temos fé contra o que sabíamos antes, nunca subiríamos de um Partzuf (estado) para o segundo, o terceiro, e assim por diante. Esta é a forma como a transição ocorre.

Se nos foi dada a mensagem e sentimos que estamos no caminho certo durante a última Convenção e que o nosso professor nos orienta corretamente, embora realmente não acreditássemos nisso, nós temos um problema agora. Então, onde está a nossa fé? Como podemos fechar os olhos e ignorar o que sabemos? Se não fizermos isso, vamos avançar egoisticamente. Pela primeira vez, é-nos dada uma chance real de conquistar o nosso próximo nível num ataque “acima da razão”.

Da 1a parte da Lição Diária de Cabalá 21/07/13, “Fé acima da Razão”

Uma Refeição Aquecida

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, “A Paz”: … Quando todos os problemas, esforços e angústias que nos caem sobre nós ao longo do tempo parecem um anfitrião que se incomoda muito consigo mesmo para preparar uma grande festa para os convidados. E ele compara a meta prevista, que deve ser finalmente revelada na festa, cujos convidados participam com grande prazer. Por isso se diz, “e o julgamento é verdadeiro, e tudo está pronto para a festa”.

Assim, há uma refeição e os convidados devem ser convidados. Os convidados devem ter um apetite saudável, o que significa que devem estar com fome e ter uma deficiência que seja grande o suficiente para corresponder ao desejo do anfitrião. Ele preparou tudo para eles, mas o problema é que os convidados não podem ser indiferentes à refeição, mas devem realmente querer esse preenchimento. Seu desejo deve ser revelado de forma independente, de acordo com o seu livre arbítrio.

Nós sabemos como pode ser desagradável estar com fome se não houver uma refeição à vista. No entanto, não devemos vê-la antecipadamente, uma vez que, se a virmos, com isso diminuiríamos o nosso apetite e chegaríamos à mesa sem a preparação adequada, sem um desejo verdadeiro, que é a coisa mais importante.

Portanto, o inferior deve fazer algo a fim de se preparar para a refeição. Trata-se de uma preparação muito cuidadosa e “astuta”. Não é o anfitrião que desperta o convidado, mas sim o próprio convidado que prepara todas as deficiências necessárias para saborear com prazer todas as delícias que o anfitrião preparou para ele. Além disso, ele deve comer só por causa do anfitrião e não para seu próprio bem.

Não devemos usar o nosso apetite de forma natural. Não devemos ser preenchidos pelos prazeres que o nosso ego está acostumado. Primeiro nós temos que passar por toda uma série de correcções graduais, até que o convidado suba para o mesmo nível do anfitrião. Não, não se trata mais de uma refeição. Isto não está mais em primeiro lugar; desaparece. Seu espírito está acima da refeição e independente do alimento que é servido.

A criatura deve passar por uma série de mudanças graduais na sua deficiência. Primeiro, ela ansiava por prazeres materiais menores apenas para seu próprio benefício, totalmente separados do anfitrião. Durante a primeira fase, havia a necessidade do padrão mais simples de prazer e sofrimento, a fim de começar a experimentar esse sentimento.

Mais tarde, porém, o esclarecimento é dirigido para um nível superior e não apenas para receber os refrescos que o anfitrião serve. Nosso relacionamento se torna mais pessoal e novas perguntas surgem acima do cálculo do dar e receber, e novas camadas são reveladas.

É só o convidado que se desenvolve, é claro, até que ele sente que deve simplesmente devolver um favor ao anfitrião, pois, caso contrário, ele vai queimar de vergonha.

Mais tarde, descobre-se que o problema não é anular a vergonha, mas sim que é muito bom que eu sinta isto, uma vez que graças a ela, eu posso sentir a minha doação ao anfitrião e desfrutar muito mais do que qualquer alimento que está em cima da mesa. Não importa o quanto de alimento exista, está apenas no nível de Nefesh, e a chance de dar satisfação ao anfitrião já está no nível de Ruach.

Mais tarde, eu receberei os refrescos dele, mas só por causa dele, e este é já o nível de Neshamah.

No entanto, eu ainda sinto o resultado em mim, enquanto a verdadeira dádiva tem que ser incondicional, pura, sem esperar qualquer recompensa. Eu simplesmente quero dar, subir acima de qualquer resultado pelos esforços que fiz. Eu já passei por todo o caminho, e agora não quero nem saber que a minha doação alcança o Criador. A principal coisa é que Ele vai se sentir bem, e não importa se Ele não sabe de quem Ele recebe essa bondade, se é de mim ou de outros. Este é o nível da Luz de Haya.

Assim, nós podemos alcançá-lo independente dos cálculos entre o convidado e o anfitrião à mesa com os refrescos. Esta é a Luz de Yechida.

Ascendendo aos níveis de doação, a pessoa alcança o Criador.

Neste processo, apenas o convidado muda e a carência que ele adquire se torna a sua própria carência genuína. Ele deve ser separado do anfitrião, a fim de se deparar com uma nova carência a cada vez, apesar da revelação do Criador.

Nosso problema é manter o ponto de separação, o “algo a partir do nada”. O convidado confia neste ponto cada vez mais, e o enfatiza cada vez mais, pois sem este ponto, ele não tem o direito de existir.

A refeição e todas as Luzes e os vasos que estão relacionados a Ele permanecem apenas até o fim da correção, quando nós revelamos o anfitrião e estamos em adesão com Ele.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 19/7/13, Escritos do Baal HaSulam

Diferentes Sistemas, Um Modelo

Dr. Michael LaitmanPergunta: Nós estamos disseminando a educação integral. Basicamente, esta é realmente a sabedoria da Cabalá que foi adaptada para o uso com as massas. Eu gostaria de saber a relação em porcentagem, quanto deve ser investido na disseminação interna e quanto na disseminação externa?

Resposta: Normalmente os cientistas investigam os diferentes efeitos e fenômenos da natureza, colocam tudo em fórmulas e gráficos mostrando as dependências. Então, com base nisso, eles começam a examinar os materiais apropriados, e após a experimentação eles traduzem tudo em processos tecnológicos práticos necessários para a vida.

Antes do desenvolvimento tecnológico atingir as prateleiras das lojas ele passa por um longo processo. No início, os cientistas estão envolvidos com fórmulas, gráficos, física, cálculos matemáticos e aparelhos. Então você verá os dispositivos embalados em caixas nas lojas. Toda dona de casa pode comprar, digamos, um forno de microondas, colocá-lo na cozinha, ligá-lo, e aquecer pãezinhos.

Você pode imaginar o caminho do desenvolvimento desde o estudo sobre as microondas e seu impacto em vários objetos, etc., até a dona de casa aquecendo uma torta para sua família! Embora ela não esteja familiarizada com o princípio de como o dispositivo funciona, isto não lhe interessa. Ela só sabe que é necessário definir uma temperatura particular, num determinado momento, e então ela vai ter uma torta quente. Isto também é física e da sua utilização.

É assim com a sabedoria da Cabalá. Ela explica a estrutura do mundo, as forças que nos influenciam. Mas de acordo com o nível da pessoa, ela poderia aprendê-la como física avançada, ou seja, a natureza interna das coisas, ou como uma aplicação prática em si mesma.

Nós investigamos a sabedoria da Cabalá em sua forma pura, com a ajuda de gráficos, fórmulas e um grande volume de textos complexos. Vocês mesmos sabem quantos anos ela pode ser estudado, mas não ser totalmente explorada. Porém, na prática, ela só explica a interação entre duas forças, positiva e negativa, como elas estão correlacionadas e integradas na ligação entre elas, o ambiente resultante que é formado entre elas, de que modo nós podemos mudar isso para que seja confortável e benéfico para a pessoa, para que estas forças possam ser utilizadas de forma mais eficaz. Mas o problema é que, a fim de utilizar essas forças corretamente, a pessoa deve ser corrigida.

Aparentemente, nós não usamos a cooperação entre estas duas forças (positiva e  negativa) no nível de nossas características internas, mas no nível egoísta. Nós tentamos escravizar não só toda a natureza, mas a família, a nação, toda a humanidade e toda a terra, e fazemos delas o que pode vir à mente.

E isso só se torna possível para nós até certo ponto, mas não mais, porque a natureza não o permite. Ou seja, nós não podemos manejar as duas forças no nível seguinte. Este nível nos é revelado apenas na medida em que a nossa forma se torna semelhante a essas duas forças. Somente se a pessoa começa a mudar sua natureza é que ela pode usar essas forças e manejá-las.

O nosso mundo é um espaço em que vivemos com a nossa natureza egoísta, porque é assim que nascemos e desenvolvemos, e nesse âmbito, nós podemos usar a força positiva e negativa num intervalo permitido.

Os níveis seguintes são 125 níveis de oposição entre essas duas forças. Estes não são apenas os níveis de força ou habilidade, mas são novos níveis qualitativos, a partir dos quais, devido à conexão entre eles, formas completamente novas de vida são criadas. Nós não estamos preparados para penetrar nisso, uma vez que só é possível compreender esses níveis acima de nós na medida em que nos tornamos equivalentes a eles.

Atualmente, toda a humanidade entrou na mais recente crise porque ela já evoluiu para um nível no qual ela deve mudar e subir do nível mais baixo para o próximo nível. Nós estamos começando a sentir isso agora.

A transição para a próxima fase envolve uma mudança em nossa natureza, de egoísta para altruísta. E aqui um problema é despertado. Nós estamos aprendendo a mudar nossa natureza baseado no fato de que nós mesmos somos atraídos para isso. Mas a maioria das pessoas não é atraída para nada. Portanto, a natureza e a crise vão obrigá-las a se envolver com isso.

Elas não se ocuparão nisso como nós nos ocupamos. Nós aprendemos o método em si, a estrutura, a cooperação entre as duas forças, o campo de energia entre elas, as Luzes, a mistura entre as forças. Tudo isso pode ser traduzido para a linguagem da pura física ou a linguagem da emoção, porque tudo passa pela pessoa ou em outras formas de expressão. Nós estamos familiarizados com isso a partir de nossas fontes.

E o homem comum, que não é puxado para frente, como nós, deve, no entanto, subir para o próximo nível, pois a vida vai empurrá-lo por meio do sofrimento; ele não vai ter que fazer isso. Ele é como a dona de casa que usa o microondas. Nós só precisamos mostrar a ele, ensiná-lo o que pressionar, e tudo vai ficar bem.

E é preciso pensar nisso. Por isso, cabe a nós reescrever este método na sua forma mais simples e acessível, pois o nosso futuro físico e espiritual depende disso. Isto é, se quisermos chegar à descoberta do próximo nível, do próximo estágio, mesmo da próxima dimensão (embora isso soe místico, nós não somos místicos), então cabe a nós adaptar o método para nós mesmos e reescrevê-lo de uma forma simples para os outros.

Se tomarmos um livro sobre as leis de Newton no nível universitário, nós vemos que estas fórmulas são bastante complicadas, mas na escola as aprendemos como fórmulas curtas e resumidas: massa, velocidade, aceleração, queda livre, e assim por diante. Exatamente assim nós devemos reescrever todas as nossas leis complexas, as relações integrais em sua forma mais simples. Este é um problema muito sério e devemos cuidar dele.

Nós aprendemos sobre a relação entre as duas forças de acordo com as relações entre um homem e uma mulher numa família, ou os pais com os filhos, ou outras relações no nível físico ou na conexão entre dois sistemas: positivo e negativo na forma de Abba ve Ima ou ZON, ou Arik Anpin e Atik. Apesar da mudança de nomes, o princípio permanece o mesmo, uma ligação entre positivo e negativo. Dependendo da intensidade da relação entre eles, a altura do sistema que eles geram é estabelecida.

Através das conversas sobre a “Nova Vida” ou as discussões de outros assuntos, o meu interior não muda em nada, pois para mim é o mesmo diagrama. É exatamente assim como ocorre no momento da lição matinal, durante as três horas que saltam de um assunto para outro. No entanto, eu não me esgoto; eu poderia ensinar mais dez horas. Você pode ficar cansado, mas eu não, porque para mim não existe um modelo.

Da Convenção em Krasnoyarsk 13/06/13, Lição 3

O Verdadeiro Julgamento

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, “A Paz”: “Agora que já aprendemos tudo o que foi exposto, podemos compreender uma frase pouco clara em “Masechet Avot” (Capítulo 3, item 16). Ela diz o seguinte: Ele (o rabino Akiva) dizia: ‘Tudo está em depósito, e uma fortaleza se espalha sobre toda a vida. A loja está aberta e o lojista vende a prazo, o livro está aberto e a mão escreve. E todos os que desejam emprestar podem vir e tomar emprestado, e os coletores voltam regularmente, dia-a-dia, e cobram da pessoa consciente e inconscientemente. E eles têm em que confiar, e o julgamento é verdadeiro, e tudo está pronto para a festa’”.

Pergunta: O que significa o “verdadeiro julgamento”?

Resposta: O julgamento é de acordo com as relações das Luzes e vasos. Existe uma lei que, embora a Luz (+) e o vaso (-) estejam em oposição e exista uma grande diferença entre eles, dividida em 125 graus, o vaso tem ainda deve se mover com os seus atributos em direção à Luz através de todos esses níveis. Este é o primeiro princípio: a equivalência de forma.

Nós recebemos 6000 anos em que podemos ir por dois caminhos para chegar à equivalência de forma.

Além disso, a humanidade é dividida em dois grupos:

  • Israel (GE) – aqueles que anseiam chegar ao Criador por si mesmos.
  • As nações do mundo (AHP) que não receberam este anseio.

Assim, há regras que não são determinados por nós. Neste mundo, nós não escolhemos nada, todos os nossos desejos são geridos de Cima. A Luz vem e evoca certa deficiência no desejo e não nos deixa outra escolha senão tentar satisfazê-lo. Por quê? Não nos é perguntado.

O desejo vem em primeiro lugar e a mente e os diferentes cálculos são o resultado. Eles são os meios que nos permitem escapar dos sofrimentos, visto que uma deficiência que não é satisfeita e os sofrimentos são, na verdade, a mesma coisa. Só mais tarde é que nós vamos adquirir deficiências que são sentidas como prazeres graças ao anseio pelo amor.

Este desenvolvimento pode ser comparado com um rolo compressor que está se movendo sobre nós por trás e nos obriga a correr para frente. Esta é a Luz Circundante (Ohr Makif) do primeiro tipo (OM I), geral, brilhando sobre todos, protegendo e fazendo avançar todos de forma obrigatória. Nós achamos que o mundo é governado por políticos, a elite, etc., mas, na verdade, como está escrito: “O coração dos ministros e reis está nas mãos do Criador”.

Além disso, existe a Luz Circundante do segundo tipo (OM II). Esta é a nossa Luz, que se aplica a quem tem o ponto no coração (•). Ela nos afeta, nos move para frente, nos faz levantar para estudar às 3 da manhã, a fim de mudar a nós mesmos, para ajudar a humanidade, etc.

True Judgment

A lei também funciona aqui, uma vez que não nos foi perguntado se queríamos ser despertados ou não. Na Introdução ao Estudo das Dez Sefirot, Item 4, Baal HaSulam diz: “O próprio Criador coloca a mão da pessoa na boa sorte”.

O que significa que Ele leva a pessoa a escolher o ambiente e diz: “‘Escolha uma boa parte na Minha terra para você’. Ele a coloca na boa parte e lhe diz: ‘Escolha isso por si mesma’”.

Você vai fortalecer a Luz Circundante ao se incorporar no grupo. Esta já é a Luz muito pessoal que a pessoa pode provocar por si mesma, criando assim o início de sua conexão com o Criador.

Portanto, quando eu faço um grande esforço no grupo, eu começo a estabelecer a relação com Ele apenas no grupo, uma vez que ela não pode ser feita fora do grupo. Só aqui eu posso me conectar com a fonte da Luz. Isso significa que não se trata da Luz ou das mudanças que ela evoca, nem mesmo do grupo e, certamente, nem de mim. A única coisa que importa é que ela me liga à fonte, ao Criador. Tudo o resto é apenas o meio.

Então, se eu construir uma cadeia, eu faço tudo que é necessário: eu evoco a Luz, incorporo no grupo e anulo a mim mesmo diante dos amigos. A coisa mais importante é desenvolver constantemente e fortalecer a minha conexão com a fonte da Luz. Assim, eu trabalho com a Luz Circundante privada de acordo com a disposição privada que está de acordo com o grupo, a evolução global geral.

Pergunta: Isso significa que eu tenho que justificar totalmente o julgamento e entender que ele está certo?

Resposta: Não há julgamento de Cima. O Criador traz você para o grupo e lhe diz: “Escolha por si mesmo”. Em outras palavras, se fortaleça nele, trabalhe com os amigos, e continue a avançar.

Ele “coloca sua mão sobre a boa sorte”. Portanto, você a escolhe ou não? Se você não fizer isso, então, na mesma medida que você ignora o seu papel, você atrai imediatamente o problema sobre si mesmo. Não só a sua incompletude pessoal é levada em conta aqui, mas também o resultado negativo que vai afeta a todos. Tudo isso volta para você como um bumerangue e começa a pressioná-lo. Portanto, não é o Criador que nos envia todos os problemas. Só o amor vem Dele. Você descobre isso mais tarde.

Assim, por que você se sente tão mal? Porque você não cumpriu o seu papel para consigo mesmo e para com os outros, e por isso você sentiu o resultado de suas falhas. Por causa de sua falta de compreensão, você pensou que isso se originasse Dele, mas na verdade é você quem causou seus próprios problemas por si mesmo. Quando você finalmente pecebe isso, você não tem qualquer queixa do Criador.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 28/06/13, Escritos do Baal HaSulam

Os Salmos Do Rei Davi

Dr. Michael LaitmanEu aconselho vocês a ler Tehilim (os Salmos).

Tenham em mente que eles só se aplicam a quem os lê, pois eles só falam sobre o que acontece dentro de uma pessoa, sobre suas propriedades, apenas sobre as relações pessoais entre a pessoa e o Criador, e não sobre objetos ou eventos externos.