Curar Algo Com Algo Semelhante

Dr. Michael LaitmanPergunta: Por que é difícil para nós abrir os nossos corações, mesmo se sabemos que somos uma família? Quanto mais próxima uma pessoa está, mais difícil é. Nós estamos prontos para compartilhar e derramar nosso coração a alguém, exceto aqueles que estão perto de nós. Por que isso? É apenas meu sentimento, minha ilusão?

Resposta: Na verdade, é assim, e vai ficar ainda mais difícil. Diz-se no Zohar que os alunos do Rabi Shimon, que eram todos grandes Cabalistas, sentiam um ódio tão grande entre si quando se reuniam que parecia queimá-los por dentro. Eles estavam prontos para queimar um ao outro. Então você está no caminho certo. Nós devemos entender isso e saber como controlá-lo.

A questão é que todos os atributos negativos foram dadas a nós para que pudéssemos ver como temos que concentrar nossos esforços em nos aproximando. Portanto, não há nada a reclamar, mas sim estar feliz com a revelação do mal e compreender que ela mostra onde você está doente.

Você pode imaginar o que aconteceria conosco se nada doesse? Quantas doenças nós iríamos ignorar? Graças à dor nós prestamos atenção à doença e a curamos. Nós não nos acalmamos dizendo que “Eu odeio o outro, mas agora vou tomar uma bebida com ele, comer alguma coisa juntos, e tudo vai ficar bem…”. Não! Isso é errado! É como tomar um analgésico. Um copo de vodka e está tudo bem, e ele já e o seu amigo? Não!

Pergunta: Então, onde posso comprar o remédio?

Resposta: O remédio só é revelado quando alcançamos o reconhecimento da doença em si. Só então, o remédio é revelado dentro da doença. Afinal, todos os remédios que usamos no mundo foram descobertos pelo estudo da doença em si. Ao estudar a doença nós descobrimos qual é a causa e começamos a usar o mesmo material como um antídoto, curando algo com algo “similar”.

Isto significa que quando nós sabemos com certeza qual é o problema, nós o curamos usando a mesma coisa, mas em sua forma oposta. Portanto, isso ainda está para ser revelado. A principal coisa é não negar e não perceber o ego que se revela entre nós como algo ruim.

Da Convenção Em Krasnoyarsk 14/06/13, Lição 1