Construa Um Barco Dentro De Si Mesmo Para Os Amigos

Build A Boat Within Yourself For The FriendsBaal HaSulam, de “O Arvut (Garantia Mútua) “: Se uma minoria deles cometesse a traição e retornasse à imundície do amor-próprio, sem consideração por seus amigos, a mesma quantidade de necessidades que é posta nas mãos desses poucos sobrecarregariam Israel com a necessidade de provê-los.

Isso porque esses poucos não teriam piedade por essas pessoas; portanto, o cumprimento do mandamento (Mitzva) de amar ao próximo é que impede a todos de Israel.

Isso está falando de uma incontestável  garantia mútua, da responsabilidade do grupo que vincula tão forte e firmemente todos num todo, que a vida e a morte de todos dependem disso. Se um deles violasse o Arvut, todos seriam condenados à morte. Isso já é algo maior do que a interdependência usual.

Portanto, todos num grupo devem entender que esta é uma condição que não pode ser alterada. A questão aqui não é o rosto dos amigos, não a sua natureza ou os seus hábitos. Para mim, nada disso importa. A principal coisa é a seguinte: eu estou criando com eles um sistema de garantia mútua como esta ou não?

Junto com isso, nenhum de nós sabe o que está acontecendo com os outros. É como se cada um fosse responsável por sua válvula vedando um buraco no barco compartilhado. No entanto, ninguém vê isso. Ninguém sequer sente o que está fazendo. Quando eu tiro a minha válvula, eu não noto que o nosso barco está afundando.

Nós trabalhamos em condições de ocultação completa, e precisamos demonstrar responsabilidade, ansiar por adesão e unidade; nós precisamos lembrar que dependemos do superior. Somente Ele irá nos unir e proteger.

Esforços no caminho vão nos ajudar a compreender o que mais estamos perdendo.

Assim, esses rebeldes fizeram com que aqueles que observam a Torá permanecessem na imundície do seu amor próprio, para que não pudessem observar o mandamento “Amai ao próximo como a ti mesmo”, e completar seu amor pelos outros sem a ajuda deles.

Eu preciso chegar a um estado onde eu exijo a Torá, o método, para estar unido aos amigos. Este é o meu objetivo, e eu estou preocupado apenas com isso. A unidade com os amigos é o valor supremo em meus olhos, e para não prejudicá-los, para não traí-los, eu preciso da ajuda do Criador, da Torá.

Eu me dedico completamente ao grupo e temo apenas uma coisa: prejudicar os amigos. Então, eu peço ao Criador: “Ajude-me a evitar causar danos. Isso é tudo que eu preciso e nada mais”.

Enquanto isso, eu não estou pensando em como satisfazê-Lo. Esse nível ainda está longe de mim. Preocupar-se com isso agora seria como não se preocupar. O que está esperando por mim agora não é o amor pelo Criador, mas o amor pelas pessoas, o amor pelos amigos.

No entanto, eu não estou pronto para amar assim. Eu só odeio, tenho ciúmes deles, rejeito-os, ou pelo menos, não me preocupo com eles. Eu os esqueço o tempo todo. Então, eu peço à força do Alto para me dedicar aos meus amigos, ser responsável por eles, e fazer tudo o que depende só de mim, para que eu possa ser incorporado plenamente num grupo.

Então, nada restará de mim, exceto essa intensa preocupação que preenche todos os meus pensamentos e sentimentos.

Isso é tudo que eu peço do Alto quando sei que não consigo manter esse tipo de devoção por mim mesmo. Isso é tudo o que eu espero quando conto com a ajuda que virá e não me deixará, de modo que vou ser capaz de proteger os meus amigos.

Este é o primeiro nível que nós precisamos atingir, e se eu realmente quero isso, eu mereço receber a Torá. Você vê num caso como este que eu realmente preciso da Luz que Reforma que unirá os meus vasos, meus desejos quebrados, que irá corrigir a minha alma, transformando-a num barco para todos. Nela, eu vou manter e proteger meus amigos, certificando-me que nada de ruim aconteça com eles.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 05/05/13, “A Garantia Mútua”