A Tecnologia Da “Sabedoria Da Massas”: Motivação

Pergunta: Em programas de investigação de massas humanas, não há nenhum método uniforme, um esquema uniforme, que explique como é que as pessoas se conectam integralmente, de modo a criarem uma mente coletiva. Todos os esquemas são criados como uma experiência, mas as pessoas não os podem repetir. Portanto, as comunidades que estão a ser criadas podem desmoronar-se a qualquer momento e, possivelmente, nem sequer podem mesmo ser criadas. Poderia isto ser um problema de motivação, porque todas estas sociedades estão organizadas, sem um interesse financeiro?

Resposta: Esta deve ser uma reunião de pessoas para as quais existe uma única motivação: Nós estamos reunidos, com o propósito de sermos conectados num único todo unificado. Isto é chamado de “multidão”. Uma multidão não é apenas um conjunto de pessoas que de repente se reuniram numa praça pública, porque ouviram falar que algo de novo, estranho e interessante vai acontecer naquele local. A sabedoria das multidões são as pessoas que percebem que há algum tipo de integração mútua.

Pergunta: Em que condições é que a sua integração mútua acontece? Porque é que tem sucesso em unir?

Resposta: Do ponto de vista da ciência integral, deve haver um tipo de unidade, onde cada pessoa deseje integrar-se com os outros. E isto significa que ele precisa de ser humilde perante os outros, independentemente de ser um grande, sábio e muito conhecido cientista. Isto para dizer, as pessoas devem ter uma motivação para estarem integradas com os outros, para os ouvir.

Portanto, por um lado eu tenho que estar mais abaixo do que os outros, estar pronto a aceitar tudo o que eles pensam e sabem, pronto para aceitar o seu ponto de vista. Por outro lado, eu acredito que o meu ponto de vista poderá ser-lhes útil, e, portanto, eu expresso-o, sem pressionar os outros.

Conclui-se que existem dois níveis muito diferentes: eu torno-me humilde perante a multidão, a que eu chamo de “grupo“, e eu elevo-me acima do grupo. A ambos os pontos de vista são dados créditos. Cada membro dentro do grupo trabalha com os dois níveis.

É especificamente desta forma que eu sou incluído nos outros, caso contrário, eu não o posso fazer. Em relação à multidão, eu estou a trabalhar com estes dois polos determinantes. Ao mesmo tempo eu sou inferior aos outros e ao mesmo tempo sou maior do que eles, e então aproximo-me de um estado onde eu sou igual a eles. Neste tipo de estado eu posso aceitar tudo e dar tudo.

Do programa “A Sabedoria da Massas” 06/05/13 de KabTV