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Os Europeus Estão Perdendo A Confiança Na União Europeia

Dr. Michael LaitmanOpinião (de Deutsche Welle): “A confiança do público na União Europeia atingiu o fundo do poço, revela uma pesquisa recente. Desde o início da crise do euro, os europeus perderam a fé no bloco, mesmo em países pró-europeus, como a Alemanha.

“‘O resultado mais surpreendente foi que quase todos os europeus se viam como vítimas’, disse José Ignacio Torreblanca. ‘Tanto os países devedores como os credores, basicamente sentem que perderam o controle do que estão fazendo’.

“É de fato um risco muito real de que a Europa possa fracassar devido à falta de apoio dos seus cidadãos.

“É um problema comum que os políticos nacionais atribuem os êxitos da Europa às suas próprias políticas, ao passo que colocam em Bruxelas a culpa das falhas. Isso é um padrão bem conhecido para explicar por que a UE não é popular”.

Meu Comentário: Só uma unificação mais profunda irá salvar a União Europeia e a Europa em geral. Mas a unificação deve ocorrer não no nível do estabelecimento financeiro e político, mas no nível das sociedades e nações.

Bem-Vindo Ao Cruzeiro Eterno

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam diz no artigo “O Arvut (A Garantia Mútua)”que se a sociedade se preocupar com cada um de seus membros, ela pode neutralizar o desejo egoísta de uma pessoa.

Suponha que eu vá num prazeroso cruzeiro com “tudo incluído”, despreocupado, já que o serviço realmente inclui tudo o que eu possa pensar. Eu descanso na minha cabine me preparando para passar duas semanas de puro prazer. No entanto, quando partimos, dizem-me que vai ser um cruzeiro eterno. Portanto, eu vivo, e tudo é preparado para mim: café da manhã, almoço e jantar são servidos no horário certo, a minha cabine está sempre arrumada, há uma biblioteca, uma sala de cinema, internet, piscina, e assim por diante. Tudo está a meu dispor.

Além disso, todo mundo me trata muito bem e é muito atencioso, e não há nada com que se preocupar. As pessoas ao meu redor estão prontas para me ajudar a qualquer momento e de qualquer maneira. Estes são os princípios sociais neste barco, e se aplicam a todos, sem exceção.

Portanto, como a minha natureza vai reagir a isso? É possível que o ego entre em erupção sob tais condições? As pessoas ao meu redor me ensinam a me anular por sua atitude em relação a mim, e eu não procuro formas para preencher e satisfazer-me mais.

Por exemplo, eu não perambulo em bares e restaurantes em busca de iguarias que ainda não provei, mas me sinto satisfeito com uma simples alimentação saudável. Luxos não me excitam como antes. Lá, um buffet de sobremesas está aberto diariamente, e rapidamente freia minhas demandas. Depois de alguns dias, eu já restrinjo meu “consumo diário”, e depois de uma semana, estou satisfeito com uma xícara de café e um biscoito. A atmosfera está cheia de Luzes Circundantes que estão constantemente prontas para conter e acalmar o meu ego.

A questão principal aqui é o exemplo que eu tomo dos outros e a atitude que eles me ensinam. Eu estou na companhia de pessoas que estão satisfeitas com pouco. Isto é o que é aceito entre elas, e pronto. Elas realmente não precisam de mais do que isso. Elas preferem desfrutar as boas relações, que eu agora tomo em porções, em vez de alimentos. Se eu me sinto triste e retiro uma porção do “nosso amor”, estou imediatamente cheio de amor.

Isso porque eu estou numa rede de relações sociais, humanas, cuja mensagem clara é que nunca me faltará nada. Na verdade, o sentimento em si é o suficiente, e nada mais. Inicialmente, pela nossa natureza, nós dependemos do ambiente, e não há compromissos aqui. Assim, se o grupo irradia a atitude certa em relação a mim, imbuído de tranquilidade, paz e boa vontade, então, menos de um dia depois, eu também sinto que tudo é exatamente como deveria ser. No entanto, se eu me encontrasse em alguma gangue, eu também iria absorver seus princípios.

Existe uma inclinação natural dentro de uma pessoa de se adaptar ao ambiente. Eu simplesmente não tenho meios e não há como combater essa inclinação. Assim, dentro de um par de horas, eu fico incorporado na atmosfera geral da garantia mútua e paro de me preocupar comigo. As pessoas ao meu redor são a minha rede de conexões e estão mais próximas de mim. Eu não posso resistir a sua opinião, já que também faço parte da rede geral.

Portanto, quando é a minha vez de revelar o Criador, a raiz da minha alma, eu sou levado a um novo tipo de conexão, a um grupo. A mesma lei opera aqui: o grupo me diz que não há nada com que se preocupar e que eu vou parar de me preocupar com isso. Mas, além disso, ele tem que transmitir a mensagem de que eu tenho que me conectar com os amigos e aderir ao Criador. É porque a autoanulação não basta, eu também preciso da direção certa, e eu também receberei esta mensagem.

Meu livre arbítrio não é tirado de mim no grupo, já que eu simplesmente vou me anular. Na espiritualidade, as opiniões de outras pessoas não são transmitidas automaticamente. Este é outro barco que eu tenho que escolher sozinho. O Criador me leva até a escada, mas cada passo exige grande esforço e fortalecimento ao longo do caminho. No entanto, será que eu fico mais forte? Eu realizo o meu livre arbítrio? Sem o livre-arbítrio, eu nunca vou desenvolver o ser humano dentro de mim.

O “ser humano” (Adam) é só aquele que pressiona a si mesmo para entrar no grupo e ser incorporado aos amigos. Então, eu recebo tudo o resto deles automaticamente, já que não tenho mais qualquer controle sobre isso.

Em suma, nós podemos escolher apenas uma coisa: o ambiente. A primeira e principal condição é a garantia mútua. Se nós estamos conectados em garantia mútua e proporcionamos a todos tudo o que eles precisam para a autoanulação, então não precisamos de mais nada para começar.

A segunda condição é ter certeza de que todos tenham estímulos e incentivos para que certamente se prendam aos amigos. Isso garante a boa sorte de uma pessoa.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 30/04/13, “A Garantia Mútua”

Eles Ajudam Quem Está Pronto Para Ser Um Fiador

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, “O Arvut (Garantia Mútua) “Item 17: A entrega da Torá teve que ser adiada até que eles saíssem do Egito e se tornassem uma nação, de modo que todas as suas necessidades fossem satisfeitas por eles mesmos, sem depender dos outros. Isso os qualificou a receber o Arvut, e assim eles receberam a Torá.

A condição para a entrega da Torá, o método de correção, é a prontidão para garantia mútua.

Em geral, a Torá é a Luz que Reforma, que ajuda a pessoa na medida em que ela está pronta para ser um fiador. Em outras palavras, a Torá funciona para a pessoa se ela está pronta para se unir com outro, até o ponto de amar ao próximo.

Se a pessoa não está preparada para isso, a Torá não funciona para ela, a Luz não é derramada. Afinal, a Luz só vem como uma reação ao esforço da pessoa para fazer algo para o outro.

Este princípio se assemelha a um sistema eléctrico com resistência (R). Dependendo da quantidade de resistência entre eu e o outro, a Luz que Reforma, a Luz Circundante (Ohr MakifOM), virá.

They Help Someone Who Is Ready To Be A Guarantor

Não há nenhuma outra possibilidade. O ódio pode arder entre nós. Nosso relacionamento pode ser negativo (-), neutro (0) ou positivo (+), não faz diferença. A principal coisa é que esses relacionamentos sejam tais que o trabalho será feito, que os amigos vão se esforçar.

They Help Someone Who Is Ready To Be A Guarantor

Para fazer isso, nós precisamos estudar, de forma a aprender o que temos que alcançar. Nós também precisamos do grupo que estabeleça a ordem das atividades.

Assim, a Luz que Corrige, também chamada de Torá, nos influencia. E ela age sobre nós no fundo do esclarecimento interno discernido através da inclinação ao mal, que é quem fornece a resistência.

They Help Someone Who Is Ready To Be A Guarantor

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 01/05/13, “A Garantia Mútua”

Uma Nação Que Se Comunica Numa Gama Diferente De Frequências

A Nation That Communicates On A Different Range Of FrequenciesBaal HaSulam, “O Arvut (Garantia Mútua)”, Item 17: Quando os filhos de Israel saíssem do Egito, se tornassem uma nação, e todas as suas necessidades fossem satisfeitas por eles mesmos, sem depender dos outros. Isso os qualificou a receber o Arvut, e assim eles receberam a Torá.

Ao nos unir e construir um mecanismo de interconexão geral de muitas pessoas, nós criamos um sistema completo e perfeito. Nós não precisamos de ninguém nesta conexão mútua: tudo acontece internamente, entre nós.

Portanto, essas condições específicas foram criadas naqueles tempos, e o ambiente externo não influenciou os filhos de Israel. Assim, eles se tornaram uma nação que existe num estado de interconexão e atribui a si mesmo à força superior.

Nesse caso, as nações do mundo não podem ferir a nação de Israel de forma alguma. É porque ela está num nível diferente, vive numa gama diferente de frequências, e simplesmente não se cruza ou toca as outras.

A Nation That Communicates On A Different Range Of Frequencies

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 01/05/13, Escritos do Baal HaSulam “A Garantia Mútua”

O Lugar Para O Novo Mundo

Dr. Michael LaitmanPergunta: O que uma pessoa sente quando está recebendo a Torá?

Resposta: Ela sente que a sua atitude para com os outros está mudando. Ela começa a entender que, exatamente em relação com os outros, ali no meio, entre eles, está o lugar para o novo mundo, novos estados, novos desenvolvimentos acima num nível superior.

Ao estabelecer uma conexão mútua, nós formamos entre nós o terceiro fator: o superior. Esta é a alma, é o Criador que revelamos. Esta é a parte superior do mundo, que não reside em lugar algum, mas precisamente entre nós na forma da linha média.

The Place For A New World

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 01/05/13, “A Garantia Mútua”

Educação Ou Domesticação?

Dr. Michael LaitmanPergunta: No processo de educação integral, a sensibilidade dos nossos cinco sentidos irrompe. No entanto, a pessoa ainda tem que voltar para o mundo real, onde precisa de certa proteção, uma vez que ela continua lidando com várias situações negativas. Como nós podemos ensinar as pessoas a lidar com o mundo para onde regressam depois de concluírem os estudos integrais?

Resposta: Após o curso de estudos integrais, as pessoas vão se relacionar com este mundo de uma maneira diferente e percebê-lo de forma diferente. No entanto, não devemos ensinar as pessoas exatamente como elas devem se relacionar com o mundo ao seu redor. Em vez disso, nós temos que mudar as pessoas. Se as pessoas reconhecerem as mudanças internas, elas vão considerar este mundo de forma diferente.

Em geral, nós estamos dando conselhos errados para os nossos filhos quando lhes ensinamos para não bater em alguém, para não lutar, para não amaldiçoar. Não é uma educação. É como domesticar animais. Nós devemos mudá-los internamente para que seja impossível deles baterem, xingarem ou brigarem. É por isso que precisamos passar por uma transformação interna e subir ao próximo nível, ao invés de simplesmente seguir um sistema de proibições.

Este é o vício de uma educação e formação moderna que orienta as pessoas como elas devem se relacionar com a vida e o mundo. Tudo o que precisamos fazer é elevar a pessoa. O resto virá naturalmente.

O mesmo se aplica à ciência e às artes. De forma prática, não existe qualquer necessidade de ensinar nada. Se nós sentimos os outros como a nós mesmos, nossos sensores começam a abrir. De repente, a pessoa entende desde dentro como produzir sons musicais agradáveis, por exemplo. É a educação mais natural. Tudo o que nós precisamos é elevar os outros e fazê-los se conectar com o resto da natureza, ao contrário do seu egoísmo inato.

Baseado nisso as pessoas se “expandem”, se abrem e se tornam um com o ambiente. As pessoas não precisam de nada, exceto isso. Nesse caso, ninguém pode nos fazer mal, nem vamos estar causando quaisquer contradições ou problemas para os outros. As pessoas sempre vão se sentir bem, uma vez que vão ficar em harmonia com o programa de criação. Elas nunca vão provocar quaisquer tipos de impactos negativos. Não importa onde estamos, sempre haverá uma atmosfera positiva e benevolência em torno de nós.

De KabTV “A Medicina do Futuro”, 07/04/13

Substituição Para A Dependência Egoísta

Dr. Michael LaitmanPergunta: Onde as pessoas podem encontrar força para fazer a transição para a motivação integral? Nós costumamos falar da crise e de outros problemas, o que nos empurra para a unidade, mas talvez haja um toque suave ou uma transição em fases para o sistema integral?

Resposta: Na verdade, isso não pode ser feito mecanicamente. Esta é a primeira vez que a natureza se expressa muito nitidamente como uma única lei de um único sistema em relação à humanidade.

Nós chegamos a um estado em que crescemos egoisticamente. Nós temos nos desenvolvido como egoístas ao longo de muitos anos, e, desta forma, a natureza estava nos empurrando para frente.

É por isso que em vez de exibir a integralidade, a rede de conexão comum sempre mostrou sua interdependência egoísta: um queria ganhar mais dinheiro, ter uma vida melhor, outro queria governar, conquistar alguém, e assim por diante. E nós percebemos todas essas coisas. Esta rede de conexão sempre aparecia entre nós, e à medida que ela manifestou através da comunicação humana, novas nações e continentes se juntaram a ela, mas nada disso era integral. Não havia nenhuma dependência mútua entre elas.

Considerava-se que quando eu conquisto alguém, este se torna dependente de mim, e vice-versa, e isto se aplica a tudo: arte, ciência, tecnologia, guerra e política. O egoísmo sempre nos controlou de uma forma simples e direta. Eu pressiono e recebo o que preciso.

Esta rede consiste de uma combinação de forças egoístas que estavam numa luta constante entre si, desta forma; elas controlavam nações, a humanidade e a civilização num certo grau.

No entanto, a partir do século XX, uma dependência completamente diferente começou a se manifestar: especificamente a dependência entre essas forças, e não simplesmente uma inclinação para estar uns contra os outros que força a humanidade a combater sem piedade. De repente, nós começamos a entrar em sintonia com o outro de alguma forma.

Acontece que você não pode simplesmente destruir uma pessoa, porque ao fazê-lo, você destrói uma parte de si mesmo, um potencial do seu próprio desenvolvimento e existência. Em outras palavras, nós descobrimos uma forte necessidade de cada nação em cada elemento da rede comum.

Isto pode ser muito bem visto utilizando o exemplo da ecologia. O que nós receberíamos se destruíssemos as moscas? Qual seria a consequência da destruição dos lobos? No entanto, esta não é a forma como as coisas costumavam ser. Acontece que nós não tínhamos tanto poder sobre a natureza. Nós não tínhamos a capacidade de fazer com ela o que quiséssemos.

Principalmente, não havia integração. Não havia manifestação de qualidade dela. Nós só começamos a descobrir esta mútua dependência no início do século XX. Vladimir Vernadsky começou a escrever sobre isso naquela época.

A integralidade está aumentando e continuará a se manifestar. É por isso que precisamos pensar sobre como podemos ajudar a humanidade a perceber isso.

De KabTV “A Sabedoria das Massas” 06/05/13

Quando As Massas Se Tornarão Sábias?

Dr. Michael LaitmanPergunta: A força motriz da evolução é a descoberta da rede global da humanidade. Nos últimos anos, esta descoberta tornou-se expressa numa forma interessante chamada de “sabedoria das massas” ou “crowdsourcing”, quando as pessoas se conectam não apenas para falar, mas para produzir um determinado resultado. Isto é, esta é uma verdadeira conexão que produz alguma coisa. O resultado desta conexão está sempre num nível mais elevado do que a soma das suas partes.

O que é a inteligência coletiva, a sabedoria das massas? Porque a inteligência do grupo é maior do que a inteligência de uma pessoa?

Resposta: A inteligência coletiva começou a se manifestar apenas recentemente.

Em princípio, a rede coletiva que nos conecta sempre existiu entre nós. O universo inteiro tem sido considerado pelos filósofos, físicos, e muitos outros investigadores da natureza, como um todo. Como pode o universo não ser um todo unificado se ele nasceu de um ponto e gradualmente começou a se estender?

Na natureza, não há caos, ele só pode existir na nossa mente. Quando examinamos a natureza, vemos leis claras que agem nela, e se não vemos essas leis até o fim, de forma geral ou específica, isso só reflete a nossa falta de conhecimento. Quanto mais descobrimos sobre a natureza, mais descobrimos a conexão absoluta que existe nela.

Essa conexão existe em todos os níveis da natureza. O indivíduo e a sociedade não são exceção. Eles são um produto da natureza. De certo modo, nós não criamos isso e nos tornamos assim, embora desejássemos pensar que somos totalmente independentes. Pelo contrário, quanto mais avançamos, mais as leis da evolução da sociedade humana nos são reveladas. Nós vemos como essas leis são objetivas. Nós não podemos fazer nada sobre elas, só podemos especificar os fatos.

Portanto, a rede que liga a parte inanimada, vegetal, animal e humana da natureza, é uma só. No nosso tempo, a última parte da natureza, a mais desenvolvida, está sendo revelada. A sociedade humana está começando a descobrir que também está incluída numa rede global, integral, e esta rede é tão interconectada que se nós vemos as coisas através dela, podemos ver que é mesmo impossível imaginar a liberdade de escolha de uma pessoa. Nós podemos ver que não há nada de acidental aqui, e assim por diante.

Tudo está incluído com precisão absoluta neste programa de evolução que nos mostra a interdependência absoluta entre nós e, à medida que o descobrimos, entendemos que estão incluídos dentro dele, e ele nos obriga a agir em conformidade.

De acordo com pesquisas da física, uma pessoa que está olhando para algo que está acontecendo no espaço exterior ou dentro do microcosmo traz a si mesma a este evento, e, portanto, este evento está sujeito a alterações. Este fenómeno também demonstra a dependência total entre os diferentes níveis, neste caso, entre o ser humano e os níveis inanimados da natureza.

Esta rede de completa dependência mútua foi descoberta por nós gradualmente, e, assim, ela desenvolve a humanidade, levando-a a sua integração. No momento em que esta rede for descoberta, nós devemos corresponder a ela. Caso contrário, conforme o grau de nossa falta de equivalência com ela, na medida em que diferimos dela, nós experimentamos todos os tipos de problemas, que, em geral, chamamos de crise.

Portanto, pela primeira vez, nós chegamos a uma crise de longo prazo, que já dura há décadas. Os primeiros que viram isso a perceberam cerca de cinquenta anos atrás. Eles eram membros do Clube de Roma, que começou a publicar vários artigos sobre o assunto. Desde então, a crise continuou a evoluir, tornando-se uma crise na família, na educação, na cultura, e assim por diante.

Nós estamos diante de um novo sistema integrado. No entanto, uma vez que somos individualistas, egoístas, não conseguimos nos acomodar a ele. Aqui, são necessárias mudanças dentro do indivíduo. Como essas alterações ainda não ocorreram em nós, a crise vai continuar, é claro. Nós vemos como ela continua a crescer. A rede de conexão entre nós é descoberta mais e mais, mas nós ainda não entendemos o quanto somos diferentes dela. Portanto, ainda é muito cedo para falar sobre crowdsourcing (a sabedoria das massas).

Quando nós nos reunimos, vemos que a soma de todos os nossos esforços e ações é muito maior do que a soma usual. Um tipo diferente de adição é criado aqui. Além disso, esta adição é muito significativa. É como se a sua a sabedoria viesse do próximo nível, como se fosse uma profecia, ou seja, como se estivéssemos vendo um pouco mais, além do tempo, além do que podemos ver, porque através do nosso esforço conjunto, nós entramos numa espécie de equivalência com a rede integral.

Isso está acontecendo entre pequenos grupos de pessoas que ainda são egoístas. Se pudéssemos reunir um grupo que fosse verdadeiramente integral, ou seja, que as pessoas dentro dele subissem para um nível de integração mútua, como é exigido pela rede, então eles se encontrariam em outra dimensão, para a qual a natureza quer nos empurrar.

Afinal de contas, de acordo com a natureza, nós ainda estamos no nível animal da evolução, preocupados apenas com o nosso corpo. Quando nós conseguimos nos preocupar com a inteligência coletiva, a realização coletiva, a nossa existência integral, então conseguimos falar de uma verdadeira sabedoria das massas.

Esta existência integral é a imagem de um ser humano unificado, Adam. Esta não é uma imagem física. Pelo contrário, é uma imagem espiritual, uma reunião supraegoísta de todas as nossas características.

De KabTV “A Sabedoria das Massas” 06/05/13

Veneno Na Ponta Da Espada

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, “Introdução ao Livro, Panim Meirot uMasbirot“, Item 19: O anjo da morte vem com uma espada desembainhada com uma gota de veneno em sua ponta, a pessoa abre a boca, ele joga a gota dentro, e ela morre.

O anjo da morte é o nosso ego que nos isola e nos afasta da espiritualidade o tempo todo. Obviamente, ele faz isso de acordo com esse método, de acordo com o plano geral pelo qual precisamos avançar. Ele tem que crescer para justificar o seu nome, o anjo da morte.

Atualmente, nós vemos que uma crise mundial foi revelada. A humanidade está gradualmente começando a entender que o problema não está numa economia ruim, nem na família quebrada, mas sim na própria natureza humana. Isso significa que não vamos sair da crise através de uma simples mudança do sistema externo. Finalmente, nós chegamos a um entendimento de que o anjo da morte vive dentro de nós e está nos matando. Nós devemos matá-lo nós mesmos, antes que ele nos mate. Com frequência, ele intencionalmente nos isola cada vez mais da boa vida, para que possamos sentir que temos que matá-lo.

A espada do anjo da morte é a influência da Sitra Achra, chamada de “Herev” por causa da separação que cresce de acordo com a medida da recepção, e a separação a destrói.

A pessoa não está preparada para se abster de utilizar o seu ego. Nós vemos que as pessoas continuam a se comportando egoisticamente, mesmo que saibam que estão prejudicando a si mesmas. No entanto, elas são obrigadas a usar o seu desejo de receber e, finalmente: a pessoa é obrigada a abrir a boca, já que é preciso receber a abundância para o sustento e persistência de suas mãos.

Portanto, nós estamos nos matando de geração em geração, retornando repetidamente a este mundo com um desejo cada vez maior por prazer e, novamente, engolindo aquela gota mortal: No fim das contas, a gota amarga na ponta da espada a alcança, e isso completa a separação até a última centelha do seu espírito da vida.

As pessoas devem finalmente entender que usar o desejo de receber as mata. Não importa o quanto nós ardemos com uma nova esperança de explorá-lo, procurando diferentes formas e tentando superá-lo, apesar de tudo isso, nós entendemos que a nossa natureza está nos obrigando a matar a nós mesmos.

O anjo da morte se mata, mostrando-nos o que está nos fazendo morrer. Ele nos desperta para lutar contra ele. Isso lembra a história do exílio do Egito. No começo, parecia que o Faraó era bom! Com sete anos de fartura, abundância absoluta, parecia que tínhamos conseguido controlar o anjo da morte, e ele estava do nosso lado.

No entanto, no final, nós começamos a sentir os sete anos de fome. Este não era mais o mesmo Faraó. O anjo que nos levou durante toda a vida de repente se tornou cruel. Nós costumávamos pensar que tudo na vida está na nossa frente: com todas as oportunidades do “sonho americano”, vamos continuar progredindo, recebendo mais e mais da vida. Parecia-nos que o mundo inteiro se abria diante de nós para o nosso benefício.

De repente, nós descobrimos que estamos presos dentro deste mundo. Cada dia se torna mais e mais escuro, apertado e horrível, ameaçando nos matar, e por fim, percebemos que o problema não está no mundo. Pelo contrário, está em nós, na natureza egoísta que se encontra dentro de nós e nos inspira a vida, no nosso anjo, ou seja, o nosso poder interno.

Assim, ele está, basicamente, cumprindo o seu papel, como o Faraó que aproximou os filhos de Israel do Criador. Este é o anjo que, por meio da oposição, realiza seu trabalho fiel. Um anjo é uma força da natureza que não tem escolha, uma parte do programa global que age até que, finalmente, sentimos que não temos escolha, e devemos fugir dele.

Da Convenção dos Homens “O Próximo Passo” 26/4/13, Lição 1