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“Como A Rosa Entre Os Espinhos”

Dr. Michael LaitmanPergunta: Por que o Criador me envia pensamentos “espinhosos”?

Resposta: Do artigo do Rabash “O Que Significa a Rosa Entre os Espinhos no Trabalho”: O Zohar diz: “Como a rosa (lírio) entre os espinhos, tal é a minha amada entre as jovens”. O Criador quis tornar Israel como sua forma acima, de modo que haverá uma rosa sobre a terra como a rosa superior que é Malchut, e a rosa que tem um aroma e é selecionada de todas as outras rosas do mundo é a que cresce entre os espinhos.

Uma rosa pode crescer e florescer somente se cresce entre os espinhos. É impossível crescer sem os espinhos. Os espinhos são as forças que nos ajudam a avançar. Caso contrário, nós adormeceríamos pacificamente em nosso desejo de receber e nunca desejaríamos subir acima dele.

Os espinhos são as forças do movimento que nos empurram para frente e nos ajudam a avançar enquanto nós aspiramos ao descanso, satisfação e prazer. Eles aparecem quando não há escolha, quando a pessoa desrespeita a opção de avançar por seus próprios esforços e tenta descansar o tempo todo, justificando-se, sentindo que faz o suficiente e que está tudo bem.

Então, sua obstinação e sua preguiça gradualmente se acumulam até que um espinho grave aparece. Em seguida, ela começa a gritar e avançar. Todo mundo vai concordar, julgando pela sua própria experiência, e dizer que isso é exatamente o que acontece, às vezes mais e às vezes menos. Esta é a forma como a pessoa aprende que deve encontrar a força para avançar por si mesma e não esperar pelos espinhos. Mas ainda haverá espinhos, já que é impossível ter êxito total sem eles.

Da 1ª parte da  Lição Diária de Cabalá 03/05/13Escritos do Rabash

Seu Meio Shekel

Dr. Michael LaitmanPergunta: O que significa que uma pessoa só deve apresentar seu “meio shekel” no trabalho e o Criador acrescenta a outra metade?

Resposta: O meu “meio shekel” significa que eu tenho que trazer o vaso, a deficiência, enquanto que o preenchimento vem do Alto. Essa deficiência é necessária a fim de adquirir a força de doação. Se a minha deficiência for correta, eu vou receber a outra metade.

Porém, nós geralmente preparamos o desejo de receber para o nosso próprio bem e gritamos: “Dê-me! Dê-me!”. Então dizemos: “O Criador não nos dá nada! Ele deve estar errado e todo este método não funciona”.

Nós não estamos cientes do fato de que o nosso vaso é realmente destinado ao que o Criador não dá. Ele só nos dá um vaso de doação, a Luz que Reforma, que é a única coisa para a qual você pode pedir. Se você realmente pedir isso, você vai receber.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 03/05/13, Escritos do Rabash

Credores

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, “A Paz”: O rabino Akiva descreve dois tipos de pessoas: as primeiras são do tipo “loja aberta”, que consideram este mundo como uma loja aberta, sem um lojista. Ele diz sobre elas, “O livro está aberto e a mão escreve”. Ou seja, apesar de não ver que há uma conta, todas as suas ações são, no entanto, escritas no livro, como explicado acima.

Nós existimos num sistema geral, e o influenciamos através de todas as nossas ações. Não importa o que eu penso ou o que faço, tudo influencia imediatamente o todo, do qual sou parte integrante.

Isto é feito através da lei do desenvolvimento impressa na Criação contra a vontade da humanidade, onde as obras dos próprios maus necessariamente instigam as boas ações…

Como isso é possível? Como pode um ato mau me corrigir e gerar boas ações? O caminho do sofrimento existe para este propósito. Se eu gero uma série de problemas, se eu não mantenho a direção do objetivo da criação, a fim de julgar a mim mesmo e o mundo inteiro à escala de mérito, então minhas más ações e metas opostas trazem o sistema para tais distorções que, como resultado, me influencia como a fonte do mal e me obriga a mudar o meu estado e se torna uma parte boa e útil.

Isso significa que, no final, os meus maus atos certamente irão voltar para mim duas vezes mais forte que o dano que causei ao sistema e vai me forçar a mudar para melhor.

O caminho do sofrimento é indesejável. Ele é prolongado e contínuo, já que todos os meus atos passam pelo sistema até que este responda. Isso leva tempo, mas certamente vai acontecer, uma vez que o sistema não muda.

Portanto, meus maus atos certamente irão me influenciar e, no final, me corrigir. No entanto, eles me só corrigem para que eu possa entender que sou um fator negativo no sistema geral e, portanto, sinto-me mal. Ele não me muda ou corrige. Diz-se sobre isso: “O próprio Criador coloca a mão da pessoa na boa sorte e diz-lhe: ‘Escolha isso por si mesmo’”. Eu sou apenas trazido ao lugar onde posso escolher, mas o sistema não escolhe nada para mim. Ele só me leva à decisão que eu tenho que fazer boas ações.

“As pessoas do segundo tipo são chamadas de “aquelas que querem tomar emprestado”. Elas levam o lojista em consideração, e quando tomam alguma coisa da loja, apenas o tomam como um empréstimo”.

Então, de onde é que vêm essas pessoas boas e inteligentes? Tal como o primeiro tipo, elas também têm sofrido, já que nenhuma recebe qualquer tratamento especial, e a mesma força de bem e de mal existe em todos nós. Se a sua inclinação ao mal é grande, nesse sentido, você tem suficiente inteligência, sabedoria e persistência. Assim, no fim da correção, nenhuma vai sentir que está desprovida em relação aos outros, mas sim que cada um tem seus próprios atributos especiais e que eles são compatíveis uns com os outros, enquanto que na relação ideal eles são iguais.

Há pessoas que passaram por grandes dificuldades nesta ou numa vida anterior e tornaram-se mais sábias, não em suas mentes, mas em sua interioridade. Elas já têm a preparação interior que lhes permite compreender que estão num sistema geral e que devem ser atenciosas com todos, pois não há outra maneira. Isso vale a pena, já que sofrerão menos desta forma.

Elas querem curar o sistema ou até mesmo amarrá-lo ao Criador, dependendo do seu nível atual, o qual, por fim, é determinado pelo nível de dor que elas experimentaram. Assim, não é de se admirar que, relativamente, a nação de Israel sofra muito mais do que as outras. Isto é determinado pelas condições do sistema geral.

“Elas prometem pagar ao lojista o preço desejado, ou seja, alcançar o objetivo através disso”.

Este é o preço. Eu peço, exijo que o Criador me dê uma mente, sentimentos e o poder de fazer exatamente o que Ele exige de mim. Eu vou me esforçar, vou conseguir me convencer, e então, vou ver que realmente vale a pena se comportar precisamente dessa maneira. Nesse meio tempo, eu avanço sob a pressão dos golpes que recebo, mas depois, aos poucos vou mudar meu ponto de vista, à medida que reconsidero o que está acontecendo e não vou avançar “sob pressão”, mas pela singularidade que está na doação, no amor ao próximo.

Assim, eu peço um empréstimo. Eu peço ajuda, o que é chamado de elevar MAN, um pedido de correção, à medida que quero preencher o desejo do superior. Isso sempre requer uma subida acima da razão. Eu tomo uma decisão que não é baseada em meus desejos egoístas, mas nos desejos que estão acima deles.

As do primeiro tipo, cuja dívida é recolhida pelos coletores do desenvolvimento, pagam sua dívida sem saber, mas as ondas de tempestade vêm sobre elas, através do forte vento do desenvolvimento, e as empurra por trás, forçando-as a dar um passo à frente.

Assim, a sua dívida é recolhida contra a sua vontade e com grandes dores pelas manifestações das forças do mal, que as empurram por trás. Mas as do segundo tipo pagam sua dívida, que é a realização consciente do objetivo, por vontade própria, ao repetir as ações que aceleram o desenvolvimento do sentido de reconhecimento do mal.

É claro que elas recebem a força positiva que as puxa para cima em direção ao objetivo, mas são elas que despertam como se realmente avançassem de acordo com o seu próprio livre arbítrio.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 03/05/13, “A Paz”