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Desenhe Um Novo Mundo Dentro De Você

Dr. Michael LaitmanPergunta: Quem é responsável por cortar os fios que nos conectam com este mundo, para que possamos nascer na espiritualidade?

Resposta: Só você! Isso deve ser feito voluntariamente!

Nós precisamos de um período de preparação só para nos desconectar da nossa etapa anterior, sair do “útero”, e depois, sem ter um solo firme sob os nossos pés, começar a medir a nós mesmos, nossas ações e nossos novos passos usando uma ferramenta qualitativamente diferente que não inclui parâmetros como “tempo” (agora, então, hoje, amanhã, etc.), “acumulação de bens”, “superioridade sobre os outros”, ou “segurança”.

Todas as propriedades que definem o egoísmo (tempo, espaço, passado, futuro, presente, realização, vazio, e assim por diante) desaparecem. Elas simplesmente deixam de existir. Nós entramos num espaço diferente, numa outra matriz, uma dimensão alternativa que transporta valores completamente diferentes, definições absolutamente divergentes, onde tudo é pesado num tipo diferente de escala. Nossa atitude para com tudo ao redor muda drasticamente.

Nós não vemos qualquer paralelo no mundo, já que as nossas observações da natureza inanimada, vegetal e animal só nos permitem observar diferentes níveis de egoísmo que descrevem cada uma dessas camadas. Os animais são mais egoístas do que os outros níveis da natureza, e é por isso que eles se movem mais rápido, fornecem alimento, reproduzem, e assim por diante As plantas têm menos egoísmo, ao passo que a natureza inanimada é muito menos egoísta. No entanto, todos eles são construídos para consumir, absorver, conquistar, cativar e reter.

Mas aqui tudo é dirigido para frente. E nós não podemos compreender este “oposto”. Este não é apenas o mesmo valor absoluto, mas um sinal negativo.

Afinal de contas, nós construímos o mundo em nossas sensações, valores e definições: este é maior, este é menor, isso me influencia melhor, e isso me afeta de forma ruim. Esta é a forma como o mundo se reflete no meu egoísmo, quando na realidade o mundo não existe. Todos estes espaços, objetos, visões, sensações, relações de que algo está mais perto, mais longe, melhor ou pior, tudo isso é formado em meu egoísmo em particular.

Se ele desaparece para mim, eu começo a definir tudo em relação à outra propriedade: a propriedade de doação. Ou seja, eu começo a desenhar dentro de mim um novo mundo como resultado da ausência.

De KabTV “Mistérios do Livro Eterno”, 18/02/13

Em Nome De Uma Ideia Coletiva

Dr. Michael LaitmanComo regra geral, a interação integral entre as pessoas acontece num grupo de dez, com a condição de que eles tentem resolver juntos, internamente, os seus problemas. Seu objetivo é alcançar o equilíbrio, e não importa o quão diferente eles sejam e quão diferente considerem a tarefa que enfrentam, eles devem se apoiar e chegar a uma resolução comum, sem qualquer conflito.

Por fim, sua decisão pode ser completamente estranha a cada um deles, mas eles ainda vão considerá-la correta. Todo mundo vai aceitá-la, uma vez que no período de tomada de decisão, muitos membros do grupo mudam drasticamente os seus pontos de vista original.

Há dois fatores definidores aqui: primeiro a pessoa muda seu ponto de vista, sob a influência de outras pessoas, tentando controlar completamente a si mesma. Ela simplesmente flui com o fluxo e fica sob a influência das crenças dos outros. De repente, ela descobre que pensa da mesma forma que os outros, embora anteriormente tivesse uma opinião contrária.

Isso também pode ser feito de uma maneira oposta: ela vê que os outros pensam de forma diferente, mas não consegue desistir de uma opinião pessoal. Ainda assim, segue a maioria. Assim, ela “amarra” seu ponto de vista à abordagem geral e vai junto com eles. Ela não desiste de sua opinião, mas reconhece que é melhor agir em conjunto com os outros do que imprudentemente insistir em seu ponto de vista pessoal, uma vez que somente juntos eles podem chegar a uma nova decisão. Assim, ela desiste da sua abordagem pessoal em prol da ideia geral.

Ao mesmo tempo, ela ainda continua a experimentar o conflito interno, mas este se torna muito mais equilibrado. A pessoa percebe que continua pensando do seu jeito, mas para manter as conexões com os outros, ela se prepara para subir ao nível deles e pensar como eles.

Em outras palavras, existem dois níveis em nós: “eu” e “nós”. Neste caso, se o “eu” aceita a atitude dos outros sem conflitos internos e ainda preserva “Sua” própria opinião, ela permanece internamente calma. Ele não causa desequilíbrio interno no “eu”. Pelo contrário, o “eu” sente que conseguiu superar a si mesmo e essa ideia deixa o “eu” muito confortável.

De KabTV “A Medicina do Futuro”, 07/ 04/13

A Dispersão É Boa Para O Ímpio E A Convenção É Boa Para O Justo

Dr. Michael LaitmanOs Escritos do Maguid de Koznitz, “A Obra de Israel”: Os sábios disseram: “A dispersão é boa para os ímpios e a Convenção é boa para o justo”. Isso porque o ímpio se separa do Criador, acha que se coordena de acordo com seu próprio desejo, e assim diz: “Eu vou governar”, que é a fonte da quebra.

Assim, cada ímpio sente que “eu vou governar”. Portanto, eles estão no mundo da separação e não conseguem se conectar como os círculos porque não podem se sentar juntos, e assim a dispersão é boa para eles. No entanto, embora cada justo trabalhe com o Criador num estilo diferente, todos eles ainda visam a uma única coisa: ao seu Pai no Céu, e eles se reúnem e se juntam como um homem com um coração.

Quando cada um se abaixa e louva o trabalho do Criador, isso lhe dá o poder e a mente para trabalhar para Ele, e por isso não se sente superior ao seu amigo, e no mundo de verdade eles se unem entre si.

A pessoa deve se convencer o mais rápido possível e não deixar o tempo passar até que finalmente escute e acredite que o mundo espiritual não se encontra além de algumas galáxias distantes ou em alguma dimensão longe. Ela se encontra, de fato, numa dimensão diferente, mas essa dimensão está em seu coração, nos desejos e pensamentos do seu coração. Tudo está no coração do homem, nos seus desejos: “o coração entende”, o coração pensa.

Apenas controlando o desejo é possível chegar à dimensão superior, onde o superior habita, e Ele é o único que doa em relação ao menor, aquele que recebe em seus pensamentos, desejos e intenções.

A pessoa só pode ter pensamentos que visam e operam pela unidade através da auto-anulação e submissão, ou seja, os pensamentos dos justos podem se unir, pois são todos destinados a uma fonte, à sua unificação com o Criador. Os pensamentos dos ímpios, no entanto, são cada um para o seu próprio benefício, e assim todos eles estão separados e não podem alcançar nada.

Portanto, nós devemos descobrir o mais rápido possível, de forma verdadeira e decisiva, que o primeiro nível espiritual significa a auto-anulação, a conexão com os outros, de qualquer maneira possível. Não devemos ter medo de que isso seja muito honesto e que alguém possa ficar com medo e fugir. O Criador nos dá um exemplo, mostrando-nos que o mundo inteiro está numa crise terrível que insere desespero e desamparo no coração das pessoas.

Assim, como resultado de todos os nossos esforços em nos conectar egoisticamente e encontrar a espiritualidade onde ela não se encontra realmente, nós devemos descobrir esse desespero. Então, desse desespero, como está escrito: “e os filhos de Israel suspiraram do trabalho”, nós seremos forçados a nos voltar à força superior e exigir que Ele nos salve.

Quanto mais rápido e corretamente nós descobrirmos o fato de que não está em nosso poder alcançar a auto-anulação, mais rápido seremos capazes de alcançar a verdade. Isso só é possível através da conexão, da unidade, e da lutar pela raiz única.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 22/04/13

Abraão, O Pai Do Grupo Cabalístico

Dr. Michael LaitmanPergunta: Por que o Baal HaSulam dificilmente menciona o grupo em seus artigos?

Resposta: Não há quase nada a dizer sobre o grupo, pois é uma condição óbvia. Se você não trabalha na conexão com o grupo, você não tem um vaso espiritual.

Portanto, Baal HaSulam só tem alguns artigos sobre o grupo. O grupo Cabalístico é um conceito conhecido desde os tempos de Abraão, que foi o primeiro Cabalista que teve que trabalhar em grupo. Antes dele, não havia necessidade disso, já que a ideia da conexão das almas não havia sido revelada. As almas eram tão puras até então, que não precisavam se conectar entre si para se conectar com a espiritualidade.

Embora conheçamos a história de Caim e Abel, essa conexão ainda está no nível das raízes da inclinação ao mal. Portanto, Abraão foi o primeiro a precisar de um grupo, embora ele já tivesse atingido a espiritualidade.

Ele foi o primeiro elo de uma cadeia de vinte gerações, de Adam Ha Rishon (o primeiro homem) até Noé, e de Noé até Abraão (dez Sefirot da Luz Direta e dez Sefirot da Luz Refletida). Ele foi o primeiro que começou a organizar um grupo, e por isso é considerado o pai da nação de Israel. Esta nação é o grupo Cabalístico.

O conceito de grupo foi então formado, e é impossível revelar a espiritualidade sem ele. Quanto mais nós avançamos, maiores os grupos se tornam. Primeiro os grupos eram apenas um professor e um aluno, como se diz: “O mínimo de muitos é dois”.

Existiram diferentes histórias ao longo da história, mas o resultado final é que elas estão todas destinadas, no final, a ser uma só. Durante os eventos diante do Monte Sinai, quando o desejo de receber do Egito foi revelado, a unidade do grupo de toda a nação de Israel como um só grupo foi crucial. As condições da reunião diante do Monte Sinai eram as condições de um grupo Cabalístico: ser “como um homem com um coração”, “cada um deve ajudar o seu amigo”, “não faça aos outros o que é odioso a você”, “ama teu amigo como a ti mesmo”, e “todo Israel são amigos”, conectados em garantia mútua.

Estas são as condições para a existência do grupo, porque a “nação de Israel” é 0 grupo Cabalístico.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 28/04/13, Shamati # 25

Não Seja Um Prisioneiro Do Sono

Dr. Michael LaitmanDepois de uma Convenção masculina muito poderosa, nós sentimos grande pesar. Mas eu acho que deveria ser o oposto, uma vez que nós subimos para um novo nível, recebemos novos desejos, e agora temos que sair e lutar contra o mundo limitado a que nos dirigimos. Nós temos que lutar para que todas as confusões e o endurecimento do coração que vamos sentir, não diminuam o nosso sentimento de espanto e euforia. Se não deixarmos que as coisas nos acalmem, todas as fechaduras se tornarão aberturas e as portas vão se abrir.

Se você se sentir pesado e indiferente, é sinal de que está trabalhando com seu puro egoísmo primordial. É a maneira como ele age em sua forma pura, como a sensação de um escuro desejo extinto que não se preocupa com nada. Agora você recebeu mais dez quilos ou 10 onças de desejo, não importa o quanto, e caiu sob esta carga.

Você não deve se recusar a receber o novo desejo, uma vez que isso é considerado desrespeito à chance de avançar, ao presente que é dado do Alto. Mas você deve pedir duas coisas: do grupo – apoio, capacitação, garantia mútua e responsabilidade mútua; e do Criador – correção, despertar, alegria e Luz.

Você tem que pedir. Não há nada que você possa fazer, exceto isso! Se você para de pedir, você imediatamente cai num estado de inconsciência. Portanto, você deve sempre pedir e orar internamente, com foco no grupo e no Criador, segurando-se a esta oração. Caso contrário, você cai num sono profundo.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 28/04/13, Talmud Eser Sefirot

O Luar É A Luz Da Ação De Graças

Dr. Michael LaitmanEscritos do Rabash, “A Consagração da Lua Nova”: O conceito da Lua indica Malchut, a ideia de aceitar o jugo do reino dos céus. Foi difícil para Moisés dizer ao povo de Israel que eles deveriam aceitar o jugo do reino dos céus enquanto sentiam sua ocultação. E o senso comum nos diz que, se ele tivesse ido até  o povo de Israel com algum tipo de revelação da Divindade, eles teriam aceitado o reino dos Céus. Então, não teria havido espaço para falar com eles.

Mas a Lua deve ser especificamente abençoada, não quando ela está cheia, mas na Lua Nova, quando não é evidente como ela recebe a luz do Sol, quando ela não brilha. Então, é hora de nós a santificarmos.  Ou seja, a pessoa deve aceitar o jugo do reino dos céus sobre si na fase mais baixa, e dizer que até mesmo neste estado, que não pode ser mais baixo, totalmente acima razão, sem apoio intelectual e emocional, ela constrói a sua fundação.

A Lua Nova, que deve ser abençoada, simboliza Malchut que não tem nada seu, ou seja, nossa substância, o ser humano que recebe tudo de fora. Precisamente quando eu sinto que nada depende de mim, este é o estado mais abençoado pelo qual eu preciso ser grato. Eu já não confio nas minhas forças, como a Lua Nova, que está temporariamente invisível.

A Lua começa a brilhar apenas no meio do mês, e não com a sua própria luz, mas com luz refletida do Sol, isto é, a Lua depende inteiramente do Sol, exatamente como uma pessoa depende do Criador. É necessário se conectar completamente com a força superior, compreendendo que tudo é feito apenas para ajudar o Criador a ser revelado à criatura, e para esta revelação é necessário alcançar a equivalência de forma.

Para alcançar a Lua Cheia, que brilha como o sol, isto é, para tornar o ser humano semelhante ao Criador, eu devo aceitar todas as Suas propriedades e incorporá-las dentro de mim, de modo que “as trevas brilharão como a Luz”. Então, eu vou descobrir que tenho todos os parâmetros necessários; eu só preciso usá-los corretamente, e é por isso que eu preciso da Luz que Corrige.

Portanto, eu abençoo especificamente o início do mês, quando a restrição total está agindo, e minha natureza não é revelada de forma alguma. Isso permite que eu me revele apenas na medida em que sou equivalente ao Criador. Se o meu desejo de receber fosse mais aparente, eu não seria capaz de começar este trabalho.

Porém, enquanto o desejo é restrito, eu posso trabalhar atraindo até mim a Luz que Corrige. À medida que eu trabalho e avanço, o desejo se torna mais revelado, constantemente me mostrando novos estratos da minha incompatibilidade com o Criador: minhas tentativas de usar todos os tipos de desejos, pensamentos e intenções que não se ajustam ao bom relacionamento com o qual o Criador se dirige a mim.

Eu abençoo a restrição do meu desejo de receber, a possibilidade de receber uma tela sobre ele, e depois eu abro gradualmente este desejo na medida em que estou pronto para controlá-lo e usá-lo para doar ao Criador, de modo a ser como Ele. Desta forma, eu abençoo esta renovação integral (Chidush), o meu novo estado, o novo “mês” (Chodesh) e, gradualmente, começo a construir o meu Partzuf espiritual: dez Sefirot da Rosh, dez Sefirot do Toch, e dez Sefirot do Sof, num total de 30 Sefirot, os 30 dias do mês.

Da 1ª parte da  Lição Diária de Cabalá 24/04/13, Escritos do Rabash

Homeopatia: O Estudo Da Alma

Dr. Michael LaitmanPergunta: Eu sei que você lidou com homeopatia. Eu conheço alguns de seus pacientes que foram realmente curados. Por que você escolheu a homeopatia entre todos os outros métodos?

Resposta: A homeopatia não obstrui o meu caminho de fazer o que realmente importa. Além disso, é um método com o qual você pode ajudar as pessoas, mesmo depois de uma única sessão.

Pergunta: É interessante que quando nós falamos sobre o efeito placebo, a maioria das pessoas atribui a homeopatia a esta categoria. Elas dizem que se trata de pílulas que realmente não contêm quaisquer substâncias ativas.

Resposta: Na verdade, não existem substâncias químicas nelas, uma vez que está acima da constante de Avogadro. Na medicina homeopática existe o poder da matéria da qual ela é composta. Isso significa que é um poder real que está por trás da matéria e que, no entanto, não podemos definir.

Aqui existem muitos campos que não podemos definir. Quando uma pessoa olha para as minhas costas, por exemplo, eu sinto seu olhar. Mas qual é o poder que está focado em mim? De onde é que ele deriva, dos seus olhos? Há muitos desses fenômenos no mundo.

Se usarmos a homeopatia corretamente, ela é muito influente. De fato, em nossos dias, quando o corpo está poluído por produtos químicos, é uma situação muito diferente do que era no início da homeopatia. No passado, as pessoas costumavam receber 3 a 5 potências e bastava para se ter um efeito sobre uma pessoa. Hoje, todavia, potências que são mil vezes maiores não têm qualquer efeito sobre a pessoa.

A homeopatia é uma ciência muito complexa. Eu acho que é mais complexa do que todas as outras ciências médicas, uma vez que também é individual. É claro que não é alopática (um fenômeno que é atribuído ao efeito avassalador de um organismo sobre o outro pela extração de substâncias químicas). Isso depende do habitat da pessoa, do ambiente em que ela vive, da sua raça e da sua nacionalidade. Na verdade, tudo isso deve ser estudado no que diz respeito à sua alma.

Pergunta: Para escolher um medicamento homeopático específico para uma pessoa, o profissional deve confiar não apenas num determinado sintoma, como dor de ouvido, por exemplo, mas na psicologia geral do paciente?

Resposta: Sim, o seu componente espiritual interior é levado em conta, pois mostra o que a pessoa contraiu e como pode ser neutralizado. A Homeopatia primitiva do tipo alopática cura o paciente com base em sintomas externos, mas a verdadeira cura é realizada apenas com base no mundo interior da pessoa.

De KabTV “A Medicina do Futuro” 07/04/13

Refeições Coletivas: Uma Cura Para As Doenças

Dr. Michael LaitmanPergunta: Há meio século, na Pensilvânia, havia uma pequena aldeia onde as pessoas realmente não ficavam doente. Os médicos achavam isso muito intrigante e estudaram esse fenômeno por 20 anos. Durante esse tempo, tudo mudou: as pessoas começaram a ficar doentes, os hospitais estavam cheios e havia mais médicos.

Os pesquisadores chegaram a uma conclusão muito interessante. Descobriu-se que a pequena vila foi fundada por colonos italianos que viviam sob o mesmo teto e ajudavam um ao outro por quatro ou cinco gerações, respeitando os laços familiares. No momento em que começaram a viver separadamente, eles começaram a ficar doentes.

Mas agora é a época de uma geração que não sabe o que significa viver numa grande família. Assim, a própria noção de família tem sido tão distorcida que agora não conseguimos sequer imaginar o que significa jantar junto com toda a família.

Resposta: A propósito, a refeição obrigatória em família é uma das nossas recomendações. Pode até não ser uma refeição familiar, mas comunitária.

No passado, as religiões realizavam um extenso trabalho social. A pessoa costumava ir à casa de oração, ouvia um sermão, encontrava outras pessoas, e conversava com elas.

Tudo isso era necessário, mesmo nos momentos em que o nosso ego estava num nível muito primitivo em comparação aos dias de hoje, quando não havia a rejeição mútua que sentimos hoje. Hoje, a rejeição mútua já é uma doença que deve ser curada. Naquela época, a doença não tinha que ser curada, mas só precisava de tratamento preventivo. Agora, no entanto, nós temos que curá-la. Nós temos que restabelecer as ações voltadas à conexão. Elas não podem mais estar relacionadas à religião ou a outros eventos; devem ser workshops sérios de educação integral.

De KabTV “A Medicina do Futuro” 07/04/13