Pergunta: Pode um mau pensamento ser equiparado à calúnia?

Resposta: A humanidade é como um tumor maligno dentro do corpo saudável da natureza. O corpo consiste dos níveis inanimado, vegetal e animado deste mundo, que estão em completa harmonia com a natureza em geral, e sob seu controle, que não deixa espaço para a liberdade de escolha. É por isso que esses níveis não podem ser responsabilizados por nada, uma vez que obedecem totalmente aos instintos naturais.

A natureza egoísta age dentro dos seres humanos e os motiva. Isso nos torna diferentes dos outros seres, uma vez que temos uma tendência a prejudicar os outros. Não há nenhuma outra criatura neste mundo (uma pedra, uma planta ou um animal) que prejudique os outros, exceto os seres humanos. As pessoas gostam quando os outros se sentem mal. Isto é o que é chamado de maldade humana.

Nós não matamos uns aos outros por causa de comida ou para evitar morrer de fome. Se fosse esse o caso, não tocaríamos os outros depois de satisfazer o nosso apetite, como os animais fazem. Os seres humanos querem “engolir” o mundo inteiro, mesmo depois de receber tudo o que precisam, e isso é assim só porque eles não querem que os outros tenham o mesmo.

Um desejo de prejudicar os nossos vizinhos, tirar vantagens deles, e apreciar os problemas de outra pessoa é chamado de maldade do egoísmo, que temos de corrigir. Devido a esta qualidade, agimos como um corpo estranho e “infiltramos” o quadro geral de toda a natureza, incluindo os mundos superiores.

Ser um tumor cancerígeno que se esforça para ingerir tudo ao seu redor refere-se exclusivamente a este mundo material e especialmente aos seres humanos. Como resultado, a humanidade se mata porque ela destrói o meio ambiente, que se torna incapaz de alimentá-la por mais tempo. É assim que um tumor cancerígeno se comporta no corpo humano: ele devora tudo em torno dele. Quando não há mais nada, o corpo morre e o tumor morre junto com ele. Hoje em dia, vemos que a humanidade se comporta da mesma maneira e se aproxima de um final letal a uma velocidade tremenda.

Para curar a doença, temos que entender como abordar este fenômeno. Podemos executar ações mecânicas e físicas, ou podemos agir ao nível dos desejos e pensamentos. Podemos executar ações mecânicas com nossos corpos, mesmo sem desejar ou pensar muito. Corpos físicos são capazes de mover-se por causa da persuasão ou sob a pressão externa.

Além disso, temos uma capacidade de corrigir a conexão entre nós, seguindo nossos desejos, ou seja, a partir do coração que incorpora nossos sentimentos. Além disso, podemos adicionar o nosso pensamento, planos, e a intenção, isto é, a nossa razão.

Temos apenas três oportunidades para corrigir nossa atitude em relação ao meio: uma ação, um desejo, um pensamento. Dentre estas três formas, a mais eficaz e poderosa é o  pensamento. Pensamentos influenciam nossos desejos que, por sua vez impactam nossos corpos.

No entanto, há uma maneira diferente de ativar a nós mesmos, como se diz: “Corações (desejos) seguem as ações”. Desejos mudam pensamentos. Este remédio flexível pode ser usado de várias maneiras.

A conexão entre as pessoas define a forma do universo. A conexão corrupta é chamada de calúnia. É sinônimo de uma má atitude para com os outros e uma falta de vontade para manter as saudáveis conexões ​​e a mútua comunicação, semelhante aos órgãos de um corpo único, que se ajudam mutuamente a tornar o corpo saudável. Todos os parâmetros, tais como pressão, temperatura, fluídos, e assim por diante, tudo deve estar em equilíbrio. Se alguns órgãos corporais não mantêm a correta interação com os outros, este fato é imediatamente visto em testes médicos.

Tudo é construído de acordo: ecologia, política, finanças e relações humanas. Divórcios, depressões e drogas são consequências do desequilíbrio no sistema de nossa conexão. Não é terrível? Se uma pessoa está deteriorada- a causa principal é uma conexão corrupta entre nós. É a verdadeira razão para todos os nossos problemas. E uma conexão incorreta é chamada de calúnia.

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Da 1 ª parte da Lição Diária de Cabala 19/3/13, Escritos do Rabash

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