Nós Não Somos Escravos De Escravos, Mas Sim Servos Do Criador!

Dr. Michael LaitmanRabash, “Dargot HaSulam“, artigo 932, “A Primeira Inovação”: Todas as inovações só começam após a pessoa merecer deixar a aquisição para si mesma. Antes disso, ela está totalmente imersa em seu desejo de prazer, e este desejo a domina. Portanto, nenhuma inovação pode acontecer nela, tudo vem apenas de seu ego. Uma inovação só pode vir através do poder de outra natureza, que a pessoa ainda não tem. Por este motivo, todas as inovações só começam depois que a pessoa deixa o seu ego, o desejo de receber para si mesma, isto é, ela deixa o Egito.

E esta é a idéia de que é proibido ensinar Torá aos adoradores de ídolos.

A pessoa que serve a outros deuses ainda não tem contato com o Criador, não saiu do Egito. Este é o nome de um nível espiritual. Portanto, uma pessoa normal deste mundo não deve chamada assim. Adoradores de ídolos são pessoas como nós, que são atraídas ao Criador, mas ainda atribuem particular importância aos valores materiais, à recepção para si mesmo.

Por esta razão, elas são chamadas de AKUMA (um acrônimo para “Servos de estrelas e constelações”, e também desvio ( Akum ), “indireto”). Você vê que elas não estão dirigidas “direto ao Criador” (Yashar-El), como Israel, mas sim adoram estrelas e o destino, o que significa que são dominadas por várias forças e valores egoístas.

É proibido ensinar Torá para adoradores de ídolos. “Proibido” significa impossível. Você vê que a Torá é a Luz, todo o sistema superior, todos os mundos espirituais, as relações entre a pessoa e o Criador. É impossível ensinar isso a um idólatra, que se encontra na receptividade egoísta e não tem nenhuma conexão com o sistema de doação.

E, de fato, quando a pessoa está no Egito, ou seja, na receptividade egoísta, ela não pode ser um Yehudi, (da palavra “Yichud” – unidade, que significa unir-se com toda a criação e com o Criador), porque está escravizada ao Faraó, rei do Egito. A pessoa é escravizada pelo seu ego, o rei do mundo material.

E quando ela é escrava do Faraó, ela não pode ser serva do Criador. Ou é o Faraó ou o Criador, porque tudo depende da intenção com que uma pessoa se identifica e que ela quer servir: benefício pessoal ou doação.

“E esta é a ideia, ‘Porque os filhos de Israel são meus’, eles são os meus servos”, diz o Criador, “e não sejam escravos de escravos”. Você vê, o Faraó também é um servo do Criador, ele é um anjo, e é um sistema que realiza o pensamento da criação por compulsão, sem qualquer liberdade de escolha. O Faraó é um anjo; você vê que está escrito: “Eu criei a inclinação ao mal”. Toda a criação, todo o ego se encontra nas mãos do Criador. E se a pessoa serve em nome do Faraó, ela é chamada de “escravo de escravos”, pois ele serve o escravo e não o Mestre.

Quando a pessoa serve a si mesma, ela não pode ser serva do Criador, pois é impossível servir a dois reis ao mesmo tempo. E só depois que a pessoa deixa o Egito, depois que ela recebe suficiente Luz que Reforma, elevando-o acima de seu desejo de prazer, que é da recepção para si mesma, então ela pode ser serva do Criador. Mas, para continuar a ser serva do Criador, ela precisa escolher isso o tempo todo: em cada momento, com cada desejo Então, ela está pronta para merecer a Torá. Segue-se que a primeira inovação é a saída do Egito.

A Torá começa com a saída do Egito em diante. Portanto, depois disso ocorre a entrega da Torá. A Torá inclui toda a Luz do Infinito, toda a Luz superior que preenche os mundos superiores e é projetada para a correção gradual do desejo de receber da criatura, até que ela chega à  equivalência de forma com o Criador.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 31/03/13