Harmonia De Fatos E Números

Dr. Michael LaitmanPergunta: Qual é a diferença nas intenções quando nós estudamos O Livro do Zohar ou O Estudo das Dez Sefirot?

Resposta: Em princípio, não há nenhuma diferença. Os dois livros foram escritos a partir do nível de GAR do mundo de Atzilut. Estas duas linguagens simplesmente se completam e nos ajudam nesse sentido.

Se  lermos livros que foram escritos apenas no idioma do Midrash, então não está claro para nós quanto ao que atribuir a eles. Uma pessoa poderia captar detalhes isolados e procuraria um sentido para eles, outra tentaria traçar paralelos, e assim por diante.

Portanto, a fim de estabelecer, de estabilizar-nos com a abordagem certa e não transformar O Livro de Zohar no que tem sido feito com a Torá, onde todo mundo acha o que gosta: psicologia, sociologia, história, direito, e assim por diante, o Baal HaSulam inseriu uma espécie de “física” ou “mecânica” de atividades espirituais mútuas em nossa aprendizagem. Graças a isso, nós sabemos realmente o que ele estava falando. Seus livros descrevem de forma metódica um sistema espiritual de conceitos, e mesmo que eu não esteja lá emocionalmente, eu já posso imaginar exatamente a essência: as 10 Sefirot, a relação entre elas, suas ações em relação à Luz superior encontrada acima delas, como elas se identificam com ela e são preenchidas por ela.

Assim, desde o início, eu posso me manter na direção certa, sem fugir; depois disso, eu posso começar a esclarecer por que o autor escreve assim, transmitindo emoções como estas, usando palavras como essas do nosso mundo. Baal HaSulam comunica o sistema superior a mim, onde tudo é determinado de acordo com a natureza das coisas encontradas na parte inferior do sistema, onde eu vejo a natureza inanimada, vegetal e animal, e os seres humanos em toda a sua diversidade e riqueza e todas as conexões recíprocas entre eles. Meus sentimentos são derivados do mundo em que me encontro, mas, simultaneamente, Baal HaSulam descreve o mundo superior para mim: “Veja como ele é construído”. Assim, sem escolher fazê-lo, eu começo a receber algum tipo de estímulo, começo a conectar detalhes aparentemente separados, e assim avanço.

Há muitas coisas escondidas lá que nós não sabemos. Quando começamos a ficar um pouco mais sensíveis, mesmo que inconscientemente, com um sentimento um pouco maior, nós recebemos uma iluminação que nos desenvolve…

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 29/03/13O Zohar