Coisas Que Não Devemos Desistir

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como podemos chegar ao ponto mais profundo, a partir do qual podemos nos elevar acima do ego? Qual é esse ponto?

Resposta: Este ponto é o meu “eu”. O que pode ser mais precioso para mim em toda a realidade que o meu “eu”? Nós ainda não estamos cientes de como é extremo o nosso egoísmo, a tirania egoísta. Nada pode se comparar a ela.

O nosso erro é que geralmente comparamos e medimos tudo de acordo com os conceitos físicos, animais, corpóreos da vida e da morte. Isso diminui drasticamente as nossas “expectativas”, e, muitas vezes, sob a pressão dos problemas, a pessoa está inclusive pronta para desistir da vida, que lhe parece inútil em relação ao seu sofrimento. Muitos estão prontos para pôr fim a suas vidas por causa do padrão errado, por causa de uma perspectiva “animal” da vida…

Mas se você mede sua vida em relação à eternidade e a plenitude, você não pode desistir dela. Você não pode abandoná-la, já que seu verdadeiro “eu” está escondido aqui, a coisa mais preciosa que você tem, embora você ainda não o tenha revelado e não tenha como compará-lo com o padrão real, com a vida eterna, com a eternidade e o poder da criação real, e nem com a vida corpórea no nível do nosso mundo.

Pergunta: Eu preciso de um ambiente forte e seguro onde possa “mergulhar”, a fim de desistir do meu eu egoísta?

Resposta: Nós devemos entender que, em geral, apenas a Luz que vem de Cima pode nos ajudar aqui. Entretanto, nós realmente não percebemos isso e vivemos numa mentira, medindo tudo em relação à vida corpórea. Quando nós começarmos a medir tudo de acordo com o padrão espiritual, vamos descobrir profundezas terríveis, nas quais a abnegação pessoal é totalmente impossível.

Então você verá que é necessária a intervenção da força superior que está acima de você. Você vai finalmente entender que há espaço para a autoridade superior. Você vai ter essa sensação pela primeira vez, e isso já é um novo passo no caminho.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 18/04/13, “Introdução ao Livro do Zohar