Permanecer Em Harmonia Entre Dois Corpos Celestes

Dr. Michael LaitmanTodos os ciclos de períodos de tempo, exceto para a semana, estão relacionados com os sistemas cósmicos: a lua nova, manhã, noite, dia, etc. A semana parece ter nascido da mente humana.

O fato é que estamos dentro de um sistema muito interessante: nós dependemos tanto da lua quanto do sol. É por isso que os calendários têm uma dupla natureza: o calendário muçulmano é baseado no ciclo da lua, o dos cristãos depende das fases do sol, e o calendário judaico combina ambos os ciclos solar e lunar.

É por isso que feriados muçulmanos não estão rigidamente vinculados a datas concretas e “vagueiam” do inverno ao verão, da primavera ao outono. Feriados cristãos também são inconstantes. Quanto ao calendário judaico, ele é estável, uma vez que se baseia na linha média: ele não está amarrado à linha direita (como o calendário muçulmano), nem à linha de esquerda (como no cristianismo), mas sim se baseia na combinação de duas forças naturais, de recepção e doação. Nós dependemos do sol e da lua, das propriedades de doação e recepção. Nós não estamos presos a uma linha particular. É por isso que o nosso calendário é consistente.

No entanto, o calendário judaico não é tão simples! Há certas datas, como “shvita” e “Yovel“, a cada quatro anos tem um ano bissexto, e duas vezes em 27 anos há um circuito solar, etc. Mas o calendário criado há vários milhares de anos não mudou.

Pergunta: Portanto, de acordo com este calendário, nós podemos descobrir exatamente o que vai acontecer no futuro?

Resposta: O fato dele estar ligado a duas forças naturais significa que nós seguimos a natureza e utilizamos seus poderes de maneira harmoniosa. Este calendário é baseado em ambos os ciclos solares e lunares e exemplifica essa idéia.

A Lua nos mostra como a Terra se relaciona com o sol. Em outras palavras, se eu fosse a Terra, a Lua iria me mostrar minha tela, permitindo-me assistir as fases alternantes, desde a lua cheia até a diminuição completa (lua nova), com a crescente e minguante novamente. Elas iriam mostrar se eu me identifico corretamente com o Criador e com a Luz, e se eu mudo em cada fase particular, começando num estado completamente diminuído e indo até a lua cheia, repetindo estas fases sucessivamente.

As quatro semanas aproximadas que separam as luas crescente e minguante compõem um ciclo completo que é semelhante a um dia: “E foi a tarde, e foi a manhã: um dia”. Em outras palavras, nós acordamos ao amanhecer, o sol nos influencia de uma maneira que o nosso egoísmo aumenta, criando assim a linha esquerda que conduz o sol ao final do dia e, por fim, dá origem à noite e à lua.

As fases lunares aparecem em diferentes constelações e criam uma imagem integral e ainda simples; quanto mais nós exploramos essa imagem, mais temos um sentimento de harmonia absoluta.

Como um músico que percebe uma melodia no fundo de seu coração e diz: “É um lindo acorde, uma instrumentação bonita, mas falta-lhe uma nota que tem que ser tocada por um trompete” – nós vamos experimentar a sensação de harmonia.

Isso é impressionante e emocionante. É por isso que se diz que a realização do Criador é a perfeição.

De KabTV “Os Mistérios do Livro Eterno” 04/02/13