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Sob O Jugo Do Ego

Pergunta: Será que o povo de Israel já sabia que estavam sob o domínio do ego?

Resposta: Certamente. O grupo de Abraão, Isaac, Jacó e seus filhos sabiam. O povo de Israel realizou um trabalho espiritual grande durante todas essas gerações a partir de Abraão quando deixou a Babilônia e entraram no Egito.

Hoje não é só o povo de Israel, mas sim o mundo inteiro também, que estão começando a descobrir que eles estão no Egito.

Mas isto não significa que o mundo está andando para trás. Não faz diferença o que aconteceu antes, pois na Torá não existe o conceito de “antes” ou “depois”. Hoje, o mundo compreende que é encontrado sob o jugo do ego, que está nos destruindo, levando a um abismo e destruição. O mundo inteiro já sente isso. Os “sete anos de abundância” terminaram, durante o qual o ego jogou a nosso favor.

Queríamos prosperar em uma sociedade de consumo, e constantemente aumentámos a taxa de crescimento. De ano para ano, celebrámos o sucesso, mas hoje tudo está terminado. A descida começou, tudo está desaparecendo. Mesmo que os líderes e os banqueiros tentem com todas as suas forças segurar o passado, de dia para dia a condição se torna mais grave. As pessoas entendem que o problema está na pessoa.

Progressos no desejo de adquirir e ser bem-sucedido se tornou impossível, porque o desejo em si mudou. A moda tornou-se repulsiva para nós; ficamos cansados de propaganda irritante que nos convida a comprar coisas desnecessárias. Bens duráveis, como frigoríficos, ar condicionados e televisores, estragam-se rapidamente, pois os fabricantes beneficiam de nossas compras de novos produtos, permitindo-lhes lucros à nossa custa. Através disto, somos arrastados para um ciclo interminável de trabalho, e por isso trabalhamos 10 a 15 horas por dia.

Aos poucos, está se tornando claro que esta abordagem à vida é inaceitável. Nosso ego está nos destruindo e quando entendermos isso, vamos sentir que estamos no Egito, a serviço do ego. Mas isso ainda não é tudo. A sensação de que o ego está a destruir-me e não me deixa viver não é suficiente. Eu preciso pensar em como superá-lo e organizar minha vida de uma forma diferente, não na recepção, mas em doação e em relação a outras pessoas. Uma vez que esta ligação está sendo revelada hoje em todo o mundo, devo estar incluído nela, caso contrário, vou ser encontrado em conflito com o desenvolvimento natural.

Através da conexão com outras pessoas em todo o mundo e tornando-se um sistema unificado integral, fico incluído nele e começo a existir dentro de si harmoniosamente. Caso contrário, vou estar perdido e vou ter que suportar todos os tipos de golpes.

Mas como eu posso deixar o ego e conectar bem com as pessoas? Através do meu desejo por isso, eu começo a sentir o quanto ele trava-me, me puxa para trás. E aqui a luta entre mim e meu ego começa. Eu torno-me como Moisés, meu ego torna-se como Faraó, e começamos a lutar sobre o resultado.

Do programa da KabTV: “Cabalistas escrevem: A Noite da Páscoa Seder” 04/03/13

Eu Estou Desaparecendo E Crescendo

Pergunta: Se a Luz influencia uma pessoa de acordo com a raiz da sua alma, onde está a minha participação neste processo e como faço para determinar o seu ritmo?

Resposta: A Luz que Reforma ilumina de acordo com o estado do sistema geral em que todos nós estamos integralmente conectados. Estamos todos incorporados mutuamente uns nos outros, e por isso não posso estar desligado da minha geração, do tempo, lugar e do estado geral. Meu estado depende dos outros e o estado dos outros depende de mim.

Além disso, eu também posso avançar individualmente, mas o meu progresso individual está sendo incorporado em todos. Isso significa que eu não posso pensar só em mim. É impossível, no âmbito deste sistema, e assim eu não vou me ajudar. Se eu orar somente por mim, eu faço mal a mim próprio, não importa o quão boa a minha oração possa ser. Se ela não passar pelo grupo, faz com que danifique a alma.

Assim, devemo-nos sempre lembrar que este é um sistema geral em que todos nós estamos conectados, todos ligados e dependentes uns dos outros. O nosso trabalho consiste em revelar este sistema.

Meu esforço individual é focado na revelação do geral. Eu não revelo o lugar onde eu estou, eu revelo antes onde estão os outros, a sociedade. Eu não me descubro, mas sim o sistema em que o meu “eu” desaparece.

Eu no próximo nível sou aquele que sente seu “eu” menos e que sente a sociedade mais. Num nível mais alto há um menor sentimento do meu “eu” e um maior sentimento da sociedade.

Então, como posso orar por mim mesmo? Alcançando o próximo estado, no próximo nível, que não será mais meu! A sociedade no próximo nível é “eu.” O “eu” atual desaparece no regime geral, e o sistema torna-se parte de mim. Isto é realmente o que eu sinto e percebo aos outros como a mim mesmo. Eu vejo a sociedade como minha alma.

Não é o ponto egoísta do meu “eu”.De lá saem círculos que se espalham e cada vez o círculo e a sociedade ficam maiores: a sociedade 1, sociedade 2, e a sociedade 3. Se eu me anular, até certo ponto, eu percebo a primeira. Então eu me anulo um pouco mais, percebo a segunda, eu continuo a anular-me e percebo a terceira. Essas fases são chamados Ibur (gestação), Yenika (sucção), e Mochin (mente).

Então, quem sou eu? Eu sou aquilo com o que me identifico. Se eu estiver incorporado na primeira sociedade, então este será o meu “eu”, se estou incorporado na segunda sociedade, então esta sociedade será eu, e se eu estiver incorporado na terceira sociedade, tudo isso vai ser eu. Meu ser atual desaparece. Isto significa que cada vez eu me elevo acima do meu ego, acima da Masach (tela), pela fé acima da razão.

A partir de 1ª parte da Lição Diária de Cabala de 20/03/13 ,”Matan Torá (A Entrega da Torá)”

Cada Ramo Está Perto De Sua Raiz

Nós todos sabemos que cada ramo está naturalmente perto de sua raiz, e assim a nossa natureza está perto de nossa raiz, com o Criador. O desejo de doar, como a Luz, como o Criador, que nos criou, é instilado nele. Mas estamos em uma ocultação que pesa sobre nós e não nos permite ver a nós mesmos da maneira que realmente somos.

Portanto, todos os nossos atributos parecem corruptos. No entanto, temos que entender que não é a nossa verdadeira forma. Não somos nós, mas sim a ocultação! Só tirando esta ocultação ou subindo acima dela vamos chegar imediatamente à nossa raiz. É como roupas que temos de descolar de nós e subir acima. Isso é chamado o trabalhar com “fé acima da razão“, o que significa olhar de cima nosso ego, acima da tampa que está sobre nós, e viver acima dela.

Estamos realmente no estado de Ein Sof (Infinito), mas nos esquecemos disso. Devemos sempre ver o mundo do Infinito em tudo: em nossos relacionamentos, em nossas aspirações, em toda a imagem do mundo que nós vemos.

O Criador não criou nada de ruim; Ele só criou o bem, como resultado de sua aspiração de trazer a bondade. Mas Ele ocultou este estado para que possamos descobrir e ver o que Ele acha desejável e nós fazermos o mesmo.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabala de 20/03/13,”Matan Torá (A Entrega da Torá)”

Um Modelo Para Muitos

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como podemos nos unir se dentro de nós somos golpeados e estamos na escuridão total? Afinal, o desejo de receber destrói tudo. Como podemos elevar uma oração, um pedido ao Criador, se internamente há apenas ódio? O que podemos fazer sobre isso? Eu concordo que temos que estar num grupo, mas na França é bastante complicado…

Resposta: Nós estamos numa fase da evolução humana, onde as coisas estão apenas começando. Nós somos os pioneiros, a vanguarda, marchando antes de todo mundo. É claro que é muito difícil. Nós podemos encontrar pessoas ao nosso redor que pensam como nós e que entendem que devemos de alguma forma resolver os problemas, mas não sabem como. Isso leva tempo.

A questão é se nós realmente precisamos de pessoas que pensam como nós para estar fisicamente perto de nós. Eu tenho muitos alunos de todo o mundo que trabalham conosco e nos ajudam mutuamente na disseminação. Quando trabalhamos juntos, isso nos conecta. Assim, nós construímos um grupo, uma comunidade.

Você pode viver na França, num lugar onde pode não haver nenhum dos nossos alunos, e você ainda pode estar conectado a nós. Você não tem que estar em contato direto com outras pessoas. É claro que é importante, mas também é possível conseguir sem isso.

Há, por exemplo, um amigo na Suíça que se desenvolve com sucesso sem um grupo. Um estudante maravilhoso! Peça-lhe para partilhar a sua experiência com você. Ele é um modelo para muitos.

Da Convenção Europeia na Alemanha 22/03/13, Lição 2

A Unidade Monolítica Da Equipe

Dr. Michael LaitmanPergunta: As crianças são o nosso futuro e o futuro do mundo. Elas trabalham em conexão através de jogos, mas às vezes se cansam dos jogos de conexão e dizem: “É isso, basta! Nós queremos alguém para finalmente vencer”. O que podemos fazer em situações como esta?

Resposta: É um problema quando alguém no grupo quer ganhar. Isso significa que o jogo não é gerenciado corretamente. Naturalmente, ambos os adultos e as crianças sempre desejam ganhar. É um impulso psicológico que existe em cada um dos nós, em certa medida. No entanto, a educação refere-se a ensinar uma criança gradualmente a pensar que é impossível vencer sozinho, mas apenas em conjunto, e assim um hábito se torna uma segunda natureza.

Esta é a psicologia. Esta é a forma como muitos grupos ao redor do mundo são treinados, como mergulhadores, atletas, e assim por diante. É um treinamento psicológico. Quando a pessoa entende isso, mesmo se ela conquista algo, ainda é graças ao grupo. Portanto, isso é algo que deve ser aprendido. Nós podemos ensinar isso às crianças, para que elas pensem, sintam e se comportem dessa forma.

Há até mesmo um exemplo trágico de um submarino que estava afundando e metade da tripulação poderia se salvado, mas a outra metade não. Assim, a primeira metade se recusou a deixar o submarino, e, no final, todos morreram. Eles sentiram que estavam tão conectados que não podiam deixar seus amigos!

Este exemplo mostra até que ponto a preparação para a conexão (para o sentimento do “nós” sem o qual não existe o “eu”) é desenvolvido numa pessoa.

Da Convenção Europeia na Alemanha 22/03/13, Lição 2

Sua Verdadeira Chance De Ser Livre

Dr. Michael LaitmanPergunta: Mesmo Ezra disse que a geração que saiu do Egito sentiu o peso da escravidão e perdeu o seu espírito. E é por isso que ela não podia lutar contra seu mestre antes que a nova geração do deserto crescesse, a geração que não conhecia o exílio e, assim, o seu espírito não foi quebrado. Em que geração nós estamos hoje?

Resposta: Nós estamos no Egito, sob o domínio do nosso egoísmo, e antes de tudo, temos que subir acima dele. Uma coisa é tornar-se livre de uma potência estrangeira, e outra coisa é lutar contra ela. Eles fogem do Egito, em vez de lutar contra os egípcios. Afinal de contas, todo este caminho através do Mar Vermelho é completamente uma luta. Nós não temos força para lutar contra o nosso egoísmo, precisamos apenas fugir dele e subir. Só o ódio pelo nosso egoísmo nos eleva e separa do nosso ego.

Então, há uma fase em que começamos a corrigir esse egoísmo. Nós não voltamos ao Egito para fazer isso; nós tomamos os vasos de lá e agora começamos a conectá-los a nós mesmos e a corrigir todos esses desejos, sobre os quais nos elevamos.

A primeira fase da correção dos desejos é chamada de geração do deserto, quando corrigimos esses desejos de recepção em doação. Depois, segue-se a geração dos conquistadores da terra de Israel, que é chamada de “recepção em prol da doação”.

Entre o povo de Israel, há forças que podem ir em frente e levar o resto, semelhante a Moisés, que levou o povo para fora do Egito. Há pessoas com realização espiritual que já subiram acima do egoísmo e se conectaram com outras almas. Elas entendem todo o processo, sabem o que fazer no momento, e têm que levar os outros.

Nós estamos falando de pessoas que estudam Cabalá, pois é impossível voltar à Fonte sem a Luz que Corrige. Essa luz pode ser utilizada apenas ao estudar Cabalá, que é projetada para isso.

Há pessoas assim! Nós somos capazes de avançar e arrastar um monte de pessoas que estão assistindo nossos programas de TV, estudando com a gente através da televisão ou da Internet, estudando em nossos cursos, assistindo palestras, e assim elas avançam. É por isso que elas têm uma chance real de se tornar livres conosco, para subir acima do egoísmo e sentir o que é a liberdade, o que significa ser um judeu, que é estar unido com outros (Yechud).

Elas vão aprender o que significa estar na terra de Israel, ou seja, no desejo pelo Criador (Yashar-El), pela doação e amor pelos outros. Desta forma, nós podemos ter sucesso em todas as esferas de nossa vida material e eliminar todos os problemas que nos cercam.

O principal é o espírito de unidade. Se tivéssemos nos relacionado com todo o povo de Israel com tal sentimento de comunidade como pelos membros de nossa família, sentados juntos conosco na mesa festiva, se tivéssemos abraçado a todos, esta teria sido a maior parte dos esforços que temos que fazer para sair do Egito.

De KabTV “Cabalistas Escrevem: A Noite do Seder da Páscoa” 04/03/13

“Capitalismo E Democracia Incompatíveis Na Internet”

Dr. Michael LaitmanOpinião (Robert McChesney, professor de comunicação, autor de Digital Disconnect: How Capitalism is Turning the Internet Against Democracy):“‘Quando o capitalismo é mencionado, é geralmente como o ‘mercado livre’, o que é tido como algo benevolente, quase um sinônimo de democracia’, escreve McChesney. No entanto, o ‘capitalismo realmente existente’ não se encaixa no ‘catecismo’ do mercado livre ou com a democracia, escreve ele, ‘a crise de nossos tempos é que o capitalismo destrói a democracia’”.

“‘A Internet se transformou do espaço público não comercial que muitos sonharam nos seus primeiros dias para um espaço que foi ‘comercializado, protegido por direitos autorais, patenteado, privatizado, inspecionado e monopolizado’, escreve McChesney escreve”.

“Como parte desse processo, a publicidade on-line foi transformada numa forma que elimina noções anteriores de privacidade, e o governo tem poderes de vigilância que antes eram inimagináveis. As telecomunicações e grandes corporações de entretenimento que antes pareciam ser vulneráveis, por causa da Internet, têm prosperado por meio de sua influência num processo de elaboração de políticas ‘corruptas’”.

“Os gigantes da Internet que surgiram ao longo das últimas duas décadas não são a força progressiva que alguns pensam que eles são, e prosperaram como resultado de privilégios de monopólio, exploração de trabalho, políticas e subsídios governamentais, diz ele”…

“Este livro surge agora, escreve McChesney, porque percebi a Internet como que cristalizada num grau significativo. ‘Nós estamos numa posição, em alguns aspectos pela primeira vez, para dar sentido à experiência de Internet e destacar as questões de ponta que ela coloca para a sociedade’, escreve ele”.

“Nós também estamos numa melhor posição para entender que decisões podem ser tomadas que possam determinar o futuro da Internet e sua influência na formação da sociedade, diz ele no livro”.

“Entre suas prescrições: disponibilidade de banda larga a todos de graça como um direito básico, regulamentação estrita de publicidade e uma forte redução ou eliminação do abatimento fiscal da publicidade como uma despesa de negócio, a regulação pesada dos “monopólios naturais” digitais ou conversão deles para serviços sem fins lucrativos, grandes investimentos públicos em jornalismo, neutralidade da rede, estritas regulações de privacidade que tornam atividades on-line como privadas como correspondência no correio, e fortes barreiras legais contra a militarização da Internet e uso da mesma para a vigilância sem permissão”.

Meu comentário: A Internet é uma marca da sociedade moderna, e todos os nossos vícios aparecem numa forma exagerada já que a entrada é gratuita, a reação é instantânea, e a distribuição é ilimitada. Enquanto não começarmos a mudar a nós mesmos, a nossa Internet não vai mudar. Assim, todas as tentativas são em vão.

Uma Convenção Familiar Na Europa

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como podemos permanecer num estado chamado de “uma família” durante a Convenção na Alemanha? Como podemos diferenciar este tipo de “família” da família regular, que é uma das nossas necessidades animais?

Resposta: Nós chamamos a próxima Convenção Europeia de “Convenção Familiar”. Nós achamos que chegou a hora, e que o conhecimento que acumulamos e as circunstâncias que nos encontramos nos permitem construir uma família unificada que será composta de todos os nossos grupos: um grande Kli (vaso). Como o Baal HaSulam escreve, todo o mundo é uma família, e hoje nós temos que nos tornar como uma família.

Em outras palavras, todos os nossos grupos e os nossos amigos que não têm grupos, onde quer que estejam, têm que sentir o resto do Kli de forma regular e depender totalmente um do outro. Este tipo de conexão realmente existe e não temos outro caminho a não ser revela-la gradualmente. É a nossa principal tarefa.

Em segundo lugar, temos que manter uma boa conexão, nunca criticar os outros, mas sim nos aproximar dos outros. Temos que encontrar um denominador e motivos comuns: desejos e intenções comuns, sentir uma completa interdependência mútua. É como se estivéssemos em casa com nossas famílias e não tivéssemos dúvidas de que dependemos uns dos outros. Isso é o mínimo que podemos fazer agora.

Ao mesmo tempo, não precisamos conhecer todos os nossos amigos pelo nome. Nós simplesmente temos que perceber que eles estão dentro de nós e que somos uma única entidade. Então, enquanto trabalhamos na correção pessoal, nós ajudamos ao mesmo tempo os outros e sentimos tudo através de nós mesmos, e tentando corrigir, satisfazer e desenvolver os outros espiritualmente. Cada um de nós tem que agir desta forma, em respeito aos outros.

Isso é vital. Ao trabalharmos assim, vamos saltar à frente e nos aproximar do nível máximo do universo onde que todos nós existimos e que ainda está oculto de nós por nossas propriedades pessoais egoístas. Nós temos que subir acima de nós mesmos pelo menos um pouco e aceitar o fato de que os outros são iguais a nós, se não superiores, maiores, ou mais importante do que nós. Se conseguirmos agir assim, vamos quebrar a parede chamada de “Machsom“.

Da Lição Virtual 17/03/13

O Criador Está Esperando

Dr. Michael LaitmanPergunta: O que significa “dirigir-se ao Criador”?

Resposta: Dirigir-se ao Criador significa exigir das forças interiores do mundo, que detêm e controlam este mundo, que sejam claramente manifestadas em nós. Nós temos que conhecer esta força, estar em contato com ela, e agir com a sua ajuda. É por isso que pedimos, exigimos, que ela seja revelada.

Para o Criador não importa como você se dirige a Ele. Você pode amaldiçoa-lo, só não saia!

Da Convenção Europeia na Alemanha 22/03/13, Lição 2

Alívio Temporário Ou Recuperação Completa

Dr. Michael LaitmanPergunta: Eu trabalho numa oficina artística onde ajudo pessoas com problemas mentais e emocionais, com depressão e todos os tipos de problemas sociais para sair de seu isolamento através da arte. Eu não entendo a diferença entre educação integral e trabalho social. Qual é a diferença entre eles?

Resposta: A diferença é que, no caso da educação integral, você transmite a Luz através de si para os outros. Você os organiza de forma que eles vão se transformar em um Kli (vaso) espiritual. Afinal, você tem um ponto no coração e, portanto, você trabalha com eles através de si mesmo. Você recebe seus desejos e problemas e os organiza como algo que é adicionado em você, e por este acréscimo você pode receber a Luz.

Temporary Relief Or Full Recovery

Este não é um trabalho social, mas um trabalho espiritual. Esta é a diferença entre eles.

Você trabalha a fim de atrair a Luz superior para organizar toda a humanidade num todo, num sistema unificado chamado “Adão”, de modo que neste sistema a Luz superior, o estado mais elevado, será revelado. Isto não é algum tipo de relaxamento no lugar de um comprimido. Pelo contrário, é especificamente a elevação da humanidade ao próximo nível de existência.

Nós não estamos envolvidos em relaxar as pessoas, embora possamos dizer isso a elas. Mas entendemos que é impossível fazer algo no nível em que elas estão, exceto elevá-las a um nível espiritual.

Todas as nossas tentativas de resolver alguns dos problemas deste mundo, a caridade ou a ajuda para vários estratos da população, são em vão. Nada é consertado com isso, e só fica pior. Há muitos investigadores deste assunto, e é completamente claro que todos os problemas são derivados apenas de não corrigirmos a nós mesmos e, ao contrário, de nos envolvermos nesse tipo de trabalho social.

Eu não estou dizendo que este trabalho não é necessário ou que seja prejudicial. Se for possível agora ajudar uma pessoa de alguma maneira concreta, é necessário ajudar. No entanto, junto com isso, a pessoa não deve esquecer que não conseguimos alcançar nada com isso. Portanto, é possível se envolver temporariamente com o trabalho social, enquanto nós ainda não começamos a ampla disseminação da educação integral.

Pergunta: Será que estes dois tipos de trabalho entram em conflito um com o outro, e é possível uni-los?

Resposta: É possível uni-los, mas apenas na medida em que você entende que, com isso, você está fornecendo apenas um alívio temporário para a condição de uma pessoa. Se suas ações estão conectadas à verdadeira correção, então isso é significativo.

Da Convenção Europeia na Alemanha 22/03/13, Lição  2