Reguladores Do Tráfego Espiritual

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, “Um Discurso para a Conclusão do Zohar“: “O fato em questão é que o Criador entregou nossa terra sagrada aos estrangeiros e deu-a de volta para nós, embora não tenhamos recebido a terra em nossa própria autoridade, uma vez que o tempo de recepção ainda não chegou, como explicamos, relativo à completa realização”.

Pergunta: É possível que o Estado de Israel consiga a independência econômica?

Resposta: O Estado de Israel é o único país no mundo que tem a chance de se tornar totalmente independente. Realmente, existe uma possibilidade para isso. Quanto à implantação desta oportunidade, tudo depende do grupo israelense do Bnei Baruch e dos grupos do Bnei Baruch em todo o mundo. Do ponto de vista de Israel, somos o único lugar no mundo, o único país, as únicas pessoas que podem se tornar realmente independentes. Nenhum outro país é capaz disso. Todos os países estão entrelaçados entre si e dependem um do outro, mas conosco não acontece o mesmo.

Hoje, o mundo ainda está no processo de revelar a interconexão global, mas em breve vai descobrir que ela depende de nós. É quando o problema vai surgir. Se não corrigirmos a nossa relação com o Criador e com outras nações, elas vão nos culpar por todos os problemas que acontecem no mundo: crise, calamidades ecológicas, etc. Nós vamos ser julgados culpados de tudo!

Na verdade, eles estão certos, já que problemas acontecem porque estamos no caminho da Luz superior, impedindo a sua propagação e satisfação a todos, considerando que devemos sim trabalhar como um “adaptador”. Assim, as acusações em nossa direção são inevitáveis. A crise está aumentando e nossa interdependência se torna mais evidente. Isso obriga muitas pessoas a ver o protecionismo e o fascismo como saídas. Angústia e instabilidade ainda estão por vir. Os EUA e muitos outros países vão entrar em colapso e todo mundo vai por unanimidade nos culpar por esses desastres. A ONU, que criou o Estado de Israel, pode decidir sobre sua dissolução: “A última vez nós cometemos um erro. Quem é a favor da dissolução? Por unanimidade…”.

Isso acontecerá se deixarmos de fazer o que é suposto. Além disso, os profetas previram muito mais dificuldades graves.

Então, você está perguntando sobre a economia, mas na verdade nós realmente podemos nos tornar independentes de todos em tudo. O mundo inteiro é dependente, inclusive de nós, e nós somos independentes de tudo se conseguirmos nos conectar com o Criador em prol de transmitir Sua abundância ao mundo inteiro. Se realizarmos essa tarefa, seremos indestrutíveis. É a única ação confiável.

Por outro lado, se formos privados da Luz e ficarmos separados do Criador, a escuridão reinará e vamos espalhá-la ao resto do mundo. Uma vela preta é como as nações do mundo nos sentem.

Israel pode ser o país mais desenvolvido e rico do mundo, mas trata-se de uma riqueza especial que não tem nada a ver com contas bancárias. A questão é que devemos nos desenvolver espiritualmente sem considerar qualquer outra coisa.

Em vez de tentar seguir exemplos de outras nações, tentando imitá-las ou copiá-las, nossa nação tem que contemplar a grande questão: “O que podemos fazer para servir ao Criador e o mundo”. Nossa missão é ser um elo de transição que está ligado ao Criador por um lado, e às nações do mundo por outro lado.

Para isso, os membros do Bnei Baruch (a parte interna de Israel) têm que se perguntar: “Como nós, do grupo mundial, podemos ficar ligados ao Criador e transmitir doação às outras nações do mundo através do povo de Israel, segundo a estrutura geral da pirâmide?”Este é o nosso dever, o nosso lugar. Nós somos Bina ou o “Reino de Sacerdotes”. Em geral, todo o povo de Israel tem que subir a esta tarefa.

A fim de lidar com este trabalho, temos que estudar os livros do Baal HaSulam e reescrevê-los, de forma que fique claro para muitos. Hoje, durante este período relativamente “calmo” do tempo, Israel tem que superar os eventos atuais que servem como incentivos externos. Nós devemos pensar em nossa missão e o que o Criador quer que criemos a partir da situação que estamos passando. Devemos aumentar a disseminação; primeiro a disseminação interna em nossos grupos, de modo que ela comece a derramar de dentro para fora, para o povo de Israel que vive na terra de Israel, depois para o povo de Israel que está disperso em todo o mundo, e, finalmente, às nações do mundo.

É nosso dever agir interna e externamente; caso contrário, nós não vamos servir como elo entre o Criador e a criação. Para isso, nós temos um tempo muito limitado em nossas mãos.

Ao mesmo tempo, nós não somos obrigados a “carregar o mundo inteiro” sobre nossos ombros. Nós devemos trabalhar como um porteiro que abre a porta de entrada: “Por favor, entre”. Não há nada mais fácil que isso: por um lado, nós estamos conectados a “Keter” (as primeiras três Sefirot de Bina), e, por outro lado, estamos conectados à Malchut (as sete Sefirot inferiores de Bina). Portanto, é como se não existíssemos. O ponto médio é tudo que existe, o terço meio de Tifferet, Klipat Noga, é quem constantemente decide o que tem que ser reduzido, o que tem que ser acrescentado, o que é bom e o que é errado. Assim, nós conseguimos regular o “tráfego”.

Aqui, tudo depende da nossa atitude. Nós temos medo de responsabilidades, vergonha, crítica… Mas não há outra escolha; nós temos que fazer o melhor que pudermos para cumprir o dever que nos é confiado.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 10/02/13, “Um Discurso para a Conclusão do Zohar