A Visita Do Presidente

Dr. Michael LaitmanPergunta: Por que você diz que a importância do professor não deve ser tida como certa por seus estudantes?

Resposta: Imagine que o presidente venha até nós numa visita especial para encontra-lo. Ele nos pergunta sobre você e diz que há anos está à procura de uma pessoa como você até que ficou claro que você está aqui. Ele chega até você com sua comitiva, aperta sua mão e vocês vão para a sala de conferência juntos para uma conversa e depois você sai com o rosto iluminado, e ele entra em seu carro presidencial e parte para a casa do presidente.

Depois desta visita, você continua como de costume com seus amigos, mas que já olham para você de forma diferente. Quer queiramos ou não, temos que ter cuidado. Algo novo foi criado entre nós e não sabemos como nos relacionar com você, como nos comportar perto de você. Você diz uma coisa e nós escutamos ceticamente, mas preste muita atenção em cada palavra que diz. Nossa atenção está focada em você, já dependemos de você, o nosso ego está “travado” em você, e não há nada que possamos fazer sobre isso. Esta é a maneira natural de prostração, de reverência que é uma parte naturalmente inata de nós.

Mas este não é o verdadeiro trabalho. Se eu quiser me conectar com o Criador e alcançar uma equivalência de forma com Ele, tenho que subir acima da minha natureza para transformá-la em algo que é oposto e desconhecido em sua oposição. Claro que será muito difícil de cumprir isso, já que é como se eu estivesse me virando do avesso, como uma luva saindo da minha pele, matando-me.

Mas isso pode ser feito facilmente. Os Cabalistas dizem isso não é um problema. Se eu tenho combustível suficiente, todo o caminho pode se transformar numa aventura agradável, um passeio no zoológico. Vou passar de uma gaiola para outra, de um animal para outro, e corrigir meus desejos até que eu deixe o “reino animal” como um ser humano, Adam.

Tudo se resume ao combustível que chega até mim numa cadeia: do Criador, através dos Cabalistas, do professor e dos amigos. Portanto, eu tenho que ser incorporado no grupo para ser impressionado pelos amigos e aceitar o que é importante para eles. O professor é que é importante para eles, é uma pessoa que eu realmente não gosto, por quem sinto repulsa, e por quem antipatizo. Eu automaticamente o desprezo e não vejo nele nada que valorizo.

Mas eu entendo que tudo isso é intencionalmente apresentado para mim dessa maneira, e assim uso estes meios para examinar a mim mesmo de acordo com o simples critério: Será que eu quero ouvir o que o professor diz e realizá-lo? Mas para realizar o que ele diz não como um comprometimento “animal”, mas para alcançar o Criador que está por trás dele.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 20/02/13, “Um Discurso para a Conclusão do Zohar”