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Aprender A Jogar

Dr. Michael LaitmanPergunta: Muitos estudos mostram que recompensas frequentemente arruinam nosso prazer. Por exemplo, crianças a quem foram prometidos prêmios quando pintavam, se acostumaram a isso, e se tornaram incapazes de pintar sem receber prêmios.

O mesmo se aplica a notas escolares, que têm um efeito deletério sobre a sede de aprendizado e conhecimento. Por outro lado, nós sabemos que a nossa matéria é o desejo de receber. Isso significa que uma recompensa é, de qualquer forma, necessária. Portanto, qual é a diferença entre o prazer de jogar e o prazer de trabalhar?

Resposta: Recompensas podem ser diferentes de acordo com seu valor. Um jogo me dá maior prazer ‘abstrato’. Num jogo, eu me conecto e coopero com os outros. Não é por acaso que as pessoas têm sido atraídas a jogos por gerações; por exemplo, a tradição dos Jogos Olímpicos começou na Grécia antiga.

O jogo remete o homem de volta à infância, e ele simplesmente se sente bem com isso. Não é por causa de dinheiro ou superioridade sobre os outros, nem por causa da honra que ele recebe; é algo mais, algo abstrato. Nossos jogos são compatíveis com o jogo superior onde a Luz entra nos vasos. Sobre isso se diz: “O criador joga com o Leviatã”.

A questão aqui é a minha atitude. Eu posso trabalhar duro de manhã até à noite e ver esse prazer, descansar. A imagem muda com a recompensa que recebo no momento do esforço, que é chamada, ‘imediatamente’.

Com um trabalho regular, a recompensa vem depois, e em jogos e outras situações semelhantes, nós recebemos a recompensa ‘imediatamente’. Por exemplo, levantando pesos eu sinto que me torno mais saudável e mais forte. Lá, o próprio trabalho torna-se a recompensa.

Por isso, nós precisamos alcançar um estado onde apreciamos a ação propriamente dita, como ela é. Agora eu estou com amigos, trabalho com eles ombro a ombro, me conecto a eles, e isso me dá alegria. Por quê? Porque na nossa conexão eu quero descobrir o Criador, para que Ele se deleite no que fazemos.

A chave para tudo isso é a sociedade. Só dessa forma nossos valores podem ser alterados, a fim de impor a prioridade correta e, em geral, aumentar a escala de valores acima do nível ‘animal’. Desde o momento em que descemos das árvores e começamos a vida na humanidade, a sociedade, e só a sociedade, determinou tudo o que faço. Querendo ou não, consciente ou inconscientemente, eu realizo o desejo dela.

Assim, se aos olhos da sociedade o Criador e a doação recebem a importância desejada, eu vou de bom grado e alegremente trabalhar junto com os amigos e me divertir como me divertia antes, como por exemplo, no processo de jogar futebol com os amigos, sem levar em conta o resultado.

Em cada momento dos nossos esforços de conexão, damos prazer ao Criador. Ele não aprecia posteriormente; Ele aprecia agora. Nós também precisamos receber agora prazer deste grande e importante ato sem a necessidade de uma recompensa maior. Assim que chegarmos a isso, as barreiras vão desaparecer e tudo será aberto.

O resultado é que o Criador é revelado a você quando você sequer sente desejo por isso, simplesmente porque você construiu os vasos de doação

Pergunta: Então por que Ele é revelado? O que devo fazer?

Resposta: Não é preciso fazer nada. Vocês estão com Ele, abraçando-se mutuamente…

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 24/02/13, Escritos do Rabash

Um Contra Toda A Natureza

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, “Introdução ao Livro do Zohar“, Item 1: Quando examinamos a nós mesmos, descobrimos que somos tão corrompidos e baixos quanto possível. E quando examinamos o operador que nos fez, somos obrigados a estar no mais alto grau, pois não há ninguém tão louvável quanto Ele. Por isso é necessário que somente operações perfeitas derivem de um operador perfeito.

Na verdade, nós vemos que a natureza é perfeita e que tudo nela é organizado com muito mais sucesso do que em nossas vidas. A atitude de uma pessoa para com os outros desce nó nível do desejo de estuprar, matar, comer, abusar e bater nos outros, de qualquer maneira possível. Vemos que essa abordagem é ruim e prejudicial. A fim de levar uma vida normal, seria melhor se existíssemos muito bem com base nos princípios da mutualidade, preservando a natureza e protegendo-nos uns aos outros. Nós ensinamos nossos filhos a não brigar, a serem generosos e brincar juntos. Mas parece que as crianças não podem fazer isso e nem os adultos podem. Acontece que nossa natureza é má. Isso é o que descobrimos quando olhamos para nós mesmos.

Por outro lado, na natureza tudo é construído maravilhosamente. Numerosos estudos estão mais claramente desenhando o retrato deste equilíbrio harmonioso e a cooperação mútua. No final, a natureza criou a vida, que requer a coordenação entre mecanismos delicados e complexos trabalhando juntos. Vemos quão versátil e complexo é o mundo, e como sabiamente foi criado. Tudo isso de onde vem? De algum pequeno “átomo” que foi criado como resultado do Big Bang?

De uma forma ou outra, a versatilidade precisa e complexa que vemos nos impressiona, mas quando olhamos para o homem que é a “coroa da criação”, vemos uma inclinação: a de destruir tudo. Isso faz com que consideremos como pode ser isso; que a parte mais complexa, a “melhor” parte, também é a pior parte.

Uma formiga ou uma barata não prejudicam ninguém, só agem de acordo com as ordens da natureza e ajudam os outros no sistema geral que está mutuamente conectado. Nele, todos vivem a fim de sustentar os outros e cada um tem seu próprio nicho e se sustenta a fim de estar conectado com milhares de outras criaturas. Juntos, todos formam um perfeito quebra-cabeça, uma combinação inseparável das linhas do quadro geral. Se você tirar um item, tudo é imediatamente perturbado, e a perfeição será destruída.

Entretanto, em geral, isso é o que o homem faz. Suas ações estão em contraste com a perfeição da natureza. Todos os animais e plantas, tudo, existe em perfeito acordo e, sobretudo, em perfeição mútua; todos estão conectados e dependem de todos, precisam um do outro. Na natureza tudo é baseado no equilíbrio, onde você não pode tirar um elo e movê-lo para outro lugar; é um quebra-cabeça completo. E junto vem o homem e o destrói até que o mundo gradualmente se aproxima do desastre. Até agora nós não compreendemos que, diferente de nós, toda a natureza é perfeita, e as coisas que nos parecem imperfeitas são uma indicação do “espelho distorcido” da nossa percepção ou resultado de nossa participação destrutiva.

O homem não pode ser incorporado à plenitude já que é corrupto. Ele é a única criatura que é oposta à natureza e isso mostra que a chave para a correção está realmente dentro de nós.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 26/02/13, “Introdução ao Livro do Zohar

Nos Bastidores De Um Teatro De Sombra

Dr. Michael LaitmanPergunta: Nós podemos avaliar o equilíbrio de poder em nosso mundo de acordo com o equilíbrio de forças espirituais na história de Purim? Como a educação integral e a ciência da Cabalá estão refletidas nessa nesta história?

Resposta: Vamos dar uma olhada nos personagens de Purim: O rei, Mordechai, Hamã e Ester que os une. Todos os fios são tecidos nela.

Isto é como as inclinações de uma pessoa são apresentadas: as três linhas e o Criador acima, ou seja, o conhecimento e a aspiração por Keter acima da razão na linha do meio. Mas, na realidade, tudo isso se manifesta devido ao trabalho de unificação. Daí os eventos de Purim acontecerem durante o exílio Babilônico.

Purim é o símbolo mais importante.

O grupo de Abraão veio da Babilônia, realizou uma série de correções, caiu de seu grau e desceu para a Babilônia novamente para revelar o último método de correção lá.

Com esse método, o grupo constrói novamente um vaso espiritual; no entanto, ele não pode permanecer nele porque este vaso é muito mais fraco do que o anterior. Ele tem muito mais limitações do que o anterior, porque agora o mundo inteiro precisa ser corrigido.

Então, novamente, a mistura ocorre, mas já na base deste vaso corrigido na Babilônia e adaptado para o mundo.

Então os filhos de Israel saem ao mundo para estar junto com ele e nos nossos dias eles vêm para a mesma Babilônia, para a mesma situação com Hamã, Mordechai, e Assuero.

Hoje, tudo está pronto, mas queremos avançar ao longo de um bom caminho, acima da razão, e por isso temos que explicar a todos que a salvação está na união.

Na época, Hamã queria usar o estado de “sono” dos filhos de Israel: eles não mantiveram a conexão correta entre si e isso proporcionou a oportunidade de destruí-los, ou seja, destruir a aspiração espiritual e fazê-los trabalhar egoisticamente.

Por outro lado, a educação integral nos diz: “não, temos que começar a nos unir porque nela reside a salvação do mundo, material e espiritual”. Nós não temos outra opção.

Nas condições atuais, nós estamos aparentemente contra o mundo inteiro, exigindo o consumo razoável de acordo com as necessidades básicas, a igualdade, a distribuição justa, etc. Nós explicamos que o inflado setor bancário e a produção excessiva não têm lugar no mundo. Gradualmente compreendendo como temos que viver em novas condições, a humanidade vai se livrar de todas aquelas atividades inventadas, deixando apenas o que é realmente necessário para a existência normal.

Isso não significa que podemos voltar ou inverter a história. Claro, podemos continuar a desenvolver diversas tecnologias, mas de uma forma que elas não sejam frescuras, mas necessidades reais para a vida.

Por exemplo, se a produção for automatizada, as pessoas não terão que trabalhar nem por uma hora por dia. Bem, deixe-as se envolver na atividade principal da sua vida: o desenvolvimento espiritual. Deixe-as fazer o trabalho interno em si mesmas.

Nós não entendemos ainda que as tecnologias de ponta criam um novo mundo “virtual”, onde o desejo de receber existirá calmamente acima do nível do “animal”, porque depois de ter subido ao nível humano, você deixará de sentir o “sabor” dos desejos anteriores. Da mesma forma, não sentimos como nosso cabelo e unhas crescem, e como os aparamos.

A sensação deste mundo vai começar a “desaparecer” e todas as nossas ações, todas as conexões, toda a existência, serão sentidas apenas nas relações entre as pessoas. Só estas relações serão baseadas, não no princípio de “dar e receber”, não apenas na interação física nem por meio da troca de mercadorias, este nível irá recuar para o fundo e desaparecer da percepção; ao invés dele, cada vez mais nós sentiremos a essência interior do que está acontecendo, nosso relacionamento verdadeiro e profundo.

Assim, em nossa percepção, vamos passar para o próximo nível, que não existe em nosso mundo, pois consiste dos níveis inanimado, vegetal e animal, e o nível humano não pertence a ele. Se você o alcança, todos os outros graus são incluídos nele e desaparecerem como tal. Então, nossa percepção é subitamente transportada no mundo das forças, não no mundo da matéria. Acontece que a “matéria” é o desejo de receber, e não imagens materiais, como sombras, projetadas no espelho da nossa consciência.

As tecnologias modernas oferecem bom suporte para essa percepção. Nos próximos anos vamos ver como as pessoas perdem suas atividades habituais, como se fossem deixadas sem nada. Então, por que somos carentes?

Nós somos carentes, mas não na forma de corpos. Afinal, o “eu” é algo eterno, imutável, e podemos subir a este grau por meio da educação integral, que nos permite avançar suave e confortavelmente e não sob a enxurrada de golpes que não nos deixam outra escolha.

Nós não podemos nos desesperar neste caminho. Afinal, nosso pequeno esforço espiritual muitas vezes excede todos os esforços materiais. Se pensarmos um pouco mais, “nos esforçarmos” um pouco mais no desenvolvimento espiritual, sem bombas e mísseis, seremos capazes de resistir a isso, milhões de inimigos serão impotentes diante disso.

Nós temos que estar cientes da diferença de potenciais entre a força espiritual e a força material. Como Baal HaSulam escreve que todos os representantes do nível “animal” são iguais a um representante do nível humano. Em essência, não há nada para comparar, porque o poder entre os níveis difere muito. Nós só precisamos ir mais fundo, e você vai ver como chegaremos ao Purim…

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 25/02/13, Escritos do Rabash

Presidente Alemão Pede Que A Grã-Bretanha Permaneça Na UE

Dr. Michael LaitmanNas Notícias (do The Financial Times): “O Presidente da Alemanha apelou na sexta-feira ao povo do Reino Unido para que permaneçam membros da UE, num discurso que pretendeu reagir ao eurocepticismo em todo o continente.

“’Prezado povo da Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, caros novos cidadãos britânicos!’, declarou Joachim Gauck. ‘Gostaríamos que vocês ficassem conosco!’.

“Seu apelo ao orgulho britânico e patriotismo – ‘Durante a Segunda Guerra Mundial, seus esforços ajudaram a salvar a nossa Europa, que também é a sua Europa’, disse ele – sublinhou uma profunda preocupação em Berlim que um referendo no Reino Unido, prometido por David Cameron, primeiro-ministro, poderia ver uma votação britânica para sair da UE.

“Só seremos capazes de sobrepujar desafios futuros se trabalharmos juntos. Mais Europa não pode significar uma Europa sem vocês!”…

“Ele rejeitou as acusações de que a Alemanha estava tentando intimidar seus parceiros da UE, ou forçar suas ideias sobre eles, ao estabelecer as regras para a recuperação da crise da zona euro.…

“’Não se trata apenas de uma luta pela nossa moeda’, disse ele. A Europa estava enfrentando mais do que uma crise econômica. ‘É também uma crise de confiança na Europa como projeto político’.…

“‘Nós estamos juntos… paz e liberdade, democracia e estado de direito, igualdade, direitos humanos e solidariedade’”.

Meu comentário: Não é tarde demais para apelar à solidariedade e nem sequer ter concluído isso, apenas financeiramente? A raiz do problema é uma mudança gradual no programa que controla a humanidade. O programa está mudando gradualmente de egoísta para altruísta e requer que a humanidade se torne semelhante a ele e participe ativamente. A incoerência com o programa se manifesta como uma crise multifacetada.

A humanidade tem um método de reciclagem própria para se tornar semelhante ao novo programa. O método é chamado de educação integral. Enquanto a humanidade é teimosa, o programa está sendo introduzido cada vez mais em nosso mundo, em todas as suas formas, e por isso a crise é sentida mais forte no dia-a-dia. Vamos esperar que as palavras sobre igualdade, direito e assim por diante se tornem significativas e desejáveis, em vez de vazias.

Alegria Desesperada

Dr. Michael LaitmanRabash, Artigo 19, “A Questão da Alegria”: Isso significa que a alegria é resultado de certa razão. Então, qual é a razão, de modo que a razão possa ser evocada para nos trazer alegria?

Nesse sentido, a intenção de seguir a linha direita tanto quanto a pessoa pode é chamada de “totalidade”. E a pessoa já está num estado de plenitude, que é chamado de “equivalência”. Isso significa que o todo, que é a pessoa, está agora aderido ao Todo, como se diz: “O abençoado se adere ao abençoado e condenado se adere ao condenado”.

Nós certamente não podemos sentir qualquer coisa espiritual se não for por sua forma oposta. Internamente, nos falta a plenitude, nos falta controle, somos impotentes e estamos sob o controle completo do desejo egoísta de receber que clama pela dominação de todo o bem no mundo, mas nós transcendemos isso e nos “restringimos”, aferrando-nos apenas ao desejo de doar à medida que o valorizamos cada vez mais.

Isto significa que a alegria vem como resultado do nosso sentimento de grande frustração, decepcionados com nossos próprios desejos. Nós estamos muito felizes que encontramos um desejo, a intenção do Criador, que podemos usar para controlar nossos desejos. Há uma grande lacuna criada entre o que somos e a essência do Criador. Nós adquirimos Seus vasos e, assim, nossos vasos podem se conectar aos Seus vasos.

Assim, um grande vazio é formado entre os dois opostos, que agora nós podemos preencher com doação. Nós somos preenchidos pela doação e isto nos traz alegria.

No Livro do Zohar está escrito, (Gênesis. Item 159): “a indução do posterior, que é um chamado, foi tão forte, até que todos os seus níveis fossem perdidos e ele se tornasse um homem comum, ‘Shimon do mercado’, e reconhecesse que é um chamado e um convite para uma realização muito sublime”.

Todos os discernimentos espirituais correm em grandes contrastes. É na lacuna, na disparidade entre eles e na conexão entre eles acima da razão, que o novo vaso é revelado, o qual não é parte da nossa natureza e que é um vaso de doação, onde a alegria é revelada.

A Luz que é revelada no vaso que recebe a fim de doar é a “Luz da Vida”. E sua essência interior, que é criada através da identificação e adesão com o Criador, é sentida como alegria. É o resultado de uma boa ação, ou seja, o ato de doação.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 25/02/13, Escritos do Rabash

O Novo Israel

Dr. Michael LaitmanPergunta: Qual é o papel atual dos judeus israelenses na formação das forças espirituais?

Resposta: Cada elemento, até mesmo o menor deles, é constituído de dez Sefirot. A nação israelense, que passou por altos e baixos espirituais, também é constituída de várias partes.

Há uma parte chamada “Israel” conforme sua essência espiritual, e ela visa diretamente ao Criador (YasharEl). Aqueles que se sentem atraídos a ela pertencem a esta parte.

Em geral, hoje nós estamos começando a subida a partir do mesmo estado da antiga Babilônia no tempo de Abraão, quando tudo estava quebrado e ele reuniu pessoas que eram atraídas ao Criador. Essas pessoas pertencem a GE e o ponto no coração (•) já está ardendo nelas.

Depois há a parte que também é chamada de “Israel”, mas onde ponto no coração está bloqueado (⊙). Embora ele tenha existido nestas pessoas no passado, não é expresso como resultado da incorporação geral.

A próxima parte é as “nações do mundo”, pessoas que estão prontas a se juntar a Israel. Elas entendem e sentem a mensagem da conexão. Elas têm uma inclinação natural para isso, mas seu “ponto no coração” está oculto. Nós podemos chama-las de “justos”.

Depois há a parte das “nações do mundo” que são chamadas de “pecadores”, onde há muita negatividade (-), e seu ponto no coração está escondido profundamente.

Esta é a estrutura geral, mas nós não separamos nada e tomamos o exemplo de Abraão que difundiu a sabedoria para todos.

No entanto, hoje nós também ressaltamos várias coisas em nosso trabalho; primeiro temos que fortalecer a primeira parte, o nosso grupo, aqueles que estão prontos, que podem e compreendem a importância do caminho ao Criador.

Depois nós temos que trabalhar com os representantes da segunda parte, já que o mesmo ponto está escondido neles também; quer eles gostem ou não, eles têm o mesmo estímulo. Nós temos que alcançar certa conexão com eles.

Além disso, vamos esperar que muitas das “nações do mundo” se juntem a nós quando virem que lhes oferecemos uma abordagem eficaz e racional.

Ao mesmo tempo, temos que compreender que as três partes inferiores participam do processo sem intenção. Não há como elas poderem ansiar por doar. Afinal, a intenção está apenas acima, em todos os nossos amigos ao redor do mundo.

The New Israel

Na verdade, um novo vaso é formado hoje, um novo “Israel” que nasce após a quebra e a mistura, depois de muitas reencarnações. Quem desperta para o Criador fica na parte superior puxando todos os outros depois dele.

A mesma coisa aconteceu na Babilônia: pessoas em lugares diferentes se juntaram ao grupo de Abraão e depois estavam entre os líderes. Outro exemplo é o Rabbi Akiva, cujos pais não eram judeus (que eram convertidos e pertenciam às “nações do mundo”), que se juntou à nação de Israel. Este era o seu destino; do nível geral daqueles tempos, ele subiu para o nível espiritual e superou todos. Certamente, não é uma questão de genética ou nacionalidade.

Quanto à nação de Israel hoje, nós temos que nos esforçar mais do que em outras partes do mundo. Nós temos que primeiro nos esforçar em nosso grupo e entre a nação israelense que está dispersa entre as nações do mundo. Isso é muito difícil, mas não temos outra escolha, temos que fazê-lo, uma vez que essa é a ordem de prioridades no sistema geral.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 22/02/2013, Shamati #37 “Um Artigo Para Purim”

Existe Certo Povo

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, “Shamati,” artigo 144 “Existe Certo Povo”: ‘Existe certo povo espalhado e disperso entre os povos’. Hamã disse que em sua opinião nós conseguiremos destruir os judeus, porque eles estão separados uns dos outros; daí, nossa força contra eles certamente vai prevalecer, pois ela causa a separação entre o homem e Deus. E o Criador não os ajudará, uma vez que eles estão separados de Deus. Eis porque Mordechai foi corrigir essa falha, como é explicado no verso, “os judeus se reuniram”, etc., “para se reunir e defender suas vidas”.

Não há nenhum outro meio pelo qual podemos ser salvos de todos os problemas, seja no exílio físico ou no exílio espiritual. É a mesma coisa; não há nenhum outro tipo. Nós estamos ou sob o domínio das forças do mal que são estranhas à Santidade, o que significa a força de separação e dispersão, ou nos unimos apesar de todas as forças do mal e, assim, vencemos, aproveitando a oportunidade que nos foi dada e subindo ao nível de conexão.

Neste contexto, nós começamos a descobrir o estado superior, o mundo superior, a força superior. Isso é o que estamos prestes a fazer agora. O mundo está avançando rapidamente no sentido deste esclarecimento. Nós também temos que esclarecer o nosso estado, a fim de nos tornar a força que leva este mundo de um mundo para outro, e estar preparados para esta missão.

Muito em breve vamos ver como todas estas coisas são realmente cumpridas e começamos a trabalhar. Todo mundo vai estar pronto para se conectar, mas se estaremos prontos para conectá-los depende se conseguirmos nos tornar um povo. Nosso sucesso depende disso.

Caso contrário, todas as forças do mal no mundo se voltarão contra nós e vão ser justificadas, porque instintivamente sentem que somos responsáveis por todos os seus problemas. Será impossível culpá-las do ódio que sentem em relação a nós, porque não há ninguém além Dele; existe um programa, existe a força superior que age e existe um sistema que funciona adequadamente. Nós temos que equilibrá-lo, trazer a boa força contra a força do mal e com isso trazer tudo para a linha média.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 22/02/13

Uma “Reinicialização” Dos Desejos No Nível Do Egoísmo Desenvolvido

Dr. Michael LaitmanPergunta: As estatísticas mostram que boas relações no trabalho aumentam a lealdade dos funcionários à sua empresa e até mesmo evitam o risco de uma morte prematura. No entanto, colegas continuam a brigar, a ficar nervosos uns com os outros, a sustentar seus territórios e a lutar por seus interesses. Porque é impossível neutralizar esses conflitos?

Resposta: Tudo o que o mundo moderno tem experimentado nos últimos 20-30 anos é de alguma forma uma tentativa de conectar tudo em um todo, para dar às pessoas a sensação de suavidade, harmonia, cooperação, para levar a equipe a um determinado terreno comum, planos e soluções comuns, de modo a acender uma chama em seu trabalho. Mas tudo sem resultados.

Antes, quando um gerente “lançava” uma ideia, as pessoas ficavam animadas e o seguiam, mas agora ninguém quer nada, mesmo por dinheiro.

As pessoas vêm para o trabalho como “zumbis”, só porque têm que ganhar a vida e para não se tornar um sem-teto no futuro. Elas não são capazes de se comunicar umas com as outras. Meio dormindo, elas gastam o seu tempo no trabalho e saem no final do dia.

As pessoas perderam o gosto pelo trabalho; elas não têm nenhum propósito. Não há ninguém e nada para incitar; já não existem grupos sociais produzindo grandes ideias novas como antes, quando o egoísmo estava ainda no processo de desenvolvimento.

Mas agora é a vez da fase avançada do egoísmo, que está se tornando integral. É por isso que estamos perdendo as metas, a satisfação e os interesses que antes possuíamos. Não há nada disso hoje.

Eis porque é muito difícil para os patrões e gestores manter seus empregados interessados. Eles não são capazes de fazê-lo porque têm que forçá-los a trabalhar. E isso continua a cair e regredir dia após dia, de ano para ano.

A pessoa não tem nenhuma motivação para fazer qualquer coisa: para quê? — eu me obrigo a trabalhar. É claro que eu ficaria feliz em receber meus patéticos “tostões”, e nada mais me preocuparia. Não me preocupo com a produção, a equipe, o trabalho em si, a posição ou o chamado interno. As pessoas perderam qualquer motivação para trabalhar; elas nem mesmo se preocupam com a recompensa monetária.

É só porque nossos desejos, que são nosso próprio material interno, estão passando por uma grave “reinicialização” (reset). Eles estão mudando de pessoais para coletivos. Mas nós não sabemos como satisfazer os desejos coletivos.

Além disso, não percebemos que estes desejos são coletivos, mas continuamos sentindo uma crescente dependência um do outro, e tentamos escapar dela, cada um para seu próprio nicho. Uma pessoa se aproxima de mim, e eu já estou pronto para queimá-la com meus olhos. Antecipadamente, estou preparado para afastar essa pessoa.

Este é um problema universal, mas não é culpa nossa. Os gerentes precisam entender isso e ao mesmo tempo lutar contra estes problemas dentro de si.

A única solução é explicar este estado aos colaboradores da empresa, mostrar-lhes as estatísticas e explicar um pouco o método da educação integral. Quando nós envolvemos as pessoas nos workshops, elas desenvolvem desejos completamente novos: coletivos e redondos, não individuais e lineares, integrais em vez de separados. E nós adquirimos uma pessoa completamente diferente.

Essa pessoa percebe a si mesma e à equipe como um todo. Ela começa a ver que quando se envolve com sua equipe, começa a respirar, abrir os olhos, consegue pensar mais claro, começa a ouvir, tudo se torna mais nítido: ela desperta. Ela começa a sentir que a vida tem uma centelha; há entusiasmo.

Uma vez que explicamos que a união com os outros é necessária para revelar um novo desejo comum, coletivo, onde a pessoa vai experimentar entusiasmo, vida e satisfação comum, apesar da dependência da equipe, a pessoa vai se divertir, porque essa dependência é redonda e abrangente. Todo mundo precisa dela, porque nós nos sentiremos livres e leves, a vida vai ser um prazer, e nós vamos subir como se tivéssemos asas.

Hoje, as pessoas estão prontas para qualquer coisa, porque este é o maior problema no mundo. Suicídio, drogas, depressão, divórcio, criminalidade, terrorismo e tudo mais acontecem por causa do vazio; não temos aonde nos esconder de nós mesmos. Dê às pessoas satisfação e tudo isso vai embora.

De Kab TV “Segredos Profissionais” 08/02/13