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Diante De Um Portão Aberto

Uma pessoa chega ao portão principal, que leva ao mundo espiritual e se retira no último momento. É porque esta porta só abre se você aceitar as condições do superior. Enquanto você apenas se aproxima, você pode suportá-las até certo ponto, mas você não consegue cortar-se totalmente do passado e concordar em dar um passo para o futuro. É porque este portão é a fronteira entre o passado e o futuro, e portanto você recua.

Pergunta : O que é que nos falta nesse momento?

Resposta : Existe uma falta de apoio mútuo, a força do apoio do meio ambiente. Nós só podemos evocar o Criador e forçá-lo a agir por apoio mútuo. Você não pode ir até o portão sem a ajuda do ambiente, sem ser empurrado por trás e sem os outros pedindo por você.

Atravessar o portão para o mundo espiritual implica ter meios para se conectar com outros vasos, a fim de descobrirmos juntos a realidade que existe para além do portão. Nós abrimos a porta entre nós, por isso é impossível conseguir sem o apoio dos outros!

Este apoio depende de quanto eu consigo evocar os amigos. Eles existem e me apoiam apenas na medida em que eu os evoque, uma vez que são as partes da minha própria alma. Apenas parece que eles têm livre arbítrio e que alguém age contra mim. Tudo isso me é dado para que eu possa corrigir-me e atingir o seu apoio para isso. A fim de o fazer, eu tenho que dominar o meu ego; estas são as regras do jogo.

É um teatro onde, em conjunto comigo, há também diferentes atores no palco: alguns parecem meus amigos e outros inimigos, alguns me amam e outros odeiam-me. Com a sua ajuda e por meios diferentes, eu tenho que levar o meu ego à correção.

Mas na verdade eles não existem, eles só surgem para que eu possa realizar minhas ações com relação a eles. Numa ocasião eu trato-os como meus amigos e noutra como meus inimigos. Isso significa que eu devo perceciono-os “dentro da razão.” Noutra vez eu trabalho “acima da razão” e aceito isto como sendo o jogo do Criador. Toda a Torá deriva da combinação destas duas perspetivas.

Da 1ª Parte da Lição Diária de Cabala de 14/02/13 , Escritos de Baal HaSulam

Duas Nações Com Raiz Comum

Pergunta: Qual é a raiz espiritual para a existência de duas nações, os Judeus e os Árabes, na terra de Israel?

Resposta: A nossa raiz comum é Abraão, nosso patriarca. Islão não pertence à idolatria, e mesmo os sentidos das gentes são próximos ao Judaísmo. Muçulmanos não adoram “estátuas e imagens” e de facto, existem muitas similaridades de semelhança entre estas duas religiões. Elas consideram a força superior de uma maneira semelhante, mas no Islão é chamada de “Alá” e no Judaísmo é chamada de “Deus”. Em ambos os casos não é um nome mas um termo para se referirem à força superior.

Quanto ao conflito corrente, foi fundado durante os domínios Turco e Britânico nessa terra. Foi então que as autoridades iniciaram a fricção e discórdia. Este foi o princípio da diplomacia Britânica, o uso de contendas entre duas nações. Não acontece o mesmo hoje em África?

Pergunta: Devo eu, como estudante no estrangeiro, estar preocupado acerca da forma como Israel é olhado no mundo hoje?

Resposta: Devemos estar preocupados acerca da disseminação da nossa mensagem. Dela as pessoas irão entender que devem proteger esta parte do mundo uma vez que é importante espiritualmente. A “raiz” espiritual toca o “ramo” corpóreo aqui.

Além de tudo, enquanto o nosso mundo está no fundo, também temos que alcançar o preenchimento da total redenção. Toda a “raiz” espiritual deve atingir o seu “ramo” corpóreo. Isto é para o que nos dirige a nossa longa história, incluindo a guerra de Gog e Magog (Armagedão) que toma lugar agora. Esperemos que passe rapidamente e apenas no nível espiritual.

Depois de tudo, a tendência de ascensão está já a ser revelada no mundo. Recebemos um método e se conseguirmos gerenciá-lo para a subida do mundo mesmo que só um pouco, então nós estaremos já a mudar todos os acontecimentos no nível espiritual.

Da 4ª Parte da Lição Diária de Cabalá 13/02/13, “Um Discurso pela Conclusão de O Zohar”

O Criador Está Escondido Entre Nós

Pergunta: Se o mais importante é o desesperar dos meus próprios poderes ao longo do caminho espiritual, então porque é que nós temos que cooperar com todo o tipo de problemas corporais também?

Resposta: O Criador não vos faz a vida difícil e não coloca quaisquer obstáculos no vosso caminho. São vocês que estão a ficar confusos. Se pudessem ouvir o conselho que temos que corrigir as relações entre nós – e, nisso, descobrir o mundo espiritual desde o primeiríssimo momento que começaram a estudar – então as interrupções que estão constantemente a aumentar não pareceriam interrupções. Antes, cada vez, elas pareceriam como a revelação de uma nova espessura do nível superior.

Ninguém vos impediu de aceitar este conselho e de o preencher. Não se teria interrompido, mas sim, tinha-vos ajudado a erguer e apertado a conexão e descobrir a sua essência interior chamada de Luz.

Contudo, estão procurando pela revelação do Criador, não de forma a doar e a não doando a outros, não entre os amigos, mas num local totalmente diferente. Então, quem é responsável pelo facto de não terem sucesso? Podem ter construído barreiras diferentes que vos separam do mundo espiritual ao invés de se aproximarem dele desde que chegaram até hoje. Apesar de eventualmente poderem atingir a decisão correcta ao longo deste caminho, também, é por sentirem desespero e finalmente descobrirem que nós chegámos a um beco sem saída e temos que voltar atrás para seguir por um trilho diferente.

Assim como está escrito (Eclesiastes 7:29): “Isto é a única coisa que encontrei, que D’eus fez os seres humanos de forma correcta, mas eles conceberam muitos esquemas.” De facto, é um ponto muito simples, mas nós simplesmente ainda não encontrámos o local exacto da quebra. Queremos preparar o nosso próprio coração para o preenchimento. Esta é a inclinação de todos.

Contudo, não queremos aceitar o facto que o local de preenchimento está ao nosso redor! Existe um corte, um abismo, um vácuo vazio negro entre nós, mas isto não me preocupa de todo. Preocupo-me acerca do facto que não tenho o preenchimento dentro de mim! Isto significa que estou a pensar num local totalmente diferente ao invés do local onde a força superior deve ser revelada.

Eu também interpreto a ideia de uma força superior como eu acho melhor, que é como um sentimento intenso, uma realização maravilhosa, compreensão, uma sensação agradável, mas a verdadeira força superior é totalmente o oposto do que eu imagino. Sendo equivalente ao doar aos outros, preenchendo o outro enquanto me elevo acima de mim próprio, sem pensar em mim, anulando-me e restringindo-me. Eu dou tudo de mim e me privo de tudo o que me preenche apenas para preencher os outros. É somente acima de mim mesmo que eu procuro uma forma de preencher os outros.

Este é a realização espiritual que sinto na medida em que eu estou pronto a me disponibilizar acima dos meus próprios desejos e paixões, mas nós nem sequer pensamos nessa direção. Às vezes, tocamos ligeiramente neste sentimento em alguma convenção poderosa no deserto, mas, depois, cada um de nós volta para nossos próprios interesses pessoais, e, então, tudo chega ao fim.

O grupo não me apoia. Não me mantem focado neste ponto preciso . E meu ego sempre me puxa para baixo, para o abismo. Então, o que eu posso fazer?

Tudo isso é porque não nos apoiamos e seguramos uns aos outros. A força que nos pode salvar está entre nós, na conexão entre nós, no vaso coletivo, e não em cada um de nós. A força de nossa conexão é a Luz, e é aí que devemos exigi-la: nas fendas entre nós, nas barreiras, nas paredes. A Luz, o Criador se esconde lá dentro.

Podemos descobrir isto somente se começarmos a conectar-nos com os outros de uma maneira que as lacunas vão desaparecer, e, então, bem naquele lugar, você vai descobrir o Criador, ali onde Ele está escondido agora.

A questão toda é que você ouve, mas você não cumpre o conselho de forma correta. Isto é porque você não quer aceitar o que Rabash diz: “Estamos reunidos aqui para estabelecer uma sociedade para todos que desejam seguir o caminho e o método de Baal HaSulam …”

Temos que tomar uma decisão e depois cumpri-la constantemente, mas se todo mundo se preocupa consigo mesmo e não com os outros, isto não vai levar a nada. Se eu pensar sobre como cumprir isso por mim mesmo, não vai funcionar. O pensamento deve ir apenas para os outros, pois é um sistema fechado e analógico.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabala de 13/02/13, Escritos do Baal HaSulam

O Aparente Beco Sem Saída É Uma Porta Para Cima

Várias condições básicas precisam existir para a correção ter lugar. Primeiro, desespero quanto aos meus próprios poderes. Este esclarecimento deve resultar da minha própria experiência. Eu tenho de ter a certeza de que nada vai ajudar-me e não aceitar isto apenas como fé, desistindo das minhas próprias tentativas.

Uma pessoa tem de ter chegado à sensação de estar num beco sem saída. Mas, por outro lado, uma nova realidade se revela no mesmo vaso que é chamada a força superior que fornece a força para atrair uma pessoa a sair deste estado de desespero. Além disso, é importante saber porque quer tanto uma pessoa este resgate de maneira que a correção não vai ser para um preenchimento egoísta, mas vai levá-la a um estado de: “do amor dos seres criados para o amor do Criador. ”

Todas as mudanças que uma pessoa ganha deste modo aumentam na mesma deficiência. O momento em que ele está pronto para a ação da Luz, o que significa que ele aceita todos os componentes certos, a Luz imediatamente começa a doar sobre dele.

A doação da Luz é feita de cinco Luzes de NRNHY ou dez Sefirot. Estas Luzes estão em sintonia entre elas, de acordo com o primeiro nível a que uma pessoa tem de chegar. Existe a relação certa entre todos estes raios de Luz, uma certa gama que uma pessoa tem de adaptar ao seu vaso, e todas as suas deficiências: a fase de raiz, a fase um, dois, três e quatro, de tal forma que cada uma será oposto à sua própria Luz. Elas têm de incluir todos os componentes necessários: o sentimento de deficiência, gratidão, conhecimento e fé acima da razão.

Como resultado do nosso trabalho, todas estas coisas têm que estar prontas na incorporação certa entre elas, de modo que a deficiência será adequada para a Luz: cinco níveis de deficiência opostos aos cinco raios da Luz. Isto significa que a luz tem de ser exactamente oposta ao vaso e assim será capaz de doar sobre ele.

Nesse caso, apenas restrição e um Masach (tela) ficarão a faltar, que a Luz providenciará ao vaso. Então existe uma ligação completa entre estes, num todo, pelas correções da restrição e do Masach, e o sentimento da primeira entrada da Luz no vaso. Assim, o estado de um embrião espiritual é criado.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabala de 12/02/13, Escritos do Baal HaSulam