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Como Estabelecer Prioridades

Dr. Michael LaitmanPergunta: O que uma mulher pode fazer se a disseminação toma 5 a 6 horas por dia e não há tempo de sobra para o trabalho em grupo, em particular para participar de workshops? Como podemos priorizar nosso tempo?

Resposta: Eu acho que a pessoa deve, necessariamente, dedicar certa quantidade de tempo ao seu trabalho interior. Apesar da disseminação para o público em geral ser muito importante porque sem ela não vamos avançar, se você não prestar atenção ao avanço espiritual interno, não é bom.

Você vai ficar para trás no material, não vai estar com todos, como numa equipe, etc. Nós ainda devemos priorizar para que o trabalho interno, ou seja, a participação em workshops de mulheres, em aulas e workshops gerais, não sofra por causa da disseminação externa. Você deve apertar a programação e não perder nossas atividades gerais, especialmente workshops.

Mas sem a disseminação, é impossível também, não porque alguém nos chama para isso, mas porque nós revelamos internamente essas lacunas que serão preenchidas com a Luz superior. Se estudarmos sem passá-la aos outros, permanecemos como espertos vazios e inteligentes, porque só o conhecimento mecânico irá entrar em nós, mas não espiritual.

Da Lição Virtual 03/02/13

Um Presente Do Destino

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como podemos combinar corretamente o trabalho na unidade e na disseminação?

Resposta: O trabalho na disseminação une por si só. Exatamente no processo de disseminação, muitas pessoas se aproximam novamente, ficam no grupo, não o abandonam, unem-se com o outro, e encontram seus amigos mais próximos.

Eu acredito que a disseminação é um enorme presente que o destino nos deu, porque era impossível disseminar no passado, e você pode fazê-lo agora. Além da Cabalá, há a educação integral, que é um ótimo lugar onde podemos nos unir.

Da Lição Virtual 03/02/13

Chegada À Maturidade

Dr. Michael LaitmanPergunta: É típico na formação do grupo ter períodos em que a necessidade de unidade surge das aulas, workshops, congressos, ou da participação na disseminação?

Resposta: Eu sei por mim mesmo que eu estava envolvido em um ou outro. De repente eu queria explorar ainda mais o material, ou disseminar mais, ou me ocupar precisamente com a ascensão espiritual, ou em algumas coisas “mundanas” como fazer o layout para livros ou prepará-los para publicação. A pessoa sempre tem essas oscilações em diferentes direções. Nós temos que passar por todas elas. Este é um período natural do nosso crescimento, e tudo entra gradualmente em equilíbrio.

Da Lição Virtual 03/02/13

A UE Não Resolveu Os Problemas

Dr. Michael LaitmanOpinião (Gary Cohn, presidente do Goldman Sachs Group Inc.): “O presidente  do Goldman Sachs Group Inc., Gary Cohn, disse que a Europa ainda enfrenta” problemas fundamentais” e os políticos não têm planos para promover o crescimento econômico nos países europeus do sul. A recessão da Espanha se aprofundou no último trimestre de 2012 e sua economia está prestes a diminuir pelo segundo ano, em 2013, minando os esforços do governo de reorganizar as finanças públicas em meio a uma taxa de desemprego de 26 por cento”.

Meu comentário: Quando os economistas finalmente vão parar de sonhar com um novo crescimento? Já há muitos anos, eles vêm produzindo apenas para comprar, jogar fora e comprar novamente. Eles estão dispostos a emprestar com essa finalidade e vivem numa terra de sonhos em que tudo isso vai continuar. Naturalmente, o processo da criação de novas necessidades (necessárias, racionais) funciona de forma consistente e gradual, mas é fortemente implantado em todo o mundo pela natureza.

Como Posso Parar De Pensar Em Mim?

Dr. Michael LaitmanPergunta: Em que vaso a pessoa descobre a espiritualidade?

Resposta: Na Luz de Retorno, ou seja, na doação, quando ela se preocupa com o outro mais do que consigo, quando o outro é mais importante para ela do que ela mesma.

Pergunta: O que é a pessoa deve anular a fim de adquirir o vaso espiritual?

Resposta: Ela deve anular os pensamentos sobre si. Como posso eu, que só consigo pensar em mim, mudo para um estado em que vou mudar totalmente a mim mesmo, para o bem dos outros? Onde posso obter tal desejo? Onde posso encontrar forças para fazer tal esforço?

Aqui, a Luz que Reforma me ajuda. É o chamado “milagre do êxodo do Egito”: eu tiro meus sentimentos (coração) e a mente fora do controle do meu desejo, do carinho por mim e coloco-os em outro. Claro, eu não posso fazer isso por mim mesmo. Um prisioneiro não pode se libertar da prisão, e você não pode se puxar pelos cabelos para fora de um pântano. Depois de tudo, o desejo e a preocupação comigo mesmo são tudo que eu tenho.

Mas a Luz vem e tira essa preocupação do desejo e coloca-a em outra pessoa. Então, eu começo a cuidar dela como uma mãe que se preocupa com o seu bebê. Afinal de contas, a mesma coisa acontece com ela, mas num nível egoísta: é como se ela estivesse hipnotizada, em sua preocupação com seu bebê, olhando para ele o tempo todo e se preocupando com ele. Se nós não conhecêssemos esses processos neste mundo, poderíamos pensar que ela tinha perdido a cabeça.

Este é também o trabalho da Luz, mas a mãe não é obrigada a pedir para ser capaz de amar seu bebê; ela simplesmente recebe este amor do Alto. No nosso caso, no entanto, é diferente. A pessoa recebe uma escolha, “Você quer permanecer no “nível animal”? Vá em frente. Mas se você quer subir ao nível espiritual, você precisa ativar essa força”.

Você precisa constantemente melhorar, tornar-se mais sábia, e, em suma, é necessário adquirir a mente do Criador a fim de ativá-Lo. Esta é a diferença entre os dois níveis, o fato de que você O ativa. É sobre isso que se diz: “Meus filhos me derrotaram”.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 06/02/13, Um Discurso para a Conclusão do Zohar”

Quando A Doação Está Além Das Minhas Forças

Dr. Michael LaitmanPergunta: O que significa a “oração de um indivíduo”?

Resposta: A “oração de um indivíduo” é o esclarecimento de uma pessoa. Em geral, a pessoa pode realizar uma “oração de um indivíduo” ou uma “oração coletiva”. A “oração” é uma deficiência que eu descubro no meu coração. Mas eu a descubro intencionalmente, primeiro esclarecendo a oração, que é chamado de “oração antes de uma oração”. Neste nível preliminar, eu faço muitas correções para chegar à especial deficiência interna que será compatível com a quantidade de Luz que está diante de mim e que eu quero adquirir.

Eu a adquiro, a compro pagando com o meu esforço, minha força, minha deficiência, através do meu “apetite”. É como se eu entrasse numa padaria e “congelasse” na frente de um bolo maravilhoso. Mas eu sou colocado numa balança, minha deficiência é medida, e me dizem:

– Você tem uma deficiência de apenas 150 gramas e este bolo vale meio quilo, de modo que você não pode comprá-lo.

Então, minhas papilas gustativas são examinadas por um sensor especial, e me dizem:

– Seu paladar não funciona. Na verdade, você quer peixe e não um bolo. Os dois não podem sequer ser comparados, volte outra hora quando você tiver a quantidade e a qualidade certa para o bolo, e então você vai receber.

Portanto, eu preciso de uma deficiência pela doação. Onde eu posso comprar essa deficiência em nosso mundo, a fim de chegar à “loja” do Criador com ela e comprar esse “bolo”? Onde posso conseguir o dinheiro para comprar o bilhete com o qual posso entrar na doação? Isso já é “uma oração antes de uma oração”; eu penso constantemente na deficiência (em quantidade e qualidade) que devo ter, pois, caso contrário, não tenho um vaso real.

Se eu compreendo todo esse processo, então há uma “oração de um indivíduo” e uma “oração coletiva” nele. Mas estes são apenas nomes. Na verdade, eu sempre oro por mim, eu sou sempre um, e não há nada além de mim. Mas eu quero ligar e conectar aqueles que estão aparentemente externos a mim: todos os meus desejos e pensamentos que foram jogados fora pelo ego e que parecem estar espalhados de acordo com a corrupção no meu vaso. Eu quero trabalhar acima desta “espessura” (Aviut) do desejo, e, portanto, sou atraído à “oração coletiva”, querendo vê-los como uma unidade completa…

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 06/ 02/13, Um Discurso para a Conclusão do Zohar”

O Ponto Do “Não Eu”

Dr. Michael LaitmanPergunta: Se eu tenho que me anular totalmente, permanecendo como um ponto, enquanto tudo o resto vem do Criador, onde está o volume em que sinto a minha existência, minha realidade espiritual?

Resposta: Isso é chamado de “mundo espiritual”. Pense apenas em como penetrá-lo. Sua existência começa depois que você deixa de existir. Quando você deixar de existir em sua forma atual, você vai surgir lá.

Agora parece claro, mas a partir desta forma negativa você já começa a se mover em direção à Luz, tem a sensação de que este lugar pode realmente existir e é real, mas que está além da Machsom (barreira), além da fronteira, onde o “eu” (אוי – Ani, em hebraico: aleph-nun-yod ) se torna “não eu” (אין – Ein, em hebraico: aleph-yod-nun).

Este ponto de “não eu” está no novo espaço que é sentido por esta forma negativa como um campo muito sólido, forte, que preenche e é essencial. Mas com relação ao estado anterior, com relação ao meu “eu” egoísta, ele é chamado de “não eu”, e isso me enche de alegria.

Em nosso mundo a alegria é sentida como um preenchimento no desejo de receber, mas na espiritualidade a alegria é sentida como “Nele o nosso coração se alegra”. Eu estou muito feliz que você tenha tais pensamentos e que eles fazem você sofrer, já que você se sente desorientado. Mais tarde você vai sentir a alegria quando atingir a meta. Agora você tem que estar feliz por estar no caminho até ela e que tenha pelo menos subido acima do seu ego um pouco. Quanto mais forte a Luz brilha e mais o grupo fortalece você, mais você pode se alegrar que transcendeu a si mesmo.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 04/02/13, “O Estudo das Dez Sefirot”

Perder-se Nos Outros

Dr. Michael LaitmanPergunta: Durante o processo de jogos integrais, um novo tipo de relação social é praticado. O que significa estar “integrado nos outros”?

Resposta: Significa que eu não aspiro a “entrar” em outra pessoa, mas procuro nosso componente mútuo, integrado.

Eu estou interessado no grupo como uma saída do atual sentimento egoísta (“eu”) para o sentimento altruísta (“nós”), onde o meu ego fica perdido, onde eu paro de pensar em mim mesmo, e penso em nós, onde eu resolvo problemas apenas de acordo com as nossas relações.

É apenas um exercício e treinamento para criar as pré-condições destes sentimentos, desejos e intelecto mútuo dentro de mim.

Durante as discussões eu não estou envolvido em criticar os outros, ou em analisar suas respostas, mas tento subir acima do meu ego e da minha compreensão, agarrando todos como “nós”, ou seja, como se estivesse integrado em todos, para desta forma, criar uma saída de mim mesmo.

Não é a opinião deles que me interessa, mas a saída de mim mesmo, obtida através da prática do trabalho em grupo.

Eu ouço a opinião de todos no círculo composto de 10 pessoas e tento me conectar com a opinião de cada um, para compreendê-la como minha. E as nove respostas, exceto a minha resposta sobre alguma questão, me permitem estar constantemente fora de mim. Na minha vez, eu dou uma resposta de acordo com as opiniões dos outros, apenas acrescentando a eles.

Em princípio, não importa quais perguntas são feitas e que respostas são dadas. Esta técnica foi projetada para começar a sentir como alguém consegue se elevar acima de si mesmo. Eu tento aceitar cada opinião como minha, acima da minha opinião, e tento calibrar, anular o meu dispositivo analítico.

Não importa a que conclusão nós chegamos. O que importa é que cada um de nós se eleva acima de si mesmo.

De KabTv “Mundo Integral”, 27/11/12