A Parte Instrutória Do Mundo

Nunca nos é revelado de antemão o que temos de fazer e como o fazer. O Criador está oculto, o Seu sistema está oculto, são-me dados vários meios com os quais eu consigo tentar recriar o sistema dentro de mim. É-me dada apenas uma certa parte do sistema do Criador como um exemplo e pedido para criá-lo por mim. Então descubro que tenho os exactos atributos opostos em respeito às propriedades que tenho que criar. Mas também isto é ajuda, desde que me é mostrado o exacto oposto! Tenho que encontrar este oposto, para compreendê-lo e senti-lo, e das propriedades opostas adivinhar o atributo certo.

Isto significa que aprendo porque sou corrompido desta forma e porque devo concordar com o oposto apesar da minha relutância. De forma a realizar isto, tenho que me anular, baixar a minha importância e aumentar a importância do Criador. Estou numa luta e não concordo em rebaixar-me.

Por exemplo, existem pessoas a quem eu mais odeio, que me causaram tantos problemas, que eu não quero ver e que despoletam raiva em mim quando as vejo. Agora tenho que desenvolver uma atitude diferente em relação a elas, a atitude oposta. Começo a descobrir que minhas intenções são opostas às intenções que me são apresentadas como desejáveis.

Sou trazido até ao grupo e é-me dito para me conectar com eles e para os amar. Se começo a amá-los, irei corrigir a minha percepção e os meus sentidos e calibrar-me-ei ao sentido e revelação do Criador. Posso senti-Lo nos meus amigos, nesta relação corrigida que eu crio. Apesar dos amigos, irei sentir o Criador. Não existem amigos; existe apenas o Criador.

Tudo isto é graças ao facto de eu ter estilhaçado o meu ego e invertendo-o, retorcido de dentro para fora, por ter modificado minhas atitudes em relação aos meus inimigos de ódio a amor, de rejeição a conexão. Mas faço tudo isso de forma a construir um sistema de compatibilidade para com a força superior. Desenvolvendo e implementando a importância do Criador de maneira a trazer-Lhe contentamento sem qualquer conexão a mim, eu trago-Lhe contentamento de uma forma que Ele nem mesmo me veja, tal como eu não O vejo agora. Ele não sente que vem de mim, tal como eu não sinto que tudo vem Dele. É como se Ele, como se, me ignorasse, tal como O negligencio agora por causa da ocultação e por isso Ele deixa-me sentir que realmente me oculto. Estou pronto para que Ele me ignore e que Ele não saiba nada de mim, desde então minha doação, minha atitude em relação a Ele será justamente a Sua atitude em relação a mim, de acordo à maneira que me parece de momento.

Por tudo isto aprendemos a atitude correcta em relação ao Criador acima do nosso desejo corrupto. Isto significa que corrigimos o nosso desejo e nossa atitude e por isso atingimos doação. Isto significa que desenvolvemos o sentimento da importância do Criador de forma a conectarmo-nos a Ele.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabala de 23/01/13, Escritos do Rabash