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O Desejo, Queima!

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, Shamati , 241 “Invocai-o Enquanto Ele Está Perto”: Assim, quando o Criador deseja tirá-lo da floresta densa, Ele lhe mostra uma Luz remota, e a pessoa reúne os restos resquícios de sua força para caminhar na via que a Luz lhe mostra, de forma a atingi-lo.

Mas se a pessoa não atribui a Luz ao Criador, e não diz que o Criador a está chamando, então a Luz é perdida, e ela permanece na floresta.

Cada momento de nossas vidas acontece sob a influência da Luz, a propriedade de doação, o Criador. E se a pessoa tenta revelar esta influência de Cima, para conectar o seu caminho com o Criador, embora ainda não veja, não sinta essa conexão, então ela atribui todos os momentos de sua vida à Causa Primeira, à força superior.

O Criador lhe dá oportunidade de aplicar os esforços, em escuridão e Luz, em várias condições. Devido a isso, a pessoa cria e calibra o seu sentido de perceber o Criador, e a cada passo, a cada evento e estado, em cada situação, ela vê a força do Criador mais claramente como a causa do que acontece, até que ela O revela numa base constante.

Inicialmente, a pessoa tinha apenas uma pequena sensação desde dentro, de alguma fonte oculta. Essa fonte se manifesta em todos os tipos de circunstâncias e, gradualmente, a pessoa se torna consciente de que isso é o Criador demonstrando as formas de relações para com ela. A pessoa aprende a conectar tudo a uma Causa, além da qual não há nada. Subindo acima dos acontecimentos de sua vida, ela compreende: eles são todos concebidos para ela revelar o Criador o tempo todo. É por isso que ela precisa passar por estados diametralmente opostos.

Agora a pessoa vê que tudo é para o melhor, e constrói uma base dentro de si: “Não há outro além Dele, o Bom que faz o bem”. Aconteça o que acontecer, a pessoa compreende que o Criador a desperta, forma, em cada segundo de sua vida. Tudo está direcionado para a conexão com o Criador, que classifica e corrige todas as propriedades de uma pessoa, de modo que em cada uma delas, a pessoa sinta só Ele, como o Bom que faz o bem.

Assim nós avançamos, chamando-O enquanto Ele está perto. Ao se esforçar, a pessoa reconhece que os momentos atuais vieram do Criador; ela precisa entender que os esforços também foram convocados de Cima. O Criador quer que a pessoa O revele. Mesmo um pequeno contato também significa proximidade, e agora é necessário reforçar a conexão que surgiu.

Mas é impossível fortalecer as relações na própria pessoa. Afinal, cada um de nós tem apenas um pontinho minúsculo, que representa o início da alma, um desejo altruísta. Esta é apenas uma centelha da Luz Refletida: a intenção de doar que tínhamos antes da quebra. Portanto, se estou perto dessa centelha, se ela brilha e tenta subir acima de todos os desejos, para que juntos com eles possa estabelecer a conexão com o Criador, então eu devo me unir com outras centelhas, como se fosse antes da quebra, quando todas estavam fundidas na chama geral, na grande Luz.

Nós precisamos desta Luz Refletida com tal poder que, juntos, vamos prevalecer acima do desejo comum do primeiro grau espiritual. Unindo nossas centelhas no fogo geral da Luz Refletida, nós nos esforçamos para estar em doação, na unidade acima do egoísmo e, assim, criamos o primeiro vaso espiritual para doação, e nele, de acordo com a lei de equivalência de forma, revelamos o Criador.

Nós temos esta oportunidade, especialmente depois de tanto esforço investido. Nós temos que agradecer aos amigos que vieram de longe, pelos seus esforços, porque eles vêm à custa de muito trabalho e dinheiro. Tudo isso é adicionado à tela, à Luz Refletida, à superação, que temos que realizar pelo bem da unidade.

Agora nós criamos condições especiais para constantemente nos esforçar em estabelecer contato, não deixando que saiamos da intenção geral, a ideia comum. Devemos viver nela – este é o exercício que permite a entrada para o mundo espiritual. Nós estamos juntos e cada um sente internamente que inclui os outros em si mesmo e que, com eles, é como uma força, uma sensação, na adesão.

Assim, vamos chegar ao nível espiritual, e seremos capazes de voltar à vida normal, e isso não irá nos distrair, mas apenas acrescentar novas camadas de desejos, “material” para queimar, para a Luz Refletida crescer.

Afinal, como a pessoa não pode revelar o Criador com a sua centelha, em nossa unidade podemos revelar a força relativamente pequena de doação. Em comparação com o estado atual, esta será uma grande Luz, a revelação do Criador, algo enorme. Vamos ver e sentir como todas as partes da realidade são interligadas, como a força superior afeta a todos na rede unificada: acima do tempo, em todas as épocas, em todas as almas individuais. Daí, saindo com essa força, vamos começar a entrar em contato com os acontecimentos atuais do mundo, a caminho de casa, em casa, no trabalho…

Assim, nós precisamos reforçar a força de doação, apesar de todos os “distúrbios”, que na realidade são acréscimos do “material” que nos permite manter o fogo. Conforme o desejo de receber for crescendo, ele irá adicionar “lenha” nesta chama, multiplicando a Luz revelada na unidade entre nós, que se torna mais forte na conexão com o mundo.

Portanto, aqui nós devemos ver o início do grande caminho. Afinal, o nosso objetivo final não é só nos unir e revelar o Criador. Há três estágios; o inferior deve ver o superior e estar ciente do superior acima dele. Mais tarde, vamos conectar a força dos distúrbios de todo o mundo a nós e queimá-los no nosso “forno”. Esta força vai se tornar “combustível” para nós e nos ajudará a revelar o Criador entre nós cada vez mais.

Portanto, vocês não devem ser desculpar pelo que acontece após a Convenção, “Eu tenho que começar tudo desde o começo? Onde posso voltar?”. Não, depois dos nossos esforços, quando voltarmos para o mundo, vai ser diferente. Nós teremos forças para conectar o mundo a nós mesmos, fazê-lo nos seguir, e ele vai nos fornecer o “combustível” que acende o desejo de doar que reina entre nós.

E tudo começa com um pequeno ponto, quando a pessoa tenta revelar o Criador, que está atrás de seu desejo pelos amigos e exorta-a a se unir com eles.

Da Convenção de Arava 17/01/13, Lição 1

Como Permanecer Na Linha Reta Mais Curta

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, Shamati, artigo 53, “A Questão da Limitação”: A questão da limitação é a de limitar o estado que a pessoa está e não querer Gadlut (Grandeza). Em vez disso, a pessoa quer permanecer em seu estado atual para sempre, e isso é chamado de Dvekut (adesão) eterna. Independentemente da medida de Gadlut que a pessoa tem, mesmo que ela tenha a menor Katnut (Pequenez), se ela brilha para sempre é considerada ter sido gratificada com a Dvekut eterna.

No entanto, a pessoa que quer mais Gadlut, considera-se luxo. E este é o significado de “qualquer dor será excedente”, ou seja, que a tristeza vem à pessoa porque ela quer luxos. Isso é o que significa que, quando Israel passou a receber a Torá, Moisés levou o povo para o pé do monte, como está escrito, “e puseram-se ao pé do monte”.

Monte (Har, em hebraico) significa pensamentos (Hirhurim, em hebraico). Moisés levou-os até o fim do pensamento, do entendimento e da razão, o menor grau que existe. Só então, quando eles concordaram com tal estado, de caminhar nele sem qualquer hesitação e movimento, mas de permanecer nesse estado, como se tivessem a maior Gadlut, e ser feliz nele, este é o significado de “Servir ao Senhor com alegria”.

Nós temos que nos manter constantemente num estado mínimo. É o estado mais desejável; essa é a pura doação, Hafetz Hessed, o estado constante. Então, se sou atirado para fora no sentido negativo, ao “negativo”, pela adição de mais ego, eu tenho que adicionar Gadlut (grandeza) na direção oposta, a importância do Criador, “positivo”. É assim que eu avanço.

How To Stay On The Shortest Straight Line

Assim, eu preencho cada descida e sentimento de baixeza, que devo sentir, com o reconhecimento daquele que me dá, de onde vem, e com quem tenho que chegar à equivalência de forma. Nesse caso, eu constantemente retorno ao estado constante e constantemente avanço na linha reta mais curta, nem mais e nem menos. Eu não preciso de nenhum luxo, nem mesmo uma camisa, como o justo (Hafetz Hessed) vivendo na floresta. Assim, eu avanço, e nada pode me jogar fora do caminho.

É o mesmo quando sinto Gadlut e sou jogado em direção ao “positivo”; eu não levo isso em conta. O importante é que constantemente anseio por um estado constante, e, embora ele seja constante, eu ainda avanço sob a influência externa e subo a escada do nível zero até o nível 125. Mas eu não peço nada para mim, exceto para ficar num estado constante.

Eu estou pronto para permanecer no mesmo estado que estou e nem sequer preciso da revelação ou qualquer coisa acima disso. Na mesma medida em que desisto da revelação e me recuso a aceitá-la, eu descubro o mundo espiritual nos mesmos vasos. Portanto, há o resultado oposto, como sempre acontece em nosso trabalho, pois tudo é construído acima dos vasos de recepção.

Obviamente, tudo é feito pela Luz que Reforma. Sem a Luz nada vai acontecer, e é apenas ela que realiza todas as mudanças e correções. Nós nunca devemos sentir pena que não as realizamos, mas devemos sentir pena apenas com relação a “onde está a Luz que pode nos corrigir”. Se nós sentimos que não realizamos correções, isso é bom; já é a revelação do que nos falta. Nesse caso, a Luz Circundante virá, a Luz que Reforma, e nos corrigirá.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 16/01/13

Está Em Nosso Poder Despertar O Amanhecer

Dr. Michael LaitmanPergunta: A conexão entre as mulheres na Convenção nos permitiu ver quão grande são os nossos homens e que eles estão prontos para receber a Luz no deserto. Como podemos manter esta imagem dentro de nós?

Resposta: É uma maravilha, mas graças ao fato de que as mulheres se conectaram, elas sentiram como é especial o trabalho que os homens fazem. Antes elas não sentiam isso. Isso se chama “de Suas ações Lhe conheceremos”: ao realizar a mesma ação, as mulheres compreendem o estado dos homens. Agora as mulheres entendem como os homens se conectam, se abraçam, e como alcançam a conexão através de ações coletivas.

Antes as mulheres não sentiam isso, já que não estavam juntas; elas não eram um vaso, um desejo, não sentiam nenhuma vantagem nisso ou qualquer atração ou inclinação em se conectar. Mas agora elas começam a sentir esse estado. É um exemplo para todos nós que precisamos “fazer e ouvir”; é assim que funciona.

Desta forma, as mulheres poderiam ver como os homens são grandes. Mesmo que essa imagem desapareça de imediato, não devemos ter medo de uma descida, mas sim aceitá-la como uma subida. Quando o “endurecimento do coração” chegar, vamos superá-lo o mais rápido possível. Quanto mais subidas e descidas houver, mais obstinadamente vamos nos agarrar, graças ao apoio mútuo.

Não devemos ter medo; pelo contrário, devemos estar felizes: deixem as descidas vir; vamos aceitá-las como subidas! Nós só devemos nos agarrar e chegar rapidamente à linha de chegada. No entanto, aqueles que param e não querem descer ficam presos num só lugar. Não devemos ter medo dos sentimentos desagradáveis, mas sim superá-los.

Somos nós que dependemos dos nossos sentimentos? Se no dia seguinte tudo o que aconteceu durante a Convenção desaparece, este é o lugar para trabalhar, para tentar se manter neste estado, como se não tivéssemos deixado o salão da Convenção.

O “endurecimento do coração” que sentimos agora nos é dado para que possamos evocar esta importância da meta dentro de nós por nós mesmos. Mas eu posso fazer isso? Claro que não! É por isso que nos foi dado um grupo, um ambiente que já construímos. De acordo com o poder do ambiente que já foi construído, eu recebo agora uma descida. A descida é um sinal de que tenho que me conectar ao grupo ainda mais forte.

Como eu posso me conectar se a conexão terminou e esta oportunidade especial acabou? Nós temos que tentar manter a conexão tão forte quanto pudermos, mesmo em conjunto com outras pessoas, duas ou três outras mulheres por quem posso ficar impressionado é suficiente. Na verdade, se uma pessoa se conecta com alguém fora de si, não importa quantas pessoas existam: um milhão, um bilhão, ou apenas uma. O principal é que é outra pessoa, alguém de fora. Portanto, o principal para mim é encontrar uma conexão tão rapidamente quanto possível e não perdê-la.

A descida é um estado em que estou separado do ambiente; caso contrário, não é uma descida, mas simplesmente um mau humor egoísta que não tem nada a ver com a espiritualidade. Uma descida espiritual é só quando a pessoa está separada e afastada do ambiente certo.

Se nós entendemos isso, começamos a ver que todas as subidas e descidas são apenas em relação ao ambiente. A descida é quando eu estou sendo afastado do ambiente, e que o ego vem entre o ambiente e eu. Eu, por outro lado, tenho que superar este ego e, apesar dele, retornar para me aderir novamente ao ambiente.

Então o ego é inserido entre nós de novo, e eu sou afastado ainda mais do ambiente e constantemente supero essa resistência e retorno, como um pistão em um motor. Eu sempre volto à adesão acima do novo ego que é evocado cada vez, e assim termino meu trabalho rapidamente, preencho a medida do meu esforço, o esforço necessário para me manter na adesão com o grupo.

Se a pessoa completa este trabalho ficando na adesão, a adesão com o Criador é revelada a ela, o primeiro nível espiritual. Portanto, não devemos ter medo das descidas, mas devemos estar preparados para elas. Nós “devemos despertar o amanhecer” por nós mesmos e não esperar que o amanhecer nos desperte.

Diferentes estados surgirão: “Haja noite e haja manhã”. A noite já chegou, enquanto nós podemos despertar o amanhecer por nós mesmos!

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 15/01/13, Escritos do Rabash

A Oração Coletiva Para Toda A Humanidade

Dr. Michael LaitmanO que é a oração coletiva? Primeiro de tudo, nós entendemos que o movimento para frente é um movimento em direção ao outro, de sentir os outros como a si mesmo. Isto é conseguido conectando-se o anseio comum. Nós precisamos unir nossos pontos no coração numa só aspiração, relacioná-los ao Criador, desejar que Ele os corrija para nos elevarmos acima do nosso egoísmo, para que este permaneça abaixo, e os pontos nos corações saiam dele, subam e formem a propriedade de doação.

A propriedade de doação só pode ser comum, não individual. Ela é manifestada apenas na conexão com os outros, por meio da chamada “bola vermelha”, uma sensação de calor entre nós. E tudo isso é registrado de acordo com a afirmação “o livro está aberto e a mão escreve”, porque além de nossa dívida pessoal, uma conta geral também é escrita. Uma pessoa pode pagar para outra e mais do que isso.

Isto significa que o grupo pode assumir a responsabilidade pelo fraco, atrai-lo para si, curar, aliviar e aprovar. Assim como no nosso mundo, no mundo espiritual há diferentes gradações de humanos, e o grupo pode pagar por ele. Mas, depois, ele tem que pagar de volta. Este é o sistema de interdependência completa como na família: crianças crescem e começam a ajudar os idosos, todo mundo faz a sua parte, e tudo é dividido igualmente.

Assim, o cálculo é realizado somente através do tesouro comum, e nada é aceito de um indivíduo. O Criador não faz quaisquer transações com você. Mesmo com o mundo, Ele faz cálculos somente através da humanidade, através de toda a massa de pessoas, através de um desejo coletivo. Ele influencia esse desejo. Ele está nele.

O desejo comum é dividido entre toda a humanidade e as pessoas que aspiram ao Criador, com quem Ele faz Seus próprios cálculos. Ele faz ações especiais com elas, a fim de atrai-las para Si, para orientar e conduzi-las à meta. Quanto à humanidade, por enquanto o Criador está empurrando-a para frente, causando a consciência da confusão nela e gradualmente atraindo-a para nós. Parte da humanidade se difunde e entra na nossa área, se junta a nós, e os 90% permanecem. Esta é uma quantidade enorme, e ela permanece inalterada, porque a parte que leva todos para frente tem que ser forte em qualidade, e o restante em quantidade.

Assim, nós precisamos orar, pedir forças para liderar, ajudar, moldar essa enorme massa. A responsabilidade disso está em nós; nós temos que pedir a todos. Esta é a base para uma oração.

O Criador criou o desejo de desfrutar. Este é o desejo de 90% da humanidade. E o nosso desejo nesta massa, ou seja, daqueles que anseiam pelo Criador, é artificial, não pertence a este mundo. Agora ele surge em nós, e nós queremos chegar a algum lugar. A propriedade do Criador se manifesta em nós e é por isso que somos atraídos de volta a Ele, à nossa fonte. Outros também têm os pontos no coração devido à mistura, à quebra dos vasos, mas eles estão escondidos profundamente. Nós só fomos despertados para trazê-los até nós e corrigi-los; caso contrário, nós nunca sentiríamos o movimento para o próximo estado.

É por isso que a nossa oração deve ser para toda a humanidade, para termos força, habilidade e conhecimento de conexão com o Criador, a fim de atrair toda a humanidade para nós e corrigi-la, dando assim prazer a Ele. A tarefa do Criador é para ser revelada nos desejos da humanidade, para satisfazer seu desejo. Isto é por um lado.

Por outro lado, nós somos chamados de cabeça, o que significa que estamos cientes e compreendemos; somos parceiros, assistentes do Criador. Percebemos Seu objetivo. Ele quer ser revelado na humanidade porque ela tem realmente desejos enormes, não como os nossos, porque não somos os maiores egoístas. É claro, o egoísmo está crescendo em nós, bem como todos os tipos de entendimentos de suas estimativas, uma vez que temos a dualidade e avançamos, mas o maior egoísmo será revelado em toda a humanidade.

Este é o imenso egoísmo universal! O universo inteiro é uma enorme massa de matéria inanimada que não sente ou sabe, incluindo a matéria escura, tudo aquilo que não vemos, e é análoga ao egoísmo que existe na humanidade. Ambos são matéria inanimada.

É por isso que a oração correta sobe somente por meio do grupo e apenas através da humanidade! Eu peço que o Criador me ajude como parte do grupo para corrigir toda a humanidade, para que Ele possa ser revelado nela. Assim, pela minha participação nisso, juntamente com o grupo, eu lhe dou prazer, a realização do Seu plano.

Por que isso é tão difícil de expressar? Porque se refere à propriedade de doação que ainda não conseguimos descrever adequadamente. Nós retratamos tudo por meio de nossa linguagem egoísta: eu peço ao Criador para me dar força para corrigir os outros, de modo que Ele é revelado neles aparentemente para receber prazer. Nós não temos outra possibilidade de expressar tudo isso. Portanto, a oração deve ser assim.

Nesse meio tempo, nós tomamos um empréstimo, e, gradualmente, especialmente no grupo, fazemos um cálculo claro do quanto podemos começar a devolver o que retiramos da loja: para cada dia, para a aula, para a reunião dos amigos, para a Convenção, para tudo! O que queremos dar? O que queremos dar em troca? Será que percebemos corretamente essa emoção, essa possibilidade que temos a cada vez?

Da Convenção em Novosibirsk 09/12/12, Lição, 5

Mudanças Climáticas Criaram O Ser Humano

Dr. Michael LaitmanNas notícias (da Royal Meteorological Society): “A rápida mudança climática na África Oriental cerca de 2 milhões de anos atrás pode ter influenciado a evolução humana, de acordo com pesquisadores da Universidade Rutgers e Penn State, incluindo a professora de Geociências da Universidade Penn State, Katherine Freeman, e Clayton Magill, estudante de pós-graduação no mesmo departamento.

“‘A paisagem que os primeiros seres humanos habitavam mudou várias vezes, entre uma floresta fechada e uma pastagem aberta, cerca de cinco a seis vezes num período de 200 mil anos”, disse Clayton Magill. Essas “mudanças aconteceram muito de repente, com  cada transição ocorrendo ao longo de centenas a apenas alguns milhares de anos’…

“De acordo com os pesquisadores, muitos antropólogos acreditam que a experiência de mudança e os desafios podem levar a avanços na evolução.

“Magill afirmou que ‘Os primeiros humanos passaram de ter árvores disponíveis para ter apenas gramas disponíveis em apenas 10 a 100 gerações, e suas dietas teriam que mudar em resposta… Mudanças na disponibilidade de alimentos, tipo de comida ou a maneira que você consegue alimentos podem desencadear mecanismos evolutivos para lidar com essas mudanças. O resultado pode ser o tamanho aumentado do cérebro e da cognição, alterações na locomoção e até mesmo mudanças sociais – como você interage com outras pessoas num grupo. Nossos dados são consistentes com essas hipóteses. Nós mostramos que o ambiente mudou drasticamente ao longo de um curto período de tempo, e essa variabilidade coincide com um período importante na nossa evolução humana, quando o gênero Homo foi estabelecido pela primeira vez e quando houve a primeira evidência do uso de ferramentas’”.

Meu comentário: Ao invés de seguir o caminho do seu desenvolvimento interno, colocando as vestimentas da Luz Refletida (OH), agindo de forma altruísta, o ser humano preferiu o desenvolvimento externo, criando em torno de si o ambiente (casas, roupas, pátios e paredes) que o isolou da Natureza, o Criador.

Hoje, nós vemos que esta tática não nos levou à liberdade, ao conforto ou à segurança; a Natureza se torna cada vez mais agressiva, e nenhum abrigo pode nos ajudar. Pelo contrário, em vez de nos isolar da natureza, devemos mudar a nós mesmos para nos tornar semelhante a ela, mudando nossos desejos de egoístas para doação, conexão.

Assim, nós alcançamos a harmonia com a lei fundamental da Natureza, o Criador, e vamos perceber todas as suas ações sobre nós como boas. Isto é, se até agora os atos da Natureza, o Criador, nos fez separados Dele, hoje temos que começar a alcançar a conformidade com Ele.

A Base Da Oração

Dr. Michael LaitmanNa infância, os pais dão à criança tudo o que for possível, mas conforme ela cresce, eles começam a exigir cada vez mais dela, até que ela se torna adulta e tem que dar.

Agora nós estamos entrando na próxima fase de crescimento e, portanto, devemos estar em constante oração. Nós nunca seremos capazes de nos unir se não tentarmos nos conectar com o Criador, porque esforços diretos, sem passar pelo Criador, não levam a nada.

Qualquer conexão com alguém, com os estudos, com o trabalho no grupo, com a organização dos eventos, mesmo que seja apenas lavar os pratos ou limpar o grupo, tudo é uma atividade vazia se não passar pelo Criador. Tudo que se relaciona com a nossa vida comum deve passar apenas pelo Criador, apenas atraindo-O, ou seja, a propriedade de doação. É necessário tentar subir acima de si mesmo e agir somente desta maneira. Isso é chamado de oração.

Diz-se que se a pessoa se comporta dessa maneira, isso significa que ela ora o dia inteiro. Isso é bom! Tudo o que eu faço, passa apenas pelo superior. Se eu me apego a isso, minhas ações são realizadas apenas como cálculos: eu pago pelo que faço, pela oportunidade que me foi dada. Então, “o livro é aberto e a mão escreve”, mas na direção oposta: eu pago junto ao que me foi dado, e faço um pagamento. A pessoa deve se sentir assim.

Baal HaSulam, “A Paz”: o rabino Akiva descreve dois tipos de pessoas: as primeiras são do tipo “loja aberta”, que consideram este mundo como uma loja aberta sem um lojista. Mas a lei de desenvolvimento age em todas as criaturas, e de acordo com isso tira da pessoa, de modo que no final, ela terá que pagar por tudo.

De que forma? Sob a forma de sofrimento, se ela não quiser avançar conscientemente. Suponha que você tivesse que realizar uma ação, mas não a fez da maneira que deveria ter feito, por meio do grupo, porque você não pode se dirigir ao Criador se não for a partir do grupo, a partir do vaso geral (Kli).

A pessoa que se dirige ao Criador é considerada egoísta; isso não produz nada. Isso é religião, não Cabalá.

Assim que você consegue se dirigir ao Criador através do grupo, na força geral de doação, a fim de atraí-la, e a única coisa que você pede é para se aproximar Dele ou para trazê-Lo para mais perto de você, então esta força está em suas ações em relação ao mesmo grupo, e por isso, em relação à humanidade – se a pessoa se concentra nisso, ela trabalha totalmente em si mesma no Kli (vaso) geral e começa a sentir o novo mundo de forma concreta. Esta força se aproxima dela; sua rede começa a se abrir diante dela, e a pessoa vê como esta funciona.

O segundo tipo de pessoas é chamado de “aqueles que querem emprestar”. Elas levam o lojista em consideração, e quando tomam alguma coisa da loja, apenas tomam como empréstimo. Elas prometem pagar ao lojista o preço desejado, ou seja, alcançar a meta através dele. E ele diz sobre elas, “Todos os que quiserem podem vir e pedir emprestado”.

A diferença entre as pessoas do primeiro e do segundo tipo é que elas estão se movendo para frente de forma diferente: consciente ou inconscientemente. As primeiras avançam por meio da punição, e as outras com compreensão e revelação.

Aquelas que se movem conscientemente revelam todo o sistema, que as eleva ao nível do Criador, ao nível da força única. Elas começam a sentir como saem do corpo, isto é, uma separação gradual de seu egoísmo, porque tudo o que sentimos, incluindo o nosso corpo, é o sentimento do ego.

Isso se dissolve gradualmente, se dissipa. Nós entramos num nível subatômico de sensação da matéria, quando ela praticamente não existe. Em vez disso, vemos e sentimos as forças, isto é, não a imagem, mas a sua essência, a soma das forças que controlam esta imagem. Nós já lidamos com uma essência mais íntima do homem e com todo o sistema espiritual.

Quando este sistema se torna mais claro, nós começamos a trabalhar com ele, não com rostos, não com os corpos, não com a matéria inanimada, vegetal e animal. Ao trabalhar com o sistema espiritual, nós começamos a ver nos livros Cabalísticos a estrutura de conexão entre nós, entre todos os elementos e forças, porque as fontes primárias descrevem apenas isso.

Qualquer força é dividida em cinco partes: Keter, Hochma, Bina, Zeir Anpin, e Malchut. É composta de cinco partes porque todas essas forças se manifestam em nosso egoísmo.

O sistema do mundo superior é revelado entre nós até a sua completa realização. Nós ascendemos através dele, o dominamos e começamos a controlá-lo. Isso nos dá uma noção do mundo superior e externo. Ao mesmo tempo, a sensação de corpo e da conexão com ele é perdida.

O fato de que o corpo vive, fica doente ou morre é necessário porque através dele temos que perceber e nos sentir neste mundo. Quando terminamos a nossa parte na correção geral, não precisamos estar conectados a este mundo através do corpo, porque completamos nossa parte da correção. O corpo é o nosso representante em relação àqueles que ainda sentem o mundo superior na forma deste mundo.

Nós temos que chegar a este estado para revelar completamente que o julgamento é o julgamento da verdade; tudo está corrigido e pronto para a refeição, e daí o mundo inteiro entra no Kli (vaso) corrigido, e a realização completa do Criador preenche todo o nosso desejo comum: a alma geral.

A oração é baseada nesta ideia. É a aspiração constante de uma pessoa de trabalhar no momento em que ela está atualmente.

Da Convenção em Novosibirsk 09/12/12, Lição 5

Que Pedido O Criador Espera De Nós?

Dr. Michael LaitmanRabash. “Shlavei HaSulam“, artigo 13, “Maoz Tzur Yeshuati” (A Fortaleza da Minha Redenção): Mas o principal é que a pessoa deve primeiro ter o desejo de sacrificar o seu desejo de receber. E já que o desejo de receber é a essência da criatura, esta o adora e é muito difícil para ela entender que ele deve ser anulado, pois, caso contrário, é impossível atingir qualquer coisa espiritual. Na corporeidade, nós vemos que a pessoa tem um desejo e uma deficiência, no que para ela diz respeito ser proveniente da interioridade do seu corpo. Há um desejo que a pessoa adquire de sua exterioridade, o que significa de sua parte. Isto significa que, se não houvesse pessoas de fora que gerassem esse desejo nela, a pessoa nunca iria sentir que não tem nada. Somente as pessoas de fora geram essa deficiência nela.

Pergunta: Na verdade, a fim de sentir o desejo dos amigos eu tenho que pedir ajuda ao Criador. Por que não posso adotar o desejo deles sozinho?

Resposta: Cada ação é feita pela Luz. Nós vivemos num mundo com leis precisas e a energia nelas evoca diferentes fenômenos. Esta energia está na matéria. Por que os elétrons, prótons, nêutrons e outras partículas se movem? De onde eles tiram o poder para fazer isso? Afinal, tudo na natureza aspira a estar num estado de repouso absoluto, equilíbrio, igualdade, harmonia e reciprocidade. Então por que a estrutura da matéria está em movimento perpétuo?

É porque existe energia que empurra a matéria à meta, desde o menor detalhe, sobre o qual não sabemos nada, até os mundos completos. Ao mesmo tempo, algumas das ações são absolutas e aplicadas permanentemente, como o movimento de um trem na via, como os processos fisiológicos ou astronômicos que não necessitam nossa aprovação.

Mas há também um nível diferente em que as ações devem ser conscientes. Aqui a criatura deve compreender, reconhecer e conhecer o Criador que sustenta a força, a energia que move o mundo todo. Acima da natureza inanimada, vegetal e animal no nível humano, existe uma partícula de desejo, um ponto no coração, na qual a criatura deve pedir para usar a energia da Luz. Sem esse pedido a Luz não vai aparecer e não vai agir.

Há momentos em que a energia da Luz age sem o nosso reconhecimento, quando ninguém está ciente da existência do Criador. Bilhões de anos de história se passaram nestas fases “inexplicáveis”. Mas depois surge um momento em que a criatura tem que se desenvolver até atingir o estado em que pode conhecer o Criador.

Aqui há um problema, à medida que a criatura sente que está presa em algo no caminho e a vida não flui. Agora ela tem que ativar a força da Luz sozinha, para entender a cada vez, para conhecê-la, e para chegar perto dela. A partir de agora o trabalho é feito em conjunto, como “parceiros”. O Criador está pronto para fazer tudo – como pais cuidando de um bebê – se Lhe for pedido corretamente e for vantajoso para eles. Eles têm tudo o que você precisa; você só precisa fazer o pedido correto, e a mamãe e o papai respondem imediatamente, qualquer que seja o motivo.

Nós sabemos de antemão o que o Criador tem que fazer, nós queremos isso; nós aceitamos isso, e pedimos que Ele realize esta ação. Então, Ele responde sem demora, uma vez que está pronto a nos ajudar com antecedência, como um pai pronto para ajudar o seu filho amado. Isto significa que o nosso trabalho é chegar a uma oração: “Faça tal e tal”.

Portanto, qual é o pedido certo? Qual é o pedido que podemos esperar de uma criança? Nós queremos que ela peça para crescer um pouco, para ficar um pouco mais sábia, para ficar mais forte, para ter um pouco mais de sucesso, para se aproximar do estado de uma “pessoa completa”. Isso é também o que o Criador espera de nós: somente este pedido. Nós temos que entender o que significa crescer, ser gentil, inteligente e saudável, e pedir isso. Este pedido é muito mais egoísta do que o nosso ego neste mundo, mas como nós trabalhamos apesar do nosso ego animal, é chamado de doação.

O que é doação? Para quem e o que você doa? Você simplesmente pede para ser como Ele…

Portanto, por que nós temos que fazer isso contra o ego que constantemente “nos impede”? Porque, caso contrário, não chegaríamos aos esclarecimentos: “O que significa ser como Ele; ser grande em doação”? Se tudo corresse bem, nós permaneceríamos no nível da natureza inanimada. Nós estamos constantemente “parados” e temos que resistir a isso, procurar soluções, descobrir e comparar diferentes atributos; isso nos torna mais sábios e nos ajuda a desenvolver.

Isto significa que a inclinação ao mal foi criada especialmente para nos desenvolver. Afinal, eu posso ser um pequeno besouro, um rato, um gato, um cachorro, um escravo, um servo, um nobre, um ministro, e até mesmo o rei no palácio do Rei. Agora também eu estou no palácio do Rei, mas como faço para vê-lo? Como eu vejo a mim mesmo? Um pequeno besouro que vive sob as escadas.

Assim, somente graças à resistência do desejo de receber nós podemos adquirir mais níveis de compreensão. Portanto, o ego é chamado de “ajuda contrária”. Sem a sua resistência não seríamos capazes de adquirir nada. Isto significa que precisamos reconhecer a ajuda e o que está do outro lado, e depois vamos alcançar o que desejamos.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 15/01/13, Escritos do Rabash

A Fórmula Para Entrar No Mundo Superior

Dr. Michael LaitmanO grupo Cabalístico se baseia nas leis que pertencem ao próximo nível. É por isso que nos reunimos para recriar essas condições. Nós jogamos como se estivéssemos na próxima realidade e construímos as relações e conexões que, no final, vão se transformar nos mundos que estudamos na Cabalá.

O mundo de Assia é o primeiro que nós precisamos entrar e começar a sentir entre nós. Estar neste mundo significa que nos tornamos completamente adequados internamente (em nossos desejos, pensamentos, coração e mente) ao seu nível. Os artigos do Rabash explicam como alcançar a unidade e começar a sentir a espiritualidade entre nós.

Obviamente, nós não “subimos” a lugar algum. Nós subimos à nossa altura espiritual pessoal conforme o nível de conexão que existe entre nós. Mais tarde, as nossas sensações vão mudar, e o nosso “encaixe” vai se tornar mais forte e profundo. Nós não nos tratamos mais egoisticamente. Nós vamos diminuir nossos egos. Nós vamos anular o nosso egoísmo e expulsá-lo das ligações entre nós, de acordo com o princípio: “O que você odeia, não faça a seu amigo”. Como resultado, nós vamos começar a sentir o mundo superior.

Depois, nós iremos nos unir ainda mais e melhorar a nossa interconexão mútua. Nós vamos criar um sistema recíproco de acordo com o qual vamos ser capazes de sentir um novo tipo de satisfação em forma das Luzes de Nefesh, Ruach, Neshamah, Haya, e Yechida. Tudo depende do quanto o nosso egoísmo cresce e, apesar disso, nos conectamos mutuamente; de que modo tentamos neutralizar o egoísmo e até o utilizamos para juntar as duas forças opostas e criar um vínculo.

Imagine milhares de pessoas dos nossos grupos em todo o mundo que vão sentir a interconexão mútua: quem está aonde e como estão interligados. Este sistema sério e multipolar é a sociedade integral. O nosso egoísmo continua crescendo e nos tornamos mais unidos e nos “penetramos” ainda mais.

E o nosso egoísmo cresce não só em quantidade, mas também em qualidade: ele surge diante de em todos os tipos de formas novas e completamente desconhecidas. De repente, nós começamos a perceber nuances repulsivas nos outros que não vimos antes; isso significa que o nosso egoísmo está subindo e provocando essas sensações em nós! De repente, nós reconhecemos que o egoísmo dos nossos amigos aumentou mil vezes, e não sabemos como abordar suas personalidades grosseiras e espinhosas. Nós ainda nos vemos como suaves e maravilhosos. Nós não sabemos como tratar nossos amigos, nem sabemos o que fazer com nós mesmos.

Se olharmos para esta imagem de Cima (do lado do Criador), torna-se óbvio que Ele é o único que provoca estas situações, a fim de promover o nosso avanço. Por parte do Criador, elas são inevitáveis, enquanto que, de nossa parte, devemos continuar a nos corrigir, a fim de subir ainda mais.

Os artigos do Rabash dão conselhos precisos sobre a forma de se conectar com amigos. Todos eles derivam do princípio, “Ama o teu próximo como a ti mesmo”, porque é a lei do nível superior onde nós estamos totalmente unidos através de nossos desejos e pensamentos.

Nossas ações se complementam e criam um desejo geral que foi inicialmente criado pelo Criador. Neste ponto, cada desejo surge para nós 620 vezes maior. Assim, nós sentimos a todos como se eles fossem nós. Além disso, cada um de nós se sente 620 vezes maior, como se fôssemos “multiplicados” pelos outros. É impossível descrever esta fórmula, uma vez que ela define o estado qualitativo chamado de Mundo do Infinito. Nós ainda precisamos alcançar isso.

Da Convenção em Novosibirsk 08/12/12, Lição 4