Questão: No artigo “Corpo e Alma”, Baal HaSulam diz que tudo que está escondido ou revelado está tudo na consciência de uma pessoa. O que se esconde de mim hoje será revelado amanhã. O que é “escondido” de nós agora, durante a fase de preparação?

Resposta: Em primeiro lugar, não se refere a algum conceito abstrato do desconhecido, mas uma realidade que realmente existe, mas que não podemos estudar para o momento. Eu sei que ela existe e eu sei que está escondida de mim. Em outras palavras, é como se o Criador estivesse por trás de uma “cortina”, de acordo com os meus cálculos e toda a minha experiência.

É também um tipo de conhecimento, mas não um fato claro ainda, para que eu possa testemunhar e apresentar aos outros. Eu tenho alguns elementos, uma prova, mas a essência ainda não foi revelada. Baal HaSulam diz neste artigo que o conhecimento que não faz parte integrante da nossa consciência ainda está “escondido”. Ele fala sobre o conhecimento aqui e não sobre filosofia.

Experiências com os aceleradores de partículas, por exemplo, permitem que os físicos cheguem a diferentes teorias sobre a estrutura do microcosmos. Seus componentes ainda são desconhecidos, mas os dados que receberam lhes permite chegar a hipóteses e discutir essas questões, uma vez que já está claro: há algo por trás dessa “cortina” .Os fatos podem ser um pouco diferentes das teorias e mesmo o oposto das hipóteses científicas, mas esta abordagem é perfeitamente “legítima”.

No nosso caso, o “ponto no coração” diz a uma pessoa: “Há uma força que controla tudo, que engloba tudo, e que fecha tudo em um, e eu quero descobri-la”. Este desejo já constrói algum tipo de modelo do que estamos procurando – o sentido da vida, sua origem, suas razões, e seu plano, “quem faz me girar, quem me está a gerir e a tudo ao meu redor?” Uma pessoa começa com palpites, “sente” o Criador, e por isso ela atinge a sabedoria da Cabala, a fim de obter uma resposta para a pergunta que já foi evocada nela. Por outro lado, aqueles que não têm esta questão consideram a sabedoria da Cabala como mera especulação.

Mais tarde, vamos descobrir que o Criador é a força da conexão, e que não há nada senão a unidade, e que é através da união que todas as outras forças que compõem a nossa realidade são reveladas.

Quanto a estudar o desconhecido, não examinamos o Criador, mas suas ações. A sabedoria da Cabala coloca este princípio de forma muito clara: “A partir de suas ações conheceremos Você”. Nós nunca falamos sobre o Criador, pois já é uma forma abstrata, e essência, o que significa algo que é inatingível. Nossa pesquisa se refere a uma forma que está vestida na matéria. Essa forma é realmente o Criador (Boreh) para nós, literalmente “Vinde e vede” (Bo–Reh). Eu sou a matéria, e a forma que se veste dentro de mim é Ele. Eu torno-me cada vez mais semelhante ao Criador e Ele se revela em mim, “veste-se” em mim.

Pergunta: Como faço para estudar Suas ações?

Resposta: Sozinho. Este é todo o nosso trabalho. Mas primeiro temos de receber Suas formas, Suas “impressões digitais”, e preparar um lugar lá dentro para aquilo, corrigindo tudo o que precisa ser corrigido, e depois receber a forma de doação e passar esta atitude para com aqueles que te rodeiam, aos amigos. Esta é a forma do Criador que você estuda, e através disso você estuda-O, o que significa que você atinge o que significa a doação, a unidade.

Pergunta: Mas hoje eu não posso atribuir as ações do Criador para Ele.

Resposta: Na pesquisa um resultado negativo é também um resultado. A negação, neste caso, é a preparação para a revelação do Criador. Você rejeita-O e não aceita a Sua existência – é assim que deve ser. Tudo é atingido pelo seu oposto.

Da 4 ª parte da Lição Diária de Cabalá 2/1/13, “Corpo e Alma”

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Pergunta: Qual é o critério para aceder à preparação correcta para a convenção?

Resposta: O critério geral é que eu sinta o ambiente, aquela comunidade que estamos a criar gradualmente, para que eu sinta que estou nela por sair de mim. O mais importante é que eu tente sempre estar neste estado.

Pessoalmente, eu sinto-o quando estou a trabalhar com grupos, dando lições e workshops, e escrevendo no blog, imaginando os meus leitores e tentando estar com eles. E isto gradualmente cria um sentimento quando ”Eu” se torna “Nós”.

Pergunta: Numa convenção, tal concentração é sentida porque o mundo inteiro está numa só acção. Como podemos criar este campo comum de um modo regular?

Resposta: Uma convenção é uma convenção, mas o trabalho em si não é realizado durante o evento em si mas entre convenções, quando uma pessoa pode controlar-se e sentir onde está, em que estado, com que pensamento vai dormir e quando se levanta, etc. Aquando do acordar, o primeiro pensamento é especialmente importante. Isso diz muito, em termos práticos, sobre o que estavas a pensar no teu sono, onde estavas.

Podemos alcançar bastante por estas revisões e metas. Ainda mais, convenções são intencionadas apenas para nos reabastecermos, para nos ultrapassarmos. De facto, a realização acontece entre convenções.

Da Lição Virtual 30/12/12

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Pergunta: Como podemos dar aos nossos amigos a sensação de que nos preocupamos com eles como uma mãe que cuida de seu filho?

Resposta: Você deve mostrar ao amigo que se importa e pensa nele. Enviando-lhe uma mensagem por texto ou e-mail mostrando interesse sobre como ele se sente, perguntando se sente que estás pensando nele, etc. Precisamos mostrar a nossa preocupação com os outros. Este exemplo é contagioso e, depois, o amigo vai ter que fazer o mesmo. Ele vai se envergonhar de que ele está a ficar em dívida e não está envolvido da mesma forma.

Pergunta: Não irá essa preocupação excessiva parar o desenvolvimento de uma pessoa?

Resposta: Pelo contrário, isso a excita, irrita, a faz concentrar-se e direcionar-se para fazer algum trabalho.

Quando uma pessoa vê como os seus amigos cuidam dela, isto serve-lhe de exemplo e desperta-lhe inveja: Porque é que ela própria não está fazendo isso?

Se isso acontece em um grupo não-cabalístico, então a pessoa, por assim dizer, “lava as mãos” e começa a ir com o fluxo. E nós temos a situação oposta. Como está escrito nos artigos do Rabash, tais ações despertam inveja e servem como exemplo. É por isso que temos que mostrar isso muito claramente e induzir um sentido de cuidado nele.

Da Lição Virtual 30/12/12

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Pergunta: As mulheres muitas vezes encontram dificuldades para trabalhar umas com as outras. Como podemos forçar-nos a apoiar as nossas namoradas, cuidar do grupo das mulheres, e participar dos eventos gerais das mulheres quando o pensamento de se conectarem umas com as outras é insuportável?

Resposta: Isso é apenas no início, sobretudo para as mulheres, porque não estão habituadas a se conectar umas com as outras. Toda a mulher está por si só, ela não precisa se conectar com as outras, desde que ela tenha uma ligação com um homem.

Mas a ascensão espiritual exige uma conexão entre as mulheres e seu efeito conjunto sobre os homens. É por isso que o objetivo final é que elas se começam a unir, depois elas vão começar a sentir que é possível superar o preconceito animalesco e estarem juntas. Elas podem fazer isso. Já está acontecendo, eu sinto isso.

A nossa organização de mulheres é talvez a única no mundo que pode demonstrar quão realisticamente as mulheres se conseguem unir acima da sua natureza individualista.

Da lição virtual 30/12/12

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