Resolução De Um Enigma Obscuro

Dr. Michael LaitmanDe Baal HaSulam “Introdução ao Estudo das Dez Sefirot“: “Na verdade, é para resolver este grande enigma que o verso escreve: ‘Prove e veja que o Senhor é bom’”.

Eis o que se entende por um “enigma obscuro”: Qual é o sentido da vida e seu objetivo? Para que existe este universo inteiro? Por que estamos aqui? Por que sentimos o que sentimos? Se a pessoa começa a fazer estas perguntas, ela definitivamente tem que encontrar respostas para elas, a fim de descobrir o sentido da vida.

Então, nós paramos de perguntar se a nossa vida material é boa ou ruim, nem nos esforçamos em entender mais ou realizar qualquer coisa neste plano. Nós ficamos preocupados com uma questão que diz respeito à própria base da vida: “De onde é que tudo isso veio?”. Tudo à nossa volta tem um significado. Então, qual é o objetivo geral que a natureza ou a força superior perseguem no momento da criação? O que significa a nossa existência em geral?

De fato, no que diz respeito à resolução deste enigma obscuro, é dito: Prove e veja que o Senhor é bom. Aqueles que cumprem a Torá e Mitzvot corretamente são os que saboreiam o gosto da vida. Eles são os únicos que veem e testemunham que o Senhor é bom… Em outras palavras, se uma pessoa observa certas leis, ela se ajusta de uma forma que começa a sentir o propósito da vida, a sua base e origem. Trata-se de se ter um sentimento da fonte de todo o universo, e não apenas do homem ou mesmo da humanidade, mas sim da natureza como um todo: onde começou, por que, e para qual finalidade nos dirige?

Os Cabalistas dizem que isso se torna possível se a pessoa realiza correções internas especiais. Como agora nós não podemos obter as respostas para estas perguntas, nós só temos uma pergunta por si só, ainda que ter uma pergunta significa que já somos capazes de encontrar uma solução. Consequentemente, a soma de uma pergunta com a observação da “Torá e dos mandamentos” é a calibração correta que nos leva à resolução deste dilema, que é como parece: “Prove e veja que o Senhor é bom”. Isso significa que a pessoa vai sentir e compreender a benevolência da força que é a fonte da natureza.

Nós ainda não entendemos o significado do bem e do mal. O sentido da vida é a realização da essência da criação, e não apenas sentir o seu sabor agradável. Se nós experimentamos uma sensação de benevolência do Criador, isso significa que preenchemos nossas cavidades vazias que precisam de respostas Dele.

Nós somos os únicos que têm que fazer mudanças internas, uma vez que os nossos esforços dão forma para encontrar uma resposta. Nós não temos escolha: ou cumprimos os mandamentos (fazemos correções) ou não. Todo o processo é construído de forma que a pessoa avança sem ser perguntada se quer ou não. Mas, se estamos constantemente lutarmos para encontrar um apoio que nos ajude a nos mover mais rápido na direção da resposta, desta forma nós implantamos nossa liberdade de escolha.

Diz-se que “Os ímpios, em suas vidas, são chamados de mortos”. Se a pessoa não exercita o método de correção, não avança ou usa a Luz que Reforma, a sua vida se torna lamentável. Embora no plano material, ela possa até ser bem-sucedida, mas ela nunca vai avançar em direção à meta. Assim, a sua vida permanecerá no nível animal de existência.

O nível humano significa que a pessoa usa a Luz que Reforma e constantemente sobe do nível animal para o nível humano, o nível do homem (Adão), que significa semelhante (Domeh) à força superior.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 12/11/12, “Introdução ao Estudo das Dez Sefirot