O Coração Entende

Pergunta: Quando lemos O Livro do Zohar, existem partes que eu entendo e existem partes que simplesmente não consigo encaixar; como podemos nós trabalhar com isso? Devemos tentar compreender isso ou devemos ignorar a mente totalmente?

Resposta: É verdade que existem partes no Livro do Zohar que podemos entender e existem partes que não conseguimos. Nós temos que procurar o sentimento; é um vaso de perceção. Se a mente consegue trazer-te tal impressão emocional, então resulta como deveria. Mas se apenas funciona como uma mente fria, então é a direcção errada. Não é porque não respeitemos a ciência ou a abordagem racional, mas porque a mente é revelada nos recipientes de sentimentos. Os vasos vêm primeiro; eles são a base. A mente pode apenas controlar o que há neles.

Então eu primeiro tenho que me assegurar do que sinto, e então da sensação eu devo entender o que sinto. Isto é chamado “o coração entende”. Primeiro vem o coração, o recipiente. No vaso nós sentimos e não entendemos. Depois, existe um desejo; isso descobre a Luz. Mas o que se descobre, o que é calculado? Calcula o que as correcções realizam de forma a descobrir o sentimento actual.

As correcções que realizei, as minhas acções de forma a revelar o sentimento actual, são chamadas minha mente, o que atingi é o meu sentimento. Acontece que o coração entende. As correcções que eu realizei no coração estão na mente dado que eu passei por elas, realizei-as, e comparo-as, compilo, conecto, e subtraio-as como matemática. Faço tudo isso no coração, nos meus vasos de sentimentos.

Mas agora eu embrenho-me nestas correcções na mente de forma a descobrir uma maior profundidade de sentimentos. Assim eu multiplico meus recipientes de sentimento por 620 vezes pela mente, por entender agora quais as correcções pelas quais tenho passado de forma a descobrir o estado actual.

Isto significa que o sentimento sem a mente permanece ao nível da sua natureza parada, e por incorporação da mente no sentimento, eu ergo o sentimento dos níveis Nefesh, até Ruach, a Neshama, a Haya, e a Yechida. Não existem mudanças na própria Luz; é apenas por me embrenhar nisto com novos vasos de percepção que eu descubro NRNHY nela. A Luz em si é Nefesh.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá, 26/12/12, O Zohar