O Amor Sempre Se Eleva Acima Do Ódio

Dr. Michael LaitmanNão pode haver amor sem ódio. Afinal, o amor vem precisamente como a correção para o ódio. Não é uma parte inata de nós, mas temos que construí-la por nós mesmos. Este é o lugar onde surge o mandamento “ama teu amigo como a ti mesmo”: Do amor dos seres criados, passamos ao amor do Criador. O Criador é a soma geral de todas as formas de amor.

Mas primeiro eu descubro a matéria do meu desejo egoísta, meu “Monte Sinai”, minha montanha de “ódio”, o vaso quebrado em sua escura profundidade. Isso é chamado de “iluminação de Malchut“, e é realmente assustador.

Então eu tenho que corrigir esse ódio, e só assim eu alcanço o amor.

Não há amor independente; não há vasos independentes de doação. Existe a Luz que Reforma que eu atraio para me corrigir. Eu não abandono o ódio, eu ainda o sinto e reconheço, ele é mantido, e acima dele, em vez da “montanha de ódio”, eu construo uma “montanha de amor”.

É assim que se constrói o vaso; abaixo há espessura e acima a Masach e a Luz de Retorno (RL), que significa adesão. Na parte superior eu formo a minha atitude para com o Criador, todas as minhas intenções, e cubro meu ódio com a Luz de Hassadim abaixo. Em seguida, vem a Luz de Hochma e enche o vaso.

Love Always Rises Above Hate

Isto acontece repetidas vezes até o final da correcção. O ódio que fica é oposto à Luz permanece, pois caso contrário eu não vou ser capaz de ser independente.

Pergunta: Isso significa que eu tenho que vir para a aula carregado de rejeição e aversão, a fim de superá-las? Que deficiência, que sensação de falha, eu devo levar comigo?

Resposta: Não olhe para o ódio. Você não deve vir com uma falha, mas com amor. Há apenas um objetivo e o que surge ao longo do caminho não é problema nosso. Se o ódio é revelado, deixe que seja revelado; e se não é revelado, então não é. Eu tenho que ser atraído para uma única coisa, e se no processo eu descubro em mim uma incapacidade, falta de compreensão, falta de conhecimento, etc., significa que é assim que deve ser.

Eu quero ser inteligente, e no caminho descubro que ainda sou burro. Mas eu estou ansiando por algo que é totalmente diferente. Assim, apesar de tudo, eu preciso me concentrar no objetivo final.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 17/12/12, “A sabedoria da Cabala e a Filosofia”