No Calor Da Batalha Com Moinhos De Vento

Dr. Michael LaitmanEm vez de se agarrar ao princípio “não há outro além Dele”, o meu pensamento depende de diferentes fatores que eu vejo diante de mim. Ao invés de olhar para frente para ver além das pessoas, além do mecanismo, além de todos os fenômenos naturais, e para ver apenas o Criador e eu, eu, como um míope, olho para os objetos que estão perto de mim e os vejo como os fatores de que depende a minha liberdade. Assim como Dom Quixote, eu luto com moinhos de vento, “cenários” sem vida.

Como resultado, o Criador tem que intensificar o mal e os sofrimentos, de modo que eu  tenha que dar uma olhada melhor no que depende a minha vida. Ele faz isso para que eu não seja capaz de parar esta busca.

Nós vemos isso no exemplo do estado de Israel: Ahmadinejad, Hamas, ameaças, mísseis, Mubarak em vez de Sadat, Mursi em vez de Mubarak… o Criador constantemente endurece o coração do Faraó. Por que isso? Porque o povo judeu não quer ver a verdadeira razão do que está acontecendo. Enquanto isso, todas as razões insignificantes significaram só uma coisa: levar Israel ao Criador, de modo que temos que ser gratos a elas por isso. Elas são apenas o meio.

Assim, as pessoas são obrigadas a ser um pouco mais inteligentes, a fim de ver com quem estão lidando e quem está gerindo o mundo. Os problemas só nos lembram do objetivo, e é fácil nos livrar deles se nos dirigirmos ao Criador. Mas nós não nos dirigimos a Ele para receber “recompensas”, mas para corrigir a nós mesmos, a fim de nos aderir a Ele e dar-Lhe satisfação. Então, os atuais “lembretes” serão anulados, e o “anjo da morte” vai se transformar num “anjo santo”.

Pergunta: Portanto, com quem estamos trabalhando, com o grupo ou com o mundo externo?

Resposta: Toda a realidade, incluindo o mundo externo, incluindo eu e o grupo, está no Criador. O mundo externo me dá um impulso negativo (1), constantemente evocando-me a me dirigir ao Criador (2). Mas eu sei que não posso me dirigir a Ele diretamente. Primeiro eu tenho que me dirigir ao grupo, e depois, junto com ele ao Criador. Só então é que eu tenho um vaso, um desejo por isso, enquanto que nada vai me ajudar se eu trabalhar individualmente.

In The Heat Of The Battle With Windmills

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 12/12/12, Escritos do Rabash