A Futura Sociedade Nasce Entre Nós

Dr. Michael LaitmanDurante a leitura do Livro do Zohar, nós devemos lembrar que se trata apenas da conexão entre nós. Tudo depende da relação entre os amigos, e nesta relação a espiritualidade é revelada. As formas de conexão entre nós retratam a imagem da realidade, já que agora você também vê essas formas de conexão.

De qualquer forma, você percebe o mundo de acordo com suas Reshimot (reminiscências), e é daí que se origina a imagem do mundo que você imagina. Não há mundo fora de você, mas apenas o que você imagina dentro de você.

Agora você está entre pessoas neste mundo, você nasceu e se desenvolveu em nosso tempo, mas a sua visão de mundo também é construída quando você está conectado com o mundo todo. Um rapaz deixado na floresta, que nunca viu os seres humanos, percebe o mundo de acordo com as Reshimot na forma de uma floresta, animais, e outras formas de natureza, visto que não percebe seu ambiente no nível humano, mas em níveis mais inferiores: na natureza inanimada, vegetal e animal.

Você, no entanto, também percebe a realidade no nível falante. Mas nas relações entre todas estas partes da natureza (inanimada, vegetal, animal e falante), você descobre a sua realidade.

Toda a realidade, o mundo inteiro, é o que é revelado entre as partes quebradas da criação. É por isso que dizemos que a percepção da realidade é subjetiva. Se eu não existo, não há mundo e não há nada a falar; Baal HaSulam escreve sobre isso no “Prefácio ao Livro do Zohar“.

Portanto, se quisermos alcançar formas mais avançadas de percepção, temos que evocar formas mais avançadas de conexão entre nós. Não fique admirado que isso é o que exige a sabedoria da Cabalá: você deve desenvolver uma conexão mais avançada e complexa com os outros e neles você vai descobrir uma realidade superior, que é mais avançada e mais interna. Tudo depende apenas dos níveis de conexão.

Agora vem o momento em que todas as conexões entre nós são destruídas e nós realmente vemos isso, e o mundo nos obriga a formar novas conexões. As pessoas no mundo ainda não sabem que tipo de conexão devem ter. Como nós já ouvimos falar disso, temos que começar a realiza-lo. Isto é o que nos espera. É disso que fala a sabedoria da Cabalá: abandone todos os seus negócios imaginários e comece a lidar com a construção correta da sociedade do futuro.

Assim, de acordo com a conexão entre vocês, que vocês querem estabelecer, vocês vão receber uma ajuda de Cima, das forças da natureza. A natureza integral que está sendo revelada agora irá ajudá-los, ela irá influenciá-los, e vocês vão sentir até que ponto estão adaptados ao progresso geral, e terão êxito. Podemos dizer que a natureza é o Criador, mas não importa, já que se trata de leis.

Portanto, onde você pode mudar alguma coisa, a fim de acelerar o seu desenvolvimento? Agora, pela primeira vez na história você pode acelerar o desenvolvimento da humanidade. Antes, você sempre era dependente das forças que lhe faziam avançar. Internamente novas conexões entre as pessoas foram reveladas e novas estruturas sociais apareceram: em vez da tribo, vei a escravidão, e, em seguida, a Idade Média, o capitalismo, e agora estamos avançando em direção ao comunismo. Estas são as cinco estruturas sociais.

Mas o que avançou a humanidade? Trata-se de mudanças na estrutura social, a nova conexão que surgiu entre as pessoas. Mas agora, durante a quinta e última era do nosso desenvolvimento, você não consegue descobrir uma nova conexão naturalmente. Você vai descobri-las de uma forma negativa, já que tem que concluí-las. Aqui, tudo depende do seu avanço consciente. Você tem que alcançá-lo, você tem que se adaptar à natureza: este é o processo em que nos encontramos.

Portanto, nós estamos realmente criando uma nova estrutura social, acelerando o processo que toda a humanidade vai ter que passar. Isso é chamado de “reino de sacerdotes” e uma “nação santa”, dando o exemplo e sendo o condutor. Mas nós estamos construindo isso no grupo, entre nós, e tudo está na nova conexão.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 17/12/12 , O Zohar