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Vida Significa Aproximar-se Do Amor

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, “Introdução ao Estudo das Dez Sefirot” : “Os ímpios, em suas vidas, são chamados de “mortos”. “Isto é porque a morte é melhor do que a vida, como a dor e o sofrimento que suportam para o seu sustento são muitas vezes maior do que o pouco prazer que sentem nesta vida.

Se nós não avançamos no sentido de alcançar a fonte da vida, a vida se transforma numa fuga do sofrimento. Todos os nossos pensamentos são apenas sobre como evitar o mal e o aborrecimento. Portanto, nós não imaginamos o bem como satisfação, já que não podemos nos satisfazer, mas simplesmente tentamos encontrar alguma paz entre os momentos ruins.

Como resultado, todos os prazeres que sentimos não duram mais do que um curto espaço de tempo, e por isso somos chamados de “mortos”, mesmo estando vivos, uma vez que não recebemos satisfação da fonte real da vida da qual toda a realidade e toda a criação se sustentam.

Claro, todo mundo tem suas próprias contas, e se a pessoa vê quanta dor e sofrimento ela sente, o quanto ela sofreu e que esforços fez em comparação com os poucos momentos de prazer que lhe deixou feliz e lhe trouxe alegria, então ela descobre que não valia a pena viver. Toda essa vida só pode ser justificada como uma preparação para a ascensão espiritual. Mas se ela examina a vida como é, percebe que não há qualquer nexo nela.

Agora, quando somos recompensados com Torá e Mitzvot (mandamentos), somos recompensados com a vida real feliz e alegre, ao mantê-los, como se diz: “Prove e veja que o Criador é bom”. Isto é o que aqueles que a alcançaram sentem. Então, nós podemos escolher entre o bem e o mal. Depois que recebemos a Torá, o caminho, os princípios espirituais, nós começamos a trabalhar com as duas linhas.

Isto é o que os escritos dizem com: “e você deve escolher a vida para que você e seus descendentes vivam”. Na verdade, é uma repetição: “e você deve escolher a vida, de modo que você viva”. Mas isso se refere a viver cumprindo a Torá e Mitzvot. Então, a pessoa realmente vive. “Mas a vida sem a Torá e Mitzvot é mais difícil do que a morte”.

Esta é a forma como a pessoa percebe a diferença entre a vida e a morte: a vida significa avanço espiritual, e a morte significa falta de avanço. A pessoa gradualmente entende que o avanço significa se aproximar do amor, da doação, da auto-anulação, subir acima do ego. Só isso é chamado de “vida”, sem qualquer consideração ao que sentimos em nossos desejos egoístas.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 11/12/12, “Introdução ao Estudo das Dez Sefirot

As Ciências Exatas São Realmente Tão Exatas?

Dr. Michael LaitmanA sabedoria da Cabalá nos fala sobre sua investigação a partir de suas descobertas, a partir do que realmente acontece. Os Cabalistas descobrem a realidade à medida que mudam seus vasos, seus desejos e suas percepções, e, portanto, não há vozes ou opiniões diferentes.

Trata-se de fatos. É o mesmo na física e na química – todo cientista pode repetir certo experimento ou outro e descobrir que, sob certas condições, uma determinada lei natural funciona de certa maneira. É o mesmo na Cabalá: diferentes pessoas observam os mesmos fenômenos naturais.

Na filosofia, no entanto, todos estabelecem conceitos com base em suas próprias suposições, de fato, reivindicam o que quer que eles sentem. Portanto, hoje está claro que você não pode contar com a filosofia.

Por outro lado, no mundo moderno integral, a Cabalá se revela como uma verdadeira ciência. As mais recentes abordagens como a física quântica e a nanotecnologia estão chegando ao que a Cabalá descobriu há séculos.

Mas a ciência comum está enfrentando um grande problema. Se por um lado os filósofos podem publicar abertamente suas fantasias, nós descobrimos dados científicos em vasos, que são nossos desejos, como um fato inquestionável.

Nós temos certeza que o mundo é como o vemos. Mas, ao mesmo tempo, não levamos em conta nossos cinco sentidos: é como se eles não existissem, como se não distorcessem a imagem de nossa realidade. A ciência neste mundo é limitada, uma vez que se baseia na percepção “animal” e dados de estudos que vêm através de seus cinco canais.

A sabedoria da Cabalá, no entanto, usa uma abordagem muito mais rígida. Ela não se baseia no homem com seus cinco sentidos “animais” corporais, mas permite-lhe abrir um novo sentido, que é externo ao nosso corpo, para sair e se elevar acima de si mesmo.

Este órgão sensorial é de fato “fora do nosso corpo”, o que significa fora de nossos desejos egoístas. É feito de uma Masach (tela) e Luz de Retorno. Nele, a pessoa percebe a realidade externa e descobre que é a Luz ou o Criador.

No todo, como os Cabalistas descobriram, toda a realidade é feita de “Luz” e “vaso”, ou em outras palavras, de um desejo que responde ao preenchimento da Luz. Os Cabalistas são muito precisos em suas definições. Eles dizem que nós não sabemos o que está acontecendo fora do nosso desejo. Por isso, trata-se apenas do próprio desejo e suas reações e impressões. O que é que as evoca? Nós não sabemos, nós só estudamos as reações do desejo e chamamos isso de “Luz”. Assim, a “Luz” é uma reação no desejo e, mais precisamente, uma reação no “vaso”.

Depois de tudo, o desejo em si ainda não é um vaso. O “vaso” é um desejo que é corrigido pela intenção altruísta que se destina a responder à Luz.

Este desejo já passou por uma “restrição”, adquiriu uma Masach e a Luz de Retorno e já está ajustado corretamente. Em seguida, ele descobre uma resposta adicional dentro dele: uma impressão a partir do ato de doação, desde o preenchimento. Nós chamamos os detalhes dessa percepção de “Luz”.

De uma forma ou de outra, tudo ocorre no desejo de receber que desenvolve a capacidade de trabalhar, como se fora a Masach e a Luz de Retorno. Todas as impressões e os contornos, ou como quer que possamos chamar-lhes, permanecem no desejo. No desejo nós conduzimos nossa pesquisa, nós a mudamos, e de acordo com essas mudanças, descobrimos a realidade.

Eu não sei de nada que está no exterior. Eu estou fechado dentro do meu vaso até o fim da correção. Quanto ao que vem depois, nós não falamos sobre isso no momento.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 13/12/12, “A Sabedoria da Cabalá e a Filosofia”

Por Que Os Nossos Desejos Atrasam A Vida?

Dr. Michael LaitmanPergunta: Por que é nós falamos sobre o fim da sociedade consumista? Por que a era do consumismo tem que chegar ao fim?

Resposta: Há duas razões:

1. A primeira razão é externa: nós estamos ficando sem recursos naturais.

2. A segunda razão é interna e é a principal razão: nosso desejo está mudando – a base da natureza humana.

Nós podemos analisar as teorias econômicas, propaganda e publicidade, podemos inventar truques e tecnologias diferentes, como os filmes tridimensionais, mas tudo isso não vai ajudar. A pessoa vai simplesmente perder o interesse nisso, como um gato que não se preocupa com a TV onde está deitado. Em vez disso, vamos simplesmente dar mais atenção à sociedade, para aqueles que nos rodeiam. Tudo isto é porque o desejo está mudando. Não há nada que possamos fazer sobre isso, já que são os desejos que motivam uma pessoa.

Isto, é claro, não irá acontecer de uma só vez. Hoje ainda é possível promover o consumismo por diferentes “ofertas especiais”. Ainda assim, em comparação com o passado, as coisas estão mudando. A taxa de suicídio e divórcio está aumentando, e a decepção e o desespero estão se espalhando. É, de fato, o início de uma nova tendência. Uma pessoa, é claro, ainda vai precisar de alimentos e outras necessidades básicas, mas o problema não está nessas coisas, mas nos desejos que estamos usando incorretamente.

De uma forma ou de outra, o desejo está mudando muito lentamente. A questão é porque ele atrasa as mudanças externas paralelas? Por que encontramos problemas como a crise se em vez disso podemos saltar para um novo nível através de uma rápida mudança no nosso desejo? Não é melhor para as pessoas mudar do consumismo para atividades mais sociais pelo seu próprio livre arbítrio? Por que elas ainda querem comprar como antes, embora o sistema anterior esteja entrando em colapso?

A razão é que é assim que elas vão reconhecer o mal, de modo que a situação atual vai deixar um gosto ruim. Caso contrário, elas vão encontrar um vaso, o desejo, por outra coisa. Elas têm que sentir que estão em desespero, que o mundo está cheio e, ao mesmo tempo, está vazio. Se os desejos anteriores simplesmente desaparecerem, a pessoa não vai aprender a lição com o passado e não vai entender o problema.

Portanto, o desejo está mudando muito mais lentamente do que as condições externas. Estas condições devem nos pressionar e gradualmente evocar a resposta certa.

Então, surge a educação integral, que explica que os desejos em excesso do nível animal, ou seja, as necessidades básicas e racionais, só podem ser atendidas no contexto das relações humanas. A atual crise é para mostrar à pessoa que ela só pode satisfazer as suas necessidades de uma nova forma integral. Por isso, seus desejos não são restritos, mas eles realmente melhoram, tornam-se atualizados, e sobem para um nível qualitativo mais elevado. Então, ela não vai se contentar com algo transitório e efémero, mas apenas com algo que seja mais emocionalmente significativo. A pessoa se desenvolve, torna-se sensível e quer desfrutar outras experiências, que estão mais perto da espiritualidade.

Por isso, é realmente nas relações pessoais, na família e na educação das crianças que a atual crise se revela mais intensamente.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 13/12/12, “A Sabedoria da Cabalá e a Filosofia”

Tirando Todas As Centelhas Da Espessura Dos Desejos

Dr. Michael LaitmanPergunta: O que significa: “conectar-se às centelhas dos amigos”?

Resposta: Significa conectar nossos desejos ao Criador. Afinal, os amigos vieram aqui porque há uma centelha em seu grande desejo que anseia pela espiritualidade, por equivalência de forma e conexão com o Criador. Eu também estou aqui por causa desse desejo; ele que nos trouxe ao grupo.

Nós temos que nos conectar nesses desejos, conectar-nos apenas pelas razões que nos trouxeram aqui. Vamos tirar apenas aqueles que nos trouxeram aqui de toda a espessura dos nossos desejos e descartar todo o resto como um saco cheio de lixo líquido, e conectar as centelhas de onde o nosso vaso espiritual será criado.

Será apenas a sua parte superior, e tudo o resto é formado do lixo que descartamos quando anulamos esses desejos. Não é fácil descartá-los, uma vez que temos que anular cada um desses desejos, um por um.

Quando tentamos conectar e queremos amar, o ódio é subitamente revelado, a fim de nos mostrar que não há amor natural em nós. Enquanto isso, parece que você ama a todos naturalmente, e que trata todos muito bem, como é aceito em nosso mundo: eles não trabalham no amor e portanto não descobrem o ódio.

Para alcançar o amor, precisamos primeiro descobrir o oposto, o ódio. Mas nós não trabalhamos no ódio. Nós aspiramos ao amor. Quanto mais você anseia por amor e realmente trabalha nele, mais rápido você descobre que odeia e que não ama. Você recebe a verdade do Alto.

Descobrir o amor significa ver o amigo como o maior em nossa geração, e olhar apenas para os seus atributos positivos, tentar sentir que os desejos dele são mais importantes que os seus desejos, como uma mãe sente por seu filho.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 12/12/12O Zohar

O Assassinato Em Connecticut

Dr. Michael LaitmanEu lamento todas as vítimas, e mais do que ninguém, porque me sinto como um cúmplice, culpado do que aconteceu. Afinal, este ato é uma conseqüência de nossa indiferença a forma como os nossos filhos crescem e ao fato deles se tornarem violentos assassinos… Nós somos os culpados; o sistema de educação, a falta de educação é culpada. Quando vamos entender que as crianças devem não apenas aprender a ler e escrever, mas que devemos extrair pessoas delas, criá-las? A falta de educação integral se manifestará mais e mais, mas quantos casos semelhantes devem acontecer antes de começarmos a agir!

Se Estamos Numa “Matrix”, Como Podemos Contactar Seu Criador?

Dr. Michael LaitmanNas Notícias (do news.com.au): “Os cientistas da Universidade de Washington estão conduzindo experimentos para descobrir se o universo existe dentro de uma simulação de computador no estilo Matrix criada por supercomputadores do futuro.

“O experimento pode provar que somos apenas peões em algum tipo de jogo de computador maior.

“Portanto, quem criou estes supercomputadores que podem, hipoteticamente, fortalecer a nossa existência?

“O professor Martin Savage, um dos físicos que trabalham no projeto, diz que isso é incerto.

“‘Imagine a situação onde temos um computador grande o suficiente para simular o nosso universo, e começamos como uma simulação em nossos computadores. Se essa simulação é executada por muito tempo, e tem as mesmas leis que o nosso universo, algo como o nosso universo vai surgir dentro dessas simulações, e a situação vai se repetir dentro de cada simulação’, disse ele. …

“Professor Martin Savage, one of the physicists working on the project says it’s unclear.

“Em resumo, os físicos estarão olhando para a distribuição dos raios cósmicos de mais alta energia, a fim de tentar detectar padrões que possam sugerir que o universo é a criação de alguma tecnologia de computador futurista.

“Acontece que se formos coadjuvantes em algum tipo de programa de computador, o físico sugere que pode haver uma maneira de mexer com o programa, e brincar com as mentes de nossos criadores – tudo em nome da ciência, você entende”.

Meu Comentário: A Cabalá revela o programa da criação do nosso mundo; nós temos que dominá-lo e mudar a nós mesmos de acordo com ele, para revelar o criador do programa: para compreender a sua intenção, os motivos e objetivos. Então, após a correção, ou seja, do domínio completo das propriedades do criador do programa, se desenvolver fora da “matriz” – no mundo do infinito, isto é, em possibilidades ilimitadas.

Convenção Mundial Sem Fim

Dr. Michael LaitmanEu espero estreitar tanto as nossas conexões de modo a atingirmos o nível em que realmente sentimos um do outro. Hoje nós temos um par de milhões de pessoas ao redor do mundo, mas muitas delas não conhecemos. Se pudéssemos ver todos aqueles que nos vêem ou ouvem…

Quando começarmos a sentir mutuamente um ao outro como uma mãe sente seu filho à distância, e até mesmo muito mais do que isso, então será simplesmente uma Convenção permanente em todo o mundo.

Da Convenção em Novosibirsk 08/12/12, Lição 4

Na Fronteira Do Novo Mundo

Dr. Michael LaitmanPergunta: Você disse que a pessoa deve se voltar ao Criador através do grupo. O que significa isso? Nós devemos ler o Shamati em conjunto ou num workshop: o que devemos fazer?

Resposta: Eu acho que a pessoa deve se comportar de maneira muito simples: primeiro fazer um curso de curta duração de Cabalá e depois estudar num grupo. Ele tem que participar de nossas aulas tanto quanto possível, pelo menos na terceira parte da lição, e participar de workshops diversas vezes por semana: isso é o mínimo que ele pode fazer.

Além disso, nós temos uma enorme biblioteca, um arquivo de aulas e palestras traduzidas para muitas línguas. Não deve ser um problema encontrar algo para fazer.

A pessoa deve dedicar certa quantidade de tempo para disseminação, já que através dela nós não só levamos a nossa mensagem ao mundo, mas também nos unimos ao próximo nível.

Nós temos que levar à humanidade a informação sobre a correção, o avanço e a realização do próximo estado. Caso contrário, como é que podemos apagar a deficiência que está sendo revelada agora nas pessoas?

On The Border Of The New World

Nós falamos sobre o fato de que não há outro além Dele. Então qual é problema da humanidade? Como é que ela pode se corrigir?

Nós chegamos agora ao estado “redondo”, onde estamos totalmente dependentes uns dos outros. A terceira fase está sendo agora revelada e estamos começando a subir a ela a partir do nosso estado atual: isso é chamado de crise.

On The Border Of The New World

A verdade é que a “crise” em grego significa “nascimento”: o nascimento de algo novo.

Portanto, nós temos que mostrar à humanidade que agora estamos à beira de um novo mundo e este novo mundo é a integralidade.

O primeiro nível espiritual, o mundo de Assiá, agora está sendo revelado apenas em seu contorno externo, integralmente, já que o mundo espiritual é integral. Nós estamos começando a ver que com as nossas propriedades, somos incapazes de lidar neste sistema. Uma rede de conexões mútuas absolutas está descendo sobre nós, e não podemos fazer nada aqui. É exatamente assim que a crise atual se expressa na educação, ciência, economia, em todos os aspectos.

Portanto, primeiro nós temos que informar as pessoas sobre isso, e segundo, ensinar-lhes o método de como ascender internamente ao próximo nível qualitativo, o que significa mudar para a integralidade, para uma conexão mútua.

Da Convenção em Novosibirsk 08/12/12, Lição 3

Por Acaso Não Vêm Tudo Do Criador?

Dr. Michael LaitmanPergunta: Se “não há outro além Dele”, onde está o ponto de aplicação dos nossos esforços e como não submergimos à tentação de explicar a relutância em fazer esforços pelo fato de que tudo vem do Criador?De tempo em tempo, esta motivação aparece no grupo.

Resposta: Isso acontece porque as pessoas esquecem que metade vem do Criador e a outra metade de nós. De cima para baixo, nós recebemos tudo do Criador. Ele molda nossas atitudes, pensamentos, conexões entre nós, bem como a personalidade de cada um, a educação, absolutamente tudo. Agora considere o que fazemos com isso para nos esforçarmos pelo Criador, porque Ele só pode ser sentido através da conexão com o resto da humanidade, porque é a mesma massa em que Ele se revela.

Da Convenção em Novosibirsk 08/12/12, Lição 4

O Sopro Do Próximo Nível

Dr. Michael LaitmanPor que o nosso mundo é especial? Por um lado, é o último e o pior de todos os mundos. Por outro lado, é necessário uma vez que aqui estamos num estado totalmente inerte, o que significa sem fôlego, e podemos começar a avançar à medida que “brincamos” um com o outro, com os corpos e não com as forças, que ainda sabemos manejar.

É por isso que o nosso mundo é chamado de “mundo imaginário”. Ele na verdade não existe, mas só é sentido assim em nossos desejos egoístas. No momento em que subimos acima dele, começamos a sentir que ele é uma réplica absoluta oposta ao nível superior, e que simplesmente perde o seu significado para nós. Isto é o que temos que alcançar.

Primeiro temos que interiorizar o fato de que a alma é o vaso geral, a única coisa que foi criada e que está constantemente em contato e em adesão com a Luz. Nós estamos nesse estado, nesse vaso, nesse desejo. Imagine que ele tem camadas: nós estamos na camada mais “grossa”, mais escura, e acima de nós existem 125 camadas até o estado verdadeiro. Nós temos que passar por essas 125 camadas gradualmente, rejeitando nosso ego, que está dentro de nós, na conexão gradual e constante entre nós.

Será que as plantas, os animais e a natureza inanimada têm uma alma? Cada pequeno desejo que existe na natureza já faz parte da alma geral, mas sem livre arbítrio. Ele depende totalmente de nós, daqueles que realizam a correção da alma.

Há diferentes níveis na alma. Há pessoas que estão no nível humano, que começaram sua correção gerações antes de nós, que alcançaram onde realmente estão, e viram que tudo é uma alma, uma Luz. Há pessoas que realizaram esta missão, e há pessoas como nós, que estão alcançando esse nível agora.

Mas nós somos especiais. O desenvolvimento do mundo é o desenvolvimento do mesmo ego no nível mais inferior. Ao longo das gerações ele se desenvolveu egoisticamente e, no final, atingiu uma forma “redonda”, o seu tamanho máximo, e, ao mesmo tempo, é global e integral (∫) na sua qualidade.

Agora, esse ego também é o estado em que nos encontramos. Ele não pode crescer mais e tornou-se global e fechado. Portanto, nós não entendemos o que está acontecendo conosco. Sendo egoístas e individualistas, não podemos entender este estado “redondo”.

The Breath Of The Next Level

Nós sempre crescíamos e aspirávamos avançar. Cada um de nós foi impulsionado por uma força egoísta e tentávamos realizá-la. Nós nos sentíamos bem. Mesmo 50-60 anos atrás, costumávamos louvar a sociedade consumista, o benefício da competição, e chamávamos isso de “democracia geral”.

Agora, o mesmo ego, que atingiu enormes dimensões no último nível de sua existência, “explodiu”. Ele não funciona como antes e nós estamos presos. A única saída é se entendêssemos como age o sistema integral da alma geral.

O que a humanidade sente hoje no sistema geral que está se tornando evidente? Ela realmente sente o primeiro nível da alma geral, que ainda não foi revelado e que deve nos iluminar aqui, o nível no qual temos que reconhecer o fato de que estamos conectados.

No todo, há 125 níveis nesta ascensão e agora o primeiro nível parece iluminar sobre nós à distância. Esta é a razão de sentirmos que o mundo é global e integral e não podermos fazer nada sobre isso.

Nós estudamos sobre isso na sabedoria da Cabalá: quando dois Partzufim são feitos de dez Sefirot, de Keter (K) a Malchut (M), e estão um sob o outro, esta iluminação flui de um para o outro. Quando um Partzuf “se veste” no outro que está ao seu lado, ele ilumina através dele.

The Breath Of The Next Level

Por um lado, nós recebemos dados reais sobre o nosso mundo que hoje está numa crise e não pode fazer nada sobre isso. Afinal, é um nível superior que ilumina sobre nós, o primeiro nível da minha alma, ou seja, do vaso geral.

Por outro lado, de repente nos encontramos amarrados um ao outro, conectados por todo o mundo: o que as pessoas pensam num lugar, outras pessoas também sabem num segundo e terceiro lugar e assim por diante. Nós estamos mutuamente interdependentes. De repente descobrimos que não conseguimos nos livrar de qualquer parte da cadeia, quer queiramos ou não. No seu conjunto, esta rede mútua é expressa nos estados dispostos um em cima do outro ou um abaixo do outro.

De qualquer forma, é um estado especial: agora nós estamos experimentando a fase de solução da alma geral.

Da Convenção em Novosibirsk 07/12/12, Lição 2