O Que Nos Falta?

Dr. Michael LaitmanPergunta: Suponha que uma pessoa se senta e assiste a si mesma: “Eu quero um pouco de água, depois eu quero outra coisa, e eu não sei mais o que quero”. Será que um simples experimento a ajuda a entender que a essência de seu desejo é desfrutar?

Resposta: A pessoa vai ver que cada vez surgem novos desejos nela. Ela não sabe de onde eles vêm; primeiro ela quer uma coisa e, de repente, outra coisa e depois outra.

Por outro lado, ela pode se programar, o que significa concentrar-se em certos desejos e se lembrar de algo que lhe trouxe prazer. Neste caso, um desejo tão grande por esse prazer se desenvolve nela que ela começa a ansiar por ele mais uma vez: “O que eu quero? Ah, esqueci, há um pouco de sorvete na geladeira”, e ele pega o sorvete, ou pode se lembrar de que queria ir a algum lugar interessante ou conhecer alguém interessante, ou ler um livro interessante ou ver um filme que preparou para ver e assim por diante.

Isto significa que nós evocamos a nós mesmos quando não sentimos prazer. Nós não sentimos o prazer quando nos preenchemos. Eu estou cheio, o que aparentemente significa que está tudo bem, mas a minha vida não tem sentido. Mesmo quando aparentemente temos tudo, falta-nos o acréscimo de excitação. Nós inventamos novas fontes de prazer e incentivos, mas na verdade é o mesmo ego.

De KabTV “Conversas com Michael Laitman” 03/11/12