O Estágio Atual Do Desenvolvimento Da Cabalá

Dr. Michael LaitmanA última fonte escrita da sabedoria da Cabalá é datada de cerca de 500 anos atrás. Estes são os livros do Santo ARI. Cerca de 20 volumes de seus escritos revelam em detalhes todo o sistema de governança deste mundo e sua interação com o mundo superior.

Os livros do ARI explicam não só a forma como este mundo é controlado pelas forças superiores, mas também o nosso impacto sobre elas, a influência inversa, e como essa influência mais uma vez desencadeia as ações das forças superiores sobre nós. Os livros do ARI descrevem todas as interações entre a governança superior e nós, o nosso livre arbítrio, nossos destinos, reencarnações anteriores, e assim por diante. Eles fornecem uma descrição muito séria e detalhada de tudo que existe.

No entanto, isso acabou por ser insuficiente. No século XX (400 a 500 anos após o ARI), outro Cabalista, o Baal HaSulam (“mestre da escada”, em hebraico), surge. Por quê? Porque ele descreveu em detalhes a “escada” que a pessoa deve ascender ao subir deste mundo, o estado atual em que se encontra, até o ápice do seu desenvolvimento.

Não se trata de crescimento físico, nem de desenvolvimento intelectual. Nós vemos que não há muito para se gabar neste mundo. Pelo contrário, trata-se do avanço que cada um de nós deve realizar: atingir o mundo superior, o sistema de governança. Trata-se da nossa realização do mundo eterno e perfeito que ainda está além de nossa percepção. Baal HaSulam apresentou uma metodologia moderna que estamos usando no momento.

Seu filho, o Rabash, desenvolveu ainda mais o método de seu pai e o tornou mais prático. Ele criou instruções detalhadas e concretas descritas em vários artigos. Estes artigos mostram claramente como, ao mudar a nós mesmos, expandindo nossos órgãos de percepção, podemos começar a perceber o Universo oculto, escondido de nós por nossas próprias limitações.

É de conhecimento comum que somos limitados. Nós só conseguimos ouvir dentro de determinada gama de sons, vemos um espectro limitado de luz, etc. Em outras palavras, todos os nossos sentidos da visão, olfato, audição, tato e paladar, são limitados. Embora aqui estejamos falando de outros órgãos de percepção, e não dos que temos atualmente.

A fim de ampliar nossos órgãos de percepção, nós inventamos vários dispositivos, tais como telescópios e microscópios para os olhos, inúmeros tipos de radares, localizadores, e assim por diante. No entanto, o mais importante para nós é descobrir que outros órgãos de percepção nós precisamos para sentir o mundo ao nosso redor.

Da Convenção da Georgia 05/11/12, Lição 1