Nós Poderíamos Transformar Este Mundo Num Paraíso!

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, “Introdução ao Estudo das Dez Sefirot : “De fato, se preparássemos nossos corações para responder uma única questão muito famosa, estou certo de que todas essas questões e dúvidas desapareceriam do horizonte, e você vai olhar para o seu lugar e descobrir que desapareceram. Esta questão indigna é uma questão que todo mundo faz, ou seja, “Qual é o sentido da minha vida?”. Em outras palavras, esses numerosos anos de nossa vida, que nos custam tanto, e as numerosas dores e tormentos que sofremos por eles, para completá-los ao máximo, quem é que gosta deles? Ou mais precisamente, a quem eu dou prazer?

A humanidade está sofrendo, todos estão sofrendo, toda esta vida é um sofrimento contínuo. Só às vezes estamos autorizados a descansar por alguns anos, mas o resto do tempo temos que exercer uma interminável guerra de sobrevivência: esta é a vida que a natureza designou para nós. Então, do que se trata a vida? Será que realmente tem que ser assim? Podemos fazer melhor? Até agora não encontramos uma maneira de tornar nossa vida melhor e mais feliz. O Baal HaSulam não está falando de uma vida perfeita e eterna acima desta vida corpórea, ou sobre o Criador e o mundo de Ein Sof (Infinito). Entretanto, ele está se referindo às mudanças na nossa vida comum neste mundo e como podemos melhorá-la.

Ele não começa com ideias elevadas, mas sim com a coisa mais simples: Será que todos nós sofremos? Sim, nós sofremos! Vocês querem sofrer menos? Sim, nós queremos! A sabedoria da Cabalá não rouba de vocês a sua Torá e a alegria da vida; ela não tira vocês da vida nem interfere em suas ações corporais; ela só quer adicionar um pouco de alegria à sua vida, um pouco de gosto, de modo que vocês vão se sentir melhor! É uma abordagem muito gentil. O Baal HaSulam identifica-se com o sofrimento humano e explica que é possível dar mais alegria às nossas vidas.

Afinal, toda a nossa vida é uma eterna fuga do sofrimento e hoje é igual à ontem. Mas a vida pode ser feliz, completa e boa para você e para o seu ambiente, vivendo em interesse mútuo um pelo outro, se sentindo completamente seguro. Caso contrário nós nos condenamos a uma existência que é pior do que a de um animal. Afinal, quanto maior os nossos desejos, mais vazios sentimos a vida e mais sofremos.

Ninguém gosta da vida que estamos levando e ninguém dá prazer aos outros, de modo que parece que sofremos nos dois sentidos. Nós simplesmente não podemos preencher ninguém por causa de nossa natureza egoísta e não podemos receber nada de ninguém. Portanto, todo mundo está em conflito mútuo e numa eterna luta, tornando esta vida dura e terrível. Nossa natureza egoísta destrói a nossa vida, tornando-se uma experiência difícil. Por exemplo, o mundo em que vivemos hoje, com todo o avanço tecnológico, poderia ser o paraíso, mas em vez disso, o transformamos num verdadeiro inferno.

Nós poderíamos viver numa família feliz numa sociedade próspera, livre de todos os problemas, tendo tudo que precisamos: saúde, segurança, trabalho respeitável, liberdade. Todo mundo poderia se preencher quando quisesse, trabalhando algumas horas por dia e gastando o resto do tempo em algum hobby. No entanto, em vez disso, nos matamos trabalhando, destruindo o meio ambiente e os últimos recursos que nos restam. Nossa natureza egoísta não nos deixa desfrutar nem agradar os outros, e, no final, fazemos com que tudo mergulhe na escuridão, levando-nos a um beco sem saída.

Tudo o que podemos fazer é esperar que esta crise nos ensine o mais suavemente possível e force a humanidade a reconhecer a sua natureza egoísta, com a qual não pode mais existir. Nós não vamos sobreviver se não mudarmos a nossa natureza, mas é impossível mudá-la assim mesmo: isso só pode ser feito com a ajuda da sabedoria da Cabalá. Até que a pessoa chegue a essa conclusão, ela terá que sofrer muito mais.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 11/11/12, Introdução ao Estudo das Dez Sefirot