A Guerra Até Chegar A Uma Vitória Completa No Coração

Dr. Michael LaitmanRabash, “Amor ao Próximo”: eu olho para um pequeno ponto chamado amor ao próximo e penso nisso: o que posso fazer para agradar o geral. Visto que eu olho para o geral e vejo o sofrimento do indivíduo, doença e dor, e os sofrimentos do indivíduo a partir do geral, o que significa as guerras entre as nações. Não há nada que eu possa dar ao outro exceto uma oração e isso é chamado de “sentir pena pelo público”.

As pessoas em nosso mundo entendem que, quando os tempos são difíceis, nós geralmente ajudamos um ao outro de diferentes maneiras. Hospedamos pessoas que têm que deixar suas casas, enviamos ajuda e produtos essenciais para facilitar a vida das pessoas que se encontram em condições extremas. Todo mundo entende que temos que alimentar aqueles que estão com problemas e lhes dar um lugar para dormir e apoiá-los. É assim em todas as culturas ao longo da história, entre todas as nações.

Os Cabalistas têm uma abordagem diferente para isso. Isso não significa que eles desqualifiquem a ajuda mútua comum. Nós vemos ao longo da história, mesmo no tempo de Abraão e outros antepassados, que eles convidavam hóspedes e como era importante a ideia de hospitalidade para eles, tanto no sentido corporal quanto espiritual.

Mas a questão é o que devemos fazer se estamos sob uma ameaça constante, como nos sentimos hoje em dia, e em geral ao longo da história. Se pensarmos de forma lógica verifica-se que não há nenhuma chance de Israel ter sucesso aqui, cercado por inimigos cujo único desejo é nos eliminar da superfície da Terra.

Como nós podemos, apesar de tudo, continuar a viver nesta terra sob a ameaça constante? Até quando? Do ponto de vista lógico, isso é impossível e, talvez devêssemos construir o nosso Estado em outro lugar, como já foi sugerido em Uganda?

Mas a única coisa que pode nos ajudar é o que os Cabalistas nos dizem sobre o lugar a partir do qual o mundo se desenvolve e sobre a mensagem espiritual, sobre a força superior que está conectada a nós e está conosco. Nós trabalhamos em conexão com ela, numa direção e podemos assim mudar o nosso destino.

Primeiro devemos entender que tudo o que está acontecendo nos foi dado como assistência. Assim, vai ficar claro que temos que trabalhar neste lugar e só aqui, nestas condições especiais, é que podemos avançar e cumprir o objetivo da criação. Não é por acaso que estamos num ambiente tão hostil, mas de acordo com determinado objetivo, de acordo com o plano superior.

O pequeno ponto de amor ao próximo que o Rabash fala é a centelha em nós. Nós temos que organizar esta centelha, reforçá-la, apoiá-la, e visar atingir nossa fonte, nossa raiz. Assim seremos capazes de cumprir o pensamento da criação para todas as nações.

Portanto, o nosso papel, com todas as condições difíceis que a força superior nos apresenta, é responder corretamente, inclinados à conexão, unidade, e garantia mútua, até atingirmos o estado de “ama ao próximo como a ti mesmo”. No final, o mundo inteiro irá se juntar a este amor, como se diz “e todas as nações correrão para Ele,” e com isso vamos cumprir o pensamento da criação.

Tudo isso é atingido por meio da oração, ou seja, pelo nosso trabalho no coração.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 18/11/12