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Não Há Nada A Temer Em Estudar A Sabedoria Da Cabalá

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, “Introdução ao Estudo das Dez Sefirot” : A terceira questão, que é o temor de que a pessoa se irrite, bem, não há temor algum aqui. Isto porque o desvio do caminho de Deus, que ocorreu antes, era por duas razões: ou eles quebraram as palavras de nossos sábios com coisas que estavam proibidos de divulgar, ou porque perceberam as palavras da Cabalá em seu sentido superficial, como instruções corporais, violando “Não farás para ti idolós”.

Assim, até hoje, houve realmente uma muralha em torno desta sabedoria. Muitos tentaram começar a estudar, mas não conseguiram continuar por falta de entendimento e por causa das denominações corporais.

Primeiro, tudo pertence ao passado, quando as pessoas não estavam suficientemente desenvolvidas. Portanto, como se diz, “eles comeram fruta verde”, o que é muito perigoso. Uma pessoa não desenvolvida não deve receber uma informação que não seja adequada para seu nível.

Nós vemos que a sabedoria da Cabalá é revelada em nossos tempos, que é aparentemente generalizada e muitas pessoas são atraídas a ela, cada uma de acordo com suas preferências. Há aqueles que tentam usá-la para curar diferentes doenças, há aqueles que a transformam numa religião, outras a conectam ao misticismo, a nova era, etc. Todos constroem sua sabedoria a partir disso, a menos que façam parte de um grupo Cabalístico sob a influência de um professor de verdade, que sabe o que está falando e segue o método contando apenas com as fontes que recebeu de seu professor.

Infelizmente, há muitos grupos que estudam a sabedoria da Cabalá de maneira errada, ou aprendem o TES de cor, como se estudassem o Talmude Babilônico numa Yeshiva, ou tentando extrair algum poder místico dele. É a inclinação natural de uma pessoa que quer resultados imediatos: tomar a sabedoria da Cabalá e interpretá-la de acordo com termos familiares, como qualquer outra ciência.

A pessoa não entende que deve esperar até que a sabedoria da Cabalá comece a mudá-la. Assim, após essas mudanças, ela será capaz de iniciar o curso de estudo. É impossível fazê-lo de outra forma, exceto trabalhando em grupo e revelando a força superior, que “não há outro além Dele” e que Ele é “bom e benevolente”.

Portanto, existiram, existem e existirão muito mais erros no que diz respeito ao estudo da sabedoria da Cabalá. Mas eles também estão incluídos no plano da criação. Se uma pessoa não se corrige, mas ainda é atraída à correção, e simplesmente não a realiza corretamente, então ela dirige todas as forças que deveriam ajudá-la no processo de correção na direção oposta. Além disso, outros a seguem neste estudo vazio. Mais tarde, depois de um longo tempo, eles finalmente ficam desiludidos e aceitam essa sabedoria, não tentam lucrar com ela, mas de forma leal e com rigor realizam o que os livros dizem ou o que ouvem do professor.

É impossível ficar “livre” estudando essa sabedoria, pois a liberdade no momento significa agir de acordo com o nosso ego. A sabedoria da Cabalá, no entanto, é a sabedoria oculta, que está oculta de uma pessoa e cada novo nível revelado de repente traz tais mudanças internas a uma pessoa, que ela não consegue sequer imaginar antecipadamente. Portanto, a pessoa deve trabalhar cegamente aqui, e realizar todas as condições que o professor e os livros falam.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 28/11/12, “Introdução ao Estudo das Dez Sefirot

A Verdadeira Redenção É Atingida Através Do Exílio

Dr. Michael LaitmanExistem dois tipos básicos de estados internos: exílio e redenção. Na verdade, ambos pertencem à espiritualidade, pois você não pode sentir que está no exílio se não sentir um eco, um reflexo da redenção, ou seja, se não sentir a redenção de alguma forma.

As crianças que nasciam na prisão ou nos campos de trabalho forçado na Sibéria, às vezes viviam lá por anos, incapazes de sair, e aquele era todo o seu mundo, todo o planeta. Sim, elas eram informadas sobre alguma outra vida, mas viviam e eram criadas sob as condições dos campos, incapazes de ver qualquer outra coisa.

Nós aprendemos tudo a partir do seu oposto; não são apenas algumas diferenças, mas para ver uma imagem completa tem que ser diametralmente oposto. Se eu quero alcançar o amor, por exemplo, eu tenho que alcançar o ódio, e quanto mais ódio, mais posso sentir um amor maior, até chegar ao estado de “o amor cobre todos os pecados”, e este se torna um amor absoluto.

É o mesmo com a redenção e o exílio:

• É possível alcançar a redenção sem sair do exílio?

• É possível reconhecer o exílio sem ser atraído para a redenção?

Todos esses estados se alternam de diferentes maneiras e estilos, permitindo que a pessoa descubra exatamente todos os discernimentos no exílio em comparação com todos os discernimentos na redenção. Apenas quando estas duas imagens são colocadas uma em frente à outra é que um grande vaso vazio é revelado, um desejo ardente, e também um grande preenchimento, que não apaga o fogo no vaso. Isto porque na espiritualidade a pessoa trabalha para doar, o que significa que ela só preenche seu vaso para se aderir ao Criador.

Assim, em nosso mundo, nós também passamos por diferentes estados corporais, como uma réplica dos estados espirituais. Aqui também há exílio e redenção, mas cada um entende esses conceitos de forma diferente, independentemente do Criador e das subidas espirituais, e, às vezes independentemente da nação, do país, ou de determinado lugar.

Por outro lado, pode muito bem ser que a “redenção” para nós seja a conexão, na qual descobrimos uma vida boa e feliz num nível corporal, independentemente da espiritualidade. Nesse caso, nós chamamos o ódio e os problemas diários de “exílio”. Uma abordagem semelhante, sem quaisquer explicações sobre raízes espirituais, também é legítima quando nos dirigimos às pessoas.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 28/11/12, “Exílio e Redenção”

Uma Nação Que Não Tem Descanso

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, “Exílio e Redenção”: O Criador certamente nos mostrará que Israel não pode existir no exílio, e não encontrará descanso como o resto das nações que se misturaram entre as nações e encontraram descanso, e foram absorvidas nelas, até que nenhum traço restou delas.

Mesmo sem saber nada sobre a força superior, nós percebemos que deve haver um sistema aqui que está claramente escrito. É como se há muito tempo um sábio tivesse escrito sobre isso num livro e agora tudo se tornasse realidade. Não importa o que o povo judeu faça, ou onde esteja, o destino será sempre segui-lo, controlá-lo e causar relações distorcidas com seus vizinhos, com o mundo e com nós mesmos. Ele não tem descanso.

Se esta nação não quer ver esse sistema com seu software e o programa embutidos, que a leva do início ao fim, até o objetivo, então nada irá nos ajudar. Pelo contrário, se nos aprofundarmos nisso, vai ficar claro que esta é a Torá da verdade. A transição de um estado corrupto para um estado corrigido, a Natureza em si, pelo seu desenvolvimento, exige isso de nós, e a sabedoria da Cabalá explica as fases e os estados que a pessoa atravessa no caminho e as ações e Luzes que fazem parte do processo. Ai de nossa nação se não vermos a verdade nesta sabedoria e não a usarmos. Desde então, ela ainda segue o mesmo caminho na mesma direção, mas avança em curvas sob uma chuva de golpes, e com isso estende o tempo e aumenta o sofrimento.

Na verdade, o caminho é claro, e cada movimento tem seu tempo certo, e se eu não o cumpro no tempo certo, então a parte não corrigida de ontem é adicionada à parte de hoje e, assim, a carga dobra. Esta parte não desaparece e nós ainda temos que corrigi-la, mas em condições piores, que decorrem da falta da correção de ontem. Se eu não corrigir isso hoje, então amanhã, sob a carga dos dois últimos dias, as condições serão muito piores e eu vou ter que fazer um esforço três vezes maior.

Assim, eu sempre crio problemas externos cada vez maiores e mais difíceis, até que estou totalmente cercado por inimigos que querem me aniquilar. Em casa também, as coisas estão piorando e o mundo exterior nos rodeia com ódio. Portanto, o que podemos fazer?

Além disso, internamente eu sinto o endurecimento do coração. Se antes a minha compreensão era mais pura, e eu sentia as coisas e realizava as correções, hoje eu não me importo com nada, estou decepcionado e vazio…

Portanto, se eu não corrijo o problema a tempo, ele permanece e é adicionado à carga nas minhas costas, que assim se torna cada vez mais pesada. Este processo é diverso, e ocorre em todos os lugares, em diferentes formas, e, no final, a crise se expande e afeta nossa saúde, nossas finanças, a economia, o ambiente, a família, o sistema de educação, a nossa segurança, e todos os outros aspectos da vida…

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 28/111/12, “Exílio e Redenção”

Três Pilares Sobre Os Quais Se Apoia O Mundo

Dr. Michael LaitmanRabash, “Abraão Gerou Isaac”: Na Mishna se diz, “Há três coisas sobre as quais o mundo se apoia: a Torá, o trabalho e a caridade”. Abraão é chamado de “um homem de caridade”, que dedica seu poder para fazer bondade às pessoas, Isaac é chamado de “o pilar do trabalho”, que dedica sua alma sobre o altar. E Jacob é chamado de “o pilar da Torá”, como se diz que “dê a verdade a Jacó”, e a Torá é chamada a Torá da verdade. Portanto, cada pessoa deve alcançar esses três pilares. Primeiro estes três pilares foram revelados um após o outro por nossos Sagrados Antepassados, já que cada um revela um pilar. E depois que os três pilares forem revelados, também está em nosso poder seguir o mesmo caminho que os nossos antepassados abriram para nós, e é por isso que somos chamados de “Povo Escolhido”, porque temos o mérito que herdamos dos nossos antepassados, para observar os três pilares, pelos quais o mundo pode existir, o que significa que, por eles, o mundo vai existir e alcançar o objetivo para o qual foi criado.

A Luz criou o desejo. A Luz é doação total e o desejo é recepção total, mas pela Luz, o desejo tem que mudar para “receber a fim de doar”. Isso significa que a Luz e o desejo tem que se conectar de um modo especial chamado “acima da razão” ou “linha média”.

Esta combinação é feita pela escolha de uma pessoa. Graças ao fato de que ela escolhe a combinação certa a cada vez, ela a inclui dentro de si. O “ser humano” é o sistema composto por duas partes: a Luz e o vaso, o desejo de doar e o desejo de receber, e como a pessoa que está entre eles pode escolher e determinar a relação correta entre eles, ela cria uma maior combinação entre a Luz e o vaso dentro dela.

O trabalho de uma pessoa é verificar a si mesma e aprender com a Luz. A fim de fazer isso, ela já tem que estar incorporada por “três linhas”: a da Luz e do vaso e da atitude correta entre eles. Só então ela será capaz de saber o que a Luz lhe traz. Isso é chamado de trabalho de Abraão, a primeira revelação espiritual no nosso trabalho.

Depois, nós começamos a trabalhar no vaso da linha esquerda, a fim de compreender qual é a nossa matéria. Só é possível ver a diferença dentro da matéria se você tiver a Luz e souber como trabalhar corretamente com o vaso. Isto significa que a linha esquerda em si também é feita de três linhas, a fim de conhecer o desejo corretamente – isto é chamado de trabalho de Isaac.

Depois, há o trabalho na linha média: uma combinação das linhas esquerda e direita numa única linha, a fim de saber exatamente o que precisamos fazer com essas duas forças. Isto é chamado de trabalho na linha média, o trabalho de Jacob, que por enquanto se encontra no estado de pequenez (Katnut), na fase da raiz, a fase um e fase dois. Em seguida, após a realização do estado de grandeza (Gadlut) nos níveis três e quatro, este trabalho já é chamado Israel. Estas são as fases de crescimento espiritual de uma pessoa.

A pessoa que avança desta forma tem o que chamamos de “direitos patriarcais”, o que significa que ela recebe o método e o realiza, e pertence ao povo escolhido, uma vez que trabalha de acordo com as “três linhas”, entendendo que ela é a “linha média”, que conecta as duas primeiras linhas.

A linha média é chamada de “ser humano” e também é chamada de Criador, Zeir Anpin, o pilar do meio. De um modo geral, a linha média existe conforme a pessoa se adere ao Criador.

É impossível trabalhar na Santidade, já que a Santidade é chamada de doação. Doação só é possível na combinação certa entre as duas linhas: a linha direita e a linha esquerda na linha média.

Por isso, diz-se que o mundo se apoia em “três pilares: na Torá, no trabalho e na caridade” se olharmos para o processo de correção do mundo de nossa parte, de baixo para cima. A Torá é a linha do meio, Jacob. O trabalho é a linha esquerda, Isaac. A caridade é Abraão, a linha direita.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 28/11/12

“Ganhadores Do Prêmio Nobel da Paz Pedem ‘Embargo Militar Contra Israel’”

Dr. Michael LaitmanNas notícias (de Israel National News): “Um grupo de ganhadores do Prêmio Nobel da paz, artistas e ativistas proeminentes emitiram um comunicado por um ‘embargo militar abrangente contra Israel’ após as recentes hostilidades em Gaza.

“Os 52 signatários incluem o Prêmios Nobel da Paz Mairead Maguire e Adolfo Pérez Esquivel; os diretores de cinema Mike Leigh e Ken Loach, autor de Alice Walker; o notório acadêmico anti-Israel Noam Chomsky; Roger Waters do Pink Floyd e Stephane Hessel, ex-diplomata francês e sobrevivente do Holocausto que foi coautor da declaração universal dos direitos humanos”.

Meu comentário: Esta declaração parece uma paródia de todas as tentativas do exército de Israel em não prejudicar o povo de Gaza, mesmo arriscando a vida do povo de Israel. A verdade é atualizada mais uma vez: espera-se que os judeus corrijam o mundo, em vez de se tornarem semelhante às outras nações. As reivindicações das nações do mundo de que os judeus são a causa de todos os males do mundo são justas, porque só eles podem corrigir o mundo.

Com o agravamento da crise global, as nações do mundo nos pressionarão cada vez e nos obrigarão a realizar a nossa tarefa para com o mundo e o Criador: dar o exemplo para o mundo se unir no “Ama ao próximo como a ti mesmo”. Nós temos que realizar esta instrução bíblica em nós mesmos, de forma consciente ou sob forte pressão e sofrimento. A escolha é nossa.

Do Segredo À Interpretação Simples

Dr. Michael LaitmanToda a Torá é dividida nas chamadas: Pshat (interpretação simples), Remez (dica), Drush (alegoria), e Sod (segredo). Elas não são apenas as quatro partes da Torá, mas sim quatro maneiras de explicar a metodologia de correção neste mundo.

Estas quatro linguagens são usadas ​​pelo Cabalistas para nos apresentar um único método em quatro níveis diferentes. Cabe a nós escolher o nível que nos satisfaz: segredo, alegoria, dica (sugestão), ou interpretação simples.

Neste mundo, essas etapas estão invertidas: a “interpretação simples” acredita-se ser apenas a leitura dos textos, tratando-a literalmente. Quando a pessoa lê o texto e não o entende, ele é chamado de “um mistério”. No entanto, o fato é que nós não entendemos o que está escrito na Torá. Na verdade, sob Pshat-Remez-Drush-Sod se entende exatamente o oposto. Pshat (interpretação simples) é a sabedoria da Cabalá, Sod (segredo) é quando esse método de correção está escondido de nós por trás de muitas camadas.

Secredo: isso é exatamente a que as pessoas estão acostumadas como uma interpretação simples, que é o entendimento literal do texto, enquanto que a Torá só fala das formas de correção, os níveis espirituais, e das fases de elevação do ser humano. Diz-se: “Eu criei a inclinação ao mal e a Torá como um tempero a ela, a Luz que Reforma”.

A Luz da Torá nos impacta de acordo com estas quatro etapas. O máximo de Luz está encerrado na “explicação simples” (a sabedoria da Cabalá), onde tudo está aberto aos homens e pode ser facilmente explicado de uma forma simples.

Ela descreve um desejo que é egoísta por natureza e, portanto, tem que ser corrigido. Para isso, nós precisamos da Luz que Corrige. Levar um desejo egoísta para a intenção correta (de doação) é chamado de “correção”; para consegui-lo, temos que participar de um grupo, unir-nos com amigos, e continuar nossos estudos, a fim de atrair a Luz.

De forma mais eficaz, nós atraímos a Luz trabalhando em grupo, tentando suprimir nosso egoísmo, conectando-nos uns com os outros acima do nosso egoísmo e tornando-nos como um homem com um coração, e também pensando na Luz que nos influencia e aprendendo com os Livros como ela age e influencia os nossos desejos.

O tema que estamos estudando, nossas ações que visam à autocorreção, as orações nas lições, tudo se conecta e compreende o método mais fácil de atrair a Luz que corrige egoístas grosseiros (nós) que estão no fim das gerações e no pico do desenvolvimento egoísta.

Se não nos esforçamos em atrair a Luz que Corrige para corrigir a nós mesmos e, se tudo o que fazemos é adquirir conhecimento teórico em vez de a Torá, então não estamos aspirando à sabedoria da Cabala. Diz-se: “A pessoa deve acreditar que as nações do mundo possuem a sabedoria, mas nunca deve acreditar que elas têm a Torá”. As nações do mundo são aqueles que se esforçam em adquirir conhecimento, em vez de se autocorrigir.

No começo, todos passam por um estado chamado de nações do mundo, até que reconhecem que a sua tarefa é a de autocorrigir, mesmo que isso aconteça em outra vida, na próxima reencarnação.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 20/11/12, “Introdução ao Estudo das Dez Sefirot

A Luz Não Filtrada Na Dose Máxima

Dr. Michael LaitmanNa história, muitas pessoas conseguiram alcançar a revelação espiritual estudando as partes externas do Torá, a Mishnah, o Talmude, e não Cabalá, ou seja, elas usaram outra linguagem de apresentação desta sabedoria. Toda a Torá fala sobre a correção de um ser humano e essa é a razão pela qual a Torá nos foi concedida.

Os textos da Torá descrevem os estados que a pessoa passa durante seu avanço até o Criador, atingindo a adesão com Ele, e adquirindo equivalência de propriedades com Ele. O problema é apenas na forma de apresentá-la, ou seja, na linguagem. As formas de apresentação deste material não são iguais com relação à Luz que Reforma; cada uma delas possui uma intensidade diferente da Luz. A Luz é mais poderosa na sabedoria da Cabalá.

Elas representam quatro camadas, quatro filtros que a tela contém a Luz em seu caminho de cima para baixo. A linguagem da Cabalá é a Luz pura. A Cabalá não limita a Luz de forma alguma, nem colocar filtros em seu caminho; a Cabalá não enfraquece a Luz. Portanto, quando a pessoa estuda e denota concepções espirituais que se referem à sua alma, ela provoca uma poderosa Luz que a corrige e leva-a para mais perto da meta.

Undiluted Light At The Highest Dose

Se a pessoa estuda a Torá apresentada em qualquer outra língua, as mesmas ideias, a mesma Luz passa por filtros e desce até a pessoa numa forma extremamente enfraquecida. Consequentemente, a “quantidade” de Luz não é suficiente para corrigir uma pessoa.

As quatro linguagens da Torá: Pshat (interpretação simples), Remez (dica), Drush (alegoria) e Sod (segredo) correspondem aos mundos de Atzilut, Beria, Yetzira, e Assiya.

Se a pessoa estuda a sabedoria da Cabalá, é o ensinamento (Torá) do mundo de Atzilut, a Luz que Corrige, que desce diretamente até ela. Se ela estuda qualquer outra forma, dependendo do método que ela escolhe, ela recebe menos Luz.

É assim que a Cabalá explica a divisão nos níveis de Pshat-Remez-Drush-Sod, enquanto que a opinião geral toma no sentido contrário, que Pshat (explicação simples) é a compreensão literal e Sod (segredo) a realização espiritual.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 20/11/12, “Introdução ao Estudo das Dez Sefirot

As Palavras Desaparecem Na Adesão

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, “A Essência da Sabedoria da Cabalá”: Na verdade, se você tomar o corpo de um animal de pequeno porte, cuja única tarefa é alimentar-se de modo que possa existir neste mundo por tempo suficiente para gerar e continuar sua espécie, você vai encontrar nele uma complexa estrutura de milhões de fibras e tendões, como fisiologistas e anatomistas descobriram. E há muito lá que os seres humanos ainda devem descobrir. Do acima exposto, pode-se concluir a grande variedade de questões e canais que precisam se conectar, a fim de alcançar e revelar esse objetivo sublime.

Nós temos que nos incluir em toda a realidade externa. Para isso, temos que subir acima de nós mesmos. Nós subimos a escada dos mundos de Assiya, Yetzira, Beria, Atzilut, e AK (Adam Kadmon) até abraçar todos os desejos externos e adquirir toda a realidade: os mundos, Partzufim, Sefirot, etc.

Nós transformamos nossa intenção em doação, e preenchemos o espaço dos desejos com uma atitude de doação (amarelo), e conforme a nossa intenção age assim, nós revelamos a força superior em nossa intenção (vermelho). É como se desenvolvêssemos uma fotografia com a ajuda da intenção e a tirássemos da ocultação.

Words Disappear In Adhesion

Pergunta: O que de fato podemos revelar da ocultação?

Resposta: A propriedade de amor e doação absoluta que governa tudo. Nós a revelamos conforme a nossa equivalência com esta qualidade. Proporcionalmente ao grau da nossa doação, nós revelamos a mesma qualidade na força superior que ainda está oculta de nós; assim, nós nos unimos e fundimos com ela.

Nós revelamos a doação conforme a nossa capacidade de doar. Por outro lado, se formos totalmente incapazes de doar, deixamos a força superior e nos tornamos opostos e hostis a ela. Tudo está sujeito à lei da equivalência de propriedades.

Pergunta: Digamos que eu me torno semelhante à força superior em minhas qualidades e revelo a doação. E o que vem depois?

Resposta: Nada. Você descobre a causa que estava oculta de você e lhe influenciou “nos bastidores”. Esta “causa” é a força superior. Seu objetivo é descobri-la, e ao fazê-lo, agradá-la. Então, você vai se tornar equivalente a ela. Por sua vez, a equivalência com ela  permitirá que você se funda com Ela.

Para quê? Na adesão, teremos a resposta. Nós ficamos junto com o Criador, nós somos equivalentes a Ele; a nossa equivalência com Ele agrada-Lhe e assim preenchemos infinitamente os nossos vasos, etc. Na adesão, as palavras desaparecem; a adesão não pode ser explicada. Baal HaSulam escreve em seu artigo “A Entrega da Torá”: Mas se você se prolongar nessa palavra por um instante sequer, você será oprimido por sua estatura maravilhosa. Este é o objetivo que traz e concentra tudo junto.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 15/11/12, “A Essência da Sabedoria da Cabalá”

Uma Interpretação Mais Simples Do Segredo Da Vida

Dr. Michael LaitmanA única coisa que temos que corrigir é a nossa relação com a força superior que controla tudo e gerencia a vida, como se diz: “Não há outro além Dele”. Existem quatro linguagens que falam sobre a relação entre o homem e a força superior: Pshat, Remez, Drush e Sod (Torá, Mishná, Talmude e Cabalá).

Elas pertencem aos quatro níveis de desejo: inanimado, vegetal, animal e falante; consequentemente, o esclarecimento é realizado de quatro maneiras. Neste caso, já existe uma divisão oposta em que a sabedoria da Cabalá é a interpretação simples e não Sod (segreto) em que tudo é revelado à pessoa. Portanto, nós precisamos da linguagem da Cabalá para ter certeza de que avançamos corretamente.

Esta é uma pré-condição essencial, mas não suficiente, uma vez que a sabedoria da Cabalá pode ser percebida incorretamente. Mas pelo menos a pessoa aprende com as fontes corretas, que lhe proporcionam a abordagem correta dos escritos, embora existam pessoas que tentem extrair alguns segredos, misticismo, conhecimento abstrato, bênçãos e remédios.

Mas ainda é muito importante se apoiar na linguagem da Cabalá, na abordagem dos Cabalistas e nas condições de estudo, uma vez que é diferente do estudo normal das diferentes ciências. Aqui nós somos totalmente dependentes da fonte, que nos passa esse conhecimento espiritual. Se a fonte é verdadeira e confiável, nós avançamos gradualmente de acordo com o nosso esforço e as condições externas positivas, a fim de alcançar a abertura dos olhos.

Nós estudamos sobre nós mesmos e sobre a nossa natureza, começando a sentir um pouco o que é doação, a força que é oposta a nós. Então, pelo equilíbrio destas duas forças, a força de recepção e a força de doação, nós começamos a sentir a criação. Assim, nós alcançamos o Criador por Suas ações sobre nós.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 27/11/12, “Introdução ao Estudo das Dez Sefirot

Exílio E Lo Lishma

Dr. Michael LaitmanPergunta: Qual é a diferença entre o exílio e o estado de Lo Lishma?

Resposta: A pessoa sente que está no exílio depois de ter estado num alto nível, e assim pode entender que agora desceu para o exílio. Exílio é uma descida, depois que a pessoa entendeu algo, sentiu algo, esteve em contato com o Criador, agora ela sente que está desconectada de tudo isso pelo menos em certa medida.

Os níveis dos antepassados: Abraão, Isaac e Jacó, sobre quem a Torá nos fala, são os níveis de compreensão e realização, o sentimento de doação, os atributos do Criador, sua revelação. Enquanto que a descida para o exílio no Egito já é o endurecimento do coração, que é sentido depois que a pessoa alcançou um estado chamado de “antepassados” (o estado mais inicial).

Embora Lo Lishma seja o nível inicial de uma pessoa que estuda e tenta subir acima de todos os estados que sente, ela ainda está em suas intenções egoístas. Ela sonha em atingir a doação e sente o valor desse atributo e quer se desconectar de si mesma. Mas ela também quer este desprendimento para si, sentindo o quanto ele é bom. Este sentimento de anseio pela doação, mas ainda agir para seu próprio benefício, é chamado de Lo Lishma.

Mas é sob a condição de que ela valoriza a doação não porque esta a ajuda a se separar dos problemas corporais ou na esperança de receber alguma recompensa ou realização espiritual. Ela quer estar em doação porque é assim que a Luz age nela. A pessoa nem sabe o que significa estar em doação. Mas novos atributos nascem nela e esses vasos e inclinações são equilibrados, o que a força a dar valor à doação. Ela ainda não sabe de onde isso vem, mas é o resultado da influência da Luz que Reforma.

Em seguida, esta inclinação se torna mais consciente e a pessoa começa a agarrá-la por si mesma. No final, ela atinge um estado em que só quer doar, separando-se de todos os interesses pessoais.

Para isso, a pessoa deve passar pelo endurecimento do coração muitas vezes e encontrar muitos obstáculos. Ela descobre que há coisas na vida que são caras a ela e das quais ela não pode se separar, até que ponto ela ainda se preocupa com essas coisas e não consegue subir acima de seu amor egoísta por algumas pessoas ou paixões por diferentes fenômenos. Ao mesmo tempo, ela vê até que ponto não consegue subir acima de seu ódio contra alguém ou algo.

A Luz ajuda a esclarecer isso e, finalmente, com muito trabalho e orando, a pessoa tenta subir acima de tudo isso e quase atinge a doação. Então, a Luz Superior completa este nível para ela, como se diz: “eu me esforcei e encontrei”.

A principal coisa é acelerar (apressar) o seu avanço, trabalhando intensamente no grupo. Tudo depende do ambiente.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 27/11/12, “Introdução ao Estudo das Dez Sefirot