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O Desejo Comum Nos Torna Amigos

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como eu posso preencher o desejo dos amigos se não entendo o que eles querem?

Resposta: Você entende o que eles querem porque eles querem a mesma coisa que você quer. Eles querem chegar à correção, descobrir a força que age na natureza. Esta força é chamada de natureza geral, e toda a criação pertence a ela.

Portanto, você quer o que seu amigo quer. Além disso, todo mundo tem diferentes desejos corporais que podem ser conhecidos por nós, todo mundo tem seus próprios desejos mundanos pessoais que nada têm a ver com a espiritualidade. Mas em termos dos desejos e metas sublimes, espirituais, você deve ser claro sobre o que acontece com o amigo, de modo a tentar apoiá-lo.

O apoio é para elevar o ânimo do amigo e dar-lhe esperança e energia, e uma sensação de júbilo em alcançar a meta. Ajude-o de todas as formas possíveis. Evoque nele o sentimento de como a meta e o superior são grandes.

Mostre-lhe como você pode se humilhar perante o grupo, uma vez que é apenas o pequeno que pode receber do grupo, e assim todos devem se rebaixar diante do grupo a fim de receber alguma coisa dele.

Há uma força espiritual no grupo que reside entre nós. O grupo não foi fundado por nós. Apenas nos parece que nos reunimos por nós mesmos e formamos este grupo. Claro que não é verdade! A força superior organiza o grupo para nós; por isso, não pense que nos encontramos apenas por acaso. Tudo é feito pela ação da força geral que nos une.

Portanto, nós temos que entender que, por um lado, há uma força oculta que age entre nós, mas, por outro lado, temos que agir de acordo com ela, a fim de nos aproximarmos gradualmente e começarmos a sentir. Então, nós podemos começar o trabalho mútuo entre nós.

Assim, com as mudanças em nós, aos poucos começamos a nos aproximar da revelação da força superior, ao empregar seus atributos pouco a pouco. Então, nós descobrimos esses atributos em nós e isso significa que nós descobrimos a força superior.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 12/10/12, Escritos do Rabash

O Príncipe E O Pobre Rato

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como posso me anular diante dos amigos se já sinto que sou menor do que todos os outros?

Resposta: Sentir que você é menor do que todos os outros não significa sentir uma falha, mas sim, é a oportunidade de ser incorporado em todos e receber a maior Luz de Nefesh deles.

Se eu sou pequeno, eu posso ser incorporado num sistema pequeno ou num sistema grande, tudo depende do nível da minha auto anulação, o que é aparentemente uma ação simples. Se eu me anulo diante de um sistema pequeno, sou como um pequeno rato que nasceu numa família de ratos. Mas se eu posso me anular, com o meu grande ego num sistema grande, eu sou como um pequeno príncipe no palácio do Rei. Tudo depende em cima de qual ego eu me anulo.

Portanto, ser pequeno não é pouca coisa. Embora o pequeno receba apenas a Luz do primeiro nível – a Luz de Nefesh, esta é ilimitada.

É bom ser pequeno! É o melhor momento para avançar. É o pequeno que avança.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 12/10/12, Escritos do Rabash

Eu Existo Enquanto Sou Necessário

Dr. Michael LaitmanApesar de estudar a anatomia do corpo, ainda não entendemos muito bem a conexão entre todos os sistemas do corpo humano. Se tomarmos o cérebro, por exemplo, há “emissários” do cérebro por todo o corpo, sem os quais ele não saberia o que fazer e como. Da mesma forma, um chefe de Estado emprega um conjunto de especialistas qualificados para agir modo mais eficiente.

Nós acreditamos erroneamente que o “processador principal” está na cabeça, mas se olharmos mais profundamente essa questão, veremos que ela não existe em nosso corpo. Se olharmos atentamente para uma pessoa, vamos ver um humilde mortal. Por isso não está claro de onde ele recebe ordens e onde está o seu software.

Na verdade, os dados relevantes vêm do ambiente, e é isso que age sobre nós. Eu espero que possamos descobrir no futuro próximo que a vida de uma pessoa depende da conexão e de sua disposição em cooperar mutuamente com o ambiente. A partir daí, o cérebro recebe ordens que resultam do grau em que a sociedade necessita de determinada pessoa. E se ela não for necessária, o cérebro não receberá nada. Em nossos corpos, cada célula que morre é substituída por uma nova. Na sociedade, enquanto você é necessário, você está vivo, e quando não, o cérebro recebe uma ordem e diferentes processos começam, no final dos quais a pessoa deixa sua função corporal.

Da “Conversa sobre uma Nova Vida” 10/10/12

Uma Cidade Que Cresce A Partir De Um Ponto No Mapa

Dr. Michael LaitmanO mundo de Atzilut expande os vasos. Se no começo eu só tinha um discernimento pequeno, um ponto, uma Sefira, no mundo de Atzilut todo um Partzuf de 10 Sefirot é criado, ao invés de uma Sefira. Isto significa que já podemos separar todos os atributos muito mais do que antes.

Se antes eu mal conseguia ver a diferença entre dois atributos, já que havia um ponto, agora o ponto inteiro cresce 10 vezes mais e inclui discernimentos diferentes que estão interligados.

Assim, o mundo de Atzilut me permite esclarecer as coisas e realizar correções do mundo de Nikudim. No mundo de Nikudim existem apenas pontos – um ponto negro de Malchut que foi incorporado em todas as Sefirot. Aqui, no entanto, no mundo de Atzilut nós não trabalhamos com a mesma Malchut que está simplesmente incorporada em todas as outras Sefirot como um ponto negro, mas com Malchut que inclui as primeiras nove Sefirot e também está incluída nelas.

Assim, os atributos comuns das primeiras nove Sefirot são criados em relação à Malchut, e podemos ver isso no fundo delas. Graças a isso, somos capazes de escolher, esclarecer e entender o que está acontecendo.

É como se aproximar de um objeto, que no início vejo como um ponto. Quanto mais eu me aproximo, mais eu começo a ver numa escala mais ampla o que se passa lá. Assim, um pequeno ponto no mapa pode se transformar numa cidade inteira.

É exatamente assim que o mundo de Atzilut age, ajudando-nos a ver cada fenômeno em grande escala.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 09/10/12, O Estudo das Dez Sefirot

A Feira Do Livro Em Frankfurt

Os livros de Cabalá estavam presentes na maior feira mundial do livro em Frankfurt, que terminou ontem. Uma equipe de amigos maravilhosos da Europa reuniu-se em Frankfurt para tornar essa feira um sucesso.

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Tivemos reuniões promissoras com editoras da Espanha, Holanda, Itália, Lituânia, República Checa, México, Brasil, China, Croácia, Sri Lanka, Gana e Etiópia. A maioria de nossos atuais editores renovou as licenças conosco para publicar seus segundo e terceiro livros e nós adicionamos uma série de novas editoras em novas línguas.

A Hiperinflação Vai Empurrar O Mundo Para Uma Caça Às Bruxas

Dr. Michael LaitmanOpinião (Dylan Grice, estrategista do SocGen): “‘Eu estou mais preocupado do que antes com as nuvens que pairam hoje (que pode ser o mais maravilhoso indicador contrário que você possa esperar…). Eu espero que elas passem sem se romper, mas temo que a característica definidora das próximas décadas será uma grande desordem do tipo que definiu épocas passadas e marcaram gerações inteiras’”…

“E a degradação social já é facilmente vista nos Estados Unidos, de acordo com Grice. Ele escreve: ‘Os 99% culpam o 1%, o 1% culpa os 99%, o setor privado culpa o setor público, os do setor público devolve o sentimento… os jovens culpam os velhos, todos culpam os ricos… mas poucos questionam as ideias por trás dos bancos centrais…’”.

“Grice diz que nós temos vivido ‘no que pode ser a maior inflação de crédito da história financeira, uma hiperinflação de crédito’”.

“Essa ‘hiperinflação de crédito’, no entanto, só tem servido para enriquecer aqueles que estão no topo à custa dos que estão embaixo”.

“Grice olha alguns exemplos da história, onde o aviltamento da moeda levou a um colapso completo do tecido social das comunidades, como o Império Romano, a França durante o período revolucionário no final do século XVIII, e a Alemanha de Weimar”.

“Em todo caso, os cidadãos ligaram-se uns aos outros à medida que uma moeda forte desvalorização levou a uma quebra de confiança entre os membros da sociedade”.

“Um incidente talvez menos conhecido que Grice traz à luz, no entanto, é o período na Grã-Bretanha durante o final do XVI e início do século XVII, quando o país foi sacudido por julgamentos de bruxas”.

Meu comentário: Hoje, a humanidade não mudou nada. Até que corrijamos nossa natureza, nós, humanidade iluminada, estamos prontos para guilhotinas e queimamos na fogueira. É um espaço de tempo; os estados e as nações, as religiões e os competidores começarão uma fúria louca para destruir todos que não sejam como eles, liberando espaço, se livrando da pressão…

Existe apenas uma pequena chance da humanidade alcançar sua almejada unidade obrigatória pacificamente, dominando a educação e formação integral. Será que eles vão ser capazes de prestar atenção nesta oportunidade ou será que obedecerão a seus impulsos egoístas?

Uma Sinfonia De Opostos

Dr. Michael LaitmanToda vez que desejamos fazer a transição para o próximo estado nós temos que construí-lo. Afinal, ele não existe: não existe mundo espiritual, Criador, nada. Eu construo tudo dentro de mim, e tudo lá depende unicamente de mim, da minha “construção”. Isso significa que quando eu ascendo a níveis mais altos, eu tenho que criar e visualizá-los na minha frente: “Como será o meu próximo degrau?”.

O meu próximo degrau é o seguinte: Não há “nós”, apenas “eu”; tudo está dentro de mim e faz parte de mim. Cada vez que eu subo para um novo degrau, eu vejo todo o mundo dentro de mim, na minha percepção e sensações.

Então, novamente, o mundo me parece um lugar estranho, separado e quebrado em vários estados conflitantes. Então, eu tenho que juntar novamente todas as suas peças de volta, dentro de mim, e me relacionar com tudo com amor e unidade, sem qualquer exceção.

É assim que eu subo todos os 125 degraus, cada vez aumentando o alcance, a resolução da imagem percebida. A cada degrau, eu dou uma olhada mais profunda na quebra e a corrijo com o degrau correspondente. É a minha percepção e a minha sensação que estavam quebradas. Isso quebra nossa unidade em pequenos fragmentos, parcialmente distantes, opostos, e odiosos para mim.

Em seu “Prefácio ao Livro do Zohar”, o Baal HaSulam escreve: … devemos agradecer a Sua Providência por ter criado esse espelho polido em nossos cérebros, permitindo-nos ver e perceber tudo fora de nós. Isto é porque, com isso Ele nos deu o poder de perceber tudo com conhecimento e realização clara, e medir tudo de dentro e de fora. Sem ele, nós perderíamos a maior parte de nossa percepção.

Em outras palavras, nós nunca atingiríamos o único estado autêntico que existe. Nós simplesmente não chegaríamos perto dele, nem entenderíamos ou sentiríamos sua profundidade se não passássemos pela quebra. É por isso que o nosso estado autêntico está deliberadamente quebrado em pedaços e cada um deles se opõe, contradiz os outros. O que costumava ser um todo agora está dividido; as peças que eram semelhantes agora são antagônicas. Está além de nossa imaginação.

Nós estamos tentando reconectá-las através de nossos próprios esforços, curvando a cabeça e concordando com nossos amigos. Eu quero preencher as lacunas entre eles; eu faria tudo que posso para reconectá-los dentro de mim devido ao meu amor e atitude correta. Persuadindo-me desta maneira, eu chego a uma profunda compreensão da essência de Malchut do mundo do Infinito, que na verdade é a minha alma unificada.

A profundidade da nossa realização depende da revelação da quebra e da compreensão de seu oposto, a totalidade. A diferença entre elas é tão grande, que requer ferramentas especiais, os vasos. Portanto, é dito que nós temos que ampliar nossos vasos “620” vezes, ou seja, alcançar uma profundidade comparável ao Infinito. Além disso, no espaço entre os dois estados (quebrado e completo) nós revelamos as Luzes de NRNHY.

Na verdade, tudo o que nós sentimos neste mundo é construído sobre contrastes: amargo e doce, claro e escuro, ódio e amor, etc. Isso se aplica inclusive à música e á percepção das cores. Nós percebemos tudo como a diferença entre as suas formas corrupta e corrigida; uma está sempre oposta à outra.

Portanto, o Infinito sempre foi perfeito. Nós estamos agora falando da nossa realização: quando nós sentimos algo que não tem seu oposto, só podemos sentir a pequena Luz de NefeshdeNefesh . Em nosso mundo, nenhuma partícula, de qualquer substância, carece de dois polos, um positivo e outro negativo. Mesmo um elétron (carga negativa) ou um pósitron (carga positiva), escondem opostos dentro de si que ainda serão descobertos. Após a quebra, não existe sequer a menor partícula que não contenha o seu oposto, mesmo que ela se apresente a nós num único aspecto, por meio de um limite, sem revelar o outro.

Inicialmente, quando a criatura estava no mundo do Infinito, ela estava num estado totalmente inconsciente, sem sentido. Ela não tinha nada comparar, não havia espaço entre os dois polos: um lugar para pensamentos e percepções.

Depois, o Infinito dividiu-se nas partes do mundo de Nekudim. Agora, nós podemos compreender e sentir sua profundidade. Esta é a percepção da realidade, a qual aspiramos. É a nossa vida, uma harmonia sem precedentes, uma sinfonia de desvantagens e vantagens que abrangem toda a realização, todo o entendimento entre os dois estados: corrompido e pleno.

Da Convenção de União no Norte, 20/09/12, Lição 2

Como Faço Para Copiar A Imagem Da Alma Global Em Mim Mesmo?

Dr. Michael LaitmanA incorporação mútua significa que todos estão incorporados nos outros. Eu restrinjo o meu desejo, o que significa seus padrões, tentando tirar e me incorporar nos padrões que estão nos outros. Eu olho e vejo como todo mundo em volta de mim gosta de coisas diferentes, e eu não senti que tudo isso pode ser agradável.

Se a pessoa permanece indiferente durante a lição, isso significa que ela não pode ser incorporada nos desejos dos outros. Eu vejo que há alguns que estão, na verdade, ardendo e alguns que dormem. Tudo depende da impressão que podemos receber um do outro. Isso é chamado de incorporação mútua; eu tento entrar no outro e fico impressionado com seus desejos.

A fim de fazer isso, eu preciso primeiro me anular, como uma criança pequena, pois caso contrário eu não serei capaz de ser incorporado nos outros. Eu me torno um zero, o ponto preto de Malchut. Agora eu posso entrar no outro e ver o que há dentro dele. Ele é impressionado com alguma coisa e eu quero ser impressionado com ele. Então eu posso absorver seus pensamentos e desejos, tudo o que está nele.

Eu posso formatar meu desejo, que eu restringi e transformei em matéria-prima, e dar-lhe uma forma de acordo com o desejo que está em outra pessoa. Acontece que eu copio e colo em cima de mim tudo o que está em sua alma, e agora minha alma recebe seu desenho interior.

Eu colei uma cópia de sua imagem em cima de mim, assim como você copia dados de um computador para outro, de uma memória para outra. A fim de fazer isso, eu tenho que me anular e preparar um espaço vazio dentro de mim. Então, eu tenho que entrar no outro e pegar os dados dele e transferi-los para mim, para a minha “memória”. Assim, a minha “memória” é preenchida com seus dados. Mas, para fazer isso, primeiro a minha memória deve ser esvaziada, e estar pronta para receber novos dados. Isto é chamado de incorporação mútua.

O que eu alcancei com isso? Eu tinha meus próprios desejos, e, agora, além deles, eu tenho os desejos de outra pessoa. Então, eu me incorporo nos desejos do outro e depois nos de outro. No final, eu vou incluir o mundo inteiro dentro de mim. Mas só se eu me perceber como menor do que todos os outros é que eu vou ser capaz de incluir todos dentro de mim, e com isso me tornar mais sábio do que todos. Eu cresço e me torno maior do que todos, mas tudo isso graças ao fato de que me considero inferior a todos os outros. É assim que funciona.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 09/10/12, Talmud Eser Sefirot