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Você Quer Se Vestir De Doação? Experimente!

Dr. Michael LaitmanPergunta: Quando eu atuo diante de um amigo, tentando fazer com que a meta pareça mais importante aos seus olhos, eu devo agir de acordo com o que eu penso ser grande ou de acordo com os seus atributos?

Resposta: O que você quer dizer, de acordo com o que você pensa? Você deve levar em conta apenas o amigo. Quando uma mãe cuida de um bebê, o que ela pensa? No que é bom para ela ou no que é bom para o bebê?

Quando eu atuo diante do amigo, eu viso à meta mais elevada. É claro, não de uma forma exagerada, mas eu tento transmitir encorajamento no caminho espiritual suavemente, do fundo do meu coração. Isso também me impressiona. Eu minto para mim, como se eu realmente quisesse.

Como resultado, eu recebo mais Aviut (espessura), um desejo mais profundo, e de repente eu caio. No entanto, esta queda é o resultado dos meus esforços. Eu atraí a descida, e isso já é um grande passo à frente.

Há descidas que simplesmente esperam por mim ao longo do caminho, mas também há descidas que vêm como resultado dos meus esforços. Elas são totalmente diferentes, e eu as recebo de maneira diferente, já que meus vasos estão prontos para isso.

Eu fiz algo maior de mim mesmo; eu me “desenhei” de novo numa tentativa de ser igual ao nível espiritual. Eu sou impressionado pela doação. Eu julgo todos à balança de mérito. Eu justifico o Criador, o meu passado e presente. Eu mesmo “explodo” tudo isso, ajudando os amigos, ansiando pela garantia mútua, vivendo e respirando, e, de repente, sinto uma descida nos vasos que eu mesmo criei. Embora eles não sejam reais, embora eu só estivesse agindo, graças à minha “performance”, graças à “vestimenta” que experimentei, eu consegui Aviut adicional.

Na verdade, eu ganhei uma forma superior e me antecipei. É como se eu a construísse de forma independente, e o Criador só acrescenta a “matéria” do desejo nela. Por minha inclinação para frente, é como se eu construísse um grande “eu” com antecedência, e o Criador só concorda comigo e preenche o desenho, a “bolha” que eu criei. Ele preencheu o corpo arejado com “carne”, com a matéria do desejo, e, agora, eu já estou num estado mais elevado.

Assim, eu avanço com a ajuda da minha imaginação. Naturalmente, as coisas são um pouco mais complicadas. Não basta fazer um “desenho”, e o Criador “colori-lo”, mas é um excelente meio para avançar.

Além disso, há mais uma coisa: ao agir diante dos amigos, eu realmente construo o Criador, o futuro estado de doação. Isso é porque eu não consigo imaginar o Criador como maior do que eu mesmo num nível superior. Para mim, é a mesma coisa. Eu nem imagino a mim mesmo ou ele.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 10/10/12, Talmud Eser Sefirot

A Trava Que Mostra Que Há Uma Porta Atrás Dela

Dr. Michael Laitman“Prefácio ao Livro do Zohar“: Na verdade, antes de sermos premiados em transformar o desejo de receber em nós em ‘receber a fim de doar’, pela Torá e Mitzvot (mandamentos), há fortes travas (fechaduras) nos portões para o Criador, já que elas têm um papel oposto, de nos manter longe do Criador. Assim, as forças de separação são chamadas de travas, uma vez que bloqueiam os portões da aproximação e nos afastam do Criador. Mas se conseguirmos superá-las, para que elas não nos influenciem e esfriem o amor em nossos corações, as travas se tornam aberturas, a escuridão se torna luz, e a amargura se torna doce, já que para todas as travas nós recebemos um nível especial sob a Sua Providência e elas se tornam aberturas, níveis de realização do Criador.

Isso acontece mesmo antes de passarmos a Machsom (barreira) para o mundo espiritual e, antes de adquirirmos o atributo de doação com que a pessoa começa a trabalhar. Antes disso, as travas gradualmente se tornam um convite para os sentimentos e a percepção da pessoa.

Primeiro, ela começa a entender que as travas foram colocadas lá para seu próprio bem. Então, ela realmente sente que, ao ver benefício que cada descida e queda lhe trazem, todos os problemas da vida e toda a confusão, tanto os mais próximos quanto os mais distantes, ela começa a esperar um resultado positivo em tudo o que acontece, e isso a concentra corretamente e fortalece seu caminho em direção à meta.

No final, a pessoa começa a justificar tudo e agradecer, mesmo durante um período de descida e confusão, quando os inimigos e adversários a atacam. Ela sabe que eles são as forças que foram trazidas de Cima para corrigir o seu caminho.

Ela vê o anjo bom, em vez das águas tempestuosas do dilúvio. Ela vê a mão de Deus em tudo o que acontece. Ela consegue esse sentimento graças à sua experiência e à aquisição gradual da força de doação, até que, finalmente, é realmente recompensada com a revelação da força de doação e começa a usá-la beneficamente para o seu avanço.

Da Preparação para Lição Diária de Cabalá 10/10/12

Jogue E Entre No Mundo Superior

Dr. Michael LaitmanO Livro do Zohar fala da revelação do Criador às criaturas. Quem é o Criador? São as Sefirot superiores onde a Luz superior simples é vestida, e através das Sefirot nós, que estamos em Malchut, somos impressionados por elas de formas diferentes. Esta impressão conduz à expansão de Malchut e, assim, existe um desejo, e ele é impressionado por elas.

Neste mundo, nós somos um resultado muito distante desses processos que ocorrem no nível superior. Mas também somos impressionados pela Luz superior, que está vestida no desejo. Eu sinto esse desejo na forma da natureza inanimada, vegetal e animal, e nas pessoas. Eu vejo isso através desta imagem. É apenas a Luz que age no vaso, no desejo. Mas eu podia ver a sua aparência como uma performance teatral, como uma imagem, um jogo que aparece diante de mim, mas na verdade, nós não precisamos ver nada. Por que eu preciso ver se não tenho o desejo correto, não tenho uma Masach (tela), e não sou compatível com o mundo superior de forma alguma?

Em nosso mundo, nós vemos as coisas de uma forma semelhante: se eu tiro meus óculos, eu não vejo nada; se eu coloco óculos diferentes, eu vejo 10 metros à frente, e se coloco outro par, eu vejo cem metros à frente. Isto significa que eu percebo tudo de acordo com o que é externo a mim e o que está dentro de mim. Deve haver algum adaptador, pois a lei principal da natureza, quando duas partes se conectam, é a lei da equivalência de forma. Se existem duas coisas, na medida em que elas têm algo em comum, elas podem estar em contato, em doação mútua, impressionadas uma com a outra. Deve haver uma equivalência de forma, pois de outra forma elas não podem perceber uma à outra.

Eu estou apenas no desejo de receber. E há a Luz superior. O desejo de receber não é feito para receber alguma coisa da Luz superior ou sentir sua influência; ele está apenas separado dela. Tinha que estar. Nós sequer sentimos a escuridão. Mas uma espécie de peça de teatro é criada, algumas imagens falsas, uma ilusão chamada de “este mundo”, a esfera mais íntima de todas as esferas espirituais. Nesta esfera, o desejo de receber está separado da espiritualidade, da Luz, da escuridão, de tudo, e sente que existe. Este é o estado em que estamos agora, já que ele é uma réplica do mundo espiritual. Portanto, nós recebemos um jogo: nós tentamos e tentamos, e, como resultado, no final, atingimos a espiritualidade. Por quê? Nossos esforços são inúteis, exceto pelo fato de que tentamos. Eu tenho que investir minhas forças e, depois, em contraste com minhas forças, eu atraio a Luz que Reforma à distância.

Na verdade, o nosso mundo não está conectado à espiritualidade de forma alguma. Portanto, todo o nosso avanço é quando não estamos em contato com ele, e quando não entendemos nada. O que devemos fazer? Faça o que os Cabalistas dizem: para você atrair a Luz que Reforma. Se você atrai-la, ela vai ajudar você. Se você não fizer isso, ela não vai ajudá-lo. Você nunca irá atrair mentalmente. Isso só é possível se você se subjugar ao grupo e torná-lo seu ambiente. De toda esta área chamada de “este mundo”, você recebeu um grupo. Se você trabalhar com ele corretamente, você vai sair dessa esfera e entrar no mundo superior; caso contrário, isso não vai acontecer.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 09/10/12, O Zohar

“Porque As Crianças Protestam Para Ir À Escola: Mais Uma Incompatibilidade Evolutiva”

Dr. Michael LaitmanOpinião (Peter Gray, Ph.D., professor de psicologia na Faculdade de Boston): “A maioria das crianças em nossa sociedade protestam para ir à escola. Eu estou lhe dizendo algo novo? Elas protestam de muitas maneiras: fingindo doença, arrastando os pés na parte da manhã, fazendo o mínimo possível para atender às demandas da escola (ou não fazem nem isso), e violando as regras da escola quando podem escapar delas. …

“Será que essas crianças são apenas ingratas mimadas? Se assim for, então você e eu, e, basicamente, todos os outros que sempre frequentaram a escola depois que o ensino se tornou obrigatório, também foram ingratos mimados. Nós todos protestamos. Na verdade, de volta aos dias em que as escolas se tornaram obrigatória, as crianças protestavam ainda mais do que agora, mesmo que houvesse muito menos do que então. Elas tinham que apanhar com varas de bétula para fazê-las permanecer na escola e fazer o que os professores lhes diziam para fazer”…

“Como eu disse em um dos primeiros ensaios neste blog, os meios pelos quais as crianças foram educadas em culturas de caçadores-coletores eram o oposto dos meios pelos quais tentamos educar as crianças em nossas escolas hoje. Um dos valores mais queridos em todos os bandos das sociedades de caçadores-coletores que já foram estudadas por antropólogos, é a liberdade. Caçadores-coletores acreditavam que é errado coagir uma pessoa a fazer o que ela não quer fazer e eles consideravam as crianças como pessoas. Eles raramente faziam sugestões diretas, porque isso pode soar como coerção”.

“Eles acreditavam que as pessoas, por iniciativa própria, iriam aprender a contribuir para o bem-estar do bando, pois iriam ver a sabedoria do fazer e experimentar sua alegria. Por centenas de milhares de anos, este foi o princípio de organização da sociedade humana”.

“A vida de caça e coleta exigia iniciativa pessoal e criatividade, e exigia a confiança de que as pessoas iriam compartilhar e cooperar porque queriam. As pessoas pareciam entender isso, e também pareciam entender que as crianças cresceriam melhor para serem livres, com confiança, cooperativas, adultos criativos, se fossem autorizadas a ter liberdade durante toda a sua infância, no contexto da comunidade moral e modelos que o bando fornecia”.

“Durante o nosso imenso período de caçadores-coletores, as crianças eram livres para brincar e explorar todo o dia, dia após dia, e dessa maneira se educar. A educação sempre era autodirigida”.

“Na verdade, a razão pela qual as crianças são naturalmente tão brincalhonas, curiosas e sociais, é porque esses traços eram as forças motivacionais por trás das habilidades das crianças de se educar. Esses traços “infantis” foram promovidos e moldados pela seleção natural, exatamente para servir à educação, em condições de liberdade infantil”.

“Portanto, quando nós forçamos as crianças a se sentar em seus lugares e a ouvir um professor, e fazer apenas o que lhes é dito, cada osso do seu corpo, e cada neurônio e músculo, resiste. Seu corpo lhes diz: ‘Isso está errado. Eu preciso controlar minhas próprias ações; eu preciso participar com as habilidades que parecem ser importantes para mim; eu preciso explorar as questões que me deixam curioso, não as que me incomodam; eu preciso prestar atenção ao que as pessoas no mundo real estão fazendo, não ao que este professor, que nem parece fazer parte do mundo fora da escola, está me dizendo. Se eu não faço essas coisas que preciso fazer, eu não vou crescer para ser um ser humano competente e digno’. Nos tempos dos caçadores-coletores, a criança que não se sentisse tão fortemente impulsionada a administrar a sua própria vida e educação teria crescido para ser uma desajustada”.

“Portanto, nossas crianças têm instintos que as levam a se educar através de sua liberdade de ação, exploração e socialização. Mas nós temos escolas que insistem que elas desistam dessa liberdade e façam o que lhes é dito para fazer. As escolas nunca funcionaram bem, e até mesmo, em teoria, não podem trabalhar bem, porque sempre colocam a escola contra a criança e, assim, causam resistência”.

“Esta abordagem radical é para deixar que os nossos filhos se eduquem, enquanto nós fornecemos as condições que tornam isso possível”.

Meu comentário: É isso que a educação integral fornece às crianças.

“Sorrir Reduz O Estresse E Ajuda O Coração”

Dr. Michael LaitmanNas notícias (de Medical News Today): “Um novo estudo sugere que manter um sorriso num rosto durante períodos de estresse pode ajudar o coração. O estudo, que será publicado na próxima edição da revista Psychological Science, apoia o velho ditado, ‘sorria e aguente’, sugerindo que isso também pode nos fazer sentir melhor”.

“O estudo é um trabalho dos cientistas psicológicos Tara Kraft e Sarah Pressman, da Universidade de Kansas. Eles observaram como os diferentes tipos de sorriso, e as pessoas estarem conscientes de sorrir, afetaram sua capacidade de recuperação de episódios estressantes”…

“O antigo ditado sugere que sorrir não só assinala felicidade para os outros, mas também pode ser uma forma de ajudar a lidar com o stress da vida”…

“Eles descobriram que os participantes que foram instruídos a sorrir, e em particular aqueles cujos rostos expressaram sorrisos genuínos ou de Duchenne, tiveram menores frequências cardíacas após a recuperação das atividades de estresse do que os que mantinham seus rostos em expressões neutras”.

Meu comentário: Essas ações também induzem a força superior de correção (OM, Ohr Makif), até mesmo quando queremos nos aproximar de estados espirituais dos quais ainda não participamos, pelos nossos esforços mecânicos em nos tornar equivalentes a eles, nós atraímos esses estados desejados. É o mesmo princípio, e é por isso que funciona. Nós estamos no mesmo sistema de forças do mundo do infinito (Ein Sof) e se usarmos a equivalência com o grau mais elevado, dessa forma nós recebemos alguma coisa dele.

Passar A Prova De Resistência

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, “Carta 19”: Mas não é num único instante que a pessoa vai estar pronta para o casamento elevado e sublime, chamado de acoplamento completo. Mas “apenas a bondade e a graça vão me seguir”. Portanto, Ele intervém, que é o início do acoplamento, o que significa, “um justo sofre”…

O Criador desperta a pessoa, o que significa que Ele não a empurra para frente, mas a organiza por muitos truques, como se flertasse com ela. Nós vemos que mesmo na natureza, no mundo animal, há jogos de acasalamento antes do acoplamento. É todo um processo em que cada lado tem para mostrar ao outro que está pronto para a conexão e é responsável por isso, capaz de cuidar da próxima geração.

É a mesma coisa com uma pessoa que é rejeitada do acoplamento pelo Criador, porque não tem um desejo forte o suficiente. A pessoa pensa que o Criador não quer se conectar com ela e por isso sofre porque quer se conectar tanto, e está pronta para isso, tendo feito tudo o que podia para conseguir isso. Então, por que não o Criador se revela a ela?

Para a pessoa, parece que ela está pronta para doar, mas nós sabemos que ela só pensa em como pode usar a revelação do Criador para seu próprio prazer. Estes ainda não são vasos de doação. Se ela tivesse um desejo de doar, sua tristeza seria diferente. Os sofrimentos imediatamente se tornariam bondade, prazer.

Mas “o tempo vai fazer o que a mente não faz”… Se a pessoa segue este caminho persistentemente: trabalha no grupo, estuda, faz tudo o que pode, os seus sucessos e fracassos já estão nas mãos da Providência superior e seu único objetivo é continuar. Ela deve tentar extrair o melhor de cada estado que experimenta.

Não basta se arrastar de uma fase para outra. Graças a todos os despertares, todas os golpes do Criador, e uma vez que ela se sente mal como resultado, ela deve desejar correr na frente, para quebrar todas as barreiras ao longo do caminho, e isso é certamente impossível sem a garantia mútua.

A pessoa pensa que fez esses grandes esforços e ainda não recebeu nenhuma recompensa! Sua grande paixão não tem resposta, o que significa que o Criador não responde. Como resultado, ela se desespera: Quanto tempo ela pode perseguir o Criador sem resultados? Existe um limite para isso ou não?

Ele começa a perguntar: Para onde foram todos os seus esforços, todo o esforço e todo o seu anseio? Ela fica com uma sensação de grande anseio. Na verdade, nós temos que conectar todos os nossos sucessos, fracassos e decepções. Por um lado, devemos sentir uma grande decepção, mas, por outro lado, devemos superá-la na “fé acima da razão”.

A época em que o poder do ego me empurrava para frente acabou. Agora eu tenho que romper todas as barreiras hostis ao longo do caminho; agora eu tenho que sentir quantas dessas barreiras existe dentro de mim e como superá-los na “fé acima da razão”.

Eu tenho que sentir a profundidade do meu ego, para me sentir totalmente decepcionado com minhas forças. Então, de repente, eu entendo que não posso lidar com esses inimigos e avançar, só porque estou tentando fazê-lo com minhas forças comuns egoístas (a mente e sentimento corpóreos), pela força bruta. De repente, a partir desta decepção eu vejo a solução e entendo que este não é o caminho para avançar: eu tenho que subir acima da razão e, de repente, tudo vai funcionar. Isto significa que deve haver um sentimento de decepção e tristeza no qual a solução, a nova abordagem, nasce. Mas para chegar a isso, nós temos que chegar à medida de desapontamento.

E aquele que conhece os mistérios sabe o quanto uma pessoa deseja estar perto do Criador, um desejo que pode cessar. Assim o Criador aumenta suas intervenções, o que significa o início dos acoplamentos. Isto é, na medida em que a pessoa pode suportá-los.

Isso depende do ambiente. Se o ambiente é forte e sustenta a pessoa internamente e constantemente a evoca, ela pode passar por este processo muito rapidamente e terminar todas as etapas de preparação para o acoplamento.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 07/09/12, Escritos do Baal HaSulam

No Momento Crítico, Você Recebe Um Segundo Fôlego

Dr. Michael LaitmanPor favor, saibam que se vocês forem sozinhos, vocês nunca vão ter as forças necessárias. O mesmo caminho que é possível atravessar em um ano levará 15 anos para atravessar, e, no final, vocês não vão chegar a nenhum resultado, exceto reconhecer que precisam do grupo.

No entanto, se eu trabalhar corretamente com o grupo, sempre que houver uma descida, ele irá me despertar. E não necessariamente através de métodos físicos óbvios, mas isso vai vir de cima, como um despertar interno, depois que me juntei à conexão com o grupo. No momento em que sou capaz disso, eu constantemente penso nisso: Como posso alcançar a conexão onde há o meu lugar exato, no qual eu me incluo como num “quebra-cabeça”? Eu quero sentir o meu lugar neste quebra-cabeça e constantemente pensar nisso, apenas na conexão. Afinal, este é o lugar com o qual eu associo a futura revelação do Criador, que nos conecta.

Se eu investir constantemente meus esforços nisso, não há como eu cair e ficar sem forças. Meus amigos vão me ajudar.

Imagine que, como um elemento de um mecanismo, eu sou a parte que está incluída num sistema. Eu sempre insiro essa força dentro deste sistema, o desejo de se conectar, ao despertar os outros. E, em certo momento, eu morro; neste elemento, o ego de repente cresceu, e não pode mais fazer nada, ficando parado como um carro com um pneu furado. Depois, na medida em que eu “inflei” os outros, eles agora começam a trabalhar em mim.

Em nosso corpo os processos são os mesmos; todo o tempo há subidas e descidas, contrações e expansões, absorção e emissão de várias substâncias em diferentes sistemas. Assim, o corpo age constantemente, e isso se chama “estar vivo”.

Viver significa que há um tempo para dar e um tempo para receber. Esta é a forma como cada célula do corpo funciona, grande ou pequena. Se eu não fizer isso, não haverá qualquer tipo de vida. Eu posso receber o despertar de cima, mas apenas para despertar a mim mesmo e fazer com que eu volte novamente a trabalhar com o ambiente. O ambiente é como uma bateria para os meus esforços, que, depois, voltar para mim.

Primeiro, eu preciso fazer tudo ao meu alcance. Eu não posso dizer que agora estou numa descida e esperar até que o grupo me dê forças. De qualquer forma, eu preciso me esforçar de acordo com a quantidade de força que me resta, e depois começar a receber as forças dos amigos. Eu só não posso cair em seus braços com antecedência.

Vocês vão ser convencidos de sua experiência que trabalha especificamente neste caminho, e enormes acumulações de força serão reveladas a vocês. Tomem o quanto quiserem. É como em uma longa corrida, quando suas forças se foram, mas vocês continuam a correr de qualquer maneira, e depois passam o ponto crítico, quando recebem um segundo fôlego.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 07/09/12, Escritos do Baal do HaSulam

Voltar Do Ponto Sem Volta

Dr. Michael LaitmanPergunta: Uma pessoa pode tolerar e se adaptar às crises e tensões até perder toda a sua energia e ver claramente que atravessou o ponto sem volta. Pode acontecer que toda a humanidade encontre esse problema e acabe no ponto sem volta?

Resposta: O ponto sem volta é um estado muito bom. Para o que você quer voltar? Quando eu começo a compreender que a minha mente, meu intelecto, é inútil, eu tento procurar um jeito de sair dela. Portanto, eu cheguei à conclusão de que sou o único que tem que mudar.

Pergunta: Como podemos fazer uma pessoa entender que todo o conjunto de recursos e energia está quase esgotado e que se continuarmos nos arrastando um pouco mais, será impossível mudar algo?

Resposta: Para isso, nós temos que “ligar” o sistema de formação, educação, disseminação, propaganda, etc. Nós temos que perceber de antemão que é nosso dever alertar a sociedade que as mudanças vão levar as pessoas para o próximo estado, um estado melhor, enquanto que um avanço passiva sob a pressão interna do egoísmo só lhes trará aflição.

O problema é que atualmente nós estamos num estado que não nos deixa chegar a qualquer solução. Eu estou falando do ponto de vista das pessoas comuns, assim como cientistas, sem mencionar aqueles que têm a autoridade e que definem, por assim dizer, o nosso desenvolvimento social. Eles não consideram mudar a pessoa como uma solução, e é por isso que tudo permanece o mesmo.

Do Programa de TV: “Mundo Integral: Fórmula de uma Sociedade Integral” 03/07/12

Uma Pessoa Doente, Uma Sociedade Doente

Dr. Michael LaitmanPergunta: Na abordagem industrial, para a construção de uma sociedade integral, não há objetivos claros de gestão, e, basicamente, todo este sistema depende totalmente dependente de um elemento instável como uma pessoa, a psique humana, e da percepção humana. Portanto, o sistema de gestão industrial não é bom.

Resposta: Justamente por isso o sistema já está em crise. Uma vez que a pessoa moderna é incapaz de gerenciar um sistema complexo, ela se colocou, através de seu ego, em tal situação que usa tudo o que produziu para objetivos desnecessários e totalmente estranhos. Olhe para o que está acontecendo! Quantas dívidas a pessoas têm, até que ponto empobrecemos a natureza! E tudo isso é basicamente sem qualquer finalidade.

Pergunta: Este é o paradoxo dos sistemas complexos. Quanto mais complexo for, mais lucro pode ser extraído com o mínimo de investimento para a gestão e supervisão, mas junto com isso, a menor falha num sistema complexo traz resultados muito mais desastrosos do que num sistema simples.

Resposta: Eu acho que o problema não está no sistema, mas no homem que quer lucrar sem usar o sistema corretamente, mas de qualquer outra forma. Em todo e qualquer lugar, todos os tipos de bolhas “econômicas” são esperadas. Nós estamos prontos para inventar qualquer coisa possível apenas para vender e lucrar com isso, apesar do fato de que esse dinheiro só vai estar em algum lugar nos bancos.

Em outras palavras, nós basicamente nos aventuramos num campo totalmente diferente do caminho do desenvolvimento; nós nos perdemos. E se esse desenvolvimento fosse pelo bem-estar, pela realização, pelo progresso… Mas, infelizmente, tudo isso é apenas para o bolso ou para a guerra. Portanto, a crise aqui é um elemento purificador. E é muito bom que esteja sendo revelada agora.

Pergunta: Este é um indicador que mostra que a sociedade está doente.

Resposta: Nós não seremos capazes de fazer nada sem mudar o ser humano, pois toda esta crise e todo o nosso sistema global estão precisamente neste estado há quase cem anos: uma pessoa doente controla a natureza e insere sua doença nela. Nós precisamos corrigir a pessoa!

De KabTV, “Mundo Integral: Fórmula de uma Sociedade Integral” 01/07/12