Após a quebra, sob a influência dos genes informativos (Reshimot), os desejos quebrados passam por diferentes estados, separados da espiritualidade nos níveis inanimado, vegetal e animal da natureza. Assim, eles entendem gradualmente seu estado até finalmente atingirem o nível humano.
Depois, eles começam a entender que algo os trouxe para o nosso mundo, num estado onde eles se sentem num desejo especial chamado “corpo”. É como se uma partícula do mundo superior fosse lançada para baixo e imergisse em algum líquido no qual ela permaneceu.
Agora a pessoa se depara com um dilema: será que ela deve trabalhar para este mundo, para acrescentar, para benefício do corpo, ou ela deve trabalhar para a alma? Ela tem que escolher uma das opções.
Evidentemente, a escolha não depende da pessoa, mas sim deriva das reencarnações pelas quais ela passou nos níveis inanimado, vegetal e animal da natureza, onde ela examinou seu estado. A alma que se aproximou de sua realização é chamada de “alma grande”, e com ela a pessoa já pode decidir agir em benefício da alma e não do corpo.
A fim de agir em benefício da alma, a pessoa precisa que todo este mundo a ajude a alcançar o temor do Criador. O temor é um vaso espiritual, um desejo de doar. A iluminação de Cima, chamada de “Luz da alma”, é vestida nesse desejo, ou mais precisamente, na intenção que é construída acima dele.
Esta intenção é construída a partir da profundidade do desejo (espessura, Aviut), da Masach (tela) e da Luz de Retorno: que compõem o vaso espiritual de uma pessoa. Claro que isso só é possível de desenvolver a partir deste mundo, quando nós subimos dele até a altura de 125 degraus.
As pessoas que alcançaram esta realização, de acordo com suas Reshimot, se juntam. A Luz superior age em todos igualmente, mas se os genes informativos são revelados, as Reshimot que estão prontas para essa correção se aproximam umas das outras aspirando a se conectar. Como resultado, a pessoa chega a um grupo em nosso mundo.
Mas depois que ela chega a um grupo outra lei começa a agir nela, que lhe permite o livre-arbítrio. Afinal, todas as Reshimot foram realizadas no desejo da pessoa.
Mesmo que se diga, “Eu sou o primeiro e Eu sou o último”, e, “não há outro além Dele”, a preparação para esta revelação, para o reconhecimento da grandeza do objetivo espiritual a partir da escuridão do exílio, isso está totalmente nas mãos da pessoa.
Aqui nada pode ser feito. Se esta carga parece pesada ou leve para a pessoa, depende da altura da meta e quanto a pessoa valoriza a quem ela serve.
Se ela desrespeita o professor, o grupo e o Criador, nada pode ajudá-la. Afinal, estes três componentes são inseparáveis e supremos para a pessoa. Se ela não os valorizar, ela acabará por se desviar do caminho e deixará o desenvolvimento espiritual.
Se ela trabalha nisso, à medida que se esforça o máximo possível para que isso a salve, isso a ajudará a depreciar o seu ego, sua mente corpórea e sua experiência de vida que parece ter algum valor. Isso é revelado como totalmente inútil diante dos novos estados pelos quais ela tem que passar, mas também a capacitará e lhe dará combustível para avançar nesse caminho.
Isso só é possível se a grandeza da meta, o grupo, o professor e o Criador são mais importantes para a pessoa do que seu egoísmo.
Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 09/10/2012, Escritos do Rabash
Categoria: Egoísmo, Equivalência com o Criador, Lição Diária de Cabalá, Livre Arbítrio, Professor Espiritual, Trabalho em Grupo por souzapin - Comentários desativados em Viver Para O Corpo Ou Para A Alma?