Doar Com A Lei Da Perfeição Do Sistema Analógico

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como é possível que, melhorando a nós mesmos, corrigimos a geração inteira (como Baal HaSulam escreve em seu artigo, “600 Mil Almas”)?

Resposta: Isso não pode funcionar de outra forma no sistema analógico integral, onde todos estão interligados. Ao corrigir uma parte minha dentro da estrutura universal, eu corrijo minhas conexões com os outros, fazendo com que todos os contatos trabalhem cem por cento corretamente.

Conferring With The Law Of Perfection Of The Analog System

Se eu melhorar a mim mesmo em relação aos outros e continuar a trabalhar com eles, isso significa que alguém lá fora também está sendo corrigido. Em outras palavras, através da autocorreção, eu mudo todo o segmento da estrutura geral a que pertenço: todo o sistema de almas que fazem parte da minha geração.

A tarefa dos outros é melhorar suas na estrutura. Ao fazer isso, eles corrigem a mim e os outros com relação a eles. Isso é chamado de “geração de cada um”.

Essa é a forma como a pessoa corrige os outros e, assim, percebe a alma completa (geral) a partir de sua perspectiva pessoal. Até agora, não é uma perfeição ampla; isso é chamado de “fim da correção pessoal”. A pessoa não corrige a si mesma, mas suas conexões e inclusão nos outros. Por isso, ela se corrige.

Cada um de nós sente a si mesmo como uma entidade separada apenas por causa da quebra. Se não fosse pela quebra, nós não existiríamos. Em vez disso, teria havido uma rede de conexões entre nós. Nós nos sentimos vivos porque o poder da quebra criou um uma autopercepção individual dentro de cada desejo.

No entanto, através da autocorreção – incluindo-me nos outros, ao revelar as ligações que já existem entre nós, e conformando-me a elas – eu me perco. Eu realizo a transição para me tornar o elo geral e, assim, “mudar” nos outros.

A partícula que costumava ser chamado de “eu” desaparece, contrai-se, e só funciona em conjunto com os outros. É por isso que eu começo a sentir a mim mesmo como se eu expandisse por todo o espaço, o que significa que eu revelo a “alma comum”.

Eu sou totalmente incapaz de receber em um único ponto, em mim. Somente através da minha inclusão nos outros é que eu adquiro seus vasos e desejos. Eu descubro exatamente o que eu posso dar ao próximo, à pessoa ao meu lado, a outra ao seu lado, e assim por diante para todos!

Eu descubro minhas medidas pessoais de doação, e, assim, ganho o espaço inteiro da alma comum. Esta é a única aquisição que recebo. Quanto mais eu me incluo nos outros, mais eu ganho pelo simples fato de estar junto com eles.

É semelhante a ter filhos. Você dá tudo a eles – você, seu esperma – e assim você multiplica e continua vivendo em seus filhos.

Meus “eu” original “interrompe”. Ele está presente somente em meu envolvimento com os outros. É assim que eu atinjo a alma comum, todas as ligações e contatos possíveis com os outros.

Cada um realiza este tipo de trabalho, sendo, portanto, englobado nos outros. Esta é a forma da pessoa atingir a alma geral comum, mas a sua própria maneira, de acordo com sua raiz espiritual individual. Então, ela recebe a totalidade dos desejos das outras pessoas só para servir e satisfazê-las. Assim, ela se torna um canal através do qual a Luz é transmitida para outras pessoas.

A pessoa recebe a Luz circundante que Reforma, revelas exigências dos outros, e as satisfaz. É assim que ela se liga e serve os outros, de forma semelhante a uma célula que atende a todo o organismo, ganhando assim todo o corpo.

Então, ao salvar nossas almas, nós recuperamos o mundo inteiro, já que uma parte e o todo são iguais. Se uma partícula isolada está conectada com o resto do sistema, então toda a estrutura não pode atingir a perfeição sem ela, uma vez que uma partícula é tão significativa quanto o sistema inteiro. É disso que se trata a lei da perfeição do sistema analógico.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 27/08/12, Artigo “600 Mil Amas”