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O Amor Não É O Que Nós Pensamos

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, “Matan Torá (A Entrega da Torá)”: É porque, na verdade, com relação a uma pessoa que ainda está dentro da natureza da Criação, não há diferença entre o amor por Deus e o amor por seu companheiro. Isto é porque qualquer coisa que não seja ele é irreal para ele.

Eu não posso sentir os outros. Eu os sinto na medida em que dependo deles. Em outras palavras, eu realmente não sinto os outros, mas sinto minha dependência deles, o quanto eu posso perder se algo acontecer com eles.

Esta é a única maneira de calcular tudo. Mesmo a mãe sente o quanto ela pode perder se o bebê tiver algum problema. Esta é a escala que chamamos de “amor”.

“Eu te amo” significa que eu dependo de você. Então, não é de forma alguma o amor espiritual, mas o amor corporal. Eu gosto de alguém e temo que algo possa acontecer com ele, pois, caso contrário, eu vou sofrer. Eu amo alguém com quem me sinto bem. Ele pode ser o meu filho que me dá prazer.

Nós, porém, estamos falando de algo que é totalmente diferente: sobre como, do amor pelas criaturas, chegamos ao amor pelo Criador. Apesar de usarmos o exemplo do amor de uma mãe em nosso mundo, nós não sabemos realmente o que significa o amor no nível “humano”.

Nós temos que desenvolver um tipo totalmente novo de amor. A palavra em si é enganosa, e nós temos que ter o cuidado de não cometer erros. Trata-se de uma relação e de um discernimento totalmente diferente, sobre a doação que vai de mim para fora, para alguém que está fora de meus sentimentos.

Hoje, eu sinto todos. Eu sinto o que está acontecendo no mundo, e é apenas de acordo com o cálculo de ganhar ou o medo de perder. O desejo de receber está à procura de fontes de prazer e fica longe do que possa prejudicá-lo.

Estas são as únicas coisas que entram em mim, mas eu não sinto nada, isso não faz parte do meu prazer ou sofrimento. Isto porque o meu “material sensível” é o desejo de desfrutar. É a Masach (tela) onde as imagens da minha realidade são refletidas. Em tal exibição, eu só posso ver coisas que estão dentro da faixa de meu interesse, o que poderia me trazer benefício próprio ou dor e sofrimento.

Há coisas que eu não sinto, porque não me causam prazer ou dor, como diferentes campos, ondas, raios-X, e assim por diante. À medida que nos desenvolvemos, nós reconhecemos mais coisas a que devemos prestar atenção, porque elas podem ser benéficas ou prejudiciais.

É o mesmo quando se trata do amor dos amigos. Nós não sabemos o que significa e não o sentimos em nossos sentidos. Com o que podemos compará-lo? É ruim quando você é amado? Não é o amor dos amigos em relação a mim, mas meu amor para com eles, quando eu me entrego totalmente a eles, cuido deles, me preocupar com eles, os ajudo, e doo a eles.

Quem precisa de tal amor em nosso mundo? Se eles me amassem e me servissem, seria outra questão: “Eu estou pronto para receber o seu amor. Vá em frente; quem é o primeiro?”.

No entanto, nós estamos falando de uma transição para o nível do amor ao Criador, da garantia mútua. O objetivo da criação é amar ao amigo (próximo). Através disso, nós podemos desfrutar a doação, mas só a doação a fim de não desfrutar. Nós estamos doando contra o desejo, superando-o.

Portanto, nós devemos prestar um pouco mais de atenção no sentido correto do nosso trabalho em grupo. É impossível interpretá-lo de acordo com as imagens em nosso mundo. Proximidade, amor e conexão são conceitos que existem acima da superação, acima da Machsom (barreira). Até então, eu não vou superar nada, mas estou simplesmente passando pelo período de preparação.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 24/09/12, “Matan Torá (Entrega da Torá)”

Mover-Se De Um Ataque Para Uma Guerra Diária

Dr. Michael LaitmanÉ muito importante participar das Convenções e reuniões que temos, já que este ataque realmente avança a pessoa e lhe permite chegar mais perto e se conectar a outros.

Há pessoas que ainda acham muito difícil sentar-se com outros, e elas contam as horas até que tudo isto finalmente acabe e elas possam ir para casa. Mas é importante sentir até mesmo tais situações profundamente, já vez que é uma boa forma de aprender. Nós devemos apenas tentar não ficar presos neste estado por um longo tempo e avançar o mais rapidamente possível. Tudo é determinado de acordo com a forma como você se subjuga diante do ambiente.

Não devemos pensar que estamos avançando apenas durante esses ataques, quando estamos sob a influência do poderoso ambiente, subjugando-nos diante dele, já que não temos escolha. É possível avançar ainda mais rápido durante a lição diária habitual. Em cada lição uma luz muito forte nos é revelada, ainda mais forte do que durante a Convenção.

A questão toda é que durante a lição nós não conseguimos manter a mesma nitidez dos sentidos e a devoção na mesma intensidade. Durante as Convenções, as ações especiais, as condições especiais e a sensação do ataque, nos influenciam. Durante a lição é uma guerra contínua.

Nós temos que construir o poder durante a Convenção, o poder que atingimos durante o ataque, mas depois temos que cumpri-lo no dia a dia e entender que estas são as verdadeiras condições da guerra. Durante a lição nós estamos numa guerra diária, até que, finalmente, chegamos à verdadeira oração.

Eu tenho que constantemente examinar a mim mesmo e constantemente manter as três condições da oração. Não há nada, exceto uma oração, um pedido, que inclui a sensação de como o Criador é grande, uma autoanálise para saber se eu fiz tudo que foi possível, e se estou realmente dedicado à meta com toda a minha alma e a valorizo mais que a própria vida. A fim de fazer isso eu tenho que constantemente examinar a mim mesmo, já que tudo que está conectado é a essência da minha atitude para com o superior, o nível superior, o sistema unificado.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 23/09/12, Shamati # 209

Os Workshops São O Meio Mais Rápido Para Avançar

Dr. Michael LaitmanPergunta: O que nos ganhamos com os workshops?

Resposta: Os workshops permitem esclarecer os tipos de conexões entre nós.

Pergunta: Será que eu realmente descubro uma falta de conexão com os amigos ou é o contrário?

Resposta: Ambos. Através das perguntas no workshop, eu esclareço onde estou e o que eu sou, e o que me falta para atingir o que desejo.

Juntamente com nove outros amigos, eu começo a esclarecer a questão que nos foi feita e penetro suas opiniões e pensamentos, tais como o que eles pensam sobre o mesmo tipo de conexão ou o tipo de esclarecimento. Através disso, eu já estou em contato com eles. Já vejo até que ponto nós nos “conectamos”.

Nós somos todos diferentes, e nos workshops esclarecemos como devemos nos conectar. Isso é possível? Com quem devo me conectar? Eu concordo ou discordo?

Eu constantemente construo as formas de conexão entre nós. Este é o workshop, e ele já esclarece e revela esta rede coletiva. Assim, eu tenho uma tarefa dupla:

• Por um lado, eu tenho que ver os amigos como grandes, para que eu possa baixar a cabeça diante deles e ser pequeno entre eles. Comparado a eles, eu sou um zero, enquanto todos eles são o número um com vários zeros depois dele. Dessa forma, eu sou incorporado neles e me torno um “embrião espiritual”.

• Por outro lado, eu devo ser um, ou dez, ou cem, e eles devem ser os zeros. No entanto, “zeros” neste contexto significa o quanto eu posso doar a eles e que ajuda e apoio posso dar a eles.

Portanto, a linha do meio é criada entre os dois extremos que os equilibra (=•=). Assim, o ponto de equilíbrio é criado, no qual chegamos a um denominador comum. Cada um respeita os outros tanto quanto pode, cada um se humilha perante os outros tanto quanto pode e, ao mesmo tempo, está pronto para elevar a meta e o trabalho aos seus olhos.

Workshops Are The Fastest Means To Advance

Tudo isso está nos nossos pensamentos quando eu estou com os amigos, e nós discutimos as questões do workshop. Eu os ouço e acho que um fala bobagem, outro não entende a pergunta, e um terceiro fala de forma lógica em vez de emocional. O quarto parece falar direto ao ponto, mas eu me ressinto do fato de que suas palavras são mais profundas e mais sábias do que as minhas.

Assim, eu começo a trabalhar mutuamente com os amigos e experimento diferentes estados, e isso é ótimo. Nós só precisamos levar a sério o que está acontecendo. “Eu vim aqui para me conectar a fim de lhes transmitir a minha energia e receber o poder de todos. Esta hora e meia é o momento mais benéfico para mim”.

Claro, eu vejo como os pensamentos estranhos me jogam em direções diferentes e como a minha resistência interna não permite que eu concorde com os amigos. Ótimo! Eu não vou encontrar uma oportunidade para um esclarecimento mais intensivo e para trabalhar numa maior “frequência”.

É uma pena que durante os workshops existam aqueles que trocam palavras como políticos, outros que usam diferentes expressões do banco que têm em sua memória, e outros se tornam psicólogos e analistas. O principal, aqui, é o sentimento que eu experimento no meu coração.

Nós devemos aprender com os desejos infinitos do ego, uma vez que ele é um “ajudante”. Nosso ego é um “anjo” nas mãos do Criador, através do qual Ele nos evoca. Então, eu preciso ver como o Criador não me deixa nem um momento de descanso, e como Ele evoca o meu ego repetidas vezes de forma diferente, a fim de permitir que eu avance tão rápido quanto possível.

Os workshops são o momento mais útil, mas, se começarmos a ter todos os dias, a frequência vai cair imediatamente, e isso vai se tornar um fardo, trabalho duro. Nós podemos pensar que é uma boa ideia continuar a Convenção por mais uma semana ou duas, ou um mês ou dois, até conseguirmos, até subirmos ao nível espiritual, mas nós somos fracos. Nós podemos esperar por mais um dia ou dois, mas não mais do que isso.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 23/09/12, Perguntas e Respostas

“Entrevista: O Destino Dos EUA Está Nas Mãos Dos EUA”

Dr. Michael LaitmanOpinião (Zbigniew Brzezinski, cientista político [comentários do autor do blog em negrito]): “Eu realmente acho que nós infelizmente nos deslegitimados, tornando portanto mais fácil para algumas partes do mundo, movidas por narrativas históricas, ser instintivamente hostis a nós. Nós temos ignorado isso, e agimos como se estivéssemos dotados de alguma missão especial. George W. Bush ainda disse: “Nossa nação é escolhida por Deus e comissionada pela história para ser um modelo para o mundo”.

– Este é o erro da parte dos EUA.

“Como nação, nós temos que começar a entender que temos que agir de forma diferente. Nós temos que reconstruir coalizões. …Se formos inteligentes nisso, ainda estaremos em posição de ser a força mais influente do mundo, mas temos que ser inteligentes. E para ser inteligente, temos que ter líderes que entendam isso, que tenham o sentido da mudança histórica fundamental que está tornando este século diferente do anterior”.

– Isso é impossível, porque para isso eles precisam conhecer o plano do Criador, da Natureza, em vez de inventar o futuro por si mesmos, que seja oposto ao objetivo da Natureza.

“Mas o mais importante, talvez, ou pelo menos tão importante, nós temos que ter um público que tenha algum entendimento rudimentar em assuntos estrangeiros. O que realmente me deixa preocupado é que o nosso público não entende o mundo. Não é sequer informado sobre o mundo. …Nós temos um público que é ignorante e suscetível à demagogia. E isso limita a liderança, mesmo que ela seja inteligente. É claro, torna-se pior se a liderança não é muito inteligente e age com slogans simplistas”.

– A ignorância do mundo e sua forma futura é, no nosso caso, a condição geral de todos aqueles que controlam o mundo.

“Nós estamos menos conscientes por uma razão muito simples: porque o mundo é muito mais complexo. Os norte-americanos não estavam mais bem informados sobre a história global antes, e eles ainda estão abissalmente informados sobre a história mundial. Os americanos não foram muito informados sobre a geografia mundial. Eles ainda são basicamente ignorantes, embora isso seja escandaloso. …

“Mas eu acho que seria necessário certo consenso nacional comum sobre como definir uma vida decente e responsável no complexo mundo moderno. Eu não acho que nós temos isso. Temos slogans sobre ser bem sucedido. Temos slogans sobre “criadores de emprego”. Temos slogans sobre todos terem o direito de alcançar o céu na busca por satisfação pessoal material. Temos uma definição de boa vida, que envolve a acumulação de bens materiais, mais entretenimento.

“Estes são os conjuntos de questões que estão inter-relacionados, e que vão exigir uma sacudida real de nós para começarmos a pensar seriamente sobre como podemos recriar uma sociedade saudável aqui que ainda seja a imagem atraente para o mundo que fora antes. Antes, o sonho americano foi amplamente compartilhado. Hoje em dia, não é”.

– Para isso, você deve ter pelo menos um plano da história futura da humanidade e as possíveis formas de desenvolvimento, à medida que elas são dependentes de nosso comportamento; tudo isso é dado pela ciência da Cabalá se quisermos revela-la para nós mesmos. O destino do mundo está em suas mãos, se você entende como gerenciar este destino.