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Transformação Do Faraó No Anjo Sagrado

Dr. Michael LaitmanA força do Amor do Criador, que desde o início não é encontrada na criatura, é transferida a ela de uma forma invertida. Isso é chamado de inclinação ao mal. De acordo com a medida do amor com que o Criador se relaciona conosco, ela entra em nós de uma maneira invertida e cria em nós a força do ódio, um grau de separação. Se quiséssemos invertê-la agora, ela seria transformada em amor.

Transformation Of The Pharaoh To The Holy Angel

O Criador cria o desejo de receber e transfere a ele toda a Sua força do amor. O desejo em si é apenas um pequeno ponto, mas agora está num ambiente desta força de amor que ele sente como um mundo de ódio.

Nós devemos transformar esse ódio de volta em amor. Isso é tudo! Isso é chamado de “montanha do ódio” que se transforma em “montanha de santidade”.

Nós trabalhamos somente em nossa intenção. Nós não consideramos o desejo, uma vez que ele nos foi dado pela natureza. Tudo depende apenas para onde os nossos pensamentos são dirigidos. Assim, não importa quais os desejos de uma pessoa. Eles não dependem dela. Desde o início existem 613 desejos (Taryag), e todos eles são em prol da recepção. O homem quer tirar proveito do Criador e, portanto, isso é chamado de Faraó. Todo o nosso trabalho está em transformar este Faraó num anjo sagrado.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 13/09/12, O Zohar

Um Novo Ano, Um Novo Começo

Dr. Michael LaitmanDiferente do nosso mundo corpóreo, não há tempo, espaço e movimento no mundo espiritual, mas apenas subidas e descidas nos atributos de recepção ou doação. Esta é a escala que movemos ao longo de todo o tempo. Nossos estados são medidos apenas em relação aos “mundos” espirituais, os Partzufim e Sefirot que continuam de cima para baixo através de 125 níveis.

Exceto por nossas subidas e descidas, há também o movimento dos próprios níveis que podem se mover junto conosco. Se eu estou em certo mundo, por exemplo, em certa percepção da realidade e, de repente, este é “atualizado”, eu sinto que ele se torna mais claro, que ele é mais esclarecedor; eu recebo maiores poderes, entendimentos e discernimentos. Tudo isso não é considerado como obra minha, mas uma espécie de “exercício” que sou submetido a fim de me mostrar algo.

É como uma criança pequena que está sendo carregada e, de repente, sente que é grande: novos horizontes se abrem diante dela; ela pode alcançar as coisas que não podia antes. Então, ela começa a se dirigir àquele que a leva para onde ela quer ser levada e quais portas abrir. Comportamentos semelhantes vêm de Cima e são revelados em nosso mundo. Portanto, há diferentes subidas:

  • Nós subimos a escada por nossos esforços
  • Ou a própria escada se move para cima e para baixo.

Esses movimentos são representados para nós como momentos ou estados especiais. De um modo geral, cada estado é especial e nunca se repete; não há um momento que seja semelhante ao seguinte. Nós devemos dizer que não é por acaso que as pessoas dividiam o tempo do jeito que está. Claramente, os dias e as noites correspondem ao relógio solar e o mês é determinado pelo calendário lunar. Mas, como as pessoas decidiam sobre a divisão do dia em 12 horas diurnas e 12 horas noturnas? A sabedoria da Cabalá explica este ciclo de 24 horas divididas em minutos e segundos como o resultado das relações mútuas entre Zeir Anpin e Malchut.

No conjunto, trata-se de uma multiplicidade de diferentes influências sobre a criatura, o que significa sobre Malchut, de Cima. É deste lugar que as ideias de ano seguinte e Yovel (Jubileu, o 50º ano) vêm. Assim, há estados especiais chamados “tempos” ou “feriados”. Eles não estão conectados a fenômenos no nível inanimado, mas são controlados por um programa especial. A questão é que há raízes especiais que devem ser reveladas e realizadas especificamente em nós e não apenas no mundo ou por alguns costumes. Estes estados “se iluminam” para nós, preparando-nos para que, no futuro, nós realmente os recebamos e cumpramos.

Hoje nós recebemos fracas iluminações deles, mas na verdade esses são os níveis. No mundo espiritual a pessoa sobe os níveis de “Domingo”, “Segunda-feira”, “Terça-feira”, “Quarta-feira”, “Quinta-feira”, “Sexta-feira”, e “Sábado”. Ela deve sentir esses estados sequencialmente, um após o outro. Um dia espiritual pode durar alguns segundos ou várias semanas. Não faz diferença, já que o tempo corporal não tem nada a ver com o tempo espiritual.

Assim, os “feriados” são estados, “exemplos”, níveis em que a pessoa se eleva. Como um todo, eles estão na subida e são preenchidos por um despertar de Cima, por iluminação que acrescenta algo à pessoa que tem uma percepção espiritual. Tais adições são chamadas de “Rosh Hashanah” (o ano novo), “Yom Kippur”, etc.

Para cada subida recebida de Cima, é necessário que a criatura siga um tipo especial de trabalho. Isso porque ela quer usar essa subida para se corrigir e realizar a fartura adicional que chegou a ela, num novo nível. É o mesmo no Sábado, quando um despertar de Cima requer um trabalho especial de nós. Não é um tempo de descanso, mas sim um dia muito ocupado em que há mais orações e outros costumes. Quando o Superior convida a criatura a subir a um nível superior, o trabalho durante a subida obriga o inferior a executar muitas ações.

O primeiro feriado é Rosh Hashanah, que simboliza um novo começo. Eu quero ser um “ser humano” (Adam) para me assemelhar ao Criador. Esta é a razão para o processo espiritual que eu quero passar. Assim, Rosh Hashanah é chamado de dia da criação do homem; este é o dia em que o homem foi criado.

Na corporalidade isso também é refletido de uma maneira especial: há 5753 anos vivia um homem chamado Adão e nesse dia ele descobriu a espiritualidade; ele descobriu o Criador. Pela primeira vez na história uma criatura de duas pernas descobriu que existe um mundo espiritual e a força superior. Ele foi o primeiro a se assemelhar ao Criador e nós o chamamos de “primeiro homem”.

No artigo “O Ensino da Cabalá e sua Essência”, o Baal HaSulam diz, Adam HaRishon foi o primeira a receber uma sequência de conhecimento suficiente para entender e maximizar com sucesso tudo o que viu e alcançou com os olhos. Esta compreensão é chamada de “sabedoria da verdade”.

Desde aquele dia, quando o homem identificou-se pela primeira vez com o Criador e realizou o seu nome, o qual foi dado a ele “por acaso” por seus pais, nós contamos nossos anos. Isto significa que mesmo o nosso calendário é inicialmente baseado na revelação do Criador à criatura.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 14/09/12,  Costumes de Rosh Hashanah

Nós Precisamos De Combustível Para O Nosso Barco

Dr. Michael LaitmanPergunta: O que eu posso fazer se não apenas não tenho o desejo de pedir a conexão com os amigos, como o oposto é verdadeiro?

Resposta: É um sinal de que você não se preparou. Primeiro você deve baixar o seu orgulho, para se subjugar ao ambiente e começar a sentir que os amigos são ótimas pessoas avançando. Enquanto isso você está em algum lugar distante, sozinho, como um bebê dormindo que foi esquecido em seu carrinho.

Todo mundo já avançou um longo caminho, e você, por causa do seu orgulho, pensa que é tão especial que avançou por si mesmo. No entanto, esse não é o caso. São eles que avançaram e você foi deixado para trás. Primeiro você deve reconhecer isso. O desprendimento da conexão com o ambiente é a primeira causa de todas as falhas.

O problema é que você não tem uma deficiência, não há qualquer pressão. É porque você não está esclarecendo o que é importante. Você sempre deve fazer tais esforços. Se eu pensar constantemente sobre algo, isso se torna a coisa mais importante para mim e eu não me esqueço disso durante o estudo.

Além disso, todos os grupos devem trabalhar nisso para despertar em todos a importância da meta espiritual. Isso é chamado de “garantia mútua”, quando nos inspiramos para sentir que não há nada mais importante do que a doação. No entanto, se todos estão sob uma espécie de anestesia geral, a pessoa não consegue ir contra o poder de todo o grupo, e ela também adormece.

O problema é que você está acostumado a avançar sob o combustível de alguém, em vez de cada um estimulando os outros, e recebendo deles muito mais do que você investiu. O grupo deve funcionar como um amplificador da paixão individual de cada desejo individual.

No entanto, eu vejo que todo mundo está esperando por mim para obrigar este barco a se deslocar por meus gritos e pressão. Sem isso, ele está balançando sobre as ondas, esperando para ser empurrado para frente. No momento em que eu paro de pressionar, todos imediatamente olham para mim para ver porque eu saí. É impossível avançar desta maneira.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 11/09/12, O Zohar

Os Benefícios Da Unidade

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, “Paz no Mundo”: Porque, na verdade, nós já chegamos a tal ponto que o mundo inteiro é considerado um coletivo e uma sociedade. Isto é, porque cada pessoa no mundo atrai a essência de sua vida e seu sustento de todas as pessoas no mundo, e é forçada a servir e cuidar do bem-estar de todo o mundo.

O que era claro para o Baal HaSulam quase um século atrás, ainda não está claro para as pessoas hoje. Nós chegamos a tal estado de nossa evolução que todos nós somos dependentes uns dos outros de uma forma firme e direta.

Pergunta: Por que ainda não está claro?

Resposta: Veja você mesmo: Todo mundo “puxa o cobertor” para o seu lado e não entende que, no final, está causando uma dano ainda maior a si mesmo do que em qualquer outra forma.

Toda questão é que se eu invisto no bem-estar do público, eu não vejo nenhum benefício pessoal nisso. Se eu tiro alguma coisa do público, eu vejo um benefício real nisso.

No entanto, o Baal HaSulam diz o oposto: o sistema já está “fechado”. Ele está “amarrado” de uma forma perfeita e plena dentro de si. Então, se você trabalha para o público, você tem um retorno que é 10 vezes maior, e se você tira do público, a sua perda é 10 vezes maior. No entanto, nós apenas seguimos em frente, sem entender o que está acontecendo.

Pergunta: O que oculta de mim a verdade?

Resposta: É o meu ego. Existe um sistema integral que está sendo revelado hoje. Na verdade, o sistema de Ein Sof (Infinito) está sendo revelado a nós, da Shechiná, o vaso da alma geral em que estamos todos conectados.

Até agora, digamos até 1995, todos cresceram em seus desejos particulares por eras, na fase de raiz e fases um, dois, três e quatro. Agora, a pessoa descobre que não tem escolha, ela está conectada a todos, e todos estão conectados a ela.

As cordas da conexão mútua criam um grande e complicado sistema integral, e não há sequer um único campo científico que estude isso. Antes, cada parte não estava tão firmemente conectada às outras. Ela se desenvolvia individualmente, e essa era a tendência geral. No entanto, desde a década de 1950, nós começamos a sentir a tendência mundial e, hoje, todo mundo já chegou ao seu limite pessoal e só precisa se desenvolver em relação mútua com os outros. Não há nada mais que isso. Esta é a tendência até o fim da correção.

Nós ainda estamos trancados dentro do nosso desejo egoísta e queremos preenchê-lo como antes, mas este sistema não está mais ativo. Antes, eu costumava me preencher à medida que meu ego crescia, e ele me levou de um nível para outro, desde a fase da raiz até a quarta fase.

Hoje, eu continuo agindo como no passado, mas não posso, porque eu não consigo me preencher, satisfazer: meus desejos não se desenvolvem mais na direção anterior. A partir de agora, eles só podem se desenvolver no sentido da união (Σ), da unidade.

Isso significa que mesmo os benefícios egoístas, à primeira vista, são possíveis apenas através da conexão, somente usando a conexão. Isto é o que está sendo revelado para nós nestes dias.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 11/09/12, “Paz no Mundo”