Nunca Difunda A Sua Roupa Suja!

Dr. Michael LaitmanPergunta: Devem os cursos da família integral serem ensinados diferentemente a homens e mulheres? Afinal, estas são duas forças diferentes.

Resposta: Aqui, não há distinção. Pela primeira vez estamos a chegar à igualdade no mundo, quando todos somos iguais. Nos istema deensino integral, cada um estuda em termos de igualdade: uma criança, um adulto, uma pessoa idosa, um marido e esposa, um homem e mulher, casados ou solteiros. A coisa mais importante é ter alguém à tua frente com a qual possas trabalhar.

Numa família temos tal parceiro naturalmente e assim temos de iniciar esta educação a partir da família. Seria bom se cada família começasse a sentir uma grande necessidade por isto. O problema é convencer pessoas que não são capazes disso, que não o querem, não estão interessadas e que pensam que através disto, alguém invade o seu território ou interfere com os seus relacionamentos privados.

Desta forma é necessário explicar bem do início que este método não implica a difusão da sua “roupa suja.” Não tocamos nisto de todo e não tentamos descobrir o que está a acontecer entre eles na sua família. Não os persuadimos a fazerem concessões uns para os outros, não lhes perguntamos sobre o passado e em geral, não consideramos coisa alguma que tenha acontecido até este momento. Ensinamos-lhes como se elevarem acima de tudo deste ponto em diante e como não voltarem a andar por aí a espreitar nessa roupa suja novamente.

Pergunta: Isto é interessante porque noutros, cursos de psicologia convencionais, foi-me dito muitas vezes que é necessário falar sobre os nossos problemas e desabafar. E certamente, isto trás alivio e tira um peso do nosso coração.

Resposta: Mas este é apenas um alívio temporário, durante algum tempo, como reconciliação depois das lágrimas. Nós não precisamos realmente de remexer nos nossos crimes uns contra os outros. Afinal, está escrito que “amor cobre todos os pecados,” e quanto maiores estes pecados, mais alto e maior será o amor quando nos elevarmos acima deles. Acontece que estes pecados estão na realidade a me ajudar a construir o amor. E se eles não estiverem lá, o amor também não será forte.

Logo, os pecados precisam de permancer. Mas isto não significa que eu me recorde constantemente deles, eles vão-se revelar a si mesmos sozinhos, não te preocupes com isso. Contudo, eu não os reprimo, não liberto tensão, mas aceito tudo como é. Eu tenho um vagão completamente carregado com as transgressões da minha parceira, mas eu cubro esta montanha inteira com o meu amor e aproximo-me dele ou dela. E então o meu amor se torna enorme, crescendo acima de toda esta carga pesada.
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De um Programa de TV “Uma Nova Vida” 7/11/12