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Como Podemos Obrigar O Criador A Nos Ajudar?

Dr. Michael LaitmanNo último workshop nós chegamos à conclusão de que não podemos fazer nada por nós mesmos. Nós tentamos fazer tudo que está em nosso poder, mas isso não deu em nada. Isso é verdade! Não deu em nada! Não há esperança de que isso irá levar a alguma coisa! Por quê? Porque nós, na verdade, não temos força. Aqueles que dizem que não podemos fazer nada estão realmente afirmando um fato.

Nós somos apenas egoístas, e só podemos trabalhar dentro do nosso ego. Nós não podemos fazer nada fora do ego, não está em nosso poder. Nós não podemos fazer mada acima do ego, não podemos realmente avançar e nos aproximar de alguém. Nós só podemos fazer isso quando vemos algum benefício.

O que podemos fazer? Pergunte ao Criador! Nada mais pode nos ajudar, pois esta é a única força no mundo que faz algo. Nós recebemos a oportunidade de descobrir isso, que Ele é a única força que opera e ninguém mais.

Portanto, todo o nosso trabalho se resume em pedir que atinjamos um desejo que realmente O obrigue a nos ajudar.

Mas não é fácil chegar a tal desejo. Ele cresce gradualmente. Nós temos que pensar em quando ele irá crescer para que possamos gritar; nós temos que pedir por isso a cada vez. Este pedido deve incluir todos os nossos desejos, incluindo os menores, não importa o que eles possam ser.

Eles não são reais intencionalmente, assim como as crianças que lamentam, choram e conseguem o que querem, não importa o que, utilizando o nosso amor por elas. Nós temos que nos comportar da mesma forma com o Criador, aprender com este mundo como devemos nos comportar.

Todas as solicitações, demandas, súplicas e rogatórias são geralmente chamadas de “oração”.

A oração é também um sentimento no coração. Na verdade, ela não é um pedido, mas um sentimento no coração quando a pessoa verifica a si mesma e não importa o que ela veja, ele quer se voltar ao Criador com o que está em seu coração. Não importa se é bom ou ruim, não importa o que: Pegue e faça o que Você tem que fazer comigo!

Não pode haver diferentes orações: sérias e menos sérias, enfáticas, quaisquer que sejam, o que importa é orar. Tudo é alcançado apenas com o poder da oração, o poder do pedido. Quanto mais forte for, quanto mais firme e mais insistente, melhor.

Da Convenção na Carcóvia “Unir para Ascender” 17/08/12, Workshop 3

Vamos Pedir Todos Juntos!

Dr. Michael LaitmanEm nosso estado, o apelo ao Criador (a oração) só pode ser coletivo. Caso contrário, o Criador não ouve. Ele ouve apenas quando as pessoas se reúnem e chegam a mesma opinião, como um homem com um coração, uma mente, porque, assim, criam um desejo coletivo.

O que elas querem? Que Ele as corrija, eleve, satisfaça, e assim por diante.

Uma pessoa não vale nada, significa nada: que tal oração não existe. Você pode gritar o quanto quiser, mas vai ser a voz daquele que clama no deserto. Se dez pessoas se reúnem, não importa como elas gritam, mesmo falsamente, sua rogatória será levada em conta porque elas estão tentando se conectar entre si.

Da Convenção na Carcóvia “Unir para Ascender” 17/08/12, Workshop 3

“Como o Google Pode Evitar A Próxima Crise Financeira”

Dr. Michael LaitmanNas Notícias (da Bloomberg): “A intuição matemática que transformou o Google Inc. numa empresa de bilhões de dólares tem o potencial de ajudar o mundo a evitar a próxima crise financeira. Se apenas os bancos tornassem públicos os dados necessários para fazer o trabalho.

“Dezesseis anos atrás, os fundadores do Google – os cientistas da computação Larry Page e Sergey Brin – introduziram um algoritmo para medir a “importância” das páginas da Web em relação a qualquer conjunto de palavras-chave.

“Conhecido como PageRank, ele se baseia na noção de que as páginas da Web efetivamente elegem outras páginas ligando-se a elas. As mais importantes, Page e Brin justificaram, devem ser aquelas que atraem links de muitas outras páginas, especialmente de outras realmente importantes.

“Se esta definição parece circular, realmente é. Ela também captura uma realidade autêntica, razão pela qual respeitá-la gera resultados muito superiores. …

“O que isso tem a ver com as finanças? Muito. O risco sistêmico que transformou a crise de empréstimos subprime nos EUA num desastre global também é circular. Nós não podemos identificá-lo simplesmente buscando bancos com a maioria dos ativos ou os maiores portfólios de empréstimos de risco. O que importa é quantos links um banco tem com outras instituições, quão fortes são esses links e quão arriscados são os outros bancos, não menos porque também tenham links com outros bancos de risco.

Algo como o PageRank pode ser apenas a coisa certa para encurtar o caminho. Esse é o argumento, pelo menos, feito por uma equipe de físicos europeus e economistas economistas num novo estudo. Seu algoritmo, o DebtRank, procura medir o valor econômico total que seria destruído se um banco ficasse em apuros ou entrasse em falência. Ele faz isso indo de um banco para fora através da rede de links no sistema financeiro, para estimar todas as consequências que poderiam advir de um fracasso. Bancos conectados a mais bancos com escores elevados do DebtRank teriam naturalmente maior pontuação no escore do DebtRank.

“Como demonstração, os pesquisadores calcularam o DebtRank com base na conhecida rede de investimentos de capital entre as instituições – praticamente o melhor que podem fazer com os dados disponíveis publicamente. Se o Banco A possui ações do Banco B, os dois estão ligados. Esta rede, é claro, reflete apenas um subconjunto dos muitos links criados por derivativos e outros instrumentos, de modo que o cálculo é um pouco como desenvolver a melhor rota de condução de Nova York a Los Angeles, ignorando dois terços de todas as estradas. No entanto, é útil demonstrar o que pode ser possível com dados mais completos. …

“Um algoritmo sozinho não pode salvar o mundo, e esta não é a palavra final sobre a melhor maneira de medir o risco sistêmico. No entanto, a aparente superioridade da abordagem DebtRank ressalta como a nossa capacidade de monitorar o sistema financeiro depende inteiramente da disponibilidade de dados. Atualmente, a maior parte da informação que seria necessária para calcular o DebtRank ou qualquer outra medida similar é simplesmente não pública. …

“Imagine um mundo em que os bancos e outras instituições financeiras fossem legalmente obrigados a divulgar absolutamente todos os seus ativos e passivos dos bancos centrais, que por sua vez tornaria pública essa informação num site. Os reguladores – na verdade, qualquer um – seriam capazes de ver toda a rede e avaliar a situação de um banco com total clareza. Qualquer pessoa disposta poderia calcular medidas como o DebtRank e avaliar o quanto um banco particular está contribuindo para uma potencial instabilidade financeira”.

Meu comentário: Isto irá mostrar somente a seqüência de falências, mas não vai eliminar a sua inevitabilidade, porque não vai reestruturar o sistema de crédito financeiro. Até que a sociedade chegue a um completo equilíbrio interno igual ao nível de existência, a pressão no sentido de correção não vai parar.

Cultivando Um Verdadeiro Desejo

Dr. Michael LaitmanNós só podemos cultivar um verdadeiro desejo de doação se realmente trabalharmos com ele no grupo. Se uma pessoa sai, isso significa que ela está simplesmente indo na direção errada. Fora do grupo, não podemos compreender o que significa o desejo de doar. Nós temos que nos esforçar, sentir que não queremos isso, que é repulsivo e doloroso; nós fugimos do fato de que temos que estar conectados com os outros. Só se formos persistentes e permanecermos de modo a estar conectados em garantia mútua, é que podemos começar a entender o que significa o atributo doação e o quanto estamos longe dele. Então, vem o pedido para que a força de doação simplesmente nos influencie, porque ela é a fonte: ela nos criou.

Agora, deste ponto de vista, nós podemos olhar para o que está acontecendo no mundo. Parece que, por um lado, todo mundo está mutuamente conectado agora e não há para onde fugir; toda a humanidade se torna um grande grupo e esta conexão mútua está sendo revelada mais claramente agora, mas como uma conexão negativa. No entanto, ao mesmo tempo, as pessoas já começam a entender e reconhecer que, se houvesse uma boa conexão mútua entre nós, nós poderíamos criar uma humanidade maravilhosa, um mundo maravilhoso.

Mas nós não podemos fazer isso! Porque o nosso ego faz tudo o que pode para nos separar, ele nos opõe um com outro: esse ódio mútuo, a desconfiança, repulsa, etc. Isso significa que o mundo está indo na mesma direção que a nossa, mas devagar, de forma gradual, de acordo com a sua forma, mas ainda na mesma direção. Assim, já é possível falar sobre esta fonte em todos os lugares.

A sabedoria da Cabalá é a psicologia interior do indivíduo e de toda a humanidade. É a continuação da psicologia normal. A questão é que a psicologia atingiu seu limite e está numa crise há várias décadas. A sabedoria da Cabalá é sua substituta. Ela nos fala sobre os atributos internos, sobre as forças da natureza, não só das forças do homem, mas do mundo que nos rodeia, o que significa como o homem e o mundo a sua volta chegam a um estado de equilíbrio. Este é realmente o papel da psicologia: levar a pessoa a um estado de equilíbrio com o mundo que a rodeia.

Da Convenção na Carcóvia “Unir para Ascender” 17/08/12 , Workshop 3

Unir-se Numa Oração

Dr. Michael LaitmanPergunta: Durante o workshop de ontem, alguns círculos não foram capazes de chegar a um acordo mútuo. Como podemos chegar a um acordo mútuo durante o seminário de hoje? O que estamos fazendo de errado?

Resposta: Eu não acho que vocês estejam cometendo qualquer erro, assim como vocês não podem dizer que uma criança está cometendo erros. Este é um processo natural de crescimento, e é chamado de educação não erra.

Eu acho que obtemos excelentes resultados no workshop de ontem, independentemente do fato de que nem todos os grupos falaram. Talvez eles fossem muito tímidos para revelar suas conclusões. Nós temos que entender que mesmo que ontem todos nós tivéssemos a mesma frase, nós ainda assim pensaríamos de forma diferente e imaginaríamos essas palavras do nosso próprio jeito.

Em última análise, ao se unir no grupo, nós chegamos ao estado chamado de “oração coletiva”, quando todas as frases mútuas, que são diferentes para cada pessoa, se unem num desejo mútuo integral. Isto é o que temos que alcançar.

Da Convenção na Carcóvia “Unir para Ascender” 17/08/12 , Workshop 3

Chorando Por Todos

Dr. Michael LaitmanPergunta: Eu tenho certeza de que nesta Convenção vamos conseguir algo muito alto, poderoso. Mas, com essa confiança, eu sinto um alarme, um medo animal adicional pelo mundo, um medo de que os outros não peçam.

Resposta: Você tem que pedir por eles.

Israel está agora num estado que antecede a guerra. As bombas atômicas, milhares de mísseis, e tudo mais, estão prontos em ambos os lados. Para cada cidadão do nosso país, nós talvez tenhamos alguns mísseis de todos os lados. Nós entendemos isso; caso contrário, o nosso povo não vai mexer, e o Criador tem que agir dessa maneira, a fim de levar a nação a sua oração habitual, ao estado correto.

Mas como podemos chegar a isso? É por isso que nós, como grupo, sentimos que não somos responsáveis por mudar as ações do Criador – é um assunto que Ele decide – mas por dirigir todos nos à meta de forma máxima e, assim, de alguma forma, tentar conquistar todos os outros.

Essa é a solução para todos os problemas. Estes problemas não são resolvidos fisicamente. Nós vemos que quanto mais as pessoas se envolvem na resolução de problemas físicos, mais elas multiplicam outros problemas. Então, às vezes, basta que a pessoa peça pelo mundo. E o fato de você chorar é bom, você chora por todos nós.

Da Convenção na Carcóvia “Unir para Ascender” 17/08/12 , Workshop 3

Avanço Espiritual

Dr. Michael LaitmanPergunta: Será que nós recebemos as forças que nos fazem avançar através do nosso esforço, e por meio delas subimos acima do ego?

Resposta: É através do nosso esforço que permitimos que o Criador nos afete. É apenas de acordo com a medida de nossos esforços corretos – e é ainda mais correto dizer tentativas e não esforços – que podemos atrair sobre nós a influência do Criador. É só assim.

Além disso, o Criador é o campo de doação. Assim como existe um campo de gravidade, um campo de recepção, existe também um campo de doação. Ele preenche tudo por si só e é permanente; sua tensão e a intensidade são idênticas em cada ponto.

Isto significa que o Criador se relaciona com todos, tanto pequenos quanto grandes, de uma forma completamente idêntica: com amor, com o atributo de doação. No entanto, cada um, de acordo com a medida de seus esforços e anseios, atrai para si maior impacto deste campo.

Pergunta: Será que as forças que nos lançam ao objetivo determinam em que lugar e em qual atributo precisamos estar localizados dentro deste sistema geral?

Resposta: Ninguém lança você. Além disso, este campo é constante e permanente. Ele nos é revelado cada vez mais em sua força crescente, sua intensidade, sua iluminação, sua emanação e sua doação.

Na medida em que sua influência sobre nós cresce, nós começamos a nos sentir cada vez pior, uma vez que existimos em atributos que são opostos a ela. O campo afeta ainda mais a pessoa que se esforça e realmente se aproxima em equivalência ao atributo de doação. Ela se sente ainda pior consigo mesma do que com os outros.

Aqui, a força do grupo é necessária para se agarrar e entender que é o Criador que doa a ela de uma maneira especial, rejeita-a de uma maneira especial, de modo que, no final, ela atinja o desejo máximo, através do qual possa nascer, ou seja, fazer o contato inicial com o campo. No momento do primeiro contato com o campo, este irá, de qualquer modo, continuar a operar e afetar a pessoa. De qualquer forma, ela vai continuar a rejeitar o campo, mas já vai estar no próximo nível.

Lá, as rejeições são de natureza diferente. Elas são mais qualitativas. Não que as forças cresçam, mas que o campo age de uma maneira mais sábia, mais minuciosa, a fim de atrair e despertar em você um desenvolvimento mais qualitativo, a realização de todo este sistema, da mesma forma que na escola você vai de uma série para outra.

Pergunta: A demanda pelo Criador é como uma enorme ganância, fome ou sede?

Resposta: A demanda pelo Criador é uma necessidade.

Pergunta: Uma grande necessidade não é clara, para quê?

Resposta: Não, isso não existe: “Não está claro porque”. A se aproximar gradualmente do Criador, você começa a entender o que é o atributo de doação, e você começa a desejá-lo. Caso contrário, o que você precisa?

O avanço é progressivo. Ele deve ser realizado antes que você nasça. Você precisa chegar ao ponto do seu nascimento através de dois estados:

• Eu não sou capaz de fazer nada por mim mesmo;

• Somente o Criador pode me ajudar a alcançar o atributo de doação.

Você deve saber mais ou menos o que você quer: o quanto você quer esse mundo antes de nascer nele.

Da Convenção na Carcóvia “Unir para Ascender” 17/08/12, Lição 3