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Uma Nação Que Não Existe

Dr. Michael LaitmanVamos falar sobre o povo judeu na primeira pessoa.

Nós temos que subir à base comum que nos conecta; nós não conseguimos manter o respeito mútuo entre nós como outras nações e precisamos da força de conexão, ou seja, da Luz superior. O povo de Israel não pode existir sem o Criador, que é revelado no meio dele. No passado, quando a força superior desapareceu, nós fomos destruídos e espalhados por todo o mundo e deixamos de ser uma nação, uma vez que uma “nação” é um vaso coletivo.

Como para as nações em geral, o período de evolução “embaralhou todas as cartas”. Não há mais uma divisão exata, não existem raízes claras. Assim, qualquer pessoa que queira juntar-se e participar no cumprimento do princípio do “Ama ao amigo como a si mesmo” pertence à categoria de “Israel”, ou seja, que ela anseia pelo Criador (Yashar-El, direto ao Criador). Todos os outros pertencem à humanidade em geral.

Hoje, depois desta mistura geral, quando o mundo se tornou uma “salada”, apenas a Luz superior se diferencia entre nós. Como um ímã, ela atrai para o alto os indivíduos que pertencem a Galgata ve Eynaim das massas. Os outros permanecem abaixo, em AHP. É a Luz que revela os vasos e nós temos que trabalhar nestas partes.

Portanto, a fim de corrigir entre nós a conexão que é típica de uma nação, temos que estar numa altura espiritual. Caso contrário, sem a Luz, esta conexão será simplesmente impossível. Não é por acaso que o Baal HaSulam fala sobre a educação especial que precisamos no jornal HaUma (A Nação) . Outras nações não precisam de tal coisa.

Assim, nós temos que nos conectar num grupo que trabalhe para se tornar um todo, “como um homem num só coração”. Esta é a condição para a existência do povo de Israel. Nós não podemos manter esta conexão no nível corporal, com base em nossa história comum e geografia. Pelo contrário, há muito tempo a história e a geografia já não nos conectam. A única coisa que pode nos unir e levar ao amor mútuo e à conexão é a Luz que Reforma. Não é simplesmente uma conexão qualquer, mas uma conexão espiritual.

Nós simplesmente não somos criados pela conexão corporal, uma vez que não pertencemos ao AHP mas à Galgalta ve Eynaim. Não podemos ser como as outras nações; não temos as forças necessárias para isso, não temos o atributo interno correspondente. Não podemos tomar o exemplo delas. A única opção é nos corrigirmos.

Isso é porque nós vivemos por leis opostas: quando a quebra é entre nós, caímos em ódio infundado, em vez do amor fraterno. Não há tal coisa como entre as nações do mundo. Nós, no entanto, sentimos repulsão um pelo outro. Se não fosse o ódio que sentimos de nossos vizinhos e de todo o mundo, nos manteríamos tão distantes quanto possível um do outro. Não nos casaríamos e não desejaríamos nenhum colega. A força da quebra agiria entre nós

Só o ódio geral em relação a nós nos une como nozes num saco, como um rebanho que ainda tem esperança de ser salvo. Caso contrário, nós estaríamos prontos para dissolver e nos reunir num lugar distante, onde pudéssemos viver uma vida boa e confortável.

Portanto, não podemos nos comparar às outras nações. Afinal, elas não estavam num nível espiritual, pois não foram destruídas dois mil anos atrás e não caíram ao nível corporal. É uma falsa esperança de que nos uniremos como todos os outros e nos tornaremos uma nação. O que chamamos de “Estado de Israel” só existe temporariamente, a fim de nos permitir chegar à verdadeira conexão. Caso contrário, não há nenhuma razão para sua existência.

Tudo o que aparentemente nos conecta hoje vem de fora e facilmente desmoronará. Dê às pessoas uma chance e elas vão facilmente se estabelecer em outro lugar. Elas podem ter alguns sentimentos, mas não há nenhuma conexão. Isto porque nós não corrigimos a quebra, por isso não há nenhuma maneira de nos conectarmos. Nós precisamos de uma educação especial, mas em vez disso, estamos descendo cada vez mais…

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 13/08/12, Escritos do Baal HaSulam

Elevar-Se Acima Dos Desejos Mundanos

Dr. Michael LaitmanPergunta: Vale a pena para um marido e uma esposa viver separadamente durante a Convenção?

Resposta: Eu acho que é melhor viver separadamente para se desconectar completamente de qualquer conexão terrestre. Vocês devem viver de modo que não reste nenhum laço que impeça sua inclusão na ação espiritual e é isso! Portanto, homens e mulheres devem, talvez, ficar em quartos separados, como geralmente se faz no exército, num colégio interno, ou quaisquer outras instalações semelhantes.

Pergunta: E quanto aos desejos animais?

Resposta: Não haverá desejos animais, a medida que eles serão neutralizados pelo enorme poder que governará sobre todos. Você vai ficar desconectado de todos os desejos mundanos.

Se a Convenção é boa, você não vai sentir a necessidade de nada além do sentimento de conexão. Você vai se sentir enojado com tudo o resto. Você irá repelir tudo o que distrai-lo. Se a Convenção for séria e forte, vai acontecer desta forma.

Da Lição Virtual 29/7/12

Os Professores Do Mundo

Dr. Michael LaitmanPergunta: Durante as pausas no congresso, haverá uma apresentação de livros, Internet, e por aí fora. Isto não nos irá distrair do fluxo interno do congresso?

Resposta: O facto é que ainda devemos pensar sobre o que vamos levar ao mundo. Uma pessoa deixa o congresso, vai para casa, e o que é que se segue?

Uma vez que a nossa ascensão depende da disseminação de uma ponta à outra, devemos dar a todos algum conhecimento sobre aquilo que fazemos em geral: a Internet, livros, palestras, workshops, mesas redondas, e por aí fora. Devemos mostrar tudo isto a todos. É por isso que devem haver apresentações curtas de quinze minutos durante as pausas.

Com o que é que deixamos o congresso? Deixamos com aquilo que precisamos de levar ao mundo. Cada um de nós deve tentar ser um conferencista, um organizador de workshops, um distribuidor, e assim por diante. Dirijo-me a vocês, pessoalmente, a todos! O mundo irá precisar do método integral; mesmo agora, precisa dele, mas ainda não está ciente disto.

E vocês verão num par de meses que irão correr atrás de vocês; vocês serão procurados porque ninguém além de vocês sentirá o que deve ser feito em qualquer situação para obter o resultado correcto, porque vocês irão pensar de forma integral.

Vocês serão os professores do mundo, conselheiros de primeiros-ministros e banqueiros e de trabalhadores simples porque vocês irão ser capazes de ver porque é que isto deve ocorrer, e não de outra forma. É isto que é chamado, “Vir para uma bênção”. Vocês serão requisitados e procurados. Assim, vocês ainda devem ser incluídos na disseminação.

Da Lição Virtual 29/7/12

O Segredo Para Uma Vida Feliz

Dr. Michael LaitmanNas notícias (do Daily Mail): “Ter relações íntimas com amigos e familiares como uma criança torna as pessoas mais felizes no futuro, descobriu um novo estudo.

“Os cientistas não sabem muito sobre como os aspectos da infância e desenvolvimento do adolescente – tais como função acadêmica e sócio emocional – afetam o bem-estar dos adultos.

“Eles definem o bem-estar como uma mistura de senso de coerência, estratégias positivas de enfrentamento, relacionamentos sociais e forças de auto avaliação.

“Os pesquisadores analisaram dados de 804 pessoas, acompanhadas por 32 anos, que participaram do Dunedin Multidisciplinary Health and Development Study (DMHDS) na Nova Zelândia.

“Eles mediram a relação entre os níveis de desvantagem familiar na infância, conectividade social na infância, desenvolvimento da linguagem na infância, conectividade social na adolescência, formação acadêmica na adolescência e bem-estar na idade adulta…

“Os resultados mostraram que há um caminho forte da conectividade social infantil e adolescente até o bem-estar dos adultos – mostrando a importância de relacionamentos sociais positivos ao longo da expectativa de vida até a idade adulta.

“Além disso, a pesquisa do Journal of Happiness Studies revelou que o caminho do desenvolvimento precoce da linguagem – por meio da realização acadêmica do adolescente – até a felicidade dos adultos era fraca”.

Dica: Liderem pelo exemplo e ensinem a criança a construir relacionamentos com os outros.

O Fim Da Infância

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como é que pode ser explicado que a crise é uma consequência de nossas relações corruptas no grupo?

Resposta: Existem dois sistemas: o externo e o interno. Para simplificar, nós podemos definir o sistema externo como o “Criador” e o interior, ou seja, nós, como a “criação”. O Criador está agindo em nós e nós estamos nos desenvolvendo sob a pressão de vários fatores. No entanto, depois vem o momento em que temos que reagir com respostas que mostrem ao Criador que queremos avançar.

E aqui é onde o problema ocorre. Hoje, nós temos que demonstrar nossa maturidade e desejo de nos unir com o Criador. A nossa “infância” acabou. Na realidade, a infância acabou por volta do século XV, na época do Ari. Desde então, nós somos obrigados a reagir aos fatores que nos influenciam como adultos, de uma maneira especial. Temos que começar a crescer de forma independente até que a esfera interna se expanda em sua escala e propriedades até o tamanho da esfera externa. No entanto, nós estamos atrasados.

The End Of Childhood

Da Lição Diária de Cabalá 06/08/12, “Introdução ao Livro do Zohar

Eu Sinto-me Bem, Que Mais Posso Precisar?

Dr. Michael LaitmanPergunta: Temos de ser humilhados antes de atingirmos a conexão?

Resposta: Nós somos humilhados em relação ao nosso ego, mas não em relação ao objectivo e ao Criador.

Pergunta: Mas ainda assim, porque é que desenvolvemos através do sofrimento?

Resposta: Que outra forma? Se nos sentíssemos bem, não nos moveríamos. Pelo contrário, tais sentimentos bloqueiam-nos. Isto é porque a “bondade” é prazer e satisfação, e se eu estou satisfeito, eu não me movo. Esta é a reacção natural do meu desejo egoísta. Por outro lado, quando me sinto mal e isso machuca, eu procuro imediatamente por uma saída.

Uma pessoa é um elemento sentimental. O prazer impede-a de qualquer acção; impede movimentos por um tempo ilimitado. Se uma pessoa se sente bem, ela não se moverá, se você a “picar” com sofrimentos ou mesmo com falta de satisfação, ela começará imediatamente a olhar à sua volta procurando uma nova fonte de prazer. Se a insatisfação excede o limite, a pessoa começa a mover-se.

No nível de desenvolvimento da natureza inanimada, ao não se mover, ela não se satisfaz a si mesma e apenas desenvolve novos desejos, até que os sofrimentos crescem e a obrigam a mover-se ao nível animal. A planta sabe como abrir-se para o sol e absorver nutrientes, respirar, e parece estar calma, mas uma vez mais há algo que falta e mais do que antes. Isto obriga-a a mover-se e a exibir grande actividade de forma a desfrutar.

É assim como o nosso desejo de receber é criado: é suficiente sentir prazer ou dor e ao equilibrá-los irá indubitavelmente atingir o objectivo. Nada mais é pedido dele. Este processo depende do tamanho do desejo e da sua singularidade e diversidade. Suponha que eu sou um grande egoísta; a satisfação egoísta domina-me e esconde-me sob uma carga que pesa milhares de toneladas. Eu não consigo fazer nada além de desfrutar. De forma a sair desta situação eu preciso receber milhares de toneladas de sofrimentos e mais um quilo, o que significa esvaziar completamente os meus vasos e adicionar-lhes um pouco mais de negatividade. Apenas então eu me moverei do meu lugar.

Assim dois opostos encontram-se: quanto mais avançado eu estou maior o meu desejo. Ele paira sobre mim, exigindo assim maior trabalho e inibindo o processo, pelo que não tenho escolha. O desejo responde apenas ao prazer ou à dor e assim temos de atravessá-los.

Mas qual é a utilidade destas quedas? Dê-me prazer, e eu congelarei imediatamente no meu lugar, dê-me alguma necessidade e eu começarei a mover-me. Pode ser comparado a uma máquina que trabalhe a energia alternada: se você ligar uma corrente constante, irá parar. Isto ocorre porque a consistência não preenche as deficiências e o preenchimento é uma ordem alternante do esvaziamento dos seus preenchimentos. Assim sendo, o que é que é exigido de mim se a resposta dos meus desejos me foi dada desde o início? Como posso eu sair deste circuito fechado?

É por esta razão que a mente desenvolve-se pelo desejo como um sistema paralelo separado. Acumula informação no seu arquivo, identifica as causas e os objectivos, e avalia as fases que tem atravessado e pesa os estados futuros. Hoje, na ultima etapa espiritual do nosso desenvolvimento, o elemento cognitivo é o mais importante. Até agora temos sido empurrados para frente pelos nossos sentimentos e agora chegou a hora de desenvolver na nossa consciência. Assim, a nossa conexão traz sabedoria a todos ao permitir-nos trocar dados e fornecendo grande experiência e um entendimento profundo. Assim podemos evitar muitos problemas uma vez que o estado actual exige que nos desenvolvamos muito rapidamente, e em várias décadas, se não antes, alcançar o fim da correção. Então imagine só que aflições teremos de atravessar.

Assim, a chave para o nosso desenvolvimento é educação, entendimento e reconhecimento, e em actividades que fazem com que a pessoa sinta e perceba o que sente. Aqui é exigido um desenvolvimento qualitativo. No todo, é muito importante para nós disseminar esta sabedoria; esta é a particularidade da nossa geração.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 9/8/12, “Introdução ao Livro do Zohar

A Percepção De Um Campo Único

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como devemos imaginar este campo único que existe fora de nós? O que as pessoas precisam fazer ao treinar em grupos de aprendizagem integral?

Resposta: Vamos imaginar que estamos nos conectando com o desejo de outra pessoa. Em outras palavras, fazemos uma prática psicológica regular. Eu tento determinar os desejos, intenções e pensamentos de uma pessoa.

Quais são as etapas que as pessoas e os grupos vivenciam enquanto entram gradualmente nesses estados? Primeiro as pessoas precisam sentir umas as outras, como durante a prática psicológica regular. Como eu sinto a pessoa com quem estou falando? Como faço para me conectar com ela? Como faço para determinar qual é o seu desejo, para me tornar envolvido com ela, e chegar a uma boa atitude em relação a ela, aprender a amá-la e comunicar com ela?

Em outras palavras, seus desejos, que são referidos como seu coração, e sua mente, que leva esses desejos, devem se tornar essenciais para mim, do mesmo modo que a mãe se sente em relação a seu filho quando deseja servi-locompletamente com ambos os seus desejos e mente. O coração e a mente é o que a pessoa tem. Desta forma, é como se eu estivesse dando um passo em direção a todos os participantes do grupo, irradiando bondade em cada um deles, e todo mundo faz isso em relação a todos os outros.

Esta atitude comum no grupo, que estamos constantemente desenvolvendo, deve criar tal nível de reciprocidade que começa a criar certo campo entre nós. Este campo de atitude mutuamente boa deve adquirir uma determinada base.

Por que fazemos isso? Nós não estamos fazendo isso apenas para ter um bom relacionamento entre nós. Nós agora queremos elevá-los ao próximo nível, para que possamos existir neste campo mútuo de bondade, um campo de atitude mútua em relação ao outro, de modo que possamos mantê-lo.

Este campo bom e comum entre nós – vamos nos referir a ele através de sua qualidade mútua de doação – necessita ser criado através de nossa garantia mútua, quando eu penso em você e você pensa em mim. Nós temos que nos desenvolver constantemente desta forma através de uma atitude boa. Nós temos que perceber esse calor mútuo de todos para com todos, a fim de criar algo mútuo, mesmo independente de nós, como uma criança comum.

Nós podemos nos referir a esta imagem comum de nós, já independente de nós, para qual já estamos começando a trabalhar, o grupo. A vida nesta imagem, neste grupo, deve ser a principal coisa para nós. Este grupo é o que realmente assumimos como sociedade.

Da “Discussão sobre Formação Integral” 29/02/12