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Não Deixe Migalhas Por Comer

Carta de Baal HaSulam n º 38: Mas o mais importante é o trabalho, desejar trabalhar em Sua obra. Isso ocorre porque o trabalho normal não conta nada, mas apenas os bocados que estão além do comum, que são chamados “de trabalho.” É como uma pessoa que precisa de um quilo de pão para a refeição – toda a sua refeição não é considerada uma refeição saciante, exceto o último bocado desse mesmo quilo. Esse bocado, apesar da sua pequenez torna a refeição saciante . Da mesma forma, a partir de cada obra, o Criador aponta apenas o excedente além do normal, e eles se tornarão os Kelim (vasos) para a recepção da Luz Superior. Você deve perceber isso muito bem!

Não percebemos que cada ação nossa é dividida em HaVaYaH, em quatro fases: todo o processo, todo e qualquer fragmento do mesmo, cada movimento, até mesmo o menor deles.

No final, uma pessoa começa a perceber que é incapaz de qualquer coisa por conta própria e que só a Luz superior pode agir e só o Criador é capaz de executar a ação. O Criador se revela e começa a agir apenas na medida em que uma pessoa abre alas para Ele, para o estado que é chamado de “Ninguém mais além Dele”. Se uma pessoa não chegar a este tipo de resultado, isso significa que ela não concluiu a sua ação.

Nosso trabalho é para afastar a ocultação e permitir que haja espaço para o Rei, para que Ele possa governar sobre tudo. Isso só acontece no final de cada esforço, e por isso uma pessoa vê que é a única coisa que precisa de aprender.

Portanto, isso significa que uma pessoa não chegou ao fim de seu esforço, nem alcançou o objetivo, já que ele não conseguiu abrir o espaço para o Criador e implora-Lhe para que Se revele no ponto de seu esforço máximo, o que ele tenta resolver por Si só.

É importante desenvolver a sensibilidade e um “tacto” a fim de sabermos se conseguimos completar as nossas ações de cada vez, ou seja, se exigimos o Criador a revelar-se a nós ainda mais e se nós conseguimos abrir um pouco mais de espaço para Ele, para a propriedade de doação que assume certas qualidades nossas.

Da preparação para a Lição Diária de Cabala 01/08/12

Num Único Sistema

Pergunta: Como podemos transferir a sensação de novos valores, como amigo, professor e grupo, para os 99% da população?

Resposta: Quando a Luz se revelar, dar-nos-á peso adicional, sentimento e a importância de cada um desses termos. Por enquanto vejo algo abstrato.

Vou começar a ver que estes são os componentes da minha alma, o meu estado de alma, as peças da minha alma, e que o mundo inteiro é uma alma em geral. Existe apenas Malchut e não existe nada fora dela. Hoje existimos num estado de ilusão chamado o nosso mundo, pensando que existimos fora da alma geral.

O primeiro estado espiritual é a sensação mínima de existir em conjunto com todos num único sistema.

Da Lição Virtual 29/07/12

Um Sentimento Espiritual

Pergunta: Como é que podemos parar de funcionar através da mente e aprendemos como sentir os outros?

Resposta: Nós sentimos o nosso mundo primeiro e depois pensamos nisso. Nós analisamos e chegamos a algumas conclusões porque os sentimentos chegam primeiro, e então a mente analisa esses sentimentos criando uma imagem a partir deles, avalia-os e expõe-nos, diferenciando entre eles. Então, em primeiro lugar, nós devemos sentir. Mas nós não podemos pensar em algo que não sentimos; nós não conseguimos compreender isto de forma alguma ou ter isso em conta, etc.

Em primeiro lugar, nós necessitamos de um sentimento espiritual superior, o que significa a qualidade de doação, no qual nós vemos a próxima dimensão. Junto com a nossa actual dimensão, irá completar a imagem do mundo. Isto é o que queremos: o que tenho hoje, será revelado para nós na linha esquerda, e que está na força da doação, nós tentaremos revelar o sistema global e integrado (a linha direita) e tudo isso tem que viver dentro de nós. E em média, conectando-os constantemente, avançaremos mais em direcção à meta até as duas linhas, ambas as forças, se ligarem.

Da Lição Virtual 29/07/12

Casado, Mas Livre Com Um Passáro!

Pergunta: Se eu considerasse a minha companheira como um espelho onde poderia ver os seus defeitos, então isso continuaria a trazer-me de volta a mim próprio. Assim, em vez de desenvolver uma ligação com a minha companheira, então este exercício concentrar-se-á apenas em mim?

Resposta: Em vez de me esconder na minha casca, eu preciso sobrepor-me a tudo isso. Comecemos tudo desde o início, desde o ponto zero. Eu olho a minha esposa e vejo um número de defeitos. Agora eu começo a aplicar todos esses defeitos a mim próprio porque está escrito: “ Toda a pessoa julga na extensão da sua própria corrupção.”

Por esta razão, eu volto de novo a mim e digo que todas essas falhas estão em mim. Se eu fosse perfeito, eu não veria nada disto. Se eu amasse a minha esposa, eu não veria defeitos nela. É como uma mãe em relação ao seu filho em que não consegue ver nada de ruim nele. Isto é a forma natural de como o amor maternal funciona, cegando-a. E mesmo quando a mãe se apercebe de certas falhas no seu filho, ela o ama, e o considera lindo.

Por outras palavras, inicialmente, eu começo a compreender que todas as falhas que eu vejo na minha esposa estão em mim e a razão pela qual eu as vejo, deve-se a minha falta de amor por ela. É por isto que eu tenho que evoluir ao nível onde eu deixo de ver defeitos nela, como a mãe pelo seu filho querido. A isto chama-se subir acima do egoísmo.

Com a ajuda da minha esposa, eu realizei algumas medidas em mim e eu evoluí o nível onde me encontro, e na medida em que necessito para subir acima de mim mesmo. Acontece que eu tenho uma companheira que me ajuda a subir acima da minha própria natureza. Imagine o tesouro que eu tenho no meu lar, isto é um verdadeiro tesouro!

Por agora eu só tenho subido acima do meu ego, usando a minha companheira como um espelho. Agora estou a seguir em frente: eu subi acima de mim mesmo e já não trabalho com os meus desejos e qualidades. Neste estado neutro, eu tento sentir, examinar, e compreender desejos, qualidades, aspirações e as metas de outra pessoa, por exemplo, a minha esposa. Eu tento aceitá-las como algo que é o mais importante para mim e viver para as concretizar.

Eu sinto que se mutuamente todos agissem dessa forma, de ambos os lados, então a nossa vida seria bela. O problema é que eu sou incapaz de permanecer nesse estado. É muito difícil e requer muito esforço. Eu sou capaz de o fazer por alguns minutos, mas depois eu largo-o e preciso de apoio. É simplesmente impossível manter-me constantemente nesse estado, essa horrível pressão.

É facílimo ser egoísta pensando em mim mesmo uma vez que a natureza nos fornece combustível para isso. Há um permanente motor egoísta, trabalhando incessantemente a girar em nós, trabalhando de manhã à noite, mesmo enquanto dormimos. E isto requer uma força enorme, um esforço desumano, do qual eu sou simplesmente incapaz. Então o que é que eu faço?

Esta é a forma de alcançar a próxima decisão. A primeira foi subir acima do meu egoísmo. A segunda é aceitar o egoísmo da minha companheira ao invés do meu. Então eu vejo que sou incapaz de manter nesse estado e necessito de ambiente e suporte. O ambiente serve como fonte de força e significância, que é essencialmente a mesma coisa. Por outras palavras, eu preciso de me fornecer com a sensação da incrível importância deste trabalho acima do meu egoísmo para benefício do próximo (vizinho). É capaz de me dar isso. Então eu vou-me sentir ainda mais livre quando cuido do meu vizinho, do que quando cuidava de mim mesmo. É como se nada houvesse com que me preocupar, isto é o tipo de liberdade e paz que eu sinto.

Em primeiro lugar, todos os meus problemas ou dificuldades desaparecem porque eu subi acima da minha natureza. Eu sinto-me como que a viver num mundo cheio de bondade. Eu só me preocupo com o próximo, livre de preocupações minhas, como um pássaro voando no céu. Esta é a maneira como eu me sinto, se os outros me dão a energia, importância e aspiração.

Da série “Uma Nova Vida” 12/07/12