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Meu Mal Sob Um Microscópio Que Aumenta 620 Vezes

Dr. Michael LaitmanTodos os eventos são revelados a uma pessoa por causa de sua percepção incompleta, por causa de suas sensações não corrigidas. O mundo é descrito como incompleto de acordo com a percepção e compreensão de uma pessoa. Mas nós devemos entender que essa imperfeição não está no mundo externo, mas em nós mesmos.

A atual crise global não se desenvolve em torno de nós, mas apenas em nossa percepção. Mas no momento em nos corrigirmos, todos os problemas externos desaparecerão. Isso porque o mundo não existe em si, mas apenas em nossos sentimentos; ele está dentro de nós. Assim que corrigirmos os nossos atributos, todos os desastres e problemas, tempestades e crises desaparecem imediatamente. Nada disso existe; a Luz superior simplesmente preenche toda a realidade…

A diferença entre verdade e mentira existe apenas dentro da pessoa. Primeiro, ao esclarecer todos os golpes que a atingiram, ela deve entender que há um propósito e uma razão para eles, como se diz: “Eu sou o primeiro”, o que significa a razão, e “eu sou o último”, que significa o propósito. Esses golpes vêm para que a pessoa possa se corrigir e perceber que a sua percepção da realidade é falsa.

Ela funciona como uma “companheira”. Se esse mal se mantivesse na pessoa, ela nunca o revelaria. Mas visto que o mal é revelado do lado de fora, é como se fosse contra ela, e assim a pessoa pode discerni-lo. O nosso ego engrandece este mal muitas vezes, permitindo-nos vê-lo nos outros em sua forma mais proeminente.

Nós olhamos para o nosso mal como que através de uma lupa e o vemos 620 vezes maior. Isso nos ajuda a revelá-lo e ele é chamado de “companheira”.

Eu revelo este mal nos outros, mas entendo que é o oposto e que ele está dentro de mim, e assim eu posso me corrigir. A pessoa tem que verificar constantemente a si mesma, se ela tem a percepção correta: ela deve imediatamente transformar todo o mal que vê do lado de fora, vê-lo em si mesma, e corrigi-lo.

Portanto, quando eu me identifico com o que está fora de mim, eu vejo este atributo como bom para mim. Eu o aceito e estou nele ao me corrigir. Graças a ele, eu posso verificar a mim mesmo no que diz respeito ao grupo, no que diz respeito aos outros, no que diz respeito ao Criador.

Acontece que a percepção da realidade externa me ajuda a encontrar o mal em mim na minha reflexão interna, e a entender que não é o mundo que está em ruínas, mas sou eu que estou em ruínas, já que é assim o meu o mal é revelado. Corrigindo a mim mesmo eu corrijo o mundo inteiro. Isso é chamado de “julgar a mim mesmo e ao mundo inteiro a uma escala (balança) de mérito”.

Vamos esperar que sejamos capazes de entender e digerir isso, para perceber esse quadro e transmitir esta abordagem correta e saudável ao mundo inteiro, a todas as pessoas. Então, pela correção do homem, podemos curar todos os problemas. A primeira dificuldade é mudar a minha abordagem e, ao invés de corrigir o mundo, devemos compreender que devemos corrigir a nós mesmos.

De acordo com a sabedoria da Cabalá, o mundo inteiro que vemos ao nosso redor é um reflexo dos nossos atributos internos, assim como um espelho. Mas, para resumir, devemos explicar que a pessoa deve primeiro se corrigir para que possa mais tarde corrigir o mundo. Isso ocorre porque uma pessoa corrupta constrói um mundo corrupto e uma pessoa corrigida pode construir um mundo corrigido.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 02/08/12, Escritos do Baal HaSulam

 

Uma Palestra Para Si Mesmo

Dr. Michael LaitmanPergunta: Por que estamos engajados na disseminação como se quiséssemos corrigir o mundo se precisamos corrigir apenas a nós mesmos?

Resposta: Você vê outras pessoas à sua volta que aparentemente têm o seu próprio poder e são estranhas a você. Mas esta é a forma como a sua percepção dividida é revelada a você, a diferença entre você e a alma corrigida.

A alma corrigida sente que não existe um mundo externo e que tudo está em seu coração. Enquanto você não consegue se sentir desse jeito, é sinal de que há uma falha dentro de você. Então, é preciso cuidar dos outros e convencê-los. Você precisa abordá-los na medida em que eles parecem externos a você.

Você os trata como estranhos que você deve atrair para a correção. E se você fizer isso corretamente, você se educa internamente. Supostamente, ao alcançar a mão às pessoas e corrigi-las, você se corrige internamente, e devido a isso elas estão mudando!

Você acha que sai mundo afora e dá palestras para os outros? Na verdade, você dá a palestra para si mesmo. Você acha que está tentando mudá-los? É você quem se convence de mudar!

Você não pode se aproximar diretamente e fazer uma correção em si mesmo. Você não tem nenhum poder. Ao ver falhas nos outros, a força do egoísmo ajuda você a corrigi-los. Você tem que se corrigir de tal forma enganosa.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 02/08/12, Escritos do Baal HaSulam

Verificando Pela Ação

Dr. Michael LaitmanAo nos esforçarmos em direção à meta da criação, nós descobrimos a destruição dentro de nós mesmos. Por outro lado, aqueles que não se esforçam não descobrem a destruição dentro de si. Exatamente da mesma forma, a pessoa só pode revelar os defeitos em um automóvel se der a partida e tentar movê-lo. Caso contrário, tudo parece estar em ordem. Eu ainda não encontrei nenhum problema dentro de mim, e eu atribuo o mal a outra coisa.

É por isso que só aquele que se esforça em direção à meta revela a destruição, somente aquele que se esforça em direção à unidade do grupo descobre o quão longe está dela. Mover-se em direção ao bem e esforçar-se pelo bem-estar nos traz uma sensação ruim, a realização do mal.

Para quê? De modo que, no nível seguinte, eu grite pedindo ajuda, eleve MAN (oração). Então, eu vou receber mudanças, as qualidades de doação. É aqui que ocorre o movimento e não em outro lugar. A pessoa precisa verificara si mesma nisso.

Portanto, eu tenho aplicado esforços, estava me unindo com o grupo e queria estar junto com os amigos, a fim de sair para o mundo espiritual, para chegar à doação, ao Criador. E o que recebo como resposta? A realização do mal: o quanto eu não quero ir ao Criador, não quero estar no grupo. Eu descubro o meu verdadeiro estado; a verdade veio à tona pela Luz.

Se eu abaixar as minhas mãos agora, eu vou perder a oportunidade que esta revelação apresenta. O Criador disse: “Eu criei a inclinação ao mal, eu criei a Torá como tempero”. Isso significa que agora eu estou começando a partir da inclinação ao mal, e até agora eu realizei um trabalho, a fim de revelá-la.

Em primeiro lugar, a fim de revelar o mal, eu devo estar conectado ao grupo, ao estudo, ao Criador, e outros meios. Como consequência, a inclinação ao mal foi revelada a mim. Depois, eu dirijo um apelo (MAN) à Torá (tempero), à Luz que Reforma oculta dentro dela.

Na realidade, tudo isso é bom. Pois se fôssemos julgá-la do ponto de vista da doação, a revelação do mal é a essência do bem. Mas quando eu vou alcançar a revelação?

Assim, o próximo estado vem a mim; eu recebo a resposta do Uno ao meu apelo – MAD. Esta resposta pode ser tão grande, que eu vou alcançar a conexão com o grupo e um vaso no qual vou revelar a Luz. Então, a Luz e o vaso se tornarão doação, que eu alcancei após inúmeras ações semelhantes.

Checking By Action

Dessa forma, por um lado, receber a inclinação ao mal é sempre a minha característica, mas por outro lado, eu fico com a força de doação, a Luz.

Da 4a parte da Lição Diária de Cabalá 29/07/12, Escritos do Rabash

O Amor Adorna A Vida E Também Estraga

Dr. Michael LaitmanMinha esposa é meu espelho. Afinal, eu nunca vi a minha parceira, mas sim, nela vejo um reflexo de minhas qualidades. Por exemplo, eu não entendo o padrão de beleza aceito na China. Eu olho para uma mulher que tem a reputação de ter uma beleza verdadeira e pergunto: eu nunca a chamaria de bonita. Para o meu gosto, seu rosto é muito redondo, os olhos são muito estreitos, e seu cabelo é muito liso. Tudo parece pouco atraente para mim.

Mas uma vez eu li um artigo de um jornalista chinês sobre o concurso de beleza internacional “Miss Ásia” e ele disse que a menina não teria vencido na China porque os olhos eram grandes demais. Eu estava simplesmente impressionado sobre quão diferente as nossas percepções de beleza eram; elas eram totalmente opostas. É por isso que não podemos entender o outro.

Conclui-se que eu olho para a menina a minha frente e projeto sobre ela todas as minhas idéias sobre beleza. Se eu não subir acima delas, isso irá afetar todo o nosso relacionamento. Eu não vou perceber como ela é, com todas as suas verdadeiras qualidades, mas vou ver nela o reflexo de minhas propriedades, o meu gosto.

Quando uma pessoa olha para outra pessoa de uma maneira imparcial, é impossível determinar se ela é bonita ou não. Pergunte a qualquer mãe, e ela irá lhe dizer que ninguém é mais bonito no mundo do que seu filho. Como se diz, “o amor cobrirá todos os pecados”.

Por outro lado, o nosso ego, o ódio, desfigurará toda a beleza. A aparência de uma pessoa que eu odeio também se torna insuportável. Para ser objetivo, embora eu esteja pronto a admitir que de acordo com os meus critérios, ela aparentemente tem um rosto bonito, eu odeio isso por outros motivos.

Somente os seres humanos exibem tal atitude. Os animais não olham para a beleza, pois eles valorizam no outro o poder, a capacidade de procriar, ter filhos saudáveis, e criá-los até que se tornem independentes.

O homem, entretanto, é corrompido com a noção de beleza. Na verdade, esta não é a beleza, mas a demonstração do meu ego: condições especiais que eu apresento no lado oposto, que excede o mínimo necessário do corpo físico.

Se nós olhássemos um ao outro de forma racional e natural, eu veria diante de mim uma mulher saudável, forte, que estou pronto para desposar. Afinal de contas, eu vejo que ela vai manter a casa bem. No passado, as pessoas costumavam escolher um cônjuge com base neste simples princípio egoísta. Ou eles levavam a posição social, a riqueza, em conta. As pessoas não prestam muita atenção para a beleza, mas costumavam escolher um cônjuge com base em razões simples e pragmáticas: o que é bom para a vida.

Mais frequentemente, até os pais estavam acostumados a escolher e agir como agentes casamenteiros para os casais, e não os jovens. Este era costume na maioria das culturas. Ou eles se voltavam para o conselho de uma pessoa inteligente e respeitada. Em nossos tempos, nós subitamente chegamos a tal distorção que particularmente nos obriga a realizar a correção.

Hoje nós consideramos apenas se amamos uns aos outros ou não. Todos os filmes contam apenas sobre esse amor. Não era assim antes. Nós não entendemos como as pessoas viviam cem ou duzentos anos atrás. Amor ou atração mútua não estavam no campo de visão. A atração sexual tinha um papel, mas não aquele que hoje queremos dizer com o conceito de amor. Ele se desenvolveu muito recentemente e estragou toda a nossa vida… Portanto, se o utilizarmos corretamente e “cobrirmos todos os pecados com o nosso amor”, se lidarmos com o nosso impulso de amar ou odiar o outro, desta forma particular, seremos bem sucedidos.

Da “Discussão sobre Formação Integral” 31/07/12

“Estudo: Forçar Um Sorriso Genuinamente Diminui O Estresse”

Dr. Michael LaitmanNas notícias (de The Atlantic, Ciência Psicológica):

“PROBLEMA: A felicidade nos faz sorrir, mas pode o sorriso nos fazer felizes? Mesmo que seja um sorriso falso, porque sua boca é mantida aberta por pauzinhos? Há o sorriso padrão, que se mantém localizado nos músculos ao redor da boca, e o sorriso genuíno (ou Duchenne), que se espalha para os olhos, e pelo menos informalmente, ambos olham e se sentem mais cálidos e naturais. Será que um trabalha melhor que o outro?

METODOLOGIA: Em um experimento que era digno de um sorriso em seu próprio direito, os pesquisadores usaram os pauzinhos para manipular os músculos faciais de seus 169 participantes em uma expressão neutra, um sorriso normal, ou um sorriso Duchenne. Além da colocação de pauzinhos, alguns foram explicitamente instruídos a sorrir. Em seguida, eles foram submetidos a uma série de estresse e estafa, a atividades multitarefas, que eles lutaram para realizar, continuando a segurar os pauzinhos na boca. A frequência cardíaca dos indivíduos e os níveis de relatos pessoais de estresse foram monitorados.

“RESULTADOS: Os participantes que foram instruídos a sorrir recuperaram-se das atividades estressantes com menor frequência cardíaca do que os participantes que tinham expressões neutras, e aqueles com sorrisos de Duchenne foram os mais descontraídos de todos, tiveram o efeito mais positivo. Aqueles com sorrisos forçados, realizados apenas pelos pauzinhos, também relataram sentimentos mais positivos do que aqueles que não sorriram.

“CONCLUSÃO: Quando uma situação faz você se sentir estressado ou perturbado, até mesmo o mais forçado dos sorrisos pode realmente diminuir o estresse e fazer você mais feliz”.

Meu comentário: Também o método de levar as pessoas ao estado perfeito baseia-se na correção consciente de nossa natureza, no trabalho sobre nós mesmos, quando um novo hábito torna-se uma nova natureza, e ações repetitivas mostram nossas qualidades ocultas de nós.

A Retidão Não É Adquirida Pelo Sofrimento

Dr. Michael LaitmanPergunta: Se nós temos que construir um novo relacionamento que seja maior do que o prazer, isso significa que deixamos de desfrutar?

Resposta: Tudo depende do que eu gosto. Nós temos que exigir prazer; não devemos buscar sofrimentos. Pelo contrário, devemos desfrutar, mas a partir da conexão, adesão, amor fraterno, o amor do Criador. Ninguém diz que temos que chorar.

O nosso vaso é um desejo de desfrutar que constantemente exige e verifica a si mesmo para ver se recebeu satisfação ou não. Eu trabalho com a “tela e a Luz de Retorno” quando restrinjo o meu desejo. Mas eu não posso sofrer com esta restrição, uma vez que ela não seria completa, não seria o estado correto. Se você sofre por causa de determinada ação que executou, esta não é uma ação completa. Não é uma ação espiritual.

No final, isso pode levá-lo a ações espirituais pelo reconhecimento do mal, graças ao qual você vai entender o que você tem que mudar. Mas você deve saber que isto não é certo. A ação espiritual deve ser executada com alegria. Não há dor em qualquer movimento ou etapa espiritual, pois caso contrário ela não é completa, plena. Eu sei que realizei uma ação espiritual se realizo um ato de doação e desfruto do fato de que doei. É como uma mãe que dá a seu filho e desfruta disto ainda mais do que a própria criança. Deve haver prazer em cada ação, uma vez que o Criador quer dar prazer aos seres criados.

Então, nós começamos a descobrir que nestas ações de doação há um prazer 620 maior. Esta é a razão pela qual tantas pessoas na história torturaram a si só para sentir o Criador e não acharam nada. O que elas poderiam sentir se trouxeram aflições para si? Este não é o caminho certo.

Pelo contrário, é o seu ego humano que promete que você pode se aproximar do Criador desta forma. É por isso que existem jejuns tradicionais e restrições em diferentes religiões. Afinal, as religiões foram criadas graças ao ego após a destruição do segundo Templo e do desaparecimento da espiritualidade. As pessoas ficaram nas trevas e por muito tempo perceberam a espiritualidade do ponto de vista do ego, do desejo de desfrutar.

O ego só compreende o prazer corporal impuro. Isto significa que a ação que é oposta a isto é sofrimento. Então, quem tortura e se restringe mais, sentado na mesma posição durante todo o dia, meditando e vivendo com uma tigela de arroz é aparentemente justo.

Mas no sentido espiritual é justamente o oposto; o objetivo é trazer prazer às criaturas. Portanto, se você quiser seguir esta meta em cada ação que faz, você deve alcançar o prazer – mas somente a partir da doação. Esta é a parte mais difícil. Afinal, como eu posso desfrutar a doação, se sou contrário a ela? Então, a Luz que Reforma vem e me corrige.

É muito simples; nós devemos apenas manter constantemente este princípio. Não há espaço para aflições e sofrimentos; pelo contrário, se aspiramos à conexão desde o início, devemos sentir que com isso alcançamos vida e prazer. É por isso que a garantia mútua é tão importante, porque permite que cada um sinta o quão importante é o objetivo, o espírito elevado, que é como um sopro de ar fresco.

Acontece que o prazer não só é permitido, mas obrigatório! O prazer é sinal de avanço. Não há proibição em desfrutar; a idéia toda é a forma que você desfruta. Agora eu desfruto o fato de que recebo por conta dos outros e os prejudico, domino, oprimo-os e me sinto acima deles: eu recebeo uma grande recompensa, dominação, entendimento. Eu tenho que mudar este prazer na direção oposta: como eu trataria a quem amo – como meu próprio filho ou alguém que está perto de mim.

Se eu tratar um estranho desta forma, isto abrirá um campo de estudo para mim – um lugar onde eu possa ver se realmente mudo ou não, se recebo prazer em ajudar os outros. Os outros ainda podem ser estranhos e estar distantes de mim, mas eu me corrijo e, assim, doo-lhes e desfruto esta doação.

Se eu não desfruto, isto não é considerado uma ação espiritual. A intensidade da ação não é medida de acordo com o quanto eu dou ao outro, mas de acordo com o quanto aprecio isto em meus desejos. É exatamente assim que avançamos. Este é um ponto muito importante onde ocorrem todos os esclarecimentos.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 29/07/12, Shamati # 2

Não Por Quantidade, Mas Por Qualidade

Dr. Michael LaitmanPergunta: Não muitos são atraídos para a sabedoria da Cabalá hoje. Nós devemos esperar o despertar de novos pontos no coração de acordo com a nossa disseminação?

Resposta: Eu não tenho uma resposta exata para esta pergunta. Eu não quero dizer que os Cabalistas não escreveram sobre isso. Mas você deve entender que há um herói em quantidade e não há um herói em qualidade. Diz-se: “Você é o menor de todas as pessoas”. Portanto, no futuro, haverá também poucas pessoas, como os membros de nossos grupos de todo o mundo e também “fãs”, círculos exteriores, que não visam à sabedoria da Cabalá diretamente, mas que ouvem e nos apoiam, sentindo-se perto de nós.

Nós somos muito poucos, mas fortes e poderosos em altura, em entendimento, em reconhecimento, em nossa conexão com Divindade. Através de nós, como através de um raio, as forças fluirão para a terra, as recomendações, os planos e eventos para o público em geral. Então, quando não tiverem escolha, ou talvez porque possam acreditar em nós, as pessoas vão se acostumar com a nossa mensagem.

Se há uma pessoa com visão liderando um grupo de pessoas cegas, o Baal HaSulam diz que elas podem segui-la e ter certeza de que vão atingir a meta. Eu não acho que alguma coisa mude seriamente neste cenário.

Nós damos palestras e mesas-redondas, cursos abertos, mas não para aproximar as pessoas, não para atraí-las às nossas linhas. Pelo contrário, nós devemos trabalhar em seu “território”, e transmitir-lhes o método de correção “popular”, geral, e não o nosso método especial. As Masachim (telas), Luzes, vasos, Partzufim, restrições, tudo isso não é para elas. As pessoas só precisam saber sobre a conexão geral que facilite a vida corporal.

Esta é a nossa mensagem para o público. Nós não devemos “injetar” Cabalá e o material elevado nas pessoas. Nós devemos falar com elas ao nível dos olhos, no “pulso de seu coração”, sobre o que as preocupa: a educação de seus filhos, seus problemas diários, etc.

Devemos salientar e evocar um pouco sua deficiência e mostrar a elas que podemos acalmá-las e satisfazê-las com o nosso método.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 01/08/12, “Introdução ao O Livro do Zohar

O Criador Não Precisa Do Nosso Sofrimento

Dr. Michael LaitmanDa carta do Baal HaSulam (No. 8): Nós vemos, dos tempos antigos até hoje, quantas pessoas têm envenenado suas vidas com todos os tipos de sofrimento e auto tortura, e tudo para encontrar algum tipo de significado no serviço ao Criador, ou para vir a conhecer o governante do mundo! E todos eles têm desperdiçado a sua vida em vão, e deixaram este mundo como vieram, sem ter conseguido nada, e por que o Criador não respondeu a todas às suas orações? Por que Ele se orgulha diante deles? Por que, realmente, Ele não se move em direção a eles? E é nisso que Ele é chamado de “O mais orgulhoso de todos os orgulhosos”.

Na raça humana, vive-se uma ilusão amarga que obriga as pessoas a ir pelos caminhos errados na busca de maior vigor para as razões das suas vidas ruins. Esta busca não é correta porque não precisamos procurar no meio do mal, mas esclarecer onde a fonte do bem está e se esforçar em direção a Ele, para chegar à equivalência com Ele, em vez de esperar em seu estado atual e exigir Dele melhorar sua vida no mesmo lugar, onde você está agora.

É por isso que o Baal HaSulam escreve em sua carta que: Nós vemos, dos tempos antigos até hoje, quantas pessoas têm envenenado suas vidas com todos os tipos de sofrimento e auto tortura, e tudo para encontrar algum tipo de significado no serviço ao Criador. Mas que serviço é este para o Criador, se o homem sofre e é atormentado, e ao mesmo tempo busca algum tipo de significado elevado? Este não era o objetivo.

Em tal abordagem, há várias concepções distorcidas e, portanto, todos os que a seguiram desperdiçaram sua vida em vão. Um tentou torná-la melhor para si mesmo, sem mudar nada. Outro procurou saber como controlar o Criador para o seu próprio benefício. O terceiro contou com a aproximação em relação ao Criador por meio do sofrimento, para receber uma recompensa pelo fato de que ele sofreu. E está mesmo escrito que: “O sofrimento suaviza o egoísmo, como o sal faz com a carne”. Disso derivaram-se jejum e orações em todas as religiões.

E todos eles têm desperdiçado a sua vida em vão, e deixaram este mundo como eles vieram, porque essa não era a abordagem correta. O Criador não quer o nosso sofrimento. Ele não precisa de nada de nós além da realização de Sua grandeza e fusão com Ele, ou seja, atingir a mesma altura.

Todas as nossas ações, além daquelas que visam a atingir equivalência com o Criador, são completamente inúteis e não vão levar a nada. E mais ainda, não assuma que o sofrimento é parte do caminho para o Criador. Se o homem sofre, é sinal de que ele está desconectado do Criador, e não simplesmente distante dele, mas ele também está se afastando na direção oposta.

Enquanto a “gota de unidade”, o ponto de fusão, só é alcançada por meio do homem se esforçar constantemente em direção à equivalência com o Criador, como é dito: “Do amor das criaturas, ao amor do Criador”. Todos os outros caminhos não são corretos.

Baal HaSulam escreve sobre isso com grande dor, arrependendo-se que isso aconteça assim ao longo de toda a história humana até hoje. Mas o que pode ser feito? Tendo a chance, nós precisamos tentar explicar a todos o que é a verdade.

Da Preparação para a Lição 29/07/12