Todo mundoTem Sua própria predisposição

O método integral vem a partir da  Cabalá,  que explica que tudo é baseado em um sistema superior que controla a humanidade. Tudo o que acontece é explicado puramente por uma terminologia Cabalística, científica, rígida, e clara com formulações, gráficos e assim por diante. Em outras palavras, o egoísmo de uma pessoa e de toda a natureza – o inanimado, vegetativo, e a natureza animada, bem como a sociedade humana – desenvolvem sob a influência de uma força particular.

Esta força de desenvolvimento é a força que ativa a natureza, que pode ser chamada de o Criador porque ela cria e dá nascimento aos nossos novos estados continuamente e trabalha dentro de nós. É nossa energia interior, que move o nosso egoísmo.

Na Cabalá, todas estas ações, regras, e leis, as correlações entre nosso egoísmo e a força que nos influencia, são escrutinadas de uma maneira muito clara e científica. Várias interconexões têm sido deduzidas e descritas a partir dos primeiros tempos e sobre o curso de milênios e nós podemos ver como ela verdadeiramente funciona.

Cada pessoa envolvida na Cabalá começa a sentir este sistema, e vê-lo de um maneira puramente cerebral:  Todas as nossas “rodas” intertravadas, como giram, e como nós precisamos mudar.

No entanto, não podemos oferecer às pessoas este sistema, já que nem todas podem ser físicos, químicos, e cada pessoa tem seu próprio nicho, à sua predisposição própria a alguma coisa. Portanto, nós não podemos ensinar às pessoas Cabalá uma vez que elas carecem de qualquer interesse nisso e, além disso, não é o suficiente apenas ensinar porque uma pessoa precisa ter alguma predisposição interior para isso.

Por exemplo, o que aconteceria se um físico que não tem nenhum desejo ou unidade interior para dançar de repente começa a tomar aulas de dança? O que virá disto? Talvez ele será capaz de executar alguma dança em algum lugar, mas ele definitivamente não vai se tornar um dançarino de ballet. É o mesmo aqui. Não há nenhum ponto no ensino de Cabalá a uma pessoa, se ela não tem nenhum desejo em aprender sobre o sistema que governa o mundo, humanidade e toda a a natureza.

É um sistema, uma força oculta da natureza. Está escondido de nós somente porque nós não estamos no seu nível. Seu nível é o nível de interligação integrante comum onde tudo que é indivídual desaparece tornando-se comum e integral.

Se nós prepararmos as pessoas, elas vão começar a sentir isso. No entanto, se elas não têm nenhuma predisposição para isso desde o início, nós as preparamos nos cursos comuns integrais. É claro que nós não dizemos sobre este sistema interior; caso contrário, elas iriam achar que nós somos místicos ou parte do movimento “New Age”.

Ao trazer-las juntas e através das oficinas de unidade com elas, nós as preparamos para sentir o que acontece como um resultado da unificação, nós as levamos para o sentir o que acontece quando as pessoas se unem. Nós dizemos, “Somente notem as novas sensações e estados que vocês experimentam umas com as outras. Existem alguns pontos comuns que desenvolvem, novos pensamentos e desejos que não são de alguém em particular, mas que surgem como uma conseqüência de sua comunicação, como uma recompensa e resultado da sua unificação. Esta força comum, um pensamento comum une você e todas as suas aspirações individuais para conectar e assim é o seu próximo estágio integral”.

E agora no estagio integral (ao qual nos aproximamos gradualmente, é claro, na medida em que uma pessoa se desenvolve no processo das oficinas), “Vamos tentar sentir o que esta comunalidade, esta força é. E se nós tentarmos visualizar o mundo inteiro através disso, e ver que o mundo é integral? Se eu sou integral agora, como irá este mundo aparecer para mim?”

E, em seguida, quando eu olhar para o mundo através das lentes coletivas integrais, ao invés dos meus óculos egoístas, eu realmente começo a ver que o mundo verdadeiramente é uma máquina integral, um sistema analógico, e tudo nele está interligado. Enquanto isso, eu apenas vejo tudo de forma diferente e é por isso que eu continuo  tentando “puxar o cobertor para mim mesmo,” e por puxar muito, muito mesmo, eu crio a pressão que eu precisava para agarrá-lo com toda a minha força de modo que eu não o perca. Portanto, minha vida inteira está sob pressão total para não perder este “cobertor.”

Mas se eu tivesse olhado para o mundo de forma diferente, eu teria visto como é simples deixar ir a minha borda do “cobertor” se eu interagir com os outros. E ninguém tentará roubá-lo de mim, já que cada um se encontra coberto sob o mesmo “cobertor,” e ninguém carece de qualquer coisa. No entanto, quando nós vemos este sistema, vamos apenas todos concordar que estamos prontos para aceitá-lo. Ela irá forçar-nos a alcançar integralidade independentemente, apenas pela força, através da dor e sofrimento, ao invés da realização consciente.

É assim que avançamos com o nosso público estimado, mudando-os gradualmente.
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De uma “Conversa Sobre Educação Infantil Integral” de 29/5/12