Temperamento, Astrologia, Integralidade…

Dr. Michael LaitmanPergunta: Na Grécia antiga, berço dos fundamentos da psicologia, distinguia-se quatro tipos de pessoas, segundo as suas características individuais: sanguíneo (otimista), fleumático, melancólico e colérico.

Na psicologia moderna, o ramo que lida com o diagnóstico das qualidades individuais é muito amplo. A pessoa quer saber sobre si e suas propriedades, a fim de maximizar seu potencial.
Por que não usamos, digamos, 16 tipos de propriedades individuais na metodologia integral, mas apenas quatro?

Resposta: Porque estes são qualidades egoístas correspondentes a quatro tipos de egoísmo. Mas há mais uma – a quinta, da qual todas as outras vêm e que não tem a sua própria forma. Na verdade, isto corresponde à estrutura de quatro níveis da percepção humana e sua alma. Mas tudo isso está relacionado ao egoísmo.

Enquanto o egoísmo ainda estava em ação, nós realmente podíamos dividir as pessoas nestes tipos, adicionar e calculá-los com relação a seus signos do zodíaco. Até hoje, muitas revistas publicam todos os tipos de adivinhação.

Mas nós vemos que não podemos realmente trabalhar com isso. Por que nos relacionamos com um fato que sobreviveu a si mesmo? Nós nos tornamos pessoas diferentes, e não temos mais isso. Externamente, cada temperamento correspondente manifesta-se, é claro, mas não há nada que possamos fazer com ele hoje.

Se antes você podia escolher um par de acordo com o signo do zodíaco, tente escolher hoje um casal de acordo com a astrologia. Será que você começa casamentos felizes com isso? Não. Se você dá alguns conselhos para o sanguíneo e outros para o colérico, eles vão ser felizes? Não. Então por que precisamos dessa classificação antiga?

Ela costumava estar certa com relação ao velho egoísmo ativo que era linear, individual, e voltado para as necessidades pessoais.

Mas agora eu não tenho mais as minhas necessidades pessoais. Eu não quero nada. Elas subiram para o próximo nível, onde eu sinto alguma necessidade, mas não posso dizer o que é. Eu não sei onde encontrar a fonte de satisfação das minhas necessidades. Eu entro em algum tipo de perversão sexual, de alguma forma passo o tempo, a fim de esquecer de mim mesmo. Além disso, eu entro nas drogas, terror, ou qualquer outra coisa, porque não vejo a fonte do prazer.

E isso pode vir a mim somente através da sociedade integral, quando eu me insiro nela. Assim, eu devo entrar na sociedade integral e depois lá dentro, no seu coração, eu vou encontrar a minha fonte de realização. Mas hoje, a pessoa ainda não está no nível em que percebe isso.

Da “Discussão sobre Formação Integral” 24/05/12