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A Guerra Contra a Indiferença

Dr. Michael LaitmanPergunta: O que conta como nossos esforços?

Resposta: O principal esforço está no trabalho contra a sua indiferença, contra o descaso, a sensação de insignificância da doação. A guerra principal e permanente deve ser realizada contra o desrespeito pela doação. Nela, nós sempre temos que olhar para as coisas que nos tornam mais fortes.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 12/07/12, Escritos do Rabash

Sem Espaço Para Erros

Dr. Michael LaitmanSomente um desejo foi criado: receber prazer e deleite. Não há mais nada que possa ser atribuído à criatura. Tudo o resto é a correção da criação, a forma externa que o desejo de receber pode assumir à medida que a Luz o influencia.

Existe o superior, que é doação, e o inferior, que é recepção. O inferior pode receber tal doação do superior, que vai mudar sua forma externa; como um lobo vestido de pele de cordeiro, ele ainda é um lobo! Isso é realmente o que fazemos com o nosso ego, com o mal em nós, tentando dar-lhe uma forma semelhante ao Criador.

Nós devemos entender que tudo acontece dentro do desejo de receber, uma vez que este nos faz encarar o fato de que tudo depende de nós e tudo acontece em nós. Não há nada do lado de fora; toda a realidade está dentro de nós, em nosso desejo de receber.

O desejo sempre permanece um desejo, e eu não devo tentar mudá-lo. Eu não deveria aumentá-lo ou diminuí-lo, torturar-me com jejum ou me bater. Eu só tenho que exigir que o Criador mude a forma do meu desejo e o torne semelhante a Ele.

Não existem outras ações, exceto voltar-se à Luz, pelo que eu posso alcançar uma mudança real. Eu só vou me prejudicar e distorcer a natureza por qualquer outra forma. Como posso fazer algo com meus desejos, sozinho? É até ridículo esperar isso. Se a pessoa age assim, ela distorce sua forma geral, sua percepção, sua compreensão e sua abordagem.

Isto é o que toda a humanidade faz, com a esperança de conseguir algo por ações diferentes, como as revoluções na ciência e na sociedade. Todas as nossas ações até agora, desde o momento em que descemos das árvores, nos tornamos seres humanos, e começamos a nos desenvolver, foram apenas para nos mostrar que todas estas ações foram erradas.

Agora nós estamos à beira de uma mudança, e ao examinar toda a nossa evolução, nós vemos que é o desejo egoísta que nos obrigou a seguir todo este caminho. Tudo o que fizemos até agora foi um grande erro.

Era impossível evitá-lo, uma vez que é impossível avançar sem a revelação do mal. Mas o erro foi na tentativa de lidar com nossos desejos, para limitá-los ou satisfazê-los, e para mudá-los por nós mesmos. Nós sempre esperávamos alcançar uma vida melhor com isso, mas toda vez estávamos errados e recebíamos golpes em vez de prazeres.

Agora nós temos que pesar as coisas: vale a pena ir por esse caminho? Agora é impossível mesmo que queiramos. Nós não seremos capazes de avançar, a fim de continuar corrompendo nosso desejo de receber; não há para onde ir! Todos os sistemas atingiram um ponto final e não podem ser mais preenchidos.

Se continuarmos na mesma direção, a única coisa que podemos esperar é uma guerra mundial como o golpe definitivo. Nós podemos começar por mudanças conscientes ou invocar aflições terríveis sobre nós. Mas todo o processo foi necessário para nos levar ao reconhecimento do mal, a nossa abordagem para corrigir a nós mesmos e o mundo.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 02/07/12, O Estudo das Dez Sefirot

Um Filtro No Caminho Para O Criador

Dr. Michael LaitmanPergunta: Quais pedidos alcançam o Criador?

Resposta: Em primeiro lugar, nós temos que entender que, se o pedido não vem de um pedido coletivo, ele não é aceito. As pessoas clamam ao Criador do fundo de seus corações quando têm um ataque e no momento da morte, mas nada ajuda. Por quê? Porque a sua oração não passa pelo filtro, que é a única forma do pedido ser aceito. É somente através do sistema, apenas através da conexão entre nós, não importa se ela é boa ou ruim, é apenas no que diz respeito à conexão que o pedido é aceito.

Pergunta: Como posso amarrar meu desejo com o desejo de alguém, quando não o sinto?

Resposta: Tente sentir ou pelo menos clamar, porque você não pode sentir. Afinal, você entende que o seu desejo único e individual não pode agir de qualquer forma. Se dois conseguem, isso é ótimo! Bem, o que vocês querem? Estabelecer uma conexão? Unir-se? Vocês brigam? Mas vocês são dois; vocês esclarecem a relação entre vocês? Isso é bom!”.

Por que é tempo de correção agora? Porque as pessoas começam a sentir que há algo de errado na conexão entre elas. Mas ela estava bem antes? Antes, não havia conexão. Hoje, nós sentimos que há algo de errado e que temos que corrigi-la; portanto, a correção começa de agora em diante.

Se não levarmos em conta a conexão entre nós, não importa qual for, não há nada com que possamos chegar ao Criador. Pessoalmente, eu não posso fazer nada, não há nada a corrigir em mim. A única coisa que temos que corrigir é a conexão entre eu e os outros.

Pergunta: Você nos disse uma vez sobre o sistema que converte um pedido irreal num real. Será que você se refere ao pedido individual ou geral?

Resposta: Não há pedido individual! O fato de eu clamar por mim não quer dizer que a minha solicitação seja individual. A principal coisa é o que eu clamo. Isto é o que determina se a minha oração é uma oração coletiva ou não.

As pessoas pensam que se um Minian (dez homens) se reúne, é uma oração. Pode ser uma pessoa que pede conexão, pela correção do sistema, e então ela chamou de “oração coletiva”.

Assim, quando nos aproximamos do estudo, é muito importante para vir com o pedido correto. Caso contrário, o estudo nos distancia, e em vez do elixir da vida, ele se torna a poção da morte.

Vemos que as pessoas fogem e caem. Por que isso acontece? Porque a mesma Luz que age de forma errada traz escuridão, o que significa que te leva para a meta através do caminho longo.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 12/07/12, O Zohar

Cúpula Rio +20: Expectativas Fracassadas

Dr. Michael LaitmanOpinião (Laurence Brahm, advogado, ativista global, mediador internacional, colunista político e escritor): “A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, ou Rio+20, realizada de 20 a 22 de junho, tinha a intenção de reafirmar compromissos políticos assumidos durante a Cúpula da Terra de 1992, e enquadrar um roteiro de princípios para enfrentar a mudança climática, segurança alimentar e água, e a crise do nosso sistema financeiro global. Nos meses que antecederam a Rio+20, a expectativa de algum resultado positivo era alta. Havia alguma razão para se ter esperança.

“O Secretário-Geral Ban Ki-moon declarou: ‘Temos que inventar um novo modelo – um modelo que ofereça crescimento e inclusão social – um modelo que respeite mais os recursos finitos do planeta. É por isso que eu tornei o desenvolvimento sustentável minha prioridade número um”.

“Mas, infelizmente, não foi isso que aconteceu no Rio de Janeiro.

“A verdade é que a Rio +20 fracassou. O diretor-executivo do Greenpeace, Kumi Naidoo, resumiu. “A Cúpula da Terra no Rio não vai trazer o futuro que queremos, ela irá fornecer um lembrete austero e angustiante do presente que temos. Um mundo no qual a saúde pública, direitos humanos e o desenvolvimento sustentável são subordinados ao lucro privado, o interesse nacional superficial e os negócios, como de costume”.

“A Rio +20 foi um teatro orquestrado da ONU destinado a dar esperança às pessoas de que os líderes mundiais podem construir uma estrutura para garantir o futuro do nosso planeta. Para aqueles ativamente engajados ela foi exatamente o oposto, ressaltando a inabilidade política e a falta de vontade para enfrentar a crise financeira, a pobreza, a ampliação de disparidade de renda, segurança alimentar e água, e os desastres iminentes da mudança climática absoluta. …

“Nos corredores e ruas, ativistas e jovens reconheceram que os problemas do nosso planeta não estão em tentar criar mais consumo, mas sim em reduzi-lo”.

Meu comentário: Reduzir a produção e a economia não vai resolver nada! Este é apenas o próximo erro da humanidade, distraindo-a da única solução: corrigir a sua natureza egoísta, de modo a se unir como todas as partes da natureza, mas conscientemente, de acordo com o nível do “homem” (falante).

Visto que o nosso egoísmo (a ajuda contra você, o Faraó, aproximando-se do Criador) deve nos levar à correção, então ele não vai nos deixar chegar a um acordo em qualquer conferência, e isso vai nos empurrar para que não permaneçamos nele, no exílio, mas vamos ser forçados a sair dele (nosso Egito).

O Dano Nos Exemplos Negativos

Dr. Michael LaitmanPergunta: Ao discutir a educação infantil dois a três anos atrás, eu trouxe um livro de GB Oster, Bad Advice (Maus Conselhos – tradução livre). Neste livro, o autor ensina coisas boas através de um paradoxo, de uma maneira deformada, como bater na avó, tomar o doce, e assim por diante. Porque este método é considerado errado a partir da perspectiva da integração?

Resposta: Porque as pessoas que ouvem e absorvem a informação negativa, descrevem as imagens em seu interior contra a sua vontade. Fragmentos negativos permanecem nelas, que mais tarde lhes permitem agir. Não importa que neste momento a pessoa não concorde com esse fragmento ou essa imagem, essa ação permanece registrada nela. Eu acho que este não é o caminho para o trabalho.

É muito difícil para uma pessoa trabalhar a partir de um exemplo negativo. Isto requer uma análise especial, a força para subir, superar e reconhecer o mal, para trazer a bondade em oposição ao mal, para entender o que precisa ser feito para superar o mal e construir uma boa atitude, oposta ao mal; em outras palavras, para invertê-lo completamente na direção oposta. Isso requer um grande esforço e mente. Uma pessoa normal não pode simplesmente fazê-lo.

Deixe-a tentar fazer algo positivo em vez de fazer algo negativo, e não apenas em cores, mas em expressões e poses. Deixe-a “transferir” não apenas um sorriso ou uma expressão má de uma imagem a outra, mas poses, movimento, correspondência entre os corpos, etc.

A pessoa não compreende quão abrangente é a diferença entre o positivo e o negativo. Naturalmente, quando lhe é mostrado um cenário negativo, ela o rejeita, porque não gosta totalmente dele. Mas ele fica armazenado, registrado em algum lugar nela, e a pessoa ainda vai usá-lo! A pessoa não pode aprender boas ações através de exemplos negativos.

Comentário: Há autores na sociedade russa, como Mikhail Zhvanetsky, aos quais as pessoas ouvem; eles são considerados muito sábios. Zhvanetsky baseia suas obras em exemplos negativos. Ele toma uma determinada situação negativa, e, a cada vez, ele encontra uma solução engraçada, uma maneira de sair dela.

Resposta: Com todo o respeito, eu não acho que Zhvanetsy e outros “filósofos” como ele criam uma revolução na sociedade. Ele traz à tona as falhas da sociedade, mostra-as ao povo, e eles gostam.
Isto se assemelha ao desenho animado, onde um lobo que não está com fome come um coelho e, em seguida, senta-se e palita os dentes. Você explica sua ação ruim para ele, e ele concorda, “Sim, realmente…”.

O público senta e escuta os seus defeitos, mas não há resultado. Mesmo que haja certa necessidade disso e uma demanda social, isso não é educação.

Comentário: Toda a cultura “underground” de intelectuais russos, por exemplo, os escritos de Igor Guberman baseiam-se na comparação do bem e do mal.

Resposta: Entre nós, esta é uma abordagem puramente judaica. Raykin e todos os outros também têm isso. É assim que os judeus se preservaram. Eles riam de si mesmos. Desta forma, eles se defenderam, transformando tudo o que era negativo em positivo, numa piada. Eles tornavam a situação melhor com as emoções positivas, a fim de sobreviver a tudo.

Eu não vejo essa mesma abordagem bem-humorada entre outras nações. Isto é consequência do exílio e sofrimento. Esta filosofia pertence à pessoas exiladas, degradadas, que foram atingidas no rosto e estão tentando transformar isso numa piada, porque caso contrário a situação seria muito dolorosa para elas. Em outras palavras, essa filosofia não leva a uma mudança na sociedade.

Da “Discussão sobre Formação Integral” 28/05/12

O Mundo Todo É A Face Do Criador

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, “Introdução ao Livro do Zohar“, Item 33: E você deve saber que qualquer satisfação do nosso Criador em doar às Suas criaturas depende da medida em que elas O sentem — que Ele é o doador, e que Ele é aquele que lhes dá prazer; pois Ele recebe grande prazer delas, como um pai brincando com seu filho amado, na medida em que o filho sente e reconhece a grandeza e exaltação de seu pai, e seu pai mostra-lhe todos os tesouros que preparou para ele.

Pergunta: Por que é tão importante para as criaturas sentir que é o Criador quem lhes dá prazer?

Resposta: As criaturas só conseguem sentir aquilo com que elas têm uma equivalência de forma. Se elas quiserem sentir o Criador como aquele que doa, elas têm que entender o que significa isto; elas têm que ser incluídas na doação e realmente subir a essa altura. Daí elas vão receber esse prazer, o mesmo nível de existência e poder de vitalidade que o Criador possui.

Pergunta: Aqui há o exemplo do pai brincando com o filho, querendo que ele O considere como a fonte de todos os prazeres. Isso parece ser um ato muito egoísta.

Resposta: Mas pode haver outro exemplo de uma atitude semelhante: o pai teve o filho não para apreciá-lo, mas para levá-lo à bondade. O pai faz tudo que está em seu poder até que o filho cresça para doar a ele. Então, quando o filho cresce e recebe todos os tesouros do pai, compreendendo e sentindo toda uma existência eterna, isto traz contentamento ao pai. Isto significa que, se o Criador desfruta, é sinal de que eu alcancei a perfeição. É assim que você deve ver: que isso se origina do Seu amor.

De nossa parte, nós temos que tentar trazer contentamento a Ele e trazer doação total e infinita à força superior. Nós recebemos as deficiências dela, desejos vazios, e dela recebemos as Luzes que corrigem essas deficiências, transformando-as de “a fim de receber” em “a fim de doar”. Assim, nós avançamos em direção à equivalência com o Criador. Esta é a única maneira correta e desejável pela qual podemos avançar. Assim, nós sentimos a força da vida espiritual que nos preenche, chamada Luz.

Este processo está descrito em nossa linguagem, na linguagem corporal, e assim parece que o Criador chora e sente pena se não agirmos como deveríamos ou se não acompanharmos o ritmo desejado. Assim, os Cabalistas transmitem as reações que provocamos Nele por nossas ações indesejadas. No entanto, se formos bem sucedidos, eles dizem que Ele fica feliz.

De uma forma ou de outra, “a Torá falou na linguagem dos humanos”. É daí que surge o exemplo do pai, que intencionalmente muda sua expressão em relação ao seu filho, expressando assim insatisfação, desejo ou felicidade, a fim de permitir ao filho estabelecer a conexão com ele. Mas isto é apenas uma expressão, uma vez que o próprio pai provoca diferentes estados e humores no filho, e é ele quem cria as circunstâncias que acompanham o seu crescimento. O filho obedece totalmente ao seu pai, interna e externamente. Portanto, diferentes imagens surgem diante dele: ele também vê que seu pai é sério, risonho, insatisfeito ou satisfeito.

Em geral, todo o meu mundo interior e o meu ambiente é o Criador. Dentro, isto está totalmente oculto de mim, e do lado de fora eu posso atribuir o papel principal ao destino e até mesmo à força superior, apesar de ainda não vê-la. O objetivo é entender onde está o “corte”, a diferença, onde está o “eu” aqui.

Diz-se: “Não há outro além Dele”. O Criador envia-me tudo que eu sinto internamente; Ele controla meus pensamentos e desejos e tudo o que acontece comigo, como eu recebo isto e como respondo ao que está acontecendo. Num raio-x, eu posso ver que não tenho controle sobre nada, que Ele controla tudo.

Então, o que sou eu? “Eu” é o ponto que quer revelar o Criador. É isso! É um ponto que está fora do Criador, o ponto de separação, de quebra, o ponto do meu “eu”, minha base, sobre a qual eu preciso descobrir o Criador e Sua unicidade.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 11/07/12, “Introdução ao Livro do Zohar

 

Crescer Nos Suplementos Do Criador

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como os desejos dos níveis inanimado, vegetal, animal e falante da natureza diferem? Quais as alterações de parâmetros nesta escala?

Resposta: Parte do Criador que está na natureza inanimada transforma-se no desejo do nível vegetal. Outra parte transforma o desejo do nível vegetal no nível animal e outra parte eleva o desejo do nível animal para o nível falante. Cada vez, outra força qualitativa é adicionada: Malchut do superior transforma-se em Keter do inferior. A força do Criador que está oculta nela irrompe e gera um novo nível mais inferior.

A forma do novo nível é determinada diretamente de Cima, enquanto o seu conteúdo, seu preenchimento, a essência do nível, conforme o qual ele é determinado, vem do Criador. Assim, em todas as quatro fases da Luz direta, há a mesma matéria típica do desejo de receber, mas elas são totalmente diferentes, pois cada fase tem uma nova parte suplementar do Criador.

O nível inanimado da natureza só pode preservar a si mesmo conforme o Criador o criou. Ele é chamado de “um embrião no ventre de sua mãe”.

O nível vegetal não se anula totalmente perante o superior; ele já quer acrescentar algo de si mesmo, pois recebe o alimento só quando quer comer, etc. Ele pode dar alegria à mãe, e, portanto, sofre quando está longe dela e feliz quando está perto dela.

O nível animal já se aproxima e se afasta de forma independente. Ele já tem uma mente e pode ser oposto ou semelhante ao superior. Temendo pela oposição, ele se assemelha a ele novamente, trazendo assim mais satisfação. Não é por acaso que nós amamos as crianças desobedientes mais do que as calmas. É porque às vezes você não sente uma criança quieta, enquanto que a criança travessa, que causa dores, faz você sentir a discrepância entre os estados, e você a ama mais e se sente mais perto dela. Ela estimula você e muda o seu humor e, no final, atrai amor. Ela esculpe constantemente um “entalhe” no seu coração e, às vezes, “espalha” algo de bom nele.

Quanto ao nível falante, ele pode tomar o lugar do Criador na criação. Ele cuida de tudo e vê toda a criação como uma oportunidade de doar ao Criador.

Isto é o que é típico sobre esse desenvolvimento: quanto mais a criatura está aderida ao Criador, mais claramente ela descobre a sua oposição em relação a Ele.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 11/07/12, “Introdução ao Livro do Zohar

Descida Dos Cabalistas

Quando um Cabalista experimenta um estado de descida espiritual, todas as suas realizações anteriores desaparecem de sua consciência. Quanto mais alto ele sobe, maiores as descidas entre os graus.

Por exemplo, uma vez, o Baal Shem Tov disse a seu assistente que ele queria partir para a Terra Santa imediatamente. Eles embarcaram no primeiro navio. No caminho, eles encontraram uma tempestade e o navio foi arrastado para fora do curso. No terceiro dia, a tempestade amainou e o mar se acalmou.

Eles pararam numa ilha, e todos foram explorá-la, já que esta ilha era desconhecida para os marinheiros. O Baal Shem Tov e seu assistente se afastaram e se perderam. De repente, eles foram atacados por bandidos que os amarraram e começaram a afiar as facas.

O assistente pediu para o Baal Shem Tov fazer algo imediatamente. Sua resposta foi: “Agora, eu não sei nada. Toda a minha força foi tirada de mim. Talvez você se lembre de algo que eu te ensinei? Lembre-me”.

O assistente respondeu: “Eu não sei nada. Tudo que eu lembro é o alfabeto”. O Baal Shem Tov gritou: “Por que você não o recita para mim?”.

O assistente começou a recitar as letras do alfabeto, e o Baal Shem Tov repetiu em voz alta com grande inspiração, até que ele ganhou toda a sua força de volta e arrancou as cordas.

Eles ouviram um toque do sino e viram o velho capitão aparecer junto com os soldados. Ele assustou os bandidos e libertou os cativos. Então, ele os levou de volta para o navio e logo os deixou em Istambul.

Numa Atmosfera Divertida

Dr. Michael LaitmanPergunta: Na virada do século XX para o XXI, a sociedade escolheu certa forma de supressão como uma maneira de se defender contra o crescimento do egoísmo linear. Esta é a nossa forma como educamos os filhos: nós os proibimos de falar alto, expressar seus sentimentos, e assim por diante. A maioria dos métodos de psicoterapia baseia-se em ajudar a pessoa a se livrar destas barreiras e, pelo menos, começar a liberar a reação dela. No método integral, a pessoa pode realizar-se quando rejeita esse nível e aspira à unidade?

Resposta: Durante a classe de formação integral, nós oferecemos aos alunos: “Amigos, vamos sentar em círculo e jogar um jogo. Sejamos como as crianças, porque este é um novo nível onde temos que nascer. Vamos dar as mãos, tocar os joelhos e ver com bons olhos um ao outro. Nós somos os primeiros a descobrir o próximo nível. Vamos tentar fingir que estamos lá. Uma criança cresce quando joga (brinca), e nós também queremos crescer. Se sentirmos tudo importante e inflado, não teremos outra escolha senão explodir. Nós não vamos encontrar outra coisa”.

Em outras palavras, você introduz um ambiente muito positivo de aprendizagem infantil, onde as pessoas podem se permitir dizer coisas tolas, pesquisar, e o principal é que elas realmente serão capazes de encontrar relações completamente novas e soluções neste novo tipo de comunicação. O que mais precisamos?

Da “Discussão sobre Formação Integral” 28/05/12