Textos arquivados em ''

Uma Pista De Decolagem Em Vez De Um Labirinto Em Espiral

Dr. Michael LaitmanPergunta: De onde a fé acima da razão vem até nós?

Resposta: Tudo vem de cima, e a única coisa que depende da pessoa é o quanto ela pode subir acima de suas sensações, a fim de alcançar o entendimento, a clareza, a unificação e a conexão.

Esse despertar pode ocorrer através do sofrimento, que é chamado de “no tempo devido” (Beito). Mas se a pessoa recebe esse despertar do grupo, ele é chamado de “aceleração do tempo” (Ahishena).

Se a pessoa desperta através de golpes, ela passa por todos estes estados de novo desde o início. Mas se o despertar vem do grupo, ele já inclui a tela e a Luz Refletida. Isso porque, tornando-se incluído no grupo, ela já realizou seu trabalho, esforços, e atraiu a Luz Refletida para si mesmo.

Existem quatro fases de HaVaYaH que a própria pessoa realiza, e, portanto, o caminho da Luz e o caminho do sofrimento são dois caminhos completamente opostos, como a Luz Direta e a Refletida.

“Aceleração do tempo” é quando nos tornamos parte do grupo, que imediatamente começa a construir os instrumentos adequados ou desejos em nós para compreender o Criador. Enquanto que o caminho natural (“no tempo devido”) apenas estabelece as condições preliminares em nós para iniciar esse processo. Há uma enorme diferença entre os dois.

Afinal de contas, ao receber o sofrimento, eu tenho que repetir tudo indefinidamente, a fim de entender de onde o sofrimento está chegando e por quê. Este é um processo extremamente prolongado. Eu só corro de um lado para o outro à medida que recebo os golpes, mas não avanço, pois isso não me dá entendimento. Somente depois de muitos golpes e sofrendo assim é que eu finalmente começo a ver a sua intencionalidade e causalidade. Então, eu já começo a entender que, aparentemente, eles estão vindo para mim para me ensinar.

Muitas vezes as pessoas me perguntam: “Por que eu fui o único a receber esta punição de Cima?”. Isso é chamado caminho do sofrimento.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 12/06/12, Shamati # 121

Polícia E Ladrão

Dr. Michael LaitmanPergunta: Há sociedades e instituições públicas: polícia, exército, escolas, e assim por diante. Há uma instituição fora dos padrões que não é reconhecida, mas está lá: o mundo do crime, que vive por suas próprias leis.

O sistema integral proposto tem em vista construir uma nova instituição?

Resposta: Não. Nós propomos uma metodologia integral como inclusão de todas estas instituições como elementos necessários. Deixe todas estas instituições, incluindo a criminosa, existir se isso for necessário na sociedade e, com isso a sociedade vai limpar, proteger, ou, inversamente, mudar a si mesma. O que quer que exista na sociedade, há lugar para todos. Há polícia e ladrões. Um não pode existir sem o outro.

A propósito, o ensino da educação integral é realizado com sucesso em prisões nos Estados Unidos. As autoridades prisionais estão bem felizes com isso; elas aceitam todos os nossos materiais e escrevem cartas de gratidão. Imagine receber uma carta de agradecimento do diretor de um presídio com 5000 presidiários!

A administração prisional vê presidiários se tornarem gradualmente homens, e não bestas. Normalmente, as pessoas aprisionadas se tornam brutalizadas. Em poucas semanas, as condições podem fazer qualquer pessoa normal ser igual a todo mundo ali porque o ambiente afeta a todos. E aqui ocorre um milagre: a situação de repente se torna estável, confortável e fácil. A violência e todos os tipos de problemas desaparecem.

Portanto, nós queremos entrar em todos os setores da sociedade. Nós não estamos interessados em saber se você é um ladrão ou um policial. Nós estamos interessados que você passe por um curso de educação integral e torne-se diferente em sua “instituição”, em sua comunidade. Assim, todas as estruturas, da legítima à criminosa, vão começar a mudar.

De forma alguma nós dizemos como. Todo o ambiente vai mudar através das mudanças nas pessoas. Assim como o egoísmo humano criou todos os tipos de instituições, da legal à criminal, seu egoísmo integral vai mudar tudo isso.

Da “Discussão sobre Formação Integral” 20/05/12

A Ascensão Para Novas Possibilidades

Dr. Michael LaitmanPergunta: Vamos supor que uma pessoa enfrente um confronto entre interesses pessoais e sociais. De que forma ela será capaz de anulá-lo?

Resposta: Não há necessidade de anular nada. Nós não precisamos nos dividir! Nós só precisamos participar dos workshops, onde você vai gradualmente se acostumar a discutir tudo com todos e chegar a um denominador comum. Além disso, este denominador comum é muito interessante.

Quando nos reunimos em torno da mesa-redonda e começamos uma discussão, de repente, lá dentro, entre nós, uma nova força é criada, que não é apenas a soma de nossos anseios por acordo, mas algo muito maior do que nós, um resultado de nossos esforços em nos integrar. Isso é revelado como algo independente, que nasce de dentro de nossos esforços, uma nova força que está um nível acima de nós em inteligência, em valor, em importância e atratividade. Nós já não queremos deixá-la, não queremos nos retirar ou ser afastados. Assim, verifica-se que através desta força mútua, deste sentimento de união que é criado, nós podemos resolver muitos problemas. De repente, nós começamos a entender de que forma funciona tudo ao nosso redor .

Antes, nós não usávamos esses óculos integrais. Nós não víamos a natureza desta maneira ou a sociedade e todos os problemas. Nós os víamos de uma maneira puramente egoísta, mesquinha, e, portanto, não encontrávamos soluções porque fugíamos para o nosso pequeno ego, cada um em sua toca, e isso é tudo o que existia.

No entanto, quando começamos a olhar através de nosso componente integral, de repente a solução aparece. De repente, aparece um estado que realmente dá uma solução para tudo, e a pessoa só precisa se posicionar corretamente com relação a todos os seus problemas. Acontece que eles não são problemas. Eram problemas quando você não estava adaptado a eles, já que você era uma pessoa egoísta. E agora você não é. Mesmo que você permaneça dentro do ego, você não é mais um indivíduo e, assim, os problemas são resolvidos.

Nós precisamos dar à pessoa a sensação da possibilidade de resolver tudo através de “nós”, que revela horizontes completamente diferentes. Nós precisamos levar as pessoas a este estado. Nós não precisamos convencê-las de nada, nós não precisamos usar a força e falar sobre a mudança que irá ocorrer nelas. Não haverá uma mudança, mas uma ascensão para possibilidades totalmente novas.

Da “Discussão sobre Formação Integral” 20/05/12

Folheto Do Movimento Arvut: “Mudança De Prioridades”

O Movimento Arvut (Garantia Mútua): “Mudança de Prioridades” (trecho do folheto):

Sobre Nós: A nossa organização representa praticamente todos os setores da sociedade israelense: os israelenses nativos e imigrantes, os seculares e religiosos, professores e estudantes, empresários e trabalhadores, especialistas em tecnologia e ciências humanas.

O que temos em comum? Não importa como possa parecer, o que partilhamos é a nossa preocupação com o que está acontecendo no mundo. O fato é que o mundo (e o nosso país não é exceção) está passando por uma transformação histórica sobre a qual a sociedade, na maioria das vezes, desconhece.

Os cientistas políticos, historiadores e filósofos afirmam que estamos testemunhando o nascimento de uma nova civilização. Inesperadamente, nos encontramos numa realidade totalmente nova. A sua singularidade reside no fato dela ser imprevisível e, principalmente, da velha lógica tradicional não funcionar mais. Parece que estamos extremamente despreparados para o estado radicalmente novo do mundo: um mundo global integral.

Paul Gilding, autor de A Grande Ruptura, descreve a nova realidade com muita precisão: “Eu olho para o mundo como um sistema integrado, de modo que não vejo os protestos, a crise da dívida, da desigualdade e do clima insano como problemas não relacionados; sim, eu vejo todo o sistema passando pelas turbulências do colapso”.

Quantas Vezes O Mundo “Morreu”

Dr. Michael LaitmanDeclaração: 2800 aC – Assíria: A inscrição numa placa de argila diz: “Agora, no fim dos tempos, a Terra está chegando ao fim. Existem múltiplos sinais do cataclismo iminente. Suborno e corrupção se tornaram habituais”. No entanto, cerca de dois séculos após estas palavras terem sido escritas, os assírios criaram um dos Estados mais poderosos do mundo antigo.

50-100 dC – Palestina: Os primeiros seguidores de Jesus Cristo esperavam o fim do mundo, que em sua opinião poderia acontecer a qualquer momento. A predição de Jesus Cristo da próxima destruição do Templo em Jerusalém e a profecia do Seu segundo advento rapidamente se espalhou de boca em boca. O extermínio pelos romanos do Templo em 70 dC significava que a profecia se tornara realidade. A perseguição dos cristãos formou uma atmosfera psicológica específica dentro de suas pequenas comunidades. No entanto, logo o Cristianismo se tornou a religião oficial do império romano; além disso, as hierarquias clericais anunciaram oficialmente que o apocalipse seria adiado até um tempo indefinido no futuro.

1000 dC – Europa Ocidental: No ano 1000, católicos justos tinham medo de entrar no novo milênio, a nova era, no reino celestial. A antecipação contínua do “fim dos tempos” conduziu a Europa a completar a desolação. As pessoas estavam se preparando para o Dia do Julgamento e pararam de se preocupar com problemas corporais: eles não aravam as terras, nem davam pastos para o gado ou negociavam… A véspera do ano novo do ano 1000 foi uma apoteose de tensão, milhares de pessoas se reuniram em Roma, em antecipação à bênção do Papa que elas receberam juntamente com o seu conselho para voltar para casa. Tornou-se aparente que o fim do mundo tinha sido atrasado mais uma vez. Mas a histeria em massa só terminou em 1033 depois que todos testemunharam que os apocalipses prometidos não aconteceram mais uma vez no aniversário de 1000 da crucificação.

1492 – Rússia: Países ortodoxos da Rússia e da Grécia estavam se preparando para celebrar o 7000º aniversário da criação do mundo e encarar o fim dos tempos. O colapso de Constantinopla 40 anos antes deste evento parecia ser uma evidência óbvia do próximo fim do mundo. Mesmo que isso não tenha acontecido em 1492, nem em qualquer momento depois, as pessoas na Rússia ainda estavam esperando que isso acontecesse muitas décadas depois.

1914 – EUA: A previsão do fim do mundo se tornou um dos truques principais de várias seitas populares que surgiram no século XX, começando com Russell, o fundador dos “Testemunhas de Jeová”, que declarou que o “Dia do Julgamento” aconteceria em 1914, depois mudou a data para 1915; no final, ele morreu em 1916. Seus sucessores imediatamente continuaram prevendo o fim do mundo no futuro próximo, até 1975. Em antecipação ao apocalipse, as suas vítimas doaram suas propriedades para se salvar do esquecimento eterno. Quando o “fim dos tempos” não ocorreu mais uma vez, os seguidores dos “Testemunhas de Jeová” explicaram esta situação dizendo que eles foram mal interpretados.

2010: O medo do apocalipse voltou quando o Grande Colisor de Partículas foi lançado: ele demonstrou claramente que a colisão de prótons desencadeou o surgimento de micro “buracos negros” que têm a capacidade de “engolir” o mundo. Como se sabe, a Terra é constantemente bombardeada por raios cósmicos extremamente poderosos.

21/12/2012: O próximo dia do juízo final está previsto para o final de 2012. “Intérpretes” dos antigos maias explicaram que as palavras, “O décimo terceiro ciclo de um período de 400 anos vai acabar no dia 4 de Ahav, terceiro dia do mês de Kankin – as imagens da armada Okte Bolon com seu grande cerco”, representam a previsão de um apocalipse iminente, embora este trecho específico demonstre a coroação de um rei.

Meu comentário: De acordo com a Cabalá, não há tal coisa como o “fim do mundo”, mas sim uma transição para uma nova e maior percepção integral do reino material que se revela no nível da correção das nossas qualidades e, como consequência da expansão da alteração nos nossos órgãos de percepção da realidade. Isso já está acontecendo; o processo começou em 1995 e vai continuar.

Amor: Uma Ponte Acima Do Ódio

Dr. Michael LaitmanToda a realidade é dividida em três partes: eu, a centelha espiritual dentro de mim, não me deixando em paz e querendo descobrir uma outra realidade, e o mundo que me rodeia.

O mundo à minha volta está dividido em pessoas que estão perto ou distantes de mim, a natureza inanimada, a vegetação e os animais. Por trás de tudo isso, reside ainda uma força maior. Por enquanto, eu percebo toda realidade como estranha, não relacionada a mim. No entanto, tudo isso são partes de mim que eu não percebo devido à separação que ocorreu em minha consciência e sentimento.

É como se eu tivesse recebido uma injeção de analgésico no meu braço e, como resultado, perdi completamente a percepção e não sinto que é meu. Ele poderia ser cortado e eu não iria nem perceber, tão poderoso é o anestésico.

É assim que eu percebo o mundo todo, como se ele não pertencesse a mim. E o trabalho é lutar contra esse anestésico, contra este sentimento.

Isso é intencional, porque se eu pensar que este mundo não pertence a mim, como se tivesse sido anestesiado, eu posso me voltar para o meu egoísmo e me relacionar com ele de forma altruísta, doando, como se fosse outra pessoa. Eu posso aprender a amá-la.

Eu não preciso desenvolver amor por mim mesmo, porque eu me amo egoístamente de qualquer maneira. No entanto, agora eu posso aprender a amar os outros que estão separados de mim por meio deste anestésico, desta ilusão da separação. Afinal, o amor é uma qualidade do Criador, e não uma qualidade da criação.

Por meio dessa separação, o Criador nos dá a oportunidade de receber uma qualidade, que não é característica para nós, por natureza, e não nos pertence . Nós não entendemos o que é o amor. Mas quando eu tento aprender a amar aqueles que estão fora de mim como eu faço comigo mesmo, ou seja, me relacionar com o meu próximo da maneira que faço comigo mesmo, isso é chamado de amor. Eu estou trabalhando contra meu egoísmo. Esta é uma força especial dentro de mim que sempre resiste a isso. Assim, existe uma oposição de duas forças que atuam em duas direções diferentes. O desejo atrai para si o prazer, mas acima dele existe uma tela (a força da minha resistência), que afasta este prazer e está pronto para doar-se acima dele.

Então, a partir da interação entre essas duas forças, eu posso entender o que é amar verdadeiramente outra pessoa em vez do meu próprio filho, do meu próprio cão pequeno, ou do meu próprio corpo.

E como eu me desenvolvo mais, o meu ódio contra os meus vizinhos cresce constantemente, mas eu desenvolvo a força do amor acima dele. Isso é chamado de amor somente após se elevar acima do ódio. Como se diz: “O amor cobre todas as transgressões”. Devido à colisão das duas qualidades opostas, a criação é capaz de obter a qualidade do Criador. Caso contrário, seria impossível e permaneceríamos dentro da natureza com a qual fomos criados.

No entanto, se quisermos ser criações (Nivraim), ou seja, personalidades independentes (Bar) do Criador, e ao mesmo tempo, alcançar Suas qualidades e o estado elevado, então somos obrigados a construir tal mecanismo de resistência dentro de nós. Haverá sempre duas forças opostas que agem dentro dele: a força do desejo de desfrutar e o desejo de doar que nós construímos acima do nosso egoísmo por nós mesmos, amor acima do ódio.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 01/06/12, Escritos do Rabash

Os Dezoito Graus Da Oração

Dr. Michael LaitmanA fim de compreender o que é a oração, nós temos que confiar em nossa experiência anterior e imaginar um estado oposto à Santidade, onde a pessoa sente que está morta. Isso significa que ela sente inveja, ambição, desejo de controlar e os desejos comuns do ego por alimento, sexo e família. Ela sente que se tornou escrava destes desejos, pelos quais a lei da força superior se torna aparente.

Ao mesmo tempo, ela está ciente de que este estado é oposto à doação (preocupar-se com os outros e com o Criador), que deve estar acima de todas as preocupações e cálculos sobre si mesmo, seus parentes e tudo o que não tiver relação com a espiritualidade.

O objetivo da criação é a revelação do Criador à criaturas. Se uma pessoa escolhe este objetivo como sua missão, pela qual está disposta a trabalhar, como está escrito, “como um boi para o fardo e, como um burro para a carga”, para tornar-se o elo que transmite e conecta, para ser o menor agente que não recebe qualquer recompensa, nesse caso, isso significa que ela se volta ao Criador com a oração correta. Ela sequer sabe que ela é quem causa a revelação. Além disso, ela não quer qualquer recompensa por isso e está satisfeita por receber a oportunidade de trabalhar sem recompensa.

Esta atitude é revelada em nós graças à influência da Luz em diferentes estados, e por isso, nós começamos a respeitar e valorizar mais a escuridão. Quanto mais contraditório for o estado revelado na pessoa, mais nítidos se tornam seus esclarecimentos, pensamentos e sentimentos, a partir dos quais ela pode formar o seu pedido ao Criador para ser salva.

Toda oração decorre do desespero, de ter caído sob o controle dos pensamentos egoístas sobre si mesma, ao invés de pensar na revelação do Criador às criaturas, no “bom e benevolente”. Se uma pessoa se dirige corretamente, ela atinge um estado onde todo o seu desejo só trabalha para a revelação do Criador nos vasos das criaturas, de Malchut, Shechiná (Divindade).

Essa é a chamada oração das dezoito bênçãos: nove graus da Luz Direta e nove graus da Luz de Retorno. Assim, a pessoa chega à verdadeira oração.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 10/06/12, Shamati # 113

Tudo Foi Criado Perfeitamente De Cima…

Dr. Michael LaitmanNo workshop de ontem nós tivemos uma oportunidade geral e coletiva em todos os grupos ao redor do mundo para crescer acima da nossa sensação de peso. Nós fomos derrubados por esse peso e foi difícil para nós conectar e crescer na nossa mente e coração.

Nós sentimos que não podíamos fazê-lo. Estávamos perdendo a intensidade necessária do sentimento e da clareza de pensamento, e este é um estado maravilhoso para o nosso trabalho, que temos que entrar por um momento, a fim de senti-lo. No entanto, nós devemos saber de antemão que estamos experimentando agora esta sensação de peso e que vamos discerni-la para subir imediatamente acima dela.

Assim, eu estou sentindo essas sensações que passam pela minha mente e coração: embotamento do sentimento, penumbra do pensamento e da consciência, e agora eu subo acima de tudo isso. Eu não me importo com o que sinto agora; acima, eu quero construir um estado completamente novo que não se baseia em meus sentimentos e minha mente animal terrestre, mas que está relacionado com o estado mais elevado: a espiritualidade e a doação.

Isso significa que eu vou receber instrumentos de percepção e desejo completamente novos, que estão acima de mim e não dependem totalmente de mim. Eu uso os desejos dos outros, não os meus, mas pensamentos que são estranhos para mim, ou seja, aqueles que pertencem a outros, para que através deles eu doe ao Criador e a eles. Então, eu não tenho nenhum problema já que não estou fechado dentro de mim, mas subo acima de minha percepção egoísta.

Esta sensação de peso veio justamente para nos mostrar se podemos ou não subir e preencher o mundo com Luz, se nós podemos dar algo à humanidade. A sensação adequou-se com precisão ao tema do workshop. Foi um pacote completo; tudo foi arranjado perfeitamente de Cima.

Nossos grupos deveriam ter se conectado o máximo possível, acima de toda essa sensação de peso, e pensado sobre a nossa influência no mundo de acordo com o tema do workshop.

As mulheres encontraram uma resposta maravilhosa à questão de como devemos dar ao mundo e como o mundo deve se conectar a nós, através do exemplo de uma mãe que amamenta seu bebê. Este é um exemplo muito preciso, porque reflete a transição das Sefirot redondas (Igulim) para os desejos retos (Yosher).

Ou seja, nós nos elevamos acima dos nossos desejos e pensamentos e encontramos um novo vaso graças à nossa união. Quando cada pessoa sai de si mesma e torna-se incluída em outros, ela sai de seus pensamentos e sensações e adquire novos desejos e razão onde não está limitada por nada. Esta é a forma como avançamos.

Mas algumas pessoas se envolvem em sua sensação de amargura e escuridão e sofrem por causa disso, em vez de invertê-la e transformá-la em Luz através do seu trabalho, ascendendo acima da escuridão. A pessoa deve perguntar: por que ela prefere sofrer? Será que ela realmente ama sofrendo tanto? Isto é estúpido e resulta do nosso orgulho, nossa incapacidade de superar a nós mesmos.

Ou talvez você não entenda que o seu vaso espiritual não está dentro de você, mas acima de você? E que todas essas sensações difíceis no coração e na mente são destinadas a ajudá-lo a subir. A força geral do grupo deve despertá-lo e ajudá-lo a fazer isso. Portanto, você não está usando-a? E o professor diz que você tem que subir. Você não entende isso, ou não ouve?

De qualquer forma, este é um bom estudo. Este peso é simplesmente um presente de Cima, que corresponde exatamente ao tema do workshop escolhido. É assim que nos mostram como podemos facilmente subir acima deste peso, mas não fomos capazes de fazê-lo. E tudo isso deve-se ao valor insuficiente do ambiente, a falta de importância e a necessidade de subir acima desta sensação.

Isto só mostra que a qualidade de doação para a qual eu subo é menos importante para mim do que a sensação no meu próprio estômago. Primeiro de tudo, eu quero me sentir bem, e só então estou pronto para subir mais alto. Veja como essa condição é egoísta.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 11/06/12, Escritos do Baal HaSulam