Mesclando Grupos

Dr. Michael LaitmanPergunta: Vamos dizer que existam dezenas de grupos de aprendizagem integral num determinado bairro. Como eles podem mais tarde se fundir num só grupo?

Resposta: Hoje em dia, devido aos poderosos meios de comunicação de massa e às formas que as pessoas têm de se conectar, nós simplesmente precisamos inventar muitos jogos, formas para as pessoas serem incluídas mutuamente, como programas de TV ou atrações divertidas, como jogos de painel, quando grupos diferentes se encontram e interagem um com o outro. Eles começam a nos mostrar maneiras de mudar um ao outro, como uma pessoa se posiciona para afetar outras de uma maneira específica.

Mais tarde, os grupos geralmente tornam-se difusos. Eles não ficam para sempre estáticos, como uma organização, comunidade, cidade, habitação, ou união congelada. Eles não o fazem. No final, esta será uma sociedade onde muitas pessoas, ou mesmo todas (refiro-me ao futuro), vão entender como podem fazer cada situação trabalhar para elas e, ao mesmo tempo, ser para o bem dos outros.

Uma vez que elas entendam isso, vão ver claramente como interagem e se comunicam entre si. Em outras palavras, qualquer momento que elas interagirem será para ajudar a si mesmas e os outros a ter uma melhor interconexão integral. Elas irão trabalhar para se integrar com os outros a cada momento, e assim sempre sentirão certa união, que já sentirão e perceberão como se estivessem juntos num estado completamente diferente do mundo.

Elas se sentirão acima do nosso mundo nesta união, como se estivessem flutuando num concentrado humano completamente diferente, onde existem diferentes leis de comportamento, chamadas “leis de comutação”, leis de união e integração. Ao se apoiarem nisso e estando constantemente acima do nosso egoísmo, elas começam a perceber um tipo diferente de realidade.

Quando a pessoa está cercada constantemente de pessoas que concordam em jogar este jogo, este jogo gradualmente se transforma num tipo completamente novo de comunicação, e, depois, a percepção de um espaço diferente, onde, em vez de receber dos outros, damos aos outros. Nós trabalhamos numa direção que é oposta à nossa direção atual.

Esta nova orientação nos permite nos libertarmos de nossas limitações. Em vez de ver cada estado como um estado que me obriga e me oferece a oportunidade de tomar de fora, eu os considero como estados que me oferecem a oportunidade de sair de mim mesmo, tornar-me mais livre, e deixar de ser limitado e confinado a mim mesmo.

Além disso, todo mundo me apóia nisso. No final, eu vou chegar a um estado confortável, sem restrições. Ele não me obriga a nada. Pelo contrário, me dá a oportunidade de me sentir livre.

Refiro-me às relações entre as pessoas que ainda não se vêem em lugar algum hoje, mas se ensinarmos às pessoas esses tipos de relacionamentos, no final elas vão aspirar a esse estado. Uma vez que existem muitas pessoas como estas, elas vão vencer sua resistência egoísta e se comunicar com os outros de uma nova maneira, acima do seu egoísmo. Elas vão perceber uma realidade mais elevada. Nós precisamos trazê-las a isso.

Da “Discussão sobre Educação Integral” 27/02/12